Você está na página 1de 18

A História da Educação

A Grécia antiga se formou da miscigenação dos povos Indo-Europeus ou arianos (aqueus, jônios, eólios, dórios). Eles
migraram para a região situada no sul da península Balcânica, entre os mares Jônico, Mediterrâneo e Egeu.
Não existia o modelo de escola como conhecemos na Grécia Clássica. O jovem cidadão estava constantemente aprendendo. A
própria família tinha essa responsabilidade, conforme a tradição religiosa, e muitas atividades reuniam os gregos em
comemoração: esses eram os momentos que faziam a Educação acontecer naturalmente.
O ensino das letras e dos cálculos demorou um pouco mais para se difundir, pois, na formação escolar, a preocupação recaía,
prioritariamente, sobre a prática esportiva.
Os gregos tratavam a educação como um processo de preparação para a vida social.
O homem era visto não só como um ser racional, mas como o centro do universo
A busca pelo conhecimento e o estudo da natureza, do ser humano e das artes, da observação e da investigação do mundo
levaram ao desenvolvimento da Filosofia na educação ateniense. A paideia é o modo como era compreendida a educação na
Grécia Antiga. O termo "paideia" deriva da palavra grega paidos (criança) e significa algo como a "educação das crianças".
A educação de cada pólis refletia a forma de organização e os ideais de cada sociedade.
EDUCAÇÃO ATENIENSE
O principal objetivo da educação em Atenas era preparar integralmente o cidadão.
A educação formal grega praticada em Atenas era direcionada somente aos homens a partir dos sete anos de idade e visava o
desenvolvimento físico e intelectual do ser humano, baseando-se em três pilares: a ginástica, a música e a escrita.
Na polis ateniense a ágora era o principal lugar de manifestação da opinião pública, a cidadania cotidiana. Onde o povo
se reunia em assembleia e deliberar sobre as questões de interesse da comunidade. A educação de Atenas tinha como finalidade
preparar os futuros cidadãos para a política, ou seja, para a retorica de modo que fossem capazes de se expressar oralmente
prontos para o diálogo e o convencimento. Assim, a educação ateniense propiciou o surgimento e o desenvolvimento da
Filosofia, que pode ser dividida em três fases:

 Período pré-socrático
Buscava-se explicar as questões da natureza e a origem do mundo.
(E: Tales de Mileto, também primeiro matemático.)

 Período socrático
A reflexão residia sobre o homem. Este foi o momento em os filósofos clássicos estudados se destacaram.
(E: Sócrates, Platão e Aristóteles)

 Período helenístico
A Filosofia ficou marcada pela visão cristã e por soluções individuais em detrimento do coletivo.
(E: Estoicismo, Cinismo, Epicurismo...)
EDUCAÇÃO ESPARTANA
A educação em Esparta era mais voltada para a formação de soldados para as guerras.
Chamado de agoge organizado por Licurgo o ensino era obrigatório e estava voltado para formação militar. Eram criados
em casa rigorosamente e após esse período o estado assumia a educação e os treinavam. Aprendiam a suportar a fome, frio, a
dormir com desconforto e a vestir se de forma despojada além disso a manobras militares com o propósito de se tonar hábeis.
“A disciplina era um valor, e o respeito dos guerreiros a seus superiores era primordial. Assim, a educação moral espartana
valorizava a obediência, a aceitação dos castigos e o respeito aos mais velhos, bem como privilegiava a vida comunitária.”
ARANHA, 2000, p. 51
IMPERIO ROMANO
Para compreender a Educação no Império Romano, necessitamos buscar alguns elementos entre aqueles conhecidos
como seus grandes pensadores: poetas, filósofos e historiadores.
Destacaremos três destes ilustres personagens:

 Horácio (65 a.C. - 27 a.C.)


Além de sua importância como poeta, pois trouxe muito da filosofia grega para Roma através
de sua poesia, Horácio (65 a.C. - 27 a.C.) presenciou o nascimento do Império Romano, sendo
contemporâneo de Júlio Cesar, Marco Antônio, Cleópatra e Otaviano Augustus.
“TENHA CORAGEM DE PENSAR POR SI MESMO”.

 Sêneca (4 d.C. - 65 d.C.)


Vivenciou eventos fundamentais na sociedade romana, foi preceptor de Nero na sua infância e
seu conselheiro até se tornar imperador. Como filósofo, advogado, dramaturgo e homem
público, Sêneca é considerado um dos mais importantes autores do império. Além de vasta
obra, deixou como herança sua preocupação ética: coerência entre aquilo que pensava e
escrevia com aquilo que vivia. Também defendia o conceito de igualdade natural entre os
homens – vivia em constante combate à escravidão, tão comum em seu tempo.

 Josef (37d.C. – 100 d.C.)


Foi um historiador judeu, tornado cidadão romano. Ele testemunhou eventos fundamentais de
seu tempo, todos registrados em suas obras: a expansão definitiva do Império Romano sobre a
Palestina, a destruição do Templo de Jerusalém (70 d.C.) e o nascimento do Cristianismo.
Vivendo permanentemente dividido, não só como historiador, mas como homem público,
deixou relatos fundamentais daquele período, que ainda hoje são fontes preciosas
Na fase latina da Educação romana, havia resistência à influência helenística. Os pequenos camponeses do Lácio
protegiam-se das inovações estrangeiras pelo respeito a uma tradição ancestral, de acordo com a qual a finalidade da educação era
prática e social.
Esperava-se que se proporcionasse à criança o saber necessário para o exercício de sua profissão de soldado ou de proprietário
rural.
No século II a.C., o pater famílias concedeu à mãe os direitos sobre a educação de seus filhos
durante a primeira infância, incluindo as meninas, que também aprendiam os elementos iniciais
do alfabeto. A criança crescia em casa, com os colegas, entre os brinquedos e as
aprendizagens básicas.
Em torno de 16 anos, finalmente livre da infância, o jovem dava início à aprendizagem da
vida pública, militar ou política, acompanhado do pai ou, se necessário, de um parente e,
até mesmo, de um escravo instruído, com o objetivo de se inserir na sociedade. Durante
cerca de um ano, antes de cumprir o serviço militar, adquiria conhecimentos de Direito, de
prática pública e da Eloquência (baseada diretamente nos estudos gregos em Retórica).
Em Roma, os escravos gregos ensinaram a própria língua e transmitiram sua cultura aos
romanos. Além disso, os etruscos (povo da Etrúria, uma terra antiga da Península Itálica)
também foram influenciados pelos gregos, com quem aprenderam o alfabeto.
De modo gradual, a Educação tornou-se um ofício praticado, inicialmente, por escravos no
interior da família e, em seguida, por libertos na escola.
Educação Clássica
É provável que você já tenha identificado os elementos que marcam a influência da Educação
Clássica sobre nós. No entanto, gostaríamos de destacar alguns pontos sobre isto, pois é
importante que você possa posicionar-se frente a eles e, assim, repensar a prática educativa
que conhece e aquela que assumirá como sua.
EDUCAÇÃO NA IDADE MEDIA
A Idade Média é um período marcado pelo surgimento de um novo tipo de intelectual na Europa Ocidental: os padres
cristãos. Esse grupo foi o principal responsável por manter uma Educação formal (escolas) na Europa entre os séculos V e XV. Os
primeiros a inaugurarem esse novo pensamento são conhecidos como membros da
Patrística
Após a fragmentação do Império Romano Ocidental a Educação foi creditada à Igreja, já que valorizava os princípios
educacionais herdados da Antiguidade para ocupação dos seus quadros e para sua pregação.
A Igreja, por meio de seus membros, transmitiu uma mistura das culturas antigas (greco-romana) cristianizadas. Sua pregação era
levada às praças, para o cotidiano dos reis, para todos que ouviam a Igreja, fazendo com que a Educação fosse difundida por
meios não formais. No entanto, sua estrutura de manutenção era formal, organizada em centros deformação desses clérigos.
O saber antigo preservou-se nos livros que os mosteiros e as igrejas agasalharam carinhosamente.
O modelo educacional da Igreja era uma cópia do modelo do Império Romano.
Pode-se dividir, de forma generalista, a Idade Média, no que diz respeito à
Educação, em duas linhas principais:

 Patrística
Pretende expor racionalmente a doutrina religiosa, com destaque para Agostinho de Hipona.

 Escolástica
Predominante nos espaços escolares durante o Renascimento Carolíngio e readaptada a partir do racionalismo cristão e de Tomás
de Aquino.
A base do pensamento educacional na Idade Média é o neoplatonismo cristão
Essa corrente filosófica misturava traços da leitura de Platão e princípios diversos filosóficos do Mediterrâneo, como estoicismo, e
os preceitos da religião cristã.
O nome mais importante para a Educação formulada para a Igreja e para além dela é o bispo africano Agostinho de Hipona (354-
430). Ele estruturou seu pensamento como os demais
membros da Patrística, isto é, combinando elementos da fé a princípios filosóficos de nomes importantes da cultura clássica, como
Platão (428 a.C.-347 a.C.) e Plotino (204 d.C.-270 d.C.).
Boa parte do conhecimento originário da Antiguidade foi preservado graças ao papel desempenhado pelos mosteiros e igrejas, que
reproduziram manuscritos clássicos elaboraram manuais e enciclopédias. Depois da Patrística, uma nova geração de bispos se
notabilizou por escrever, defender e disseminar a Educação, como Marciano Capela, Cassi odoro, Boécio, Isidoro de Sevilha e
Breda.
Quando falamos em Educação no período em questão, notamos a prevalência do modelo chamado de Sete Artes Liberais, que foi
criado por Marciano Capela. Essa divisão é marcada por três artes da alma: Trivium; Inspiradas por Deus, e quatro artes humanas;
Breda

 TRIVIUM
A capacidade de bem falar, bem escrever e bem argumentar é atribuída à Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo.
 DIALÉTICA
Exercício filosófico do convencimento, o ponto preciso para se atingir a verdade. É uma das grandes bases de relação entre o
exercício da cultura greco-romano e a religião.
 RETÓRICA
Exercício do bem falar, da praça pública, e lida com estilo, com o envolvimento.
 GRAMÁTICA
Exercício de escrever, dominar os aspectos do que já havia sido escrito, reproduzir e construirá escrita com perfeição. O latim era
uma língua entendida como sagrada.

