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1.0.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho enquadra-se na Disciplina de Microbiologia do Curso de


Licenciatura em Biologia. O principal objetivo da Microbiologia é estudar todos os
aspectos que envolvem o mundo microbiano, constituído pelas bactérias, fungos
(filamentosos, “bolores”, “mofos” e leveduras), protozoários, vírus e algas
microscópicas. A ciência da microbiologia visa obter e expandir nossa compreensão
fundamental dos microrganismos, estudando sua morfologia, metabolismo, fisiologia,
reprodução e genética, enquanto outros investigam suas interações com outros
organismos e papel na ecologia.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral

 Explicar os objectos e métodos de estudo em Microbiologia

1.1.2. Objectivos Específicos


 Definir Microbiologia
 Descrever os conceitos básicos
 Estudar microrganismos e suas actividades. Os microrganismos compreendem
as Bactérias, Fungos (bolores, leveduras e orelha de pau), Vírus (limiar da vida),
Algas e Protozoários.

1.2. Metodologia

Na procura de entender os conceitos básicos da Microbiologia realização e conclusão


desde trabalho de campo baseou-se, em pesquisa bibliográfica, realizada em bibliotecas
e escolas públicas, utilizou-se (livros de metodologia científica, obras literárias e
didácticas, artigos científicos, dicionários, revistas, internet, jornais etc.). A pesquisa foi
desenvolvida através de acções e investigações concretas, assim como de leitura,
conhecimentos precisos, reflexão, e com base em análise crítica sobre o tema norteador
do trabalho
Resolução da Actividade 1

1.a) O objecto de estudo da microbiologia são organismos procariotos (bactérias,


archaes), eucariotos inferiores (algas, protozoários, fungos) e também vírus.

Actualmente, a maioria dos trabalhos em microbiologia é feita com métodos de


bioquímica e genética. Também é relacionada com a patologia, já que muitos
organismos são patogénicos.

b) A preocupação da Microbiologia em relação ao seu objecto de estudo, está


preocupada com métodos de bioquímica e genética. Também é relacionada com a
patologia, já que muitos organismos são patogénicos.

2.a) Em 1866, o zoólogo alemão E. H. Haeckel sugeriu que os microrganismos que não
podiam ser classificados como vegetais ou animais, fossem denominados de
protistasformando o reino Protista, constituído unicamente por seres unicelulares.
Assim, ao se falar de protistas, estariam envolvidas as bactérias, algas, fungos e
protozoários, excluindo-se os vírus que não são organismos celulares.

b) De acordo com Woese, existem três domínios: Archaea, Bacteria e Eukarya.


Ressaltando que os vírus, apesar das controvérsias a respeito, são atualmente
considerados formas particulares de vida, mas não se incluem em nenhum desses reinos,
pois são acelulares.

3. Contribuições dos seguintes indivíduos para a microbiologia:


 Francesco Redi (1626-1697) demonstrou em 1668 que as larvas encontradas na
carne em putrefacção eram larvas de ovos de insectos, e não um produto da
geração espontânea (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).

 Jonh Needham (1713-1781) em 1745, cozinhou pedaços de carne para destruir


microrganismos preexistentes e colocou-os em frascos abertos. Eventualmente
ele viu colónias de microrganismos na superfície e concluiu que elas surgiram
espontaneamente a partir da carne (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).
 Lazzaro Spllanzani (1729-1799) em 1769, ferveu caldo de carne em um frasco
durante uma hora e então vedou-o. Nenhum microorganismos apareceu no
caldo, assim este resultado contrariou a abiogénese. Mas Needham
simplesmente insistia que o ar era essencial à vida para a geração espontânea
(Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).

4. O cientista que rejeitou a teoria da geração espontânea foi o Luis Pasteur (1822-
1885) que usou frascos longos e curvados que foram preenchidos com caldo e
aquecidos. O ar podia passar livremente através dos frascos abertos, mas nenhum
micróbio surgiu na solução. As partículas de poeira e os microorganismos depositavam-
se na região sinuosa em forma de U do tudo, mas não atingiram o caldo. Pasteur
realizou também experiências no alto dos Pirineus e Alpes onde não existiam poeiras
que carregavam os microorganismos através do ar e ele demonstrou que quanto mais
puro for o ar que penetra no frasco, menor é a possibilidade de ocorrer a contaminação
(Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).

