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predominar nos meios de comunicação sem que seja esclarecida a questão do consumo e

consumismo para o aluno.


Pretendemos destacar em nossa prática os conceitos de resíduos sólidos, consumo
e consumismo.
Prática educativa de resíduos sólidos e consumismo Os Parâmetros Curriculares Nacionais de História e Geografia (PCNs) ressaltam
e o estudo da localidade de Ribeirão Preto - SP que obter informações prévias sobre o conhecimento dos estudantes é parte constituinte
do planejamento das aulas de qualquer professor. Essas informações permitem que ele
Carla Costa de Morais
Universidade de São Paulo selecione materiais e conduza as aulas de forma a interrelacionar os saberes, além de di-
carlamorais87@yahoo.com.br recionar o aprendizado e incentivar os alunos a avançarem na elaboração e apropriação
Gustavo Zen de Figueiredo Neves dos conceitos. Definimos, portanto iniciar a primeira aula fazendo o levantamento prévio
Universidade de São Paulo
gustavo4730@hotmail.com dos conhecimentos dos alunos sobre lixo e resíduos sólidos. Propomos também que eles
Andrea Coelho Lastória observassem o lixo produzido em sua residência com os seguintes enfoques: que tipos de
Universidade de São Paulo materiais encontram? Qual é predominante? Tudo o que foi encontrado pode ser consi-
lastoria@ffclrp.usp.br
derado sem reutilização? Onde é destinado o lixo em nossa cidade?
Como um exemplo de prática pedagógica alinhada à Geografia Crítica, KAER-
CHER (1998) sugere que seja feito um estudo geográfico da nossa casa e do mundo como
um todo, como forma de constatar as diferenças existentes entre o mundo natural e social
Introdução
do nosso planeta. Intrínseca a este prática trabalharemos os conceitos de paisagem e lugar.
Desde o ano de 2009 o Grupo de Estudos da Localidade (ELO), vinculado a Fa- Os conceitos atitudinais serão trabalhados em nossa prática a partir da perspectiva
culdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, na Universidade de São Paulo, do lugar: “O lugar é onde estão as referências pessoais e o sistema de valores que direcionam
trabalha na construção de práticas de ensino sobre a localidade em que está inserido. Com as diferentes formas de perceber e constituir a paisagem e o espaço geográfico.” (BRASIL,
a participação de professores e pesquisadores na área de Geografia, História e Pedagogia 1997, p.112).
definimos temáticas para elaboração dos planos de ensino. Posterior a elaboração pelo Incluímos na prática o estudo do meio, pensado a partir de uma visita ao bairro
grupo ELO, as práticas são aplicadas na rede pública e particular do município. A temática Jardim Juliana onde se localiza o antigo “lixão” do município. Cujo objetivo é favorecer a
escolhida pelo subgrupo a qual pertencemos é “Lixo e Resíduos Sólidos em Ribeirão Preto”, promoção e formulação de hipóteses e explicações sobre os fenômenos e transformações
tal prática se encontra no estágio inicial de aplicação em sala de aula. Dentre as estratégias, que ocorrem neste lugar.
destacamos a utilização do Atlas Escolar Histórico, Geográfico e Ambiental de Ribeirão
Preto – SP, vídeos inéditos, fotografias e mapas. Considerações finais
Este trabalho expõe o processo de construção da prática à luz teórica que nos orien-
tou e os resultados estão sendo obtidos através de um roteiro de observação, desenvolvido Através da prática de ensino e das estratégias utilizadas buscamos atrelar a temá-
pelo grupo ELO, que posteriormente serão apresentados em uma coletânea de práticas tica relevante do lixo com o ensino da localidade e da categoria lugar, acreditamos que a
educativas de autoria coletiva. aprendizagem pelo aluno é, desta forma, favorecida. O estudo do meio e a observação,
descrição e registro das paisagens facilitam a compreensão dos alunos e os incentivam
Desenvolvimento da temática na participação na prática e também na reflexão sobre os próprios hábitos de consumo.

A problemática do lixo que envolve desde sua produção excessiva e descarte


incorreto ganha destaque nas discussões dos especialistas em meio ambiente, na mídia e REFERÊNCIAS
nas escolas. Diante das múltiplas fontes de informação a que somos submetidos, diversos BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Geo-
equívocos são criados ao entorno do tema, observa-se o discurso a respeito da reciclagem grafia – primeiro e segundo ciclos do ensino fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

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KAERCHER, Nestor André. A Geografia é o nosso dia-a-dia. In CASTROGIOVANNI et
al (Org.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: Associação dos
Geógrafos Brasileiros, 1998.
LASTORIA, A. C. (Org.) Atlas Escolar Histórico, Geográfico e Ambiental de Ribeirão Pre-
to-SP. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo, 2008.

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