 QUADRIVIUM
As artes humanas tinham relação direta com a mão humana, trabalhos artesanais e com a interpretação do mundo.
 ARITMÉTICA
Representa a interpretação do mundo, a base matemática de explicação das coisas. Ela fez com que muitos clérigos virassem
contadores, ou controladores dos reinos. Os números são seu principal objeto.
Imagem: Lês septo artes liberal/Wikipedia Commons/licença CC-BY-2.5
 GEOMETRIA
Era usada nos exercícios de medida, normalmente voltados à prática e à interpretação da prática, como construção de moinhos,
rodas de transportes e construções como igrejas emuralhas. Envolve também a medida de distâncias, rios e trajetos diversos.
 MÚSICA
Muitos não sabem, mas existiam escalas e teoria musical na Idade Média. No entanto, é importante destacar que, para a Igreja, só
era música aquilo que tinha as escalas corretas, tocadas nos ambientes corretos e com o objetivo de aproximar o homem de Deus.
Músicas de festa e cantos de guerra eram duramente recriminados.
 ASTRONOMIA
A mais contestada das artes. Muitos defendiam que era perigosa por ser confundida com relações pagãs, pois era responsável
pelas colheitas, marcação de datas e calendários e ainda efeitos.
Durante a Alta Idade Média, os reinos viviam um quadro de constante disputas, quedas substituição das estruturas
políticas. Nesse momento, aparece uma das principais iconografias representativas da Idade Média: as histórias arturianas. Nos
séculos anteriores, as ilhas britânicas eram o verdadeiro fim do mundo romano. As muralhas de Adriano representavam, de
alguma forma, o fim da civilidade.
Ainda que derrotados pelos saxões, a ideia de que um libertador reuniria as forças locais expulsaria os inimigos passa a ser
fortemente construída. A figura de Arthur só ganhou seus contornos mais típicos nos textos franceses do século XII, mas já
revelava um certo espírito das ilhas britânicas em imaginar um salvador político.
Por que essa história é importante para a Educação?
A ideia de um unificador, um salvador que uniria aqueles povos, também seria utilizada espírito das, mas de forma
diferente. Se um une pela espada, o outro une pela palavra, espírito das de unir as pessoas sob uma mensagem de cunho religioso.
A Educação teria a função de mostrar esse papel. Existem muitos “mitos” britânicos nesse sentido, mas o mais famoso é Breda, o
Venerável, que, na Irlanda, fundou mosteiros, recuperou Patrício como herói que trouxe o cristianismo aos bárbaros e explicou
como a Educação, pautada nas Sete Artes Liberais, era o caminho para a religião e, por consequência, para a Salvação.
Agora vamos falar da segunda grande reforma da Educação na Idade Média: a Escolástica
. Muitos manuais de História da Educação citariam Tomás de Aquino e a recuperação de textos aristotélicos, um movimento
chamado de racionalismo cristão. Mas falta uma peça desse quebra-cabeça, pois, é claro, que não foi uma mudança repentina a
ideia de mudar o caminho filosófico que seguíamos e, com isso, a Educação.
ESCOLÁSTICA
Termo que significa produção intelectual ligada à escola.
A Escolástica é um movimento que vem de diversas influências. Optamos por duas delas:
REFORMA CAROLÍNGIA
Termo histórico inventado para mostrar como importantes mudanças da Educação na corte de Carlos Magno foram iniciadas e
abriram caminho para a Escolástica.
INFLUÊNCIA DOS MUÇULMANOS
Maomé não trouxe só outra religião. A partir da sua fundação, um novo mundo, um novo sistema de governo e uma nova forma
de ver a Educação foram criados. O tamanho e o poder dessa presença foram tão grandes que fizeram com que eles dominassem
norte da África, solda Europa e partes importantes da Ásia. Mas não era pela espada, era uma expansão que tinha muito comércio
e cultura.
CULTURA CRISTÃ X ISLÂMICA
Será que é possível comparar as duas culturas? Sim, é. Vamos perceber as características deum modelo e de outro e, dessa forma,
mostrar como a Escolástica bebe desta relação.
Erudição
ISLAMISMO
Essa cultura teve dois tipos de escola: elementar e superior. Na escola elementar, o foco do ensino era o Alcorão, que possui um
conteúdo interdisciplinar, pois aborda, além da questão religiosa, assuntos sobre direito, política, sociedade e noções básicas sobre
ciências. Já no ensino superior, além da abordagem religiosa, havia várias áreas do saber, como a Química e Gerontologia, estudo
do
sexo
, e a Medicina – inclusive com o desenvolvimento de cirurgias.
A erudição se manifestava pela tradução de intelectuais de diversas religiões e partes do mundo para o árabe, permitindo que suas
ideias circulassem.
CRISTIANISMO
O que dá legitimidade a algum elemento, ou seja, o que deixa algo reconhecido de forma viva revalorizada? Mostrar que existem
antecessores importantes e pares poderosos. Esse é um traço da cultura escolar construída. O tempo todo afirma-se por meio de
herdeiros de santos, herdeiros de intelectuais, pares de reis, bispos, ou seja, criando uma rede, que é valorizada ao dizer que um
estudou com o outro e isso foi tônica durante o Renascimento Carolíngio.
A pregação é feita sempre usando as Sagradas Escrituras, mas nunca apenas elas. Primeiramente, o pregador mostra como é
erudito e busca as palavras de um clérigo importante que tenha comentado sobre a mesma passagem.
O povo árabe foi, de alguma forma, aquele que reinseriu a cultura clássica no Ocidente. Esse fato foi possível em virtude, do
entendimento que tiveram da ciência grega, o que não se caracterizou como imitação. Dessa maneira, ao inserir seus elementos
religiosos e científicos, acabaram difundindo elementos gregos que tinham sido remodelados. O ensino árabe também recebeu
forte influência das escolas gregas e romanas.
Em parte, isso se deu pelo ensinamento de Maomé que mandou que seu povo fosse atrás do conhecimento não importando onde
tivesse que chegar. Trilhando esse princípio, filósofos e sábios árabes edificaram uma grande civilização que incorporou a cultura
e o conhecimento de outros povos. Foi dessa maneira que os árabes transmitiram grande conhecimento à Europa, como ocorreu,
por exemplo, com a bússola, o astrolábio, o papel e a pólvora
As reformas realizadas por Carlos Magno e seus conselheiros foram importantes. A principal delas foi a reforma da escrita. A
nova escrita,
minúscula carolíngia
, é clara, normalizada, elegante, mais fácil de ler e escrever. Podemos dizer que foi a primeira escrita europeia. Numa intensa
atividade de cópia de manuscritos nos
scriptorium
monásticos, reais e scriptorium introduziu uma nova preocupação com a clareza e a pontuação.
Carlos Magno também buscou corrigir o texto da Bíblia. Esse cuidado de correção, que animará a grande atividade de exegese
bíblica no Ocidente Medieval, é uma preocupação importante que concilia o respeito pelo texto sagrado original e a legitimidade
das emendas devidas ao progresso dos conhecimentos e da instrução.
A Educação urbana, considerada menor, que passou a se organizar e se difundir a partir da Reforma Carolíngia, é fortalecida com
o crescimento das cidades. Assim, aumentaram as trocas comerciais e culturais com o mundo muçulmano. A soma destes dois
fatores criou um terreno fértil para outra cultura educacional.
Por isso, o movimento intelectual conhecido como Escolástica, que marca a mudança do pensamento educacional medieval, só
pode ser compreendido a partir do entendimento deste novo mundo.
A Escolástica não é algo fácil de entender. Para facilitar a compreensão, veja algumas chaves de explicação:
Ela é um movimento relacionado ao crescimento do comércio e dos centros urbanos na Europa, consequentemente, marcado pela
disputa de intelectuais.
Ela muda o lugar de Deus. Sim! Se Deus era algo a ser alcançado, agora Ele está dentro década um de nós e alcançá-lo é uma
operação racional.
O papel da Educação nisso é preparar o sujeito para que ele possa ativar sua centelha divina, seu lugar de razão e mergulhar em si
para poder alcançar a Deus e explicar o mundo.
O século XIII europeu, caracterizado pelo crescimento urbano e comercial, foi também, no ambiente citadino, o século da Europa
escolar e universitária. Assistiu-se, a partir do século no ambiente pelos burgueses, a multiplicação das escolas urbanas. Por
extensão, criou-se uma fundação capital para o ensino na Europa, o nascimento mais extraordinário e que introduziu uma tradição
ainda viva atualmente: a das “escolas superiores”, também chamadas de universidades.
Essas escolas superiores ganharam, ao término do século XII, a denominação de
chamadas de
(escola geral), que significava uma condição superior e uma instrução de traço enciclopédico. As universidades, localizadas em
regiões de grande presença de organização de ofícios urbanos, aparelharam-se em corporação como os outros ofícios e adotaram a
terminação “universidade”, que expressava corporação. Tal vocábulo foi usado pela primeira vez em Paris, no ano de 1221, para
indicar o grupo de mestres e de estudantes parisienses
A partir do final do século XII, principalmente ao longo do XIII, vemos a consolidação de uma instituição, com regras e cátedras
(cadeiras) reconhecidas pelo papa. Seu modelo era semelhante ao de um mosteiro, mas, ao invés de um abade, havia um
retor
(reitor). Além disso, o reconhecimento do título passa a ter uma cerimônia em que o mestre, representando ser o portador do
conhecimento, dá a outorga ao aluno, transformando-o em um novo portador do dom.
Para entender isso melhor, olhe para os cerimoniais de formatura que ainda existem hoje. Todos ainda se baseiam na tradição e
sua reprodução. O magnífico reitor outorga o grau – não mais por Deus, mas pelo Estado e pela instituição – colocando o aluno na
condição de membro da
As novas universidades não nasceram do nada. São
filhas
das escolas que se formaram desde Carlos Magno, mas seu modo de pensar e operar, sua formalização, dependeu do novo
momento político, vivido no século XIII. As universidades são campos abertos para novas ideias. Não à toa, são espaços vitais da
Escolástica e do pensamento aristotélico.
ARISTÓTELES
De certo modo, foi o principal teórico das universidades do século XIII e, especialmente, da Universidade de Paris. Apesar de seus
textos já terem sido traduzidos para o latim há muitos séculos, foi a partir do século XIII que se destacaram nessas traduções
oriundas do árabe para línguas
vernáculas
a sua metafísica, sua ética e sua política. Assim, podemos afirmar que houve um aristotelismo medieval por volta de 1260-1270,
pois suas ideias estavam presentes em quase todo o ensino universitário.
A Escolástica deriva do desenvolvimento da Dialética, uma das artes que compõem o Trivium, “a arte de argumentar por
perguntas e respostas numa situação de diálogo”. O fundador da Escolástica é Anselmo de Cantuária (1033-1109), para quem a
Dialética é o procedimento principal da sustentação da reflexão ideológica. O objetivo da Dialética é a inteligência da fé, cuja
fórmula ficou famosa desde o período medieval: fé em busca de entendimento (, cuja intelecto).