5. Os que defendem que o vírus não é um ser vivo partem do princípio de que ele não
tem vida livre, pois sua replicação só é possível dentro de uma célula viva. Além disso,
alguns desses agentes possuem a capacidade de se cristalizar quando submetido a
situações adversas. Entretanto, os que o classificam como ser vivo se apoiam em duas
características. A primeira se refere à sua capacidade de replicação que os diferem de
outros agentes, tais como as toxinas bacterianas; e a segunda, à presença de uma
estrutura protetora de seu material genético, ausente nos plasmídeos (molécula de

DNA circular).

6. a) Trata-se de Estrutura de um bacteriófago com cabeça icosaédrica e cauda. (Pelczar


Jr, Chan, & Krieg, 1996).

7. Importância das bactérias na indústria, meio ambiente e no ramo da medicina


Os vários tipos de bactérias podem ser prejudiciais ou úteis para o meio ambiente e para
os seres vivos. Com técnicas da biotecnologia já foram desenvolvidas bactérias capazes
de produzir drogas terapêuticas, como a insulina (Wikipédia org, 2011).
7.1. Na indústria farmacêutica: produção de hormônio
Em 1977, obteve se pela primeira vez a síntese de uma proteína humana por uma
bactéria transformada. Um segmento de DNA com 60 pares de nucleotídeos, contendo o
código para síntese de somatostatina (um hormônio composto de 14 aminoácidos) foi
ligado a um plasmídio e introduzido em uma bactéria, a partir da qual foram obtidos
clones capazes de produzir somatostatina (Wikipédia org, 2011).

7.2. Na indústria de alimentos


Existem várias espécies de bactérias usadas na preparação de comidas ou bebidas
fermentadas, incluindo as lácticas para queijos, iogurte, vinho, salsicha, frias, pickles,
chucrute (sauerkraut em alemão), azeitona, molho de soja, leite fermentado e as
acéticas utilizadas para produzir vinagres (Wikipédia org, 2011).

A insulina foi a primeira proteína humana produzida por engenharia genética em células
de bactérias e aprovada para uso em pessoas. Até então, a fonte desse hormônio para
tratamento de diabéticos eram os pâncreas de bois e porcos, obtidos em matadouros.
Apesar de a insulina desses animais ser muito semelhante à humana, ela causa
problemas alérgicos em algumas pessoas diabéticas que utilizavam o medicamento. A
insulina produzida em bactérias transformadas, por outro lado, é idêntica à do pâncreas
humano e não causa alergia, devendo substituir definitivamente a insulina animal
(Wikipédia org, 2011).

O hormônio do crescimento, a somatotrofina, foi produzido pela primeira vez em


bactérias em 1979, mas a versão comercial só foi libertada em 1985, após ter sido
submetida a inúmeros testes que mostraram sua eficácia. O hormônio de crescimento é
produzido pela hipófise, na sua ausência ou em quantidades muito baixa, a criança não
se desenvolve adequadamente. Até pouco tempo atrás, a única opção para crianças que
nasciam com deficiência hipofisária somatotrofina era tratamento com hormônio
extraído de cadáveres. Agora esse hormônio é produzido por técnicas de engenharia
genética (Wikipédia org, 2011).

7.3. Na ecologia
No solo existem muitos microorganismos que trabalham na transformação dos
compostos de nitrogénio em formas que possam ser utilizadas pelas plantas e muitos são
bactérias que vivem na rizosfera (a zona que inclui a superfície da raiz e o solo que a ela
adere). Algumas destas bactérias – as nitrobactérias – podem usar o nitrogénio do ar e
convertê-lo em compostos úteis para as plantas, um processo denominado fixação do
nitrogénio. A capacidade das bactérias para degradar uma grande variedade de
compostos orgânicos é muito importante e existem grupos especializados de
microorganismos que trabalham na mineralização de classes específicas de compostos
como, por exemplo, a decomposição da celulose, que é um dos mais abundantes
constituintes das plantas. Nas plantas, as bactérias podem também causar doenças
(Wikipédia org, 2011).

As bactérias decompositoras actuam na decomposição do lixo, sendo essenciais para tal


tarefa. Também podem ser utilizadas para biorremediação actuando na biodegradação
de lixos tóxicos, incluindo derrames de hidrocarbonetos (Wikipédia org, 2011).

