PRINCÍPIOS DA CLÍNICA LOGOTERAPÊUTICA É possível pensar uma clínica logoterapêutica?
Eu te respondo que não só é possível, como ela
pode ser sistemática sem fugir das bases episte- mológicas da Logoterapia. No entanto, o conheci- mento que se populariza mais é a base filosófica e antropológica da abordagem e muitos que querem, ou já atuam na clínica se veem perdidos, sem muito direcionamento e sem base para saber se estão seguindo o caminho certo.
O medo de muitos é desviar os princípios da Logo-
terapia, surgem dúvidas sobre o que possível ser re- alizado na clínica, mas que esteja alinhado à base fenomenológica a qual a Logoterapia foi desenvolvi- da. Nesse processo, muitos terminam evitando rea- lizar certos processos que são possíveis por medo ou complementar sua prática com a de outra abor- dagem por não se sentir seguro suficiente para atuar com a Logoterapia na clínica. Esses receios também me acompanharam e passei a estudar exaustivamente sobre os caminhos possí- veis na clínica logoterapêutica: investi em muitas obras que eram desconhecidas para muitos aqui no Brasil, fiz cursos com logoterapeutas renomados do país e de outros locais do mundo, que inclusive tive- ram contato ou estudaram com o próprio Frankl para que eu pudesse me sentir segura a pensar e fazer uma clínica logoterapêutica com sentido.
Para isso, eu decidi agora compartilhar parte desse
conhecimento agregado na aula “Princípios da clíni- ca logoterapêutica” que vai te auxiliar a perceber as possibilidades que um logoterapeuta tem atuando na clínica de forma muito mais segura, ética, res- ponsável e sólida. Durante nossa aula, alguns temas serão desmistifi- cados:
1. A Clínica Logoterapêutica É Possível?
2. Quais Os Princípios Que Devo Seguir Para Uma Clínica Fundamentada Na Logoterapia? 3. Quais Minhas Funções Enquanto Logoterapeuta Na Clínica? 4. É Possível A Realização De Um Psicodiagnóstico À Luz Da Logoterapia? 5. É Possível O Uso De Instrumentos Na Clínica Lo- goterapêutica? É necessário entender porque essas dúvidas ainda persistem.
A Logoterapia surge num contexto de crítica ao po-
sitivismo e abordagens que tem cunho reducionista, no olhar de Frankl. Por ter uma base fenomenológi- ca e existencial, muitos associam que a base da clí- nica não deve acompanhar um processo, um plane- jamento. No entanto, o próprio Frankl mostra ser possível alinhar os princípios e método fenomenoló- gico a princípios básicos de uma clínica como a utili- zação de técnicas, que são sistemáticas e que favo- recem o processo de evidência de fenômenos psi- cológicos.
Elisabeth Lukas, discípula de Frankl, conseguiu apro-
fundar o processo de estruturação da clínica psico- lógica em inúmeras de suas obras, conhecidas por esquemas e apresentação de casos clínicos que nos permitem pensar uma estrutura, que não é rígida, mas nos dá uma base para construir nosso próprio monumento na clínica. Outros autores contemporâneos têm se dedicado a tornar a prática clínica mais objetiva e sistemática, sem perder a base fenomenológica, mas dando mais segurança ao psicólogo clínico logoterapêutico, sobretudo no uso de instrumentos terapêuticos.
Segundo o que o próprio logoterapeuta Arturo Luna
aponta, a psicoterapia é uma arte que implica criati- vidade, intuição, técnica e ciência. Nesta aula, vou te apresentar a ciência e a técnica da clínica logotera- pêutica. A criatividade e a intuição ficarão a seu en- cargo na sua prática clínica.
Essas são algumas reflexões que serão possíveis de
ser compreendidas nessa aula e para isso, abaixo você encontrará os tópicos de anotação para sua aula. Exercício de fixação Imprima essa folha e tome nota dos principais insights e tópicos que te cha- maram atenção durante a aula para fixar melhor o conteúdo apresentado.
1.A CLÍNICA LOGOTERAPÊUTICA É POSSÍVEL?
2.QUAIS OS PRINCÍPIOS QUE DEVO SEGUIR PARA UMA CLÍNICA FUNDA-
MENTADA NA LOGOTERAPIA?
3.É POSSÍVEL A REALIZAÇÃO DE UM PSICODIAGNÓSTICO À LUZ DA LOGO-
TERAPIA? 4.QUAIS MINHAS FUNÇÕES ENQUANTO LOGOTERAPEUTA NA CLÍNICA?
5.É POSSÍVEL O USO DE INSTRUMENTOS NA CLÍNICA LOGOTERAPÊUTICA?