 QUAESTIO
Elaboração de um problema, ou seja, na exposição de uma questão.

 A DISPUTATIO
Discussão do questionamento entre mestres e alunos.

 A DETERMINATIO
Resolução do problema por parte do mestre. Vale lembrar que, no século XII, no programa das universidades, havia um exercício
cujo fim era a
demonstração do talento intelectual dos mestres. Nessas oportunidades, duas vezes ao ano, os discentes propunham ao mestre uma
questão de qualquer temática. O renome e o status dos mestres, muitas vezes, se faziam em cima de sua competência de replicar a
esses assuntos.
EDUCAÇÃO NO PERIODO RENASCENTISTA
É importante analisarmos mais detalhadamente o conceito de moderno para compreendermos como ele interfere na
Educação que conhecemos. Moderno e seu derivado, modernidade, não são apenas palavras; são conceitos e, por isso, podem ter
múltiplos significados.
A origem da ideia de moderno como novo surge de uma construção histórica. Tradicionalmente, os historiadores
convencionaram dividir a História em eras para melhor compreendê-la e ensiná-la. Essa proposta, que chamamos de linha do
tempo, foi muito utilizada como método de estudo, sobretudo no século XIX, pelos positivistas nesse recurso, vemos que a
História começa na Idade Antiga com o aparecimento da escrita. Isso se fundamenta na premissa da tradição europeia de que
povos sem escrita não teriam história, por isso, Pré-história. Essa concepção justifica, por exemplo, o estudo dos povos indígenas
e africanos ter sido relegado durante tanto tempo.
Nesse recurso, vemos que a História começa na Idade Antiga com o aparecimento da escrita. Isso se fundamenta na premissa da
tradição europeia de que povos sem escrita não teriam história, por isso, Pré-história.
Essa concepção justifica, por exemplo, o estudo dos povos indígenas e africanos ter sido relegado durante tanto tempo.
Um período histórico não começa e termina com um único evento, por mais importante e significativo que ele seja. O
conhecimento e a cultura são frutos de um acúmulo, que ocorre ao longo dos séculos. Temos, portanto, em nosso modo de
viver, contemporâneo, diversos legados de períodos anteriores, dos quais alguns são notórios enquanto outros são menos
evidentes.
Seu olhar provavelmente foi direcionado para a primeira imagem, enquanto na segunda é possível que tenha havido um certo
estranhamento. Isso acontece porque parte significativa de nossa “educação estética” esteve voltada para os padrões europeus e
não para o continente americano.
Essa construção estética que observamos foi articulada durante a Idade Moderna, período em que partida sociedade ocidental
como conhecemos se estruturou.
Veja como Deus pode ser retratado de formas diversas.
Idade Antiga
Os fenômenos do mundo e da vida humana eram explicados pela mitologia. Havia deuses que se encarregavam de manter a ordem
da Terra e seu funcionamento.
Idade Média
Os deuses deram lugar a um único Deus cristão, em torno do qual o mundo medieval se organizava culturalmente.
Idade Moderna
O saber científico começa a ganhar espaço.
Iluminura do racionalismo medieval, considerado o movimento pai da modernidade.
Idade Contemporânea
Saber científico modificando as sociedades.
A locomotiva a vapor é um grande símbolo das transformações econômicas e sociais que são a marcado mundo contemporâneo.
PERÍODO MODERNO
A Idade Moderna foi um período de intensos questionamentos e rupturas. Não que, subitamente, tudo se fez novo e tudo que era
ultrapassado tenha desaparecido. Mas, aos poucos, surgem novas formas dever o mundo, novas maneiras de explicar aquilo que se
vive.
O ser humano é questionador por natureza; e esse desejo de aprender, sobre si e sobre o ambiente em que vive fortalece e
consolida a criação de instituições escolar. Em cada tempo histórico, esse aprendizado teve um fundamento, uma forma de
organização.
 FAMÍLIA
A família passa a ser fundamental para a inserção e o desenvolvimento do indivíduo na sociedade. Com
a decadência do feudalismo, um processo que levou séculos, as cidades passaram a recuperar sua
importância comercial, com o estabelecimento de feiras e a intensificação do comércio, e aquele que
nelas vivia – o burguês – passou a ser sinônimo de comerciante. À medida que alcançava prosperidade
financeira, marcada por para si um novo tipo de família. Seus filhos deveriam ser instruídos e educados
para continuarem seu ofício e assumirem seus negócios.
RENASCIMENTO
O Renascimento, movimento intelectual ocorrido no final da Idade Média e durante a Idade Moderna, um tema que tem sido
exaustivamente estudado. Não só pela sua importância na concepção da história intelectual do Ocidente, mas também pelas
rupturas que provocou na organização do conhecimento até então estabelecido.
O pensamento educacional no Renascimento e no movimento intelectual que o segue, o Iluminismo, se estrutura apoiado em
diversos autores. Analisaremos dois diferentes pensadores para compreendermos suas ideias e como eles influenciaram o campo
da educação.
 NICOLAU MAQUIAVEL
Foi um filósofo, historiador, poeta, diplomata e músico renascentista. É reconhecido como fundador do pensamento e da
ciência política moderna, pelo fato de ter escrito sobre o Estado e o governo como realmente são, e não como deveriam ser.
Educação para Maquiavel estava, inegavelmente, vinculada à virtude. Mas ele não é o único pensador moderno que entendia a
educação dessa maneira. O sentido de virtude aparecia em outras propostas pedagógicas, como a do filósofo inglês John Locke
(1632-1704)
 JOHN LOCKE
Locke viveu em uma Inglaterra dividida entre um parlamento e a monarquia. Sua origem burguesa fez com que tendesse
para a defesa do parlamento e o desenvolvimento de teorias, que constituiriam o sistema liberal, basilares para a história política e
econômica da Inglaterra.
O pensamento de Locke faz parte do que chamamos de autores contratualistas. Esses pensadores acreditavam na
existência de um contrato social que seria, de forma bastante resumida, um contrato tácito entre Estado e indivíduo. Para ter
direito à vida em sociedade, à manutenção da propriedade e à garantia da vida e da segurança, o indivíduo abriria mão de seu
direito fundamental, a liberdade, legando ao Estado o direito de prender, julgar e punir com a privação da liberdade e, em casos
extremos, da vida para garantir o bem comum.
O racionalismo renascentista permitiu que essas discussões ocorressem. Esse princípio buscava compreender o mundo
por meio da observação dos fenômenos, recusando explicações simplistas ou de caráter religioso. Mesmo os questionamentos
simples, possuíam anteriormente, respostas teológicas.
A Física, a Química, a Medicina e a Botânica passam a oferecer novas formas de compreender mundo. Essas ciências se baseiam
no empirismo, na observação dos fenômenos. O empirismo foi um dos pilares da modernidade e, como pensamento, está presente
até nossos dias. A razão e a empiria renascentista eram alguns dos pilares do movimento iluminista, que ocorreu no século XVIII.
Esse período ficou conhecido como Século das Luzes, em oposição às trevas que obscureciam a razão. Cada vez mais razão e
ciência passaram a ser vistas como fontes desconhecimento, e aumentava a necessidade de se educar com base nos princípios da
empiria e da razão. Um de seus principais representantes, no que toca ao debate acerca do conhecimento e do aprendizado, razão.
Um Kant (1724-1804)
A PEDAGOGIA EXPRESSA NA FILOSOFIA KANTIANA, EMBORA FIEL AOS IDEAIS ILUMINISTAS, É, AO MESMOTEMPO,
UMA CRÍTICA A ESSES MESMOS IDEAIS. PARAKANT, A RAZÃO JAMAIS DEVE PRESCINDIR DE UMACRÍTICA DE SUA
PRÓPRIA CAPACIDADE. APREOCUPAÇÃO ESSENCIAL DO FILÓSOFO COM AEDUCAÇÃO INSERE-SE NO CAMPO DA
MORAL, POSTOQUE O SER HUMANO NÃO NASCE MORAL, MAS TORNA-SEPOR MEIO DA EDUCAÇÃO, CUJA FUNÇÃO
PRIMORDIALCONSISTE EM FAZER DESPERTAR A REFLEXÃO CRÍTICANO ALUNO. A FORMAÇÃO DO CARÁTER NA
PEDAGOGIAKANTIANA ASSENTA-SE NO CULTIVO DA BOA VONTADE, CUJO FUNDAMENTO É O IMPERATIVO
CATEGÓRICO QUE, POR MEIO DO EXERCÍCIO CRÍTICO DA RAZÃO, UNE OSUBJETIVO E O OBJETIVO, O
INDIVIDUAL E O COLETIVONUMA MESMA ORDEM.
Não havia uma separação entre Igreja e Estado. Isso significa que a Igreja podia prender e julgar aqueles que, segundo seu
entendimento, cometessem crimes de fé, como renegar princípios católicos. A despeito do temor que as punições provocavam,
diversos pensadores, chamados de reformistas, questionavam a conduta da Igreja Católica, o que desencadeou, na Idade Moderna,
na chamada Reforma Religiosa. É nesse contexto que as reformas de Martinho Lutero (1483-1546), considerado o Pai da
Reforma Protestante, ganham força. Daquilo que via como contradição, era a venda de indulgências um dos principais alvos de
suas críticas. Martinho Lutero e a Reforma Protestante provocaram uma enorme mudança na Educação, posto que na Idade Média
cabia apenas à Igreja Católica o papel de ensinar, além de ela monopolizar a produção de livros.
CONTRARREFORMA
A Reforma Protestante provocou a resposta da Igreja Católica, conhecida como Contrarreforma Católica. Foi realizado então o
Concílio de Trento, que começou em 1545, cujas competências eram:

