Autor: Docentes:
MANUEL, Óscar Alexandre M Sc. Celso Januario Bauque
Autor: Docentes:
MANUEL, Óscar Alexandre M Sc. Celso Januario Bauque
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por qualquer outro meio conhecido ou que venha a ser inventado, e de a divulgar através de
repositórios científicos e de admitir a sua cópia e distribuição em objectivos educacionais ou
de investigação, não comerciais, desde que sejam dados créditos aos autores e editores.
Índice
1 INTRODUÇÃO 1
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Objectivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.3 Documentação consultada e Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2 ÁGUAS RESIDUAIS 2
2.1 Águas Residuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.1.1 Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.1.2 Clasiificação das Águas Residuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.1.3 Características físicas Químicas de águas residuais . . . . . . . . . . . 3
3 SAUDE E SANEAMENTO 6
3.1 Doenças relacionadas com o saneamento deficiente . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.1.1 Classificação e mecanismos de transmissão . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.1.2 Factores determinantes de contaminação . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.2 Conceitos básicos e classificação de sistemas de evacuação de excreta . . . . 10
3.3 Situação de saneamento em Moçambique . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
II
1
INTRODUÇÃO
1.1 Introdução
A Engenharia de Saúde Ambiental consiste de medidas estruturais e legislativas que vi-
sam o melhoramento das condições de vida e de saúde pública nas comunidades. Os sis-
temas de abastecimento de água, sistemas de evacuação de resíduos sólidos e líquidos,
sistemas de drenagem urbana, habitação e outros, constituem parte das medidas estruturais
de maior relevo nesta área que são ou não acompanhadas de medidas legislativas tais como
a definição de normas de qualidade para descarga de resíduos em meios receptores.
Todas doenças infecciosas são causadas por organismos vivos tais como vírus, bactérias
ou vermes parasitas. A transmissão destas doenças, resulta frequentemente da passagem
destes organismos de um indivíduo (ou animal) para outro indivíduo (ou animal). Durante este
processo de transmissão, os organismos podem ser expostos ao ambiente e a sua passagem
ao corpo de uma nova vítima torna-o vulnerável às mudanças que ele encontra no ambiente.
As medidas estruturais introduzidas no âmbito da Engenharia de Saúde Ambiental procuram
modificar o ambiente humano como forma de prevenir e/ou reduzir a transmissão das doenças
causadas por estes organismos.
1
Drenagem e Saneamento §1.2. Objectivos
1.2 Objectivos
Objectivos 1.2.1 (Geral)
♠ A realização do Presente trabalho tem como principal objetivo debruçar acerca das
águas residuais e abordar acerca da saude e saneamento.
♠ Leitura e compreensão ;
2.1.1 Definição
Chamamos de esgoto a todas as águas que tiveram uma origem diferente e que foram
manipuladas de alguma forma pelo homem. Esta manipulação causou uma mudança nas
características da água e foram introduzidas substâncias químicas e biológicas. Independen-
temente da origem da água, seja ela doméstica, industrial, pecuária, agrícola ou recreativa,
todas as águas que foram manipuladas e que não são próprias para o consumo humano, são
consideradas águas residuais.
2
Drenagem e Saneamento §2.1. Águas Residuais
Características físicas
♠ Sólidos
Dentre as variáveis de caracterização física da água residual, o teor em material sólido
em suspensão compreende uma das variáveis de maior uso dada a sua importância
para o dimensionamento e controle de operações unitárias em estações de tratamento
de água residual (ETARs) e no controle da descarga de efluentes residuais (brutos ou
parcialmente tratados) em meios receptores.
♠ Temperatura
O conhecimento da temperatura da água residual é importante na medida em que a
mesma exerce influência sobre os processos químicos e biológicos responsáveis pela
depuração dos resíduos (e velocidade de decomposição da matéria orgânica, morte de
♠ Cheiro
A presença de cheiro em água residuais resulta essencialmente da presença de ga-
ses formados durante os processos de decomposição da matéria orgânica. Há dois
tipos característicos de cheiro em águas residuais designadamente: o odor à mofo, ra-
zoavelmente suportável e típico de resíduos frescos e, o odor à ovo podre geralmente
“insuportável” e típico de resíduos velhos e/ou sépticos.
♠ Cor e Turbidez
A cor e a turbidez da água residual, indicam de imediato o estado de decomposição do
resíduo líquido, ou sua “condição”. A tonalidade acizentada acompanhada de alguma
turbidez, é típica de resíduos frescos enquanto que a cor preta é típica de resíduos
sépticos, e de uma decomposição parcial. No caso de descargas industriais (por ex.:
descargas de industrias têxteis ou de tintas) os resíduos podem apresentar outro tipo
de coloração.