7.4. Na saúde humana


O papel das bactérias na saúde como agentes infecciosos, é bem conhecido: o tétano, a
febre tifóide, a pneumonia, a sífilis, a cólera e tuberculose são apenas alguns exemplos.
O modo de infecção inclui o contacto directo com material infectado, pelo ar, comida,
água e por insectos. A maior parte das infecções pode ser tratada com antibióticos e as
medidas anti-sépticas podem evitar muitas infecções bacterianas, por exemplo, fervendo
a água antes de tomar, lavar alimentos frescos ou passar álcool numa ferida. A
esterilização dos instrumentos cirúrgicos ou dentários é feita para os livrar de qualquer
agente patogénico (Wikipédia org, 2011).

No entanto, muitas bactérias são simbiontes do organismo humano e de outros animais


como, por exemplo, as que vivem no intestino ajudando na digestão e evitando a
proliferação de micróbios patogénicos (Wikipédia org, 2011).

8. A coloração de Gram é o procedimento de coloração mais importante na


microbiologia médica. Os microorganismos Gram-positivos retêm a coloração púrpura
do cristal violeta após fixação com iodo e a lavagem com álcool, enquanto os
microorganismos Gram-negativos perdem esta coloração com o álcool e precisam ser
contra corados com um corante róseo. Corantes especias são necessários para os
microorganismos com paredes celulares incomuns, p. ex., coloração álcool-
acidorresistente para micobactérias (Spicer, 2002).

9. As bactérias podem receber diferentes nomes de acordo com o formato. Entre os tipos
fundamentais, podemos citar:
 Bacilos: Bactérias com formato de um pequeno bastão.
 Cocos: Bactérias de formato esférico.
 Espirilos: Bactérias em forma de sacarrolha.

Resolução da Actividade: 2

1. O objecto de estudo da microbiologia são organismos procariotos (bactérias, archaes),


eucariotos inferiores (algas, protozoários, fungos) e também vírus.

2. Os microrganismos têm sido fonte de processo para o benefício da sociedadeEles têm


a fama de serem maus, de prejudicarem a saúde humana e de serem perigosos. Mas não
é bem assim.
Muitos microrganismos são benéficos, auxiliando a vida no planeta, das pessoas e dos
animais.

3.

5. Louis Pasteur (1822-1895) usou frascos longos e curvados que foram preenchidos
com caldo e aquecidos. O ar podia passar livremente através dos frascos abertos mas
nenhum micróbio surgiu na solução. As partículas de poeira e os microorganismos
depositavam-se na região sinuosa em forma de U do tubo, mas não atingiam o caldo.
Pasteur realizou também experiências no alto dos Pirineus e Alpes onde não existiam
poeiras que carregavam os microorganismos através do ar e ele demonstrou que quanto
mais puro for o ar que penetra no frasco, menor é a possibilidade de ocorrer
contaminação (Figura 3) (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).
6. John Tyndall (1820-1893) efetuou experiências numa caixa especialmente desenhada
para provar que a poeira carrega os micróbios. Se não houver poeira, o caldo estéril
ficará livre de crescimento microbiano por períodos indefinidos de tempo.

7. Diferenças entre seres eucariontes e procariontes

Os microorganismos procarióticos são unicelulares na sua maioria e apresenta uma


forma simples que é evidente se observarmos forma, tamanho e arranjo das células
quando observados ao microscópio comum. Enquanto que:
As células eucarióticas são geralmente maiores e estruturalmente mais complexas do
que as células procarióticas. A característica predominante das células eucarióticas é o
núcleo com cromossomas lineares envolvidos por uma membrana que não é encontrada
em procarióticos.

8. Contribuição dos trabalhos de Joshua e Esther Lederberg


Em 1951 Joshua e Esther Lederberg realizaram uma experiência, demonstrando que
adaptações evolutivas surgem melhor da preadaptação do que da mutação dirigida. Para
isto, eles inventaram a replicação em placa, que permitiu que eles transferissem
numerosas colônias de bactérias para locais específicos de uma placa de petri
preenchida com Ágar-ágar para regiões análogas em diversas outras placas de petri.
Após a replicação de uma placa com E. coli, eles expuseram cada uma das placas a
fagos. Eles observaram que colônias resistentes aos fagos estavam presentes em partes
análogas de cada placa, possibilitando-os concluir que os traços de resistência aos fagos
existiam na colonia original, que nunca havia sido exposta aos fagos, ao invés de
surgirem após as bactérias terem sido expostas aos vírus.