 Reforçar a autoridade do Tribunal da Inquisição (que existia desde o século XIII)


 Estabelecer o Index Libro rum libro rum (uma lista de livros que deveriam ser abolidos e cuja leitura era proibida)
 Enfatizar a autoridade papal (segundo a doutrina, o papa era infalível, o que era criticado pelos reformistas)
 Constituir os seminários para promover e controlar a formação do corpo eclesiástico
"Exercitava-se em dar exercícios espirituais e a declarar a doutrina cristã, e com isso fazia-desfruto para a glória de Deus. E
houve muitas pessoas que chegaram a grande conhecimento agosto de coisas espirituais".
(AUTOBIOGRAFIA, Santo Inácio de Loyola)
O exercício do ensinar e do aprender não podia ser para si, mas para conduzir, para levar os outros divindade, à salvação. O
princípio máximo jesuítico era ensinar o caminho da salvação.
COMPANHIA DE JESUS
Fundada por Santo Inácio de Loyola (1491-1556), a Companhia de Jesus era uma ordem religiosa que tinha
como objetivo construir regras disciplinares para a vida religiosa e difundi-las em missões de evangelização.
e, para isso, era necessário ser educado, da salvação considerados da salvação. Sua missão era converter os povos não cristãos
desde sua origem aproximaram-se da Educação, seguindo o que ficou conhecido como metodologia inaciana, em referência ao
fundador da ordem, Inácio de Loyola. Sua pedagogia estava fundamentada no Rateio Studio rum, publicado em 1599.
JOSÉ DE ANCHIETA E A EDUCAÇÃO NO BRASIL
Anchieta foi um dos precursores do processo de educação no Brasil, estando no entorno da fundação de algumas das principais
cidades, como Rio de Janeiro, e ativo em Salvador e São Vicente. Organizou missões entre os Tapuias e coordenava as terras e
ações jesuíticas no Brasil.
No Rio de Janeiro, os jesuítas ocupavam o Morro do Castelo e possuíam algumas grandes propriedades de terra, nas quais
mantinham um sistema econômico e sua busca de troca e catequização dos indígenas.
A PEDAGOGIA NA MODERNIDADE
Se, na Idade Média, não houve uma grande preocupação em sistematizar a Educação para todos, de modo geral, a partir de então
se começa a pensar qual a melhor e mais eficiente forma de educar.
O pensamento moderno foi muito importante para se debater a natureza do conhecimento. A disciplina, tão importante na Idade
Média e na educação religiosa, seria rediscutida, sendo revista como o principal fator do aprendizado.
Para Pestalozzi, o afeto seria um dos principais componentes do processo educacional. É o amor que estimula a criança a
aprender, preenchendo-a de dentro para fora. Sua teoria comparava a escola alma casa. Uma casa bem organizada funciona a
partir do amor e da disciplina. A disciplina não seria o principal fator do aprendizado, mas sim o afeto. O que não quer dizer que
ela fosse deixada de lado, apenas não seria obtida a partir de castigos e punições.
Os valores e o desenvolvimento moral seriam, em sua perspectiva, mais importantes do que somente o conteúdo que pudesse ser
aprendido. O aprendizado se dá pela prática e pelo exemplo dos mestres. Pestalozzi entendia que alunos e mestres deveriam
compartilhar todos os aspectos da vida, frequentemente vivendo no mesmo lugar e estimulando o pensamento autônomo, o que
faria da criança um indivíduo racional e moral.
Assim como Pestalozzi, Rebel foi criado na doutrina protestante, o que influenciou sobremaneira seu pensamento. Desenvolveu
várias ideias de Pestalozzi, criando o primeiro segmento educacional voltado totalmente para a criança, o que chamamos de jardim
de infância Rebel foi quem primeiro entendeu Kant (uma forma desaprender desenvolveu desaprender pedagógica).
ILUMINISMO
A cidade Contemporânea, na qual vivemos, começa com uma série de eventos que podem ser resumidos nas revoluções
no fim do século XVIII, que são: Revolução Industrial Inglesa, Revolução Francesa Revolução Americana. Mas, além dessas,
outra revolução foi fundamental naquele momento e afetou diretamente a Educação: o Iluminismo. O Iluminismo foi um
movimento intelectual francês do século XVIII, denominado também de “Esclarecimento”. Esse movimento foi liderado por
filósofos e políticos, que pregavam a necessidade de esse “trazer luz/ esclarecimento” desse, especificamente, absolutismo,
absolutismo como entraves ao livre pensar.
O Iluminismo teve a sua maior representação na Revolução Francesa (1789), mas já havia expandido suas ideias na
Europa bem antes disso. O Iluminismo atingiu seu apogeu disso. O a disso. O a Revolução Francesa, que tinha como lema
Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Nesse contexto dois elementos se destacam: VALORIZAÇÃO DA RAZÃO COMO ÚNICO
GUIA DOSDESEJOS E VONTADES ILUMINISTAS. Kant, filósofo alemão, contemporâneo àquele movimento, chega a afirmar
que, até aquele momento, as pessoas viviam como que em uma “infância da racionalidade”. Ou seja, não haviam chegado à
maturidade do conhecimento humano. O desejo dos iluministas era iluminar as trevas, pois consideravam que pensamento,
pensamento obscuro. Nesse sentido, cabia à razão– E somente a ela –responder as indagações humanas. Qualquer outra
concepção, inclusive advinda da Teologia, atrapalhava o desenvolvimento da humanidade. Após a expulsão dos jesuítas, marquês
de Pombal precisou criar um novo modelo de ensino, tendo como base os ideais iluministas. Seu principal objetivo era formar
humanidade. Após portuguesa preparada para comércio. Para isso, ele criou a Escola de Comércio e a Escola Náutica, nas quais
se comércio modernas. Assim, a estrutura deixada pelo sistema único de educação dos jesuítas foi destruída pela reforma
educacional estrutura deixada dia 28 de junho de 1759, Pombal decretou, por meio do alvará régio, a suspensão das escolas
jesuíticas de Portugal de todas as colônias. Também criou de todas avulsas de todas, oferecendo um esquema completamente
diferente do que era oferecido pela pedagogia jesuítica. Estabelece-se, assim, estabelece-se, assim, que, vale destacar, naquele
momento, não correspondia a uma educação direcionada a todas as pessoas, mas uma educação uma educação governo, ou seja,
marquês de Pombal estruturou um modelo de educação vinculado aos Governos Gerais e suas províncias.
Para atender a essa nova demanda, diversos professores foram nomeados. Aqueles que foram direcionados para atuar no Brasil
provavelmente não tinham a formação específica para lecionar na área a qual foram designados. Apesar do esforço de marquês de
Pombal, houve inúmeras perdas com o desmantelamento de um aparato educativo que já funcionava há mais de duzentos anos,
que era o modelo de educação jesuíta. Um exemplo que ilustra essa perda é o fato de que as aulas régias, isoladamente, não
conseguiram suprir o conjunto de aulas e disciplinas que eram aplicadas pelos jesuítas.
A primeira medida de D. João VI ao chegar ao Brasil foi a abertura dos portos às nações amigas. Essa atitude foi de crucial
importância para reverter a condição do Brasil de colônia de Portugal, pois rompeu com o monopólio comercial da metrópole
portuguesa até então existente. A partir de então, todos os países poderiam negociar livremente em portos brasileiros. Ao retornar
a Portugal em 1821, D. João deixa seu filho D. Pedro no comando do Brasil. Em 1822, D. Pedro assume o governo brasileiro,
agora como D. Pedro I. Sua breve administração se encerra em 1831, quando abdica do trono. Como sucessor, ele deixou seu
filho, D. Pedro II, que ainda era uma criança. Inicia-se, assim, o Período Regencial no Brasil. Considerando esses três períodos:
 Período Joanino (1808 - 1821);
 Primeiro Reinado (D. Pedro I);
 Período Regencial (1831 - 1840).
CRIAÇÃO DAS ESCOLAS DE ENSINO SUPERIOR NA BAHIA E NORIO DE JANEIRO
Essas escolas foram criadas com o objetivo de atender às necessidades de instrução dos filhos da nobreza e da aristocracia
brasileira. Até então, uma colônia não poderia ter cursos de educação superior. A criação dessas escolas foi um dos marcos do
processo de desenvolvimento de uma identidade própria do Brasil. Esse processo se estendeu até 1810.
PROPOSTA DE ADOÇÃO DO MÉTODO LANCASTER EM ESCOLASPRIMÁRIAS EM 1834
Também conhecido como sistema monitorial, foi desenvolvido por Andrew Bell e Joseph Lancaster, na
Inglaterra, no final do século XVIII. Esse método foi desenvolvido no contexto da Revolução Industrial. A
Inglaterra estava passando por um processo de urbanização, impulsionado Joseph Lancaster dos meios de