Características Químicas
♠ Matéria Orgânica
Cerca de 70% do conteúdo sólido é de origem orgânica e é geralmente formada por
uma combinação de carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio embora outros elemen-
tos importantes como o enxofre, fósforo e ferro possam também estar presentes.
As principais substâncias que dão origem à presença de origem orgânica na água resi-
dual são:
Proteínas
Constituem cerca de 40% à 60% do conteúdo orgânico de uma água residual.
Carbohidratos
Constituem cerca de 25% à 50% do conteúdo orgânico de uma água residual.
Gordura (10%)
A gordura está sempre presente no resíduo líquido doméstico e é proveniente do
uso de manteiga, óleos vegetais, da cozinha, da carne, etc. Pode estar presente
também sob a forma de óleos minerais derivados do petróleo (querosene, óleo
lubrificante).
Sulfatants
Os sulfatants são constituídos por moléculas orgânicas com a propriedade de for-
mar espuma no meio receptor ou na estação de tratamento em que o resíduo
líquido é lançado.
Fenóis
São compostos orgânicos originados principalmente por descargas industriais e
que têm a particularidade de atribuir cheiro e sabor característico (mesmo em situ-
ações em que aparecem com baixa concentração) à água quando esta é usadas
para fins domésticos (em especial à água clorada).
Das doenças relacionadas com os excretas, algumas são relacionadas com a água e
podem ser parcialmente controladas através de melhoramentos da higiene e segurança do
abastecimento de água. Contudo, estas e outras doenças relacionadas com os excreta, são
influenciadas pela melhoria da evacuação dos mesmos o que compreende a construção ou
melhoria de sanitários, a escolha de métodos adequados de transporte, tratamento e deposi-
ção final dos mesmos.
6
Drenagem e Saneamento §3.1. Doenças relacionadas com o saneamento deficiente
de maneira similar daí que as fezes de ambos podem transmitir o agente causador da
doença ao homem quer aos animais. Neste caso, a evacuação dos excretas humanos
não afectará significativamente o ciclo de transmissão Animal/Homen.
Figura 3.1: Duas formas de Zoonose (doenças que podem ser transmitidas de animal para o
Homen e vice-versa)
♠ Latência e Persistência
Os patogenes das categorias III, IV e V de doenças relacionadas com os excreta, apre-
sentam uma propriedade conhecida por latência o que significa que após serem lan-
çados com os excreta, eles não infectam imediatamente o homem, pois necessitam de
um período de desenvolvimento no solo, porcos, vacas ou animais aquáticos. A outra
propriedade característica destes microooganismos é a sua persistência i.e. o tempo
de sobrevivência no ambiente. Estas duas propriedades são ilustrados graficamente na
fig. 1.2. Como é de prever os organismos latentes e persistentes têm longos ciclos de
transmissão e a eficácia do saneamento melhorado no seu comtrole depende do seu
ciclo (ver fig. 1.3).
compostagem etc).
Ainda com base nesta classificação, os sistemas de evacuação de excretas podem ser
agrupados em níveis de serviço que resultam da adopção (individual ou combinada) das
diferentes opções tecnológicas descritas anteriormente. Lobato e Faria (1982), aproveitou
esta classificação para definir quatro níveis de serviço em sistemas de evacuação de excretas
à saber:
♠ Características: sistema com água, com tratamento e destino final fora do local de
deposição. É exemplo o sistema clássico de rede de esgotos comunitária.
As razões por detrás desta fraca intervenção são de vária ordem desde razões financeiras
(recursos limitados) à razões políticas (priorização de outras intervenções de carácter social
Em zonas com predominância de fossas sépticas com drenos de infiltração, para além
da sobrecarga em termos de utilização das instalações, a falta de um programa regular
de vazamento das fossas leva a que o conteúdo da maioria destas instalações trans-
borde frequentemente para os arruamentos o que para além do incómodo que causas
aos trauseuntes, é um atentado sério à saúde Pública.
Com a aprovação em 1996 da Política Nacional de Águas e, mercé das reformas profundas
introduzidas dentro do sector de águas, muda-se de certo modo o cenário pobre que carac-
terizou este subsector nos últimos anos. Sinais positivos dessa mudança são, a incorporação
do Programa Nacional de Saneamento a Baixo Custo dentro da estrutura da DNA e a concen-
tração das atenções relativas ao saneamento urbano num departamento específico (DES).
Com a aprovação em 1996 da Política Nacional de Águas e, mercé das reformas profun-
das introduzidas dentro do sector de águas, muda-se de certo modo o cenário pobre que
caracterizou este subsector nos últimos anos. Sinais positivos dessa mudança são, a incor-
poração do Programa Nacional de Saneamento a Baixo Custo dentro da estrutura da DNA e
a concentração das atenções relativas ao saneamento urbano num departamento específico
(DES).