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Meios de ensino são componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem à estimulação
para o aluno. Esses componentes podem ser o professor, os livros, os mapas, os objetos físicos, as
fotografias, as fitas gravadas, as gravuras, os filmes, os recursos da comunidade, os recursos
naturais e assim por diante. Nesta senda os meios de ensino constituem recursos de que se dispõe
o professor para a mediação do saber aos seus alunos. O importante, nos parece evidente, é que
eles são tão diversificados pela sua natureza, assim como pela função que podem desempenhar
numa ou noutra aula, com este ou aquele conteúdo, razão pela qual devem ser cuidadosamente
seleccionados e preparados antes da sua utilização pelo professor e pelos alunos.
Adicionalmente a este tema abordara-se também A planificação do PEA por parte do professor
afigura-se como uma etapa necessária se admitirmos que se trata de prever o conjunto de
atividades (do professor e dos alunos) que estarão ao centro do PEA, incluindo o conteúdo,
meios, seleccionados tendo em conta os objectivos que se pretendem atingir e as condições em
que se irá realizar o PEA.
Objectivos
Objectivos Gerais
Metodologia
Na procura de entender Os meios de ensino-aprendizagem, a planificação do processo de ensino-
aprendizagem, os níveis de planificação do processo de ensino-aprendizagem, os componentes de
planificação do processo de ensino-aprendizagem e as etapas do processo de planificação a
realização desde trabalho de campo baseou-se, em pesquisa bibliográfica, realizada em
bibliotecas e escolas públicas, utilizou-se (livros de metodologia científica, obras literárias e
didácticas, artigos científicos, dicionários, revistas, internet, jornais etc.). A pesquisa foi
desenvolvida através de acções e investigações concretas, assim como de leitura, conhecimentos
precisos, reflexão, e com base em análise crítica sobre o tema norteador do trabalho.
I. Meios de ensino-aprendizagem
Por outras palavras, os recursos de ensino são componentes do ambiente da aprendizagem que
dão origem à estimulação para o aluno.
Esses componentes podem ser o professor, os livros, os mapas, os objetos físicos, as fotografias,
as fitas gravadas, as gravuras, os filmes, os recursos da comunidade, os recursos naturais e assim
por diante.
Categoria/tipo Exemplos
Meios simples de trabalho Cadernos, lápis, esferográficas, régua, escantilhão,
compassa, giz, apagador, etc.
Moveis e equipamento geral das salas de aula Carteiras e mesa do professor, armários/estantes, etc.
Objectos originais/naturais Partes de seres vivos ou na sua totalidade, vivos ou mortos,
exemplos mineralógicos, matérias-primas, etc.
Reproduções ou imitações tridimensionais Modelos didácticos: modelo do sistema solar, maquinas
simplificadas
Aparelhos e aparelhagens para experiências e Aparelhos de demonstração e medição, máquinas e
produção ferramentas de produção, estojos de dissecação,
microscópios, aparelhos em vidro (tubos de ensaio, pipetas,
provetas, buretas, alambiques, etc.)
Meios visuais, auditivos e audiovisuais Veja a classificação anterior
Nunca se deve utilizar um recurso que não seja conhecido suficientemente de forma a
poder empregar correctamente;
A eficácia dos recursos dependerá da interacção entre eles e os alunos. Por isso, devemos
estimular nos alunos certos comportamentos que aumentam a sua receptividade, tais como
a atenção, a percepção, o interesse, a sua participação activa, etc.
Aproximar o aluno da realidade do que se quer ensinar, dando lhe noção mais exacta dos
factos e fenómenos estudados;
Motivar e despertar o interesse dos alunos na aula;
Facilitar a percepção e compreensão dos factos e conceitos;
Concretizar e ilustrar o que está sendo exposto verbalmente (isto é, visualizar ou
concretizar os conteúdos da aprendizagem);
Aproximar o aluno da realidade;
Desenvolver a capacidade de observação;
Desenvolver a experimentação concreta;
Economizar esforços para levar os alunos à compreensão de factos e conceitos;
Auxiliar a fixação da aprendizagem pela impressão mais viva e sugestiva que o material
pode provocar;
Dar oportunidade de manifestação de aptidões e desenvolvimento de habilidades com o
manuseio ou construção de aparelhos por parte dos alunos.
Ao proceder desta forma (interligação de vários planos de aula), o plano de aula deverá continuar
sempre como uma proposta possível, a ser enriquecida pelos acontecimentos que irão decorrer na
sala de aula e, ao mesmo tempo, a sua qualidade depende não exclusivamente da sua boa
elaboração, mas também da sua implementação e avaliação.
Com efeito, as condições em que se trabalha são por vezes tão fortemente imitantes que será
utópico não as tomar em consideração. E assim, frequentemente o professor é forçado, por
exemplo, a mudar de estratégia porque não é mesmo possível concretiza-la com o material de que
dispõe. Mas considerar de forma realista as limitações a que se está sujeito não significa que se
adopte face a elas uma atitude de submissão; bem pelo contrario, é fundamental que elas se
encarem sempre como um desafio à criatividade e iniciativa de cada um tal como é ilustrado pelo
caso de um professor de Português que, não tendo qualquer biblioteca na escola, nem qualquer
biblioteca de turma, e estando muito empenhado em desenvolver o gosto pela leitura com seus
alunos, faz com eles uma recolha de contos tradicionais da região. Esses contos foram escritos
pelos alunos, por eles ilustrados e poli copiados, constituindo um pequeno embrião de uma
colecção de textos à disposição de todos, talvez uma “biblioteca” mais viva e mais útil que muitas
outras.