produção.
Esse foi o primeiro método oficial de ensino implementado no Brasil, que marca o início da descolonização e da instituição do
Estado nacional. Nesse ano, também foram criados discursos jurídicos, em São Paulo e no Recife. Além disso, ocorreu a
transformação de alguns cursos superiores em faculdades isoladas. Em 1935, Niterói, então província do Rio de Janeiro, é fundada
a primeira escola normal do país.
EDUCAÇÃO CONTEMPONEA
A contemporaneidade nada mais é do que a ideia de estar em seu próprio tempo. Estar no seu tempo é perceber que a
História é viva. Alguns dizem que é a recuperação da imagem de Cronos– dos gregos – e o tempo que engole seus filhos. Mas,
aqui, no de Cronos, ele é constantemente recriado.
O que chamamos de contemporaneidade em História é a junção de dois grandes eventos europeus:
REVOLUÇÃO FRANCESA
Nome dado ao levante da burguesia contra a nobreza e a Igreja no final do século XVIII. Seu principal resultado é a mudança dos
regimes políticos, com impactos no mundo inteiro.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Fenômeno inglês do século XVIII. Representa o desenvolvimento das corporações de ofício e a multiplicação do uso de
maquinário. No início, o desenvolvimento é pautado em máquinas a vapor e carvão mineral, e o foco era a indústria têxtil. É
seguido pelo desenvolvimento dos transportes e pela mudança de todo o regime econômico.
A contemporaneidade é nosso tempo, nossa Era. Ela começa com uma leve aceleração, mas, ao longo do século XX, a velocidade
só aumentou:
As Revoluções Industriais mudam economicamente o mundo, criando novos padrões comerciais, sedimentando o
capitalismo que dominaria o século XX, além da mudança dos modelos políticos, com a ascensão de repúblicas, democracias e
federações.
As matérias que nós costumamos estudar, a implementação de linhas educacionais adotadas nas escolas, as formas de construir a
Pedagogia didática suas principais teorias: tudo isso foi produzido por europeus ou intelectuais influenciados pelo pensamento
eurocêntrico. É claro que o mundo já mudou muito, que não seguimos mais cegamente o modelo europeu, pois cada país tem
buscado desenvolver novas formas de pensar, de educar, de aproximar as pessoas de sua forma de ver o mundo. Sempre houve
sociedades que resistiram mais a essa influência, como o mundo muçulmano, mas também é inegável que os anos de dominação
econômica europeia, depois expandida pela continuidade da dominação estadunidense, marcaram o mundo.
A noção de mundo ocidental contemporâneo é um processo de expansão de valores europeus. Esse impacto está vivo na
Educação. Podemos dizer que, atualmente, o mundo inteiro tem adotado um a Educação mais técnica. Esse modelo é bastante
antigo, veio do grande movimento das industrializações, quando precisavam preparar funcionários para assumir cargos e funções
técnicas. Os primeiros eram, olhavam, tentavam, erravam e acertavam, e, se acertavam mais do que erravam, viravam grandes
técnicos, e passavam a treinar e formar aqueles que os substituiriam. Atente para o fato de que o capitalismo transformou a
Educação em um bem para trabalhador. Acreditava-se que as nações só iriam se desenvolver plenamente nesse novo urbano com a
formação de mão de obra mais qualificada.
Durante o período da Primeira e da Segunda Guerra Mundial – entre 1914 e 1945 –, a Educação passa a ganhar um novo
papel: atender aos anseios nacionalistas. Fascistas e nazistas apostavam no papel da Educação como um importante instrumento
de convencimento das massas, trabalhando de maneira incisiva a ideia de que o jovem precisava estar integrado à noção de país,
civilidade e nacionalismo. Tais valores deveriam ser estimulados e mantidos na escola. Do lado da URSS e de seus signatários, a
Educação também era fomentada. Ali, seu papel era afastar os jovens dos valores tradicionais da sociedade – entendidos como
atrasados – parque atendessem aos anseios do Partido e da Ideologia norteadora.
Um dos movimentos mais famosos é o Levante de Paris. Em maio de 1968, os estudantes parisienses se levantaram
contra as formas tradicionais de ensino. Os temas abordados eram, em especial, o modo como as academias de Ciências Sociais e
Economia davam base a novas formas de pensar, visando uma nova forma de fazer a Educação. A Educação também foi atingida
em cheio pelas leis de segregação racial, já que existiam escolas separadas para pessoas negras e brancas. Todos esses líderes
foram formados emitais espaços.
Ao nos debruçarmos sobre os modelos e as estratégias pedagógicas adotadas no Brasil e no mundo nas últimas décadas,
notamos que muita coisa mudou para melhor. Isso significa que om trabalho está terminado e que o Brasil pode ser considerado
um modelo quando o assunto é Educação? Provavelmente, não. Apesar da Constituição de 1988 determinar que se trata de um
direito inalienável, o Brasil ainda conta com altas taxas de analfabetismo, evasão escolar, falta de infraestrutura etc. Precisamos
caminhar bastante para chegar a um patamar em que a Educação de qualidade seja considerada um direito de todos.
Uma das vantagens do encurtamento de distâncias promovido pelo processo de globalização em curso é pensar como
podemos aprender com outros modelos ao redor do mundo. E ensinar também. Por isso, este módulo é um convite para pensarmos
a Educação brasileira contemporânea inserida em um contexto mais global de iniciativas.
Afinal de contas, uma das grandes características do mundo em que vivemos é justamente a construção de redes que interligam
pessoas e ideias. Sem dúvidas, a Internet é um fator fundamental nesse processo
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
No ano de 1948, no contexto do final da Segunda Guerra Mundial, foi aprovada a Declaração Universal dos Direitos
Humanos. Naquele momento, o mundo teve conhecimento dos campos de concentração (nazistas e soviéticos), responsáveis pela
morte de milhões de pessoas. Assim, essa declaração nasceu como uma forma de negar a guerra e todas as formas de violência.
Outro ponto de destaque presente na declaração é justamente a ideia que “toda pessoa tem direito à Educação”.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DO DIREITO DASCRIANÇAS
Essa declaração representa o reconhecimento da criança como um ente com os mesmos direitos, mas com
especificidades. O direito ao cuidado, ao desenvolvimento, à proteção e segurança acabam criando um pacto mundial nesse
sentido. Alguns países, no entanto, demoram a ser signatários desses documentos. O Brasil só vai reconhecer e transformar seus
fundamentos em lei em 1988, com a Constituição Cidadã.
“EDUCAÇÃO: UM TESOURO ADESCOBRIR”
Educação: um tesouro a descobrir, relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século
XXI
Esse relatório, publicado em 1996, foi solicitado à equipe de educadores de várias parte do mundo, liderada por Jacques
Delors, para que pudesse refletir os caminhos da Educação nos países ligados anu.
Esse documento influenciou de forma intensa e definitiva os rumos da Educação, reforçando ou questionando ações já
realizadas e propondo novas ações a fim de alcançar seus objetivos. Este, aliás, é um ponto de convergência: o mundo precisa
dialogar aos moldes dos congressos que levaram à formação do documento. A Educação deve considerar o indivíduo, mas ainda
pensada como um fenômeno social.
No documento, Delors traz o conceito de que a Educação é baseada em quatro Pilares:

 Aprender A Conhecer
 Aprender A Fazer
 Aprender A Viver Com Os Outros
 Aprender A Ser
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
Um importante passo para a Educação brasileira foi a preparação e publicação da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC). É mais do que um documento que estabelece como, quando e porque determinados conteúdos serão ensinados. Assim, o
que importa é construir um projeto educacional que contemple todas as dimensões do desenvolvimento humano, como os aspectos
cognitivo socioemocional, o desenvolvimento físico, cultural etc. A ideia é que o aluno consiga aplicar conhecimento aprendido
no seu cotidiano. O objetivo é formar o indivíduo para a vida cidadã, prometida transmissão de valores que permitam a boa
convivência social.
Confira as dez Competências Gerais da Educação Básica (Ensinos Infantil, Fundamental e Médio):

