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contribuição da revolução industrial no


desenvolvimento das cidades 
 

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URBANOS E A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
OS CENTROS URBANOS E A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
ESTRATÉGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Reflita em sala sobre as mudanças trazidas pela Revolução Industrial.


 

A rotina e as paisagens tornam-se bastante curiosas quando partimos da ideia de que


ambas assumiram uma configuração distinta em outros tempos. Essa talvez seja uma
preocupação mais acessível ao historiador, que está bastante familiarizado com
imagens, textos e outros documentos de épocas distintas. Por outro lado, essa mesma
percepção não seja tão óbvia para os jovens estudantes que com tanta intensidade,
abraçam o mundo que os rodeia.

Visando demonstrar como as rotinas se transformam ao longo do tempo, sugerimos


que o professor faça um trabalho envolvendo as mudanças elaboradas pelo
desenvolvimento da Revolução Industrial. Atingindo seu grande auge no século XIX,
essa experiência histórica foi responsável pelo deslocamento de milhares de pessoas
do campo para a cidade, o rápido crescimento dos centros urbanos, a formação de
novas relações de trabalho e o desenvolvimento de outras rotinas.

Para expor uma parcela do ocorrido, recomendamos que o professor extraia um trecho
da obra “Tempos difíceis” (1854), do escritor britânico Charles Dickens. Organizando
uma cópia do documento para cada aluno ou expondo o mesmo em um projetor, o
professor tem a oportunidade de levantar ricas questões relacionadas aos impactos da
Revolução. Segue o trecho indicado:

“Coketown era uma cidade de tijolos vermelhos, ou melhor, de tijolos que seriam
vermelhos se a fumaça e as cinzas permitissem, cidade de máquinas e de altas
chaminés. Apresentava muitas ruas largas, todas iguais, e muitas ruazinhas ainda mais
iguais, cheias de pessoas também muito iguais, pois todas saíam e entravam nas
mesmas horas, andando com passo igual na mesma calçada, para fazer o mesmo
trabalho, e para elas cada dia era parecido com o da véspera e com o dia seguinte.”

Questionando aos alunos sobre os elementos que mais lhes chamaram a atenção, o
professor pode enfatizar o sentido de padronização que as cidades assumem com a
Revolução Industrial. Em certo modo, a padronização observada no cenário (“tijolos
vermelhos”, “ruas largas, todas iguais”) se estende às personagens do local, que são
descritas como “pessoas também muito iguais”, “andando com passo igual” e “para
fazer o mesmo trabalho”.

Além de enfocar a questão da uniformidade, o professor pode ainda terminar a sua


aula fazendo um trabalho interdisciplinar com esse mesmo texto. Nesse caso, basta
salientar que a cidade descrita por Charles Dickens, além de ser muito igual, também
está envolta pela poluição (“fumaça e as cinzas”). Através desse ponto, a aula pode ser
finalizada percorrendo os conteúdos de Educação Ambiental. Caso haja interesse, o
professor pode requerer um trabalho sobre o impacto ambiental causado pelas
indústrias contemporâneas.

Por Rainer Sousa


Graduado em História
Equipe Brasil Escola

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