9. Classificação dos organismos segundo Haeckel, sugeriu que eles deviam ser
colocados em um terceiro reino, o Protista. Entretanto, estudos mais recentes revelam
diferenças fundamentais entre vários microorganismos

11. A classificação proposto em 1969 por Robert H. Whittaker ampliou o sistema de


classificação de Haeckel e sugeriu três níveis de organização celular para acomodar os
três modos principais de nutrição que são:
i. Fotossíntese, o processo pelo qual a luz fornece energia para converter o dióxido de
carbono em água e açucares,
ii. Absorção, a captação de nutrientes químicos dissolvidos em água,

iii. Ingestão, entrada de partículas de alimentos não dissolvidos

12. Os procariotos normalmente obtêm nutrientes somente por absorção, e não podem
ingerir alimentos ou realizar fotossíntese (como as plantas). O reino Protista inclui os
microorganismos eucariotas unicelulares, que representam todos os três tipos
nutricionais: as algas são fotossintéticas, os protozoários podem ingerir seu alimento e
os fungos limosos (os fungos inferiores) somente absorvem os nutrientes. Os
organismos eucarióticos superiores são colocados no reino Plantae (plantas verdes
fotossintéticas e algas superiores), Animalia (animais que ingerem os alimentos) e
Fungi, organismos que tem parede celular mas não apresentam o pigmento
fotossintético clorofila encontrado em outras plantas, portanto eles absorvem os
nutrientes (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).

13. Porque é inevitável que vivamos entre uma multidão deles; encontra-se no ar que
respiramos, no alimento que ingerimos, na superfície do nosso corpo, na boca, nariz e
outras cavidades do corpo, no aparelho digestivo (Moreira & Mendes,1998).

Os microorganismos, que são favorecidos pelas mesmas condições que a população


humana, podem produzirem modificações devido ao seu metabolismo, o que os torna
patogénico para o homem. Felizmente a maioria é inócua e habita a superfície do nosso
corpo, tracto digestivo, boca, nariz e outras cavidades naturais. Dispomos de meios para
resistir à invasão daqueles potencialmente patogénicos (Monteiro, Cogo, & Filho,
2009).

14.

15. Dois Campos de aplicação das bactérias:


 Indústria, está envolvida na preparação de comidas ou bebidas fermentadas,
incluindo as lácticas para queijos, iogurte, vinho, salsicha, frias, pickles,
chucrute (sauerkraut em alemão), azeitona, molho de soja, leite fermentado e as
acéticas utilizadas para produzir vinagres;
 Meio ambiente: as bactérias desempenham papel importante na decomposição
de matéria orgânica e a reciclagem dos elementos químicos da natureza (ciclos
biogeoquímicos).

16. Importância das bactérias no ramo da medicina: Elas actuam como agentes
infecciosos, é bem conhecido: o tétano, a febre tifóide, a pneumonia, a sífilis, a cólera e
tuberculose são apenas alguns exemplos.

17. Insulina foi a primeira proteína humana produzida comercialmente utilizando


bactérias modificadas por engenharia genética.

18. As bactérias são classificadas quanto a forma, coloração, capacidade de crescer com
ou sem oxigénio, dimensão, características de crescimento, conteúdo e homologia de
DNA (conteúdo de G+C). Quanto a diversidade nutricional as bactérias podem ser:
fotoautotróficas, fotoheterotroficas, quimioautotróficas e quimioheterotróficas.

I- Bactérias autotróficas fotossintentizantes (Fotoautotroficas) – aqueles que


utilizam a luz como fonte de energia e o dióxido de carbono como fonte principal de
carbono. Possuem moléculas de clorofila (mais ou menos diferente da clorofila das
plantas), e consomem energia luminosa. A cor é variável e está relacionada com a
presença de diversos caratenóides que funcionam na fotossíntese como pigmentos
acessórios.

II – Fotoheterotroficas – aqueles que utilizam a luz como fonte de energia e compostos


orgânicos como fonte principal de carbono. Outras bactérias fotossintetizantes utilizam
álcoois, ácidos gordos e diversas outras substâncias orgânicas como dadores de
electrões para reacção da fotossíntese e dizem-se por isso bactérias não sulfurosas.

19. Caracterização das estruturas externas à parede celular


A parede celular é o componente mais externo, sendo comum a todas as bactérias
(excepto espécies de Mycoplasma, envoltas por uma membrana celular e não por uma
parede celular). Algumas bactérias exibem propriedades superficiais externas à parede
celular, como uma cápsula, flagelos e pili, que correspondem a componentes menos
comuns (Levinson, 2010).