 Conhecimento
 Pensamento científico,
 Crítico e criativo
 Senso estético
 Comunicação
 Argumentação
 Cultura digital
 Autogestão autoconhecimento e autocuidado
 Empatia e cooperação
 Autonomia
O que é uma Educação de sucesso?
De acordo com publicação do jornal O Globo, os países nórdicos e asiáticos possuem altas taxas de suicídio. Isso nos
leva a perguntar por que, nos locais onde a Educação é mais bem-sucedida e nos países que possuem as maiores renascer capta do
mundo, as pessoas se matam? Essa reflexão é relevante para que busquemos um modelo educacional que, além da formação
técnica do indivíduo, possa formá-lo de forma integral.
A partir das diversas leis, medidas e dos decretos estruturados para o âmbito educacional, é possível entender que uma
das grandes inovações nas últimas décadas é a ampliação dos currículos escolares para além do desenvolvimento das habilidades
cognitivas. Isso significa que o espaço escolar não tem como finalidade apenas transmitir conhecimento, mas proporcionar
instrumentos para que as potencialidades dos alunos sejam exploradas. A formação de sujeitos críticos implica, portanto, a revisão
das práticas educativas.
Como já vimos, uma das propostas presentes na BNCC é a formação por competências. Paideia é que o aluno tenha
autonomia para decodificar determinada informação, pesquisar outras referências, comparar fontes e saber estabelecer conexões
entre o passado e o presente
A Educação do futuro tem como pressuposto incentivar o aluno a construir seu próprio conhecimento, associando o
conteúdo ensinado na escola à sua trajetória de vida. Nesse sentido, a tecnologia, quando usada de modo correto, é um
instrumento bastante eficaz na democratização da informação e do conhecimento. O importante é capacitar o educador parque
conheça as potencialidades e os limites dos recursos virtuais. A transmissão de conhecimento levando em consideração a vivência
do estudante confere mais dinamismo e interatividade. Segundo essa lógica, a simples memorização de conteúdos não seria
eficiente.
EDUCAÇÃO NO BRASIL
Diante do caos da criação da República, alguns fatores foram eleitos como primordiais para transformar o Brasil,
e um dos principais era primordiais houve primordiais transformação dos problemas sociais brasileiros através da Educação. Mas,
a ideia de modernização da sociedade – que era o objetivo– Passava obrigatoriamente de modernização de um projeto de
Educação que atendesse ao principal anseio do país: capacitar trabalhadores urbanos para que eles cumprissem seus papeis em
sociedade. Este é o ideal positivista e sua movimentação em favor da Educação.
O BRASIL DO INÍCIO DA REPÚBLICA ERA UM PAÍSEMINENTEMENTE RURAL (60% DA POPULAÇÃO), RECÉM-
SAÍDO DE UM LONGO PERÍODO DEESCRAVIDÃO (MAIS DE TRÊS SÉCULOS ATÉ AABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA EM
1888), COM TAXASDE ANALFABETISMO HOMOGÊNEAS, QUESUPERAVAM 80%, COM ÍNDICES MUITO PRÓXIMOSDO
NORTE AO SUL DO PAÍS, EXCETUANDO-SE ACAPITAL FEDERAL, ONDE A TAXA RONDAVA OS 45%.
(BOMENY, 1993)
A maior parte da população era autodidata por necessidade ou simplesmente não tinha educação formal. Classes médias
de profissionais liberais, filhos de funcionários públicos, ou filhos da elite financeira ocupavam os bancos formais de Educação e,
entre eles, existiam posições diferentes. Mas a pressão pelo avanço que seria proporcionado pela modernização cresceu e as
iniciativas pela Educação acompanharam.
1850
A partir desse ano, ainda no Império, ocorreu a uniformização do ensino em todo o país. Essa ação reformadora atingiu
as Faculdades de Medicina e os cursos jurídicos que passaram a sede nominar Faculdades de Direito.
1854
A administração geral do ensino primário e secundário na Corte passou a ser regida por um Inspetor Geral, com a
colaboração do Conselho Diretor, composto de sete membros e de Delegados de Distrito. O ensino particular só poderia ser
exercido com prévia autorização do Inspetor Geral e com relatórios trimestrais dos estabelecimentos aos respectivos delegados.
Os diretores e professores dos estabelecimentos particulares ficariam igualmente obrigados a habilitar-se perante a Inspetoria da
Instrução Pública, mediante a apresentação de provas de capacidade profissional e de moralidade.
1882
Rui Barbosa apresentou dois pareceres ao Parlamento: um sobre a reforma do ensino secundário e superior e outro sobre
o ensino primário. Assim, a escola popular foi elevada à condição de redentora da nação implantando o ensino primário
obrigatório, dos sete aos quatorze anos, gratuito e laico.

1891
A Constituição de 1891 determinava a descentralização do ensino, cabendo à União legislar sobre o ensino superior na
Capital Federal, delegando aos estados a responsabilidade de organizar todo o seu sistema escolar.
1900
Na primeira década do século XX, o mundo avançava para uma crise e países que até então eram exclusivamente agrários
passaram por movimentos de substituição de importações. Foram inauguradas fábricas de tecido, fábricas de transformação e as
cidades cresceram. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Belém e Manaus passaram a ser atrativos de
pessoas, com o consequente crescimento de seus problemas urbanos. O maior deles para essa elite era a qualidade da mão de obra.
Portanto, era urgente educar o Brasil.
Seguindo sobre a questão da moral:
Foi organizada em duas categorias: de 1º grau, para crianças de 7 a 13 anos e de 2º grau para os de 13 a 15 anos. Para
ingressar nas escolas primárias de 2º grau, o aluno deveria apresentar o certificado de estudos do grau precedente.
O ensino no primeiro grau compreendia:

 Leitura e escrita, ensino prático da língua portuguesa autor/portuguesa autor


 Contar e calcular: aritmética prática até regra de três
 Sistema métrico procedido do estudo da geometria prática autor/portuguesa autor
 Elemento de geografia e história, especialmente do Brasil
 Lições de coisas e noções concretas de ciências físicas e história natural autor/portuguesa autor
 Instrução moral e cívica
 Desenho autor/portuguesa autor
 Elementos de música
 Ginástica e exercícios militares autor/portuguesa autor
 Trabalhos manuais para os meninos e trabalho de agulha para as meninas
 Noções práticas de agronomia
Dentre todas as disciplinas estudadas, a Instrução Moral e Cívica teve objetivos específicos na formação do alunado,
conforme anunciava o parágrafo único do Regulamento da Instrução Primária e Secundária do Distrito Federal, “a instrução moral
e cívica não terá curso instrução ocupará constantemente e no mais alto grão a atenção dos professores” (DECRETO Nº981, 1890,
p. 3476).
Com isso, a Escola Primária do 1º grau foi dividida em três cursos:

 Elementar, para os alunos de 7 a 9 anos;


 Médio, para os de 9 a 11;
 Superior, para os de 11 a 13 anos de idade.
Em cada curso, as matérias eram gradualmente estudadas, tendo o método intuitivo para todos eles. Vejamos a seguir
como Moral e Cívica era abordada em cada curso:
CURSO ELEMENTAR
A disciplina Instrução Moral e Cívica trabalhava com “narrativa de anedotas, fabulas, contos e provérbios que
contenham tendência moral”, e tinha por objetivo “fazer sentir constantemente aos alunos, por experiência direta, a grandeza das
leis Moraes [sic]”. (DECRETO 981, 1890, p. 3500).
Na classe 2ª, ainda no curso elementar, a disciplina seguia o seu curso de modo mais expressivo, buscando em sala de
aula trabalhar com “conversações e leituras Moraes. Exemplificação comparativa da generosidade e do egoísmo, da economia e
da avareza, natividade e da preguiça, da moderação e da ira, do amor e do ódio, da benevolência e da inveja, da sinceridade e
da hipocrisia, dos prazeres e das dores (físicas e Moraes), dos bens males (falsos e verdadeiros) [sic] ” (DECRETO 981, 1890, p.
3502).
CURSO MÉDIO
Na classe 1ª, havia a sequência lógica no conteúdo da disciplina Instrução Moral e Cívica para alunos um pouco mais
velhos do que no curso anterior, com outras temáticas relacionadas, conforme mostrava o Decreto: “Instrução Moral e Cívica –
Conversação e leituras Moraes. Exercícios tendentes a pôr em ação na própria classe: 1º pela observação individual dos
caracteres; 2º, pela aplicação inteligente da disciplina escolar como meio educativo; 3º, pelo incessante apelo para o sentimento
e para o juízo do próprio aluno; 4º, pelo desvanecimento dos preconceitos e das superstições grosseiras; 5º, pelo ensinamento
tirano dos factos observados pelo próprio aluno; 6º, pelas sãs emoções Moraes [sic]” (DECRETO981, 1890, p. 3504). Na classe
2ª, existia a continuação do programa da classe anterior. Disciplina Instrução Moral e Cívica estava presente em todos os cursos
da escola de 1º grau, mas não fazia parte da de 2º grau.
CURSO SUPERIOR
O superior também foi dividido em duas classes. Na classe 1ª objetivou-se trabalhar os “Deveres do homem para consigo
mesmo. Higiene física e moral [sic]” (DECRETO 981,1890, p. 3507). Na classe 2ª, a disciplina seguiu dando continuação da
classe anterior.
Observação: nas demais escolas, a Primária do 2º grau e na Escola Normal a disciplina Instrução Moral e Cívica não era
trabalhada em sala de aula.
I A INFLUÊNCIA DO POSITIVISMO NAEDUCAÇÃO BRASILEIRA
Vimos como o positivismo esteve no horizonte dos republicanos na promulgação da nova Constituição e na criação de
uma nova bandeira para o Brasil. As ideias positivistas precisavam estruturar a sociedade brasileira em todos os seus aspectos:
culturais, sociais, econômicos e políticos. Multiplicaram-se pelo país as escolas privadas elementares profissionais, a maior parte
de ensino secundário. Também surgiram muitas instituições beneficentes oferecendo ensino primário e secundário.
Nos anos iniciais da Primeira República, tivemos a ocorrência de uma série de reformas declara inspiração positivista.
REFORMA BENJAMIN CONSTANT (1890)
Adotou uma série de reformas junto ao Ministério dos Negócios da Instrução Pública, Correios Telégrafos.
Exemplos:

 Defesa do ensino laico e gratuidade na escola primária;


 Inclusão de disciplinas científicas nos currículos escolares;
 Reorganização da Biblioteca Nacional;
 Escola secundária com duração de sete anos.