O mesmo também se aplica para o caso de recursos humanos. Por exemplo, o facto de se saber
que há alguém que pode dar sobre um determinado assunto (exemplo, o inicio da luta armada de
libertação de Moçambique, etc.) um depoimento vivo e que se põe à disposição dos alunos para
contar a sua experiência e responder perguntas, pode alterar completamente e enriquecer uma
estratégia anteriormente pensada. Há pois que contar com a riqueza de que são portadores os
professores, os alunos, os familiares dos alunos, bem como os elementos da comunidade.
Finalmente, pensando nos recursos, é importante que o professor pense também que ele constitui
um excelente recurso de ensino, pois tudo depende do seu “empenhamento, das atitudes, da
natureza e da qualidade da relação pedagógica investida no processo educativo”. O professor ao
planear a sua acção tem, pois, de estar bem consciente dos seus aspectos positivos e das suas
limitações como pessoa e como profissional, a fim de que possa delas tirar o maior partido
possível. E é assim que no corpo docente ou entre os funcionários se descobre que há
musicólogos, poetas, arqueólogos amadores, fotógrafos, agricultores, oleiros, marceneiros,
cozinheiros, etc. cujos saberes podem enriquecer as actividades escolares de determinadas
disciplinas (exemplo, ofícios, educação visual, educação musical, desenho, etc.). E o mesmo se
pode aplicar no caso dos encarregados de educação que, dentre eles, se pode recorrer como
portador de alguma riqueza cultural, o que igualmente é bom sob ponto de vista afectivo, que
consiste em um filho ver que o que o pai ou a mãe fazem é valorizado a ponto de eles serem
chamados à escola para ajudar, para ensinar como qualquer professor.
c. O aluno
Qualquer criança, adolescente ou jovem é portador de uma experiência de vida, de um saber, cujo
seu aproveitamento é um recurso económico e eficaz (a compreensão de um determinado assunto
é muitas vezes mais fácil se esse assunto for tratado por um colega em vez do professor), e o
facto de permitir ao aluno trazer o contributo do seu próprio mundo ao PEA permite-lhe sentir
que é um dos protagonistas desse processo e fálo- á sentir-se digno de crédito, confiante em si
mesmo e nos outros.
Por outro lado, uma componente importante na planificação do PEA é a sua adequação ao aluno.
Realmente, para além da compreensão das características próprias do nível etário do aluno e das
características médias da população escolar, certamente tidas na elaboração dos programas, é
fundamental que o professor conheça as características pessoais do aluno.
Com efeito, se a verdadeira aprendizagem é sempre o produto da actividade pessoal de cada um,
então o papel do professor consiste em tentar criar situações que favoreçam em cada aluno a
mobilização óptima de todos os seus recursos, particularmente dos seus pré-requistos. De facto, é
fundamental que o aluno domine os pré-requisitos daquela unidade de ensino/aprendizagem, isto
é, que domine aqueles conhecimentos e possua aquelas capacidades sem as quais não é possível
realizar as aprendizagens subsequentes.
O aluno, como conjunto, agrupado em turma merece também ser conhecido. Cada turma é um
grupo dotado de uma dinâmica própria e é necessário que o professor conheça essa dinâmica, os
hábitos e o modo de reagir da turma para planificar a sua acção, de forma a tirar o máximo
partido da turma como um recurso. A confrontação de pontos de vista diferentes, o aceitar pôr-se
em questão, o hábito de ouvir os outros, de respeitar pontos de vista diferentes dos seus, de se
exprimir claramente, de ajudar e de ser ajudado, de lutar pelo que considera certo são, entre
outras, aprendizagens que o trabalho na turma pode proporcionar e que permitem contribuir para
o desenvolvimento cognitivo, social e afectivo dos alunos.
O conhecimento do comportamento da turma irá ainda ter uma influência decisiva no tipo de
trabalho que se ira propor: a uma turma irrequieta será preciso fazer propostas mais dinâmicas
que canalizem aquela energia excessiva para actividade produtiva. Para alunos excessivamente
competitiva será de insistir em propostas assentes no trabalho de grupo, etc.
d. Conteúdos
Os conteúdos a ser ter em conta na planificação do PEA pelo professor já vêm indicados, em
linhas gerais, pelos programas de ensino que se baseia nos esquemas conceptuais que os presidem
e os temas organizadores. Neste sentido, quando os professores duma mesma escola não
trabalham em conjunto sobre um mesmo programa pode haver diferenças de interpretação. Isso é
que faz com que na mesma escola diferentes professores dê em as rubricas com ênfases diferentes
e por ordens diferentes. Este facto poderá aparentemente não ser importante, mas a discrepância
de situações em que inevitavelmente os alunos se encontrarão ao enfrentarem os exames
repercutiríeis, naturalmente, a nível da classificação.
Neste sentido, o importante consiste em perceber que para além da organização do conhecimento
em si, com base nas suas regras, o conteúdo abrange todas as experiências educativas do
conhecimento, devidamente seleccionadas e organizadas pela escola. E na selecção da matéria
deve-se ter em conta o valor funcional que mais se liga aos problemas da actualidade e tenha
valor social. A selecção deve ter em conta os interesses regionais bem como as necessidades e
fases do desenvolvimento do aluno.
NÉRICI, Imidio G, (1991). Introdução a Didáctica Geral; 12ª ed. São Paulo: Editora Atlas S.A