A parede celular é uma estrutura em multicamadas situada externamente à membrana


citoplasmática. É composta por uma camada interna de peptideoglicano e uma
membrana externa que varia quanto à espessura e à composição química, dependendo
do tipo de bactéria. O peptideoglicano confere sustentação estrutural e mantém a forma
característica da célula (Levinson, 2010).

20. Funções da membrana citoplasmática


 Transporte activo de moléculas para o interior da célula,
 Geração de energia pela fosforilação oxidativa,
 Síntese de precursores da parede celular,secreção de enzimas e toxinas.

21. Os decompositores e as bactérias nitrificantes do solo desempenham os papeis mais


importantes no ciclo do azoto. As bactérias de putrefacção decompõem as proteínas
produzindo, entre outros, a amónia (NH 3) e os iões amónia (NH4+). Algumas plantas
absorvem os iões amónia.

22. Classificação das bactérias no ponto de vista nutricional


Do ponto de vista nutricional, as bactérias podem ser divididas em duas grandes classes
fisiológicas dependendo da forma de obtenção de fontes de energia para a realização de
suas actividades vitais: as bactérias heterotróficas e as bactérias autotróficas (Pelczar Jr,
Chan, & Krieg, 1996).
Algumas são autotróficas, isto é produzem os seus próprios compostos orgânicos a
partir de moléculas inorgânicas e de uma fonte de energia. Nenhuma destas bactérias
utiliza água na fotossíntese, como acontece nas plantas. São todas anaeróbias e a
fotossíntese não produz oxigénio molecular (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).

23. Defina Cofactores é Elemento com ação complementar ao sitio ativo as enzimas que
auxiliam na formação de um ambiente ideal para ocorrer a reação química ou
participam diretamente dela (transferência de grupos)
24. A coloração de Gram é o procedimento de coloração mais importante na
microbiologia médica. Os microorganismos Gram-positivos retêm a coloração púrpura
do cristal violeta após fixação com iodo e a lavagem com álcool, enquanto os
microorganismos Gram-negativos perdem esta coloração com o álcool e precisam ser
contra corados com um corante róseo. Corantes especias são necessários para os
microorganismos com paredes celulares incomuns, p. ex., coloração álcool-
acidorresistente para micobactérias (Spicer, 2002).

Embora a coloração e as características de crescimento tenham sido a base do


diagnóstico microbiológico, a disponibilidade de técnicas como a amplificação de DNA
e as sondas de DNA e anticorpos monoclonais e policlonais têm aumentado muito a
rapidez, a amplitude e a sensibilidade dos exames diagnósticos (Spicer, 2002).

25. Porque Uma vez dentro da célula, os vírus possuem genes capazes de controlar os
sistemas de produção de energia e síntese de proteínas da célula hospedeira. Além de
sua forma intracelular, os vírus possuem uma forma extracelular que leva o ácido
nucleico viral de uma célula hospedeira a outra. Na forma infecciosa, os vírus são
simplesmente pacotes de genes envolvidos por uma capa proteica. A capa protege os
genes fora da célula hospedeira; serve também como um veículo para entrar em outra
célula hospedeira devido a sua ligação a receptores presentes na superfície da célula. A
estrutura viral completa é denominada vírion (Pelczar Jr, Chan, & Krieg, 1996).

26. Os vírus estão largamente distribuídos na natureza – há vírus que infectam células
animais ou vegetais e outros que infectam microorganismos. Qualquer que seja o tipo de
célula hospedeira, todos os vírus são parasitas obrigatórios. Isto é, eles podem
reproduzir-se somente no interior de uma célula metabolicamente activa, utilizando os
sistemas de síntese proteica e gerador de energia da célula (Pelczar Jr, Chan, & Krieg,
1996).

27. As enzimas, como proteínas, também essão sujeitas a esse processo, que podem
ocasionar a perda, algumas vezes reversível, de atividade.

28.
29. Vírus são partículas infecciosas, de natureza nucleoprotéica, de dimensões
geralmente inferiores a 0,2 micra e, consequentemente, geralmente filtráveis em filtros
bacteriológicos e visíveis somente ao microscópio electrónico. São parasitas
intracelulares obrigatórios, formando geralmente só em presença de células vivas e dão
facilmente lugar a mutações. Induz a célula parasita a formar réplicas, tanto do ácido
nucleico como da capa protéica

Resolução da Actividade: 3

1. A reprodução dos vírus (vírions) ocorre necessariamente no interior de uma célula


(hospedeiro), por isso são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, requerendo
a utilização da estrutura celular: material genético e organelas, para sua multiplicação e
propagação.