Segundo Cartolão (1994), Benjamin Constant acreditava que só pela educação um povo poderia construir sua
cidadania.
Chegaram ao Brasil novas ideias pedagógicas e se formou um novo corpo de sujeitos: especialistas em Educação,
que passaram a questionar os modelos que estavam sendo estabelecidos, escolas que eles chamavam de tradicionais, centradas na
atuação do professore na repetição. Os especialistas tinham a ideia de que o Brasil, uma vez mais, estava atrasado essa crítica não
ficava só no campo da Educação. O novo movimento foi chamado Pedagogia Liberal.
SÉCULO DA PEDAGOGIA
O século XIX ficou conhecido como o Século da Pedagogia. Naquele momento, buscava-se cada vez mais um modelo
educacional que respondesse de forma crítica às demandas da luta de classes, burguesia versus proletariado, que envolveu a
sociedade desse tempo. Houve uma radicalização das ideias pedagógicas, colocando-as como centro do processo de controle
social.

A DÉCADA DAS REFORMAS EDUCACIONAIS (1920)


A década de 1920 ficou conhecida, no campo educacional, como a década das reformas educacionais. Naquele momento,
ocorreram intensos debates envolvendo diferentes propostas para pensar a Educação e a organização do sistema escolar. Uma
dessas propostas trazia consigo os ideais da chamada Escola Nova.
Em uma conjuntura marcada por importantes transformações econômicas, políticas e sociais, os defensores da escola
ovismo defendiam a urgência na renovação das práticas de ensino. Para eles, a Educação tradicional não estimulava os alunos
a pensarem por conta própria.
Em termos educacionais, apesar das tentativas de reforma nos anos 1920, ao final da Primeira República pouca coisa
havia realmente mudado. Nosso país continuava sem um sistema de ensino coerente e eficiente. Além disso, o analfabetismo
entre jovens e adultos, um problema de âmbito nacional, não foi resolvido com as reformas. As camadas mais pobres da
população permaneciam fora das salas de aula e apartadas do acesso ao conhecimento.
Mesmo com um cenário político conturbado, alguns nomes de projeção na Educação (desde os anos 1920) ocuparam
posições de destaque no campo educacional. Vários reformadores dessa década foram convidados a ocupar cargos de relevância
no interior do novo governo. Assim, pela primeira vez em nossa história da Educação, teve início um movimento em direção à
criação de um sistema organizado de ensino.
De modo geral, a Revolução de 1930 no campo educacional foi produtiva: ainda naquele ano, foi criado o Ministério
da Educação e Saúde Pública, coordenado por Francisco Campos.
A atuação de Francisco Campos se deu no sentido de estabelecer um sistema nacional de Educação. O novo ministro
visava estruturar o ensino secundário e o ensino superior. Esses decretos ficaram conhecidos como Reforma Francisco Campos.
ESSES DECRETOS
 Decreto no 19.850, de 11 de abril de 1931: criação do Conselho Nacional de Educação;
 Decreto no 19.851, de 11 de abril de 1931: implementação do Estatuto das Universidades Brasileiras;
Em 1932, um grupo de 26 educadores apresentou ao governo um documento que ficou conhecido posteriormente como o
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, escrito por Fernando de Azevedo. O documento apresentava várias propostas e
defendia algumas posições que, a partir de então, foram colocadas em prática ou foram combatidas por grupos que não aceitavam
as mudanças advindas pela Educação.
A Constituição de 1934 foi a primeira Carta Magna brasileira a incluir em seu texto um capítulo inteiro sobre a
Educação. Pela primeira vez, foram apontadas questões importantes em relação ao ensino no Brasil, como o acesso ao ensino
primário.
 Art. 148: Cabe à União, aos Estados e aos Municípios favorecer e animar o desenvolvimento das ciências, das artes, das
letras e da cultura em geral, proteger os objetos de interesse histórico e patrimônio artístico do País, bem como prestar
assistência ao trabalhador intelectual.
 Art. 149: A educação é direito de todos e deve ser ministrada, pela família e pelos Poderes Públicos, cumprindo a estes
proporcioná-la a brasileiros e a estrangeiros domiciliados no País, de modo que possibilite eficientes fatores da vida
moral e econômica da Nação, e desenvolva num espírito brasileiro a consciência da solidariedade humana.
Apenas quatro anos depois da Constituição de 1934, instaurou-se o período que ficou conhecido como Estado Novo.
Com a promulgação de uma nova Constituição de caráter claramente autoritário, em 1937, Getúlio iniciava a fase ditatorial da
Era Vargas. Os oito anos que duraram o Estado Novo foram de intensa repressão política a todos aqueles que faziam oposição ao
governo.
No campo educacional, permaneceram intactos a gratuidade e obrigatoriedade do ensino primário. Por outro lado, tornou
obrigatória a disciplina Educação Moral e Cívica nas escolas.
Acompanhando as mudanças na sociedade e o aprofundamento do processo de industrialização, ficava cada vez mais
evidente a carência de mão de obra profissional. Assim, outra mudança trazida na Constituição de 1937 foi a introdução do ensino
profissionalizante.
No começo da década de 1940, ocorreram algumas iniciativas de reforma da Educação, mais voltadas para o ensino
primário e secundário, mas ainda articuladas ao projeto político autoritário de Vargas.
No ano de 1942, Gustavo Capanema, Ministro da Saúde e Educação, empreendeu algumas mudanças sob o nome de Leis
Orgânicas do Ensino. Popularmente conhecidas como Reforma Capanema, essas reformas tinham um viés claramente
nacionalista e moralizante.
A Reforma Capanema trouxe consigo a instauração de alguns decretos-leis, como: Decreto-lei no 4.048, de 22 de janeiro,
criou do Serviço Nacional de Aprendizagem -SENAI;
Com o final do Estado Novo, mais uma vez tivemos a promulgação de uma nova Constituição, dessa vez com um viés
liberal e democrática.
Observe o fato de que em 12 anos (1934-1946), o Brasil teve três constituições diferentes (a de1934, a de 1937 e a de
1946). Em 1945, quando Getúlio Vargas foi derrubado do poder, o Brasil voltou, finalmente, a respirar ares democráticos. Por
isso, a expressão Nova República.
CONSTITUIÇÃO DE 1946
A Constituição de 1946 estabeleceu que:
Anualmente, a União deveria aplicar nunca menos de dez por cento, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
nunca menos de vinte por cento da renda resultante dos impostos, na manutenção e desenvolvimento do ensino;