2. A replicação viral, que ocorre no interior da célula do hospedeiro, evolui


seguindo as etapas de adsorção, penetração, desnudamento, transcrição e tradução
(síntese), maturação e liberação

3. Os bacteriófagos são vírus que se multiplicam, principalmente, em Archea e


bactérias, sendo de natureza geral similar aos demais vírus (ACKERMANN, 2003;
GREGORACCI et al., 2006). Basicamente são constituídos de ácido nucleico envolto
por uma capa proteica (capsídeo), podendo ou não estar envolto por envelope
lipoproteico. Esses micro-organismos possuem morfologia diversa, frequentemente
apresentam em forma icosaédrica com cauda, ou ainda apresentam-se morfologia
filamentosa. Podem ter RNA, ssDNA (de fita simples) e dsDNA (de fita dupla) como
material genético. Um modelo clássico de bacteriófago e o fago Lambda que infecta
Escherichia coli que apresenta uma cabeça icosaédrica e cauda contrátil separada por
um colar e fibras que se fixam ao receptor da membrana bacteriana, usualmente ao
lipopolissacaríde (LPS) ou pili. Com essa fibra, o bacteriófago injeta seu material
genético no interior da célula bacteriana.
4. Caraterísticas dos fagos: Os fagos têm uma estrutura muito simples, consistindo
meramente numa molécula de ADN (ou ocasionalmente ARN), que transporta
determinado número de genes, nos quais se incluem vários para a replicação do fago.,
rodeado por um invólucro protector ou um capside composto por moléculas proteicas.

5. Na reprodução ou replicação dos bacteriófagos existem basicamente dois tipos de


ciclos reprodutivos que são:

 Ciclo lítico que compreende as seguintes etapas: adsorção, penetração do


genoma, conversão da célula hospedeira em uma "fabrica" produtora de fagos,
produção do ácido nucleico e proteínas do fagos, montagem e libertação de
partículas de fagos maduros.
 Ciclo temperado que podem realizar tanto um ciclo lítico como um ciclo
lisogênico. O ciclo lisogênico envolve os seguintes estágios: adsorção, entrada
do genoma, síntese de mRNA do fago para formar uma proteína repressora,
inserção do DNA fágico do cromossoma bacteriano. Em outro tipo de lisogenia,
o fago DNA permanece como um plasmídeo no citoplasma hospedeiro.

8. Existem dois tipos de fagos: Cabeça e cauda e Filamentoso Fago Cabeça e cauda.
enquanto que Filamentoso, o ácido nucleico tem uma forma helicoidal estendida ao
longo do comprimento da capa proteica. A cauda do fago pode ser muito curta ou quatro
vezes superior ao comprimento da cabeça e pode ser flexível ou rígida.

9. A principal característica do vírus de HIV é a presença da enzima transcriptase


reserva, capaz de produzir moléculas de DNA a partir de RNA.

10. Os tipos do vírus do HIV que existem são HIV-1 e HIV-2.

11. As enzimas localizadas no interior do nucleocapsídeo são: transcriptase reserva,


integrasse e protéase. (Levinson).

12. Diferenças entre os fungos e as plantas


Os fungos apresentam um conjunto de características próprias que permitem sua
diferenciação das plantas: não sintetizam clorofila, não tem celulose na sua parede
celular, excepto alguns fungos aquáticos.
13. Diferenças entre fungos eucarióticos dos fungos heterotróficos

16. Os fungos heterotróficos, obtêm sua energia pela ruptura de moléculas orgânicas, e
não podem sintetizar as moléculas orgânicas a partir de moléculas inorgânicas como as
plantas fazem. Eles alimentam-se pela secrecção de exoenzimas no substrato ao redor.
Estes fragmentos moleculares ou mais precisamente exoenzimas funcionam como as
enzimas digestivas dos animais, rompendo as moléculas orgânicas grandes, porém
funcionam de lado de fora do organismo. Os fragmentos moleculares (exoenzimas) são
absorvidos pelas células fúngicas.

17. Considera-se que os fungos ocupam dois nichos ecológicos porque o nicho
ecológico de fungos decompositores desenvolve em organismos mortos enquanto que
os fungos parasitas desenvolvem-se em organismos vivos.

18. Um líquene é uma relação simbiótica muito estreita entre um fungo e um organismo
fotossintético, usualmente uma cianobactéria ou uma alga verde. Um líquene comporta-
se de forma tao semelhante a um organismo único que são classificados em géneros e
espécies.