LEI ORGÂNICA DO ENSINO PRIMÁRIO


 Decreto-lei no 8.529, de 2 de janeiro de 1946: organização do ensino primário nacionalmente;
 Decreto-lei no 8.530, de 2 de janeiro de 1946: organização do ensino normal;
 Decreto-lei no 8.621 e 8.622, de 10 de janeiro de 1946: criação do SENAC –Serviço Nacional de Aprendizagem do
Comércio.
Após intensos debates envolvendo entidades estudantis, sindicatos e organizações religiosas, o projeto da LDB
finalmente virou a Lei no 4.024, no ano de 1961, já no governo de João Goulart. A seguir alguns pontos contemplados na LDB:
 Obrigatoriedade de matrícula nos quatros anos do ensino primário.
 Ensino religioso facultativo.
 Ano letivo de 180 dias.
 Concede mais autonomia aos órgãos estaduais, através da diminuição da centralização do poder no MEC.
 Formação do professor para o ensino médio nos cursos de nível superior.
No início da década de 1960, não foram apenas os debates envolvendo o Projeto de Lei de Diretrizes e Bases para a
Educação Nacional que marcaram o cenário brasileiro.
O professor Paulo Freire (foto) passou a ser conhecido por ter conseguido alfabetizar, na cidade de Angicos, no Rio
Grande do Norte, 300 cortadores de cana em apenas 45 dias.
O chamado método Paulo Freire ficou conhecido porque rejeitava as formas tradicionais de alfabetização que usavam
cartilha. Para Freire, essas cartilhas levavam o aluno a aprender
pelo método da repetição. Ao contrário disso, Freire acreditava que o aprendizado deveria vi como parte integrante da
realidade e experiência das pessoas.
EDUCAÇÃO NA DÉCADA DE 1960
O período compreendido entre 1964 e 1985 ficou conhecido em função da interrupção do processo democrático
brasileiro e pela instauração de uma ditadura que duraria longos 21 anos. Uma ditadura processo democrático pela imposição de
uma visão de mundo, muitas vezes na base da força. Por isso mesmo, aqueles anos foram marcados pela extinção dos partidos
políticos, cassação de direitos, censura, perseguição de opositores políticos, mortes e desaparecimentos.
Uma das bandeiras levantadas pelos defensores dessa escola nova era o potencial da Educação como instrumento de emancipação
dos indivíduos. Isso significa que o governo civil-militar conhecia o poder transformador da Educação e, para atender o lema de
recuperar a ordem e a estabilização de seu projeto, a Educação passou a ser pauta do dia durante esse período.
Durante todo o período da Ditadura Militar, tivemos diversas intervenções que atingiram diretamente o setor educacional.
Veja algumas intervenções promovidas pela Constituição de 1967:
A União e os estados estavam desobrigados a investirem um percentual mínimo na Educação, contrariando o que estava
disposto na LDB de 1961.
Além disso, outra alteração promovida por essa carta constitucional foi a transferência de recursos públicos para instituições
privadas de ensino.
MOBRAL
O programa se fundamentava na metodologia de alfabetização de Paulo Freire no sentido técnico do termo, mas se distanciava na
dimensão da formação da consciência crítica e cidadã. Ao julgar realidade, é preciso usar uma lente que possa compreender, em
seu tempo histórico, cada situação. Infelizmente, o projeto tornou-se marca de pessoas falsamente formadas ou “malformadas”,
chegando a virar xingamento.
Em 1969, os militares determinaram a retirada do ensino de Filosofia e Sociologia das escolas. Sob o Decreto-lei nº 869,
passou a ser obrigatória a disciplina Educação Moral e Cívica (EMC) nas escolas brasileiras.
DECRETO-LEI Nº 869, DE 12 DE SETEMBRO DE 1969,
 Art. 1º É instituída, em caráter obrigatório, como disciplina e, também, como prática educativa, a Educação Moral e
Cívica, nas escolas de todos os graus e modalidades, dos sistemas de ensino no País (...).
 Art. 3º A Educação Moral e Cívica, com disciplina e prática educativa, será ministrada com apropriada adequação, em
todos os graus e ramos de escolarização. § 1º Nos estabelecimentos de grau médio, além da Educação Moral e Cívica,
deverá ser ministrado curso curricular de “Organização Social e Política Brasileira.”
Sobre a difusão do nacionalismo e do patriotismo nos alunos, ainda em 1970, aconteceu a Copado Mundo no México. Os
cantores Dom e Ravel conquistaram o país com o Eu te Amo, meu Brasil. Que estourou nas paradas de sucesso. Essa canção foi
utilizada pelo governo militar nos eventos cívicos e cantada nas escolas.
A Lei no 5692/71 foi criada por um grupo de trabalho instituído pelo presidente Médici, que tinha por objetivo adequar o
ensino ao momento político instaurado pelo Golpe de 1964 e às necessidades sociais e econômicas que o governo militar se
empenhava em garantir. O país precisava de trabalhadores, mas, mais do que isso, precisava de mão de obra especializada. Em
linhas gerais, ela criou a estrutura de ensino que se organizava em 1º e 2º graus.
 Primeiro grau passou a abranger os antigos primário e ginásio, atendendo às crianças dos 7 aos 14anos.
 Ampliação da obrigatoriedade escolar de 4 para 8 anos.
 Transformação do antigo curso secundário em ensino de segundo grau.
 Segundo grau passou a ser obrigatoriamente profissionalizante.
 Com a promulgação da lei, o segundo grau passou a combinar uma dupla característica:
 Garantia a terminalidade para aqueles que pretendiam a formação em nível técnico.
 Garantia a continuidade para os que desejavam prestar o vestibular.
É importante observar que a necessidade de formar mão de obra levou o governo a alterar radicalmente ensino básico. Apesar
dessa lei valer para o ensino público e para o ensino privado, o que se verificou, na prática, foi a concentração da adoção do
ensino profissionalizante no ensino público. De modo que, os filhos da elite continuaram a ser preparados para o ingresso nas
carreiras universitárias.
A valorização do magistério é outra questão presente na lei. Foi citada especialmente buscando acrescente profissionalização dos
professores, o aperfeiçoamento daqueles já formados, readequando os vencimentos salariais segundo os critérios do nível de
formação, ao contrário do nível que ministrava.
FIM DO REGIME MILITAR, PROMULGAÇÃO DA LEI DE ANISTIA E NOVA CONSTITUIÇÃO
Chamada de “Constituição Cidadã” pelo deputado Ulysses Guimarães, o novo texto que regeria a vaidade milhares de brasileiros
tinha como desafio imediato restituir direitos fundamentais negados durante muito tempo à sociedade. Além disso, tinha como
tarefa olhar para o futuro.
Politicamente, a abertura lenta e gradual foi ampliando a participação popular nas votações, primeiro para prefeitos, depois
governadores até a querela sobre quando seriam as primeiras eleições diretas.
Em uma articulação política, foi eleito Tancredo Neves pelo colegiado dos deputados, tendo como vice-presidente José Sarney. O
presidente da câmara era o deputado Ulysses Guimarães.
Neste contexto a Educação brasileira seguia os moldes de 1971. As mudanças, no entanto, não acontecem neste campo de forma
uniforme até o fim da década. Foram tomadas ações peculiares em capitais e estados. Dois exemplos importantes em do Distrito
Federal e do Rio de Janeiro.
Com a promulgação da Constituição de 1988, a LDB anterior (4024/61) foi considerada obsoleta, mas, apenas em 1996, o debate
sobre a nova lei foi concluído. A atual LDB, 9394/96, foi sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo ministro
da Educação, Paulo Renato, em 20 pelo presidente 1996.
 Gestão democrática do ensino público e progressiva autonomia pedagógica e administrativa das unidades escolares (art.
3 e 15);
 Carga horária mínima de oitocentas horas distribuídas em cento e oitenta dias letivos na educação básica (art. 24);
 Orientação para a União gastar, no mínimo, 18% e os estados e municípios, no mínimo, 25% de seus orçamentos para a
manutenção e desenvolvimento do ensino público (art. 69);
 Criação do Plano Nacional de Educação (art. 87).
Como surgiu o FUNDEB?
Quando, durante o governo FHC, houve a intensa discussão de que precisávamos ampliar o número de vagas, garantir o
acesso às escolas e, o mais crítico, trabalhar contra a evasão escolar, ministro Paulo Renato tomou isso como meta e modelo,
"ameaçando" os estados e municípios de que deveriam atingir essas metas ou não receberiam dinheiro.
Com a criação do FUNDEB, prevista na própria LDB, muitas prefeituras e governos criaram programas, deixando de
lado a qualidade em prol da continuidade – aprovações automáticas, criação de projetos em que separavam potenciais alunos
repetentes, entre outros.
FUNDEB
O Fundo para Desenvolvimento da Educação Básica foi criado para regulamentar o auxílio da União a Estados e
municípios, sem precisar pedir a cada nova demanda.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais foram organizados também no processo de redemocratização nacional,
impulsionados pela nova LDB/96. Esses parâmetros curriculares podem ser caracterizados como orientações explicitamente
práticas da legislação, ou seja, funcionam como um importante referencial para aquilo que oficialmente se espera da Educação, do
professor e do aluno – muito embora essa função não corresponda à necessária clareza conceituado documento.
PROPOSTA CURRICULAR
Linguagens, Códigos e suas tecnologias – inclui as disciplinas conhecidas pelas denominações de Língua Portuguesa,
Literatura e Língua Estrangeira, bem como Artes, Educação Física informática. Ciências da Natureza, Matemática e suas
tecnologias – engloba as disciplinas Biologia, Física, Química e Matemática. Ciências Humanas e suas Tecnologias – inclui o
conteúdo das disciplinas de Geografia, História, Sociologia e Filosofia, o conteúdo as demais áreas das Ciências Sociais. A leitura
interdisciplinar dos fenômenos sociais permite a articulação de fatos, conceitos, processos e tendências de forma contextualizada,
ressaltando especificidades.
Considerando exatamente o termo parâmetros, os PCNEM têm como princípio servir de referência básica e geral à
comunidade escolar (professores, coordenadores pedagógicos, alunos etc.) na organização e implementação do projeto educativo
das escolas, no intuito de garantir uma base nacional comum ao currículo da Educação Básica. As disciplinas no PCNEM foram
distribuídas de forma que as variadas áreas do conhecimento fossem contempladas. O próprio termo tecnologias caracteriza as
contribuições de cada uma das áreas para proposta curricular.
Depois dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a grande novidade para a Educação foi a homologação, no ano de 2018, da Base
Nacional Curricular Comum (BNCC). Trata-se de um documento normativo para a Educação Básica (Educação Infantil,
Ensinos Fundamental e Médio). A BNCC, ao ser elaborada, teve os PCN e as DCNEB (Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Básica) como pano de fundo. Levando em consideração a LDB/96, os PCN e as DCNEB, a inovação trazida pela
BNCC é a clareados objetivos de aprendizagem de cada ano escolar. Ou seja, ela estabelece os conteúdos norteadores que serão ensinados.
A BNCC tornou-se obrigatória nos currículos de todas as redes do país, públicas e particulares. Dessa forma, os documentos anteriores
devem continuar sendo consultados, mas apenas como documentos orientadores, sem caráter obrigatório. Prevista no artigo 10 da Constituição
de 1988, instituída pela LDB n°9.394/1996 e fundamentada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, define o conjunto orgânico e progressivo de
aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. A ideia é que o aluno
consiga aplicar o conhecimento aprendido na escola no seu cotidiano. O objetivo é formar o indivíduo para a vida cidadã, através da
transmissão de valores que permitam a boa convivência social.

A palavra-chave da Base Nacional Curricular Comum é competências. Ela propõe o desenvolvimento de competências distribuídas
nas disciplinas curriculares, que devem, por meio do desenvolvimento de habilidades, serem respondidas pelas atitudes concretas do aluno em
todos os locais de sua convivência.

Você também pode gostar