19. A reprodução parassexuada consiste em

20. Diferenças entre a reprodução sexuada e assexuada dos fungos:


A reprodução sexuada dos fungos só pode ocorrer entre talos com linhagens positivas e
negativas. A reprodução sexuada é isogâmica: envolve a conjugação de dois gametas
similares. Durante a conjugação as duas hifas contendo linhas positivas e negativas
ligam-se (heterotalismo). As hifas conjugadas produzem um progametângio em forma
de taco que liberta a sua extremidade (chamada gametângio). Os gametângios fundem-
se, a parede mediana dissolve-se e os núcleos fundem-se em pares, formando um zigoto.
Cada zigoto, ao germinar, produz um promicélio que desenvolve um esporângio na sua
extremidade. Quando o esporângio rompe, os esporos libertam-se e germinam
produzindo novos micélios.
A reprodução assexuada dos fungos: A maioria dos Ascomycetes, reproduzem-se
assexuadamente, por exemplo através da produção de esporos chamados conídios
(significado "poeira" em grego), que se forma a partir de tipos especializados de hifas
chamados conidiósporos.
21. Os produtos usados no cultivo de microrganismos, são: agar, extrato da Carne, sais
biliares, corantes, gelatina, gelisato, infusões, neopeptona, peptona, fitona, polipeptona,
proteose peptona, soytona, acucares, tiotona, tripticase, extrato de leveduras e água.

22. Os grupos nutricionais de microrganismos são: quimioautotróficos,


quimioheterotroficos, fotoautotróficos e fotoheterotróficos.

23. Os meios de culturas microbiológicos consistem em uma mistura de substâncias


nutrientes mias ou menos complexa, dependendo das exigências nutritivas da espécie
em estudo. As exigências são decorrentes do maior para menor poder de síntese da
espécie. Alguns meios compõem-se apenas de sais inorgânicos, outros se preparam com
ingredientes complexos como extrarto de tecidos ou órgãos de animais. Outros
consistem em tecidos vivos (cultivo de tecidos) usados para Rickettsia e vírus
(Monteiro, Cogo, & Filhos, 2009)

24. Os meios de cultura podem ser divididos em diversos grupos de acordo com a
procedência, consistência, composição e finalidade
i. Quanto à procedência
 Meios Naturais: são usadas substâncias assim como elas se apresentam na
natureza ou apenas com pequenas modificações, como cocção. Exemplos: suco
de tomate, batata e leite.
 Meios artificiais: são preparados na Laboratório, pela mistura de diversas
substâncias. Exemplo: caldo simples e água peptonoda.

ii. Quanto à consistência: solido, semi-solido, xaroposo e líquidos.


A solidificação geralmente é feita acrescentando o ágar aos meios líquidos.
Aumentando ou diminuindo a percentagem do ágar, obtem-se a variação da consistência
de acordo com a necessidade.

iii. Quanto a composição


 Meios simples: são destinados ao cultitivo de grmes poucos exigentes ou
servem de base para outros meios. Exemplos: solução aquosa de sais minerais,
caldo simples,agua peptonoda e gelose simples.
 Meios enriquecidos: são meios adicionados de substâncias altamente nutritivas,
como proteínas termocoagulaveis (sangue, plasma sanguíneo liquido de ascite),
aminoácidos, extratos de órgãos de mamíferos, proteína de soja, etc. Exemplos:
àgar sangue e àgar soro. Usados no cultivo de bactérias exigentes.

iv. Quanto a finalidade


Quanto a finalidade encontramos Meios selectivos, Meios Diferenciados, Meios
selectivos/Diferenciados, Meios de Enriquecimento, Meios sintéticos e Meios de
Estocagem.

25. Classificação dos meios quimicamente definidos utilizados no crescimento de


bactérias
a) Bactéria quimioautotróficos
 Fonte de Nitrogénio – (NH4)2SO4
 Fonte de Carbono (na forma de CO2) – NaHCO3
 Tampão e iões essências – NaHPO4; K2HPO4
 Iões essenciais – MgSO4, 7H2O, FeCl3, 6H2O, CaCl2, 2H2O
 Solvente - H2O
b) Bactéria heterotrófica não fastidiosa
 Fonte de energia e carbono – glicose (0,1%)
 Fonte de Nitrogénio e Tampão e iões essências – NaH4H2PO4
 Tampão e iões essências – KH2PO4
 Iões essenciais – MgSO4 •7H2O,
 Solvente - H2O

c) Bactéria heterotrófica fastidiosa


 Fonte de carbohidrato e carbono, nitrogénio orgânico, vitamina, sais – extrato de
carne.
 Fonte de nitrogénio orgânico e algumas vitaminas – peptona
 Iões e enriquecimento osmótico – NaCl
 Solvente - H2O

26. Os seres autotróficos (do grego autós =“de si mesmo” e throphos = alimentador)


são organismos capazes de produzir seu próprio alimento por intermédio
da fotossíntese ou quimiossíntese. No primeiro caso, a fonte de energia utilizada para
obtenção de alimentos é a luz solar, já os organismos quimiotróficos retiram sua energia
de substâncias químicas.

Dentre os organismos autotróficos fotossintetizantes, podemos destacar as algas, todas


as plantas, as cianobactérias e algumas bactérias. Os seres autotróficos
quimiossintetizantes, por sua vez, podem ser representados também por algumas
bactérias. Os organismos autotróficos constituem a base da cadeia alimentar e são
chamados de produtores.

Os seres heterotróficos (do grego heteros =“outro” e throphos = alimentador) são


aqueles incapazes de produzir alimento em seu próprio corpo, necessitando, portanto, de
alimentar-se de outro ser vivo para retirar os nutrientes que garantem a sua
sobrevivência. Como exemplo de seres heterotróficos, podemos citar representantes do
reino Monera (bactérias), Protoctista (protozoários), Fungi e Animalia

Os fungos, apesar de lembrarem as plantas em aparência, são também seres


heterotróficos. Eles não são capazes de produzir alimentos, sendo assim, retiram seus
nutrientes de outros seres vivos por absorção. Os fungos, assim como as bactérias,
atuam como decompositores no ambiente, degradando a matéria orgânica presente nos
seres vivos.

27. As culturas puras são obtidas através do isolamento dos descendentes (ou prole) de
uma única célula.

28. Os meios de cultura contêm nutrientes, fatores de promoção do crescimento,


fontes de energia, sais tampão, minerais, metais e agentes gelificantes
(para meios sólidos)
2.0. CONCLUSÃO

Ao finalizar este Trabalho, conclui-se que:

Os objectos de estudo da microbiologia são organismos procariotos (bactérias,


archaes), eucariotos inferiores (algas, protozoários, fungos) e também os vírus.

A Microbiologia era definida, até recentemente, como a área da ciência que dedica-se
ao estudo dos microrganismos, um vasto e diverso grupo de organismos unicelulares de
dimensões reduzidas, que podem ser encontrados como células isoladas ou agrupados
em diferentes arranjos (cadeias ou massas), sendo que as células, mesmo estando
associadas, exibiriam um carácter fisiológico independente.

Vírus são entidades infeciosas não-celulares cujos genomas podem ser DNA ou RNA.
Os vírus são constituídos de um cerne de ácido nucleico envolvido por uma capa
proteica ou capsídeo.

A classificação e a nomenclatura de vírus é, ainda hoje, um ponto controvertido.


Inicialmente, os vírus foram denominados de acordo com o nome da doença que
ocasionavam e, apesar de muitas tentativas de introduzir novas nomenclaturas
científicas, é, ainda, a mais universalmente adoptada entre os fitopatologistas.

Assim se conhecem, por exemplo, o vírus do mosaico do fumo (VMF ou TMV), o vírus
da vira cabeça do tomateiro, o vírus da tristeza do Citrus, o vírus do mosaico comum do
feijoeiro, etc.

Na natureza, os microorganismos existem em culturas mistas. Antes de identificar


espécies individuais de uma população microbiana mista, é necessário isolar as
diferentes espécies em cultura pura. Uma vez obtida a cultura pura, por meio de técnicas
laboratoriais, é possível determinar as características de identificação.
3.0. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA

ACKERMANN, H W; TREMBLAY, D; MOINEAU, S. (2004) Long-term


bacteriophage preservation. WFCC Newslett..

GREGORACCI, G.B.; SILVEIRA, W.D.; BROCCHI, M. ( 2006) The biology of


bacteriophages. In: WEGRZYN, G. Modern Bacteriophage Biology and Biotechnology.
Research Signpost

SUPINHO, Arlindo Elisio Pedro; Manual de Licenciatura Em Ensino de Biologia,


Microbiologia, 3º Ano, Universidade Católica de Moçambique - C

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