Você está na página 1de 7

FACULDADE DE PETROLINA – FACAPE/PE

RESENHA CRÍTICA SOBRE O CAPITULO UM E DOIS DO LIVRO A TEIA DA


VIDA

CAIO PEIXOTO

GABRIELA NUNES ALBUQUERQUE

Petrolina/PE – 2022
CAIO PEIXOTO

GABRIELA NUNES ALBUQUERQUE

RESENHA CRÍTICA SOBRE O CAPITULO UM E DOIS DO LIVRO A TEIA DA


VIDA

Atividade avaliativa apresentado como requisito


para aprovação na disciplina de Gestão e
educação ambiental, no curso de Direito na
Faculdade de Petrolina-FACAPE/PE. Prof: Claudia
Lourenco.
Petrolina/PE - 2022

CAPÍTULO l Ecologia Profunda — Um Novo Paradigma

“À medida que o século se aproxima do fim, as preocupações com o meio


ambiente adquirem suprema importância. Defrontamo-nos com toda uma série de
problemas globais que estão danificando a biosfera e a vida humana de uma
maneira alarmante, e que pode logo se tornar irreversível.”

Ao passar dos séculos as pessoas veem se preocupando cada vez mais com
o meio ambiente, dando a sua devida importância. Cada dia mais vem se agravando
os problemas globais, mas infelizmente muitas pessoas ainda não dão a devida
importância.

“A extinção de espécies animais e vegetais numa escala massiva continuará


enquanto o Hemisfério Meridional estiver sob o fardo de enormes dívidas. A
escassez dos recursos e a degradação do meio ambiente combinam-se com
populações em rápida expansão, o que leva ao colapso das comunidades locais e à
violência étnica e tribal que se tornou a característica mais importante da era pós-
guerra fria.”

Muitas vezes devido ao “desenvolvimento” ocorre muito desmatamento que


acaba prejudicando os animais nativos daquela área e até mesmo retirando tribos de
seus territórios.

“O reconhecimento de que é necessária uma profunda mudança de


percepção e de pensamento para garantir a nossa sobrevivência ainda não atingiu a
maioria dos líderes das nossas corporações, nem os administradores e os
professores das nossas grandes universidades.”

Essa forma diferente de pensamento vem evoluindo de forma devagar


ganhando seu espaço, cada dia que se passa antes de se derrubar uma área toda
de mata é pensado duas vezes antes que isso aconteça. Todavia, muitas vezes por
conta do capitalismo, exemplo a Amazônia, muitas pessoas fazem a retirada ilegal
de madeira para a comercialização, isso acontece diariamente, não passa na
cabeça das pessoas o impacto que isso pode causar no nosso meio ambiente.
“O conceito de sustentabilidade adquiriu importância-chave no movimento
ecológico e é realmente fundamental. Lester Brown, do Worldwatch Institute, deu
uma definição simples, clara e bela: "Uma sociedade sustentável é aquela que
satisfaz suas necessidades sem diminuir as perspectivas das gerações futuras.
“Este, em resumo, é o grande desafio do nosso tempo: criar comunidades
sustentáveis — isto é, ambientes sociais e culturais onde podemos satisfazer as
nossas necessidades e aspirações sem diminuir as chances das gerações futuras.”

O autor trás dois termos o “holístico” e o “ecológico”, no qual os dois possuem


significados distintos. O holístico vê uma bicicleta como um todo funcional e as suas
interdependências das suas partes. Já a visão ecológica inclui isso, mas acrescenta
a percepção de como a bicicleta está inserida em seu meio ambiente natural e
social, de onde vêm a material prima, comunidade pela qual ela é usada etc.

A escola filosófica foi fundada pelo filósofo norueguês Arne Naess, no início
da década de 70, com sua distinção entre "ecologia rasa" e "ecologia profunda".

A ecologia rasa é antropocêntrica, ou centralizada no ser humano. Ela vê os


seres humanos como situados acima ou fora da natureza, como a fonte de todos os
valores, e atribui apenas um valor instrumental, ou de "uso", à natureza. A ecologia
profunda não separa seres humanos — ou qualquer outra coisa — do meio
ambiente natural. Mundo não como uma coleção de objetos isolados, mas como
uma rede de fenômenos que estão fundamentalmente interconectados e são
interdependentes.

Além da ecologia profunda, há duas importantes escolas filosóficas de ecologia, a


ecologia social e a ecologia feminista, ou "ecofeminismo".

O ecofeminismo poderia ser encarado como uma escola especial de ecologia


social, uma vez que também ele aborda a dinâmica básica de dominação social
dentro do contexto do patriarcado. Entretanto, sua análise cultural das muitas
facetas do patriarcado e das ligações entre feminismo e ecologia vai muito além do
arcabouço da ecologia social. Os ecofeministas vêem a dominação patriarcal de
mulheres por homens como o protótipo de todas as formas de dominação e
exploração: hierárquica, militarista, capitalista e industrialista.
Muitos valores como a dominação está associado com homens. Na sociedade
em que vivemos, patriarcal, muitos homens são favorecidos de forma econômica e
política. Fazendo com que muitas vezes se torne impossível que a mulher conquiste
o seu espaço de forma igual dentro da sociedade.

Na grande maioria das vezes os homens ocupam os cargos de hierarquia


superior, muitas das vezes o homem ganha mais que a mulher que possui o mesmo
cargo e exerce a mesma função que a dele. Infelizmente, mudar essa realidade é
um desafio.

“Enquanto que o velho paradigma está baseado em valores antropocêntricos


(centralizados no ser humano), a ecologia profunda está alicerçada em valores
ecocêntricos (centralizados na Terra). É uma visão de mundo que reconhece o valor
inerente da vida não-humana.”

“Essa ética ecológica profunda é urgentemente necessária nos dias de hoje, e


especialmente na ciência, uma vez que a maior parte daquilo que os cientistas
fazem não atua no sentido de promover a vida nem de preservar a vida, mas sim no
sentido de destruir a vida.”

“O vínculo entre uma percepção ecológica do mundo e o comportamento


correspondente não é uma conexão lógica, mas psicológica. A lógica não nos
persuade de que deveríamos viver respeitando certas normas, uma vez que somos
parte integral da teia da vida. No entanto, se temos a percepção, ou a experiência,
ecológica profunda de sermos parte da teia da vida, então estaremos (em oposição
a deveríamos estar) inclinados a cuidar de toda a natureza viva. De fato, mal
podemos deixar de responder dessa maneira.”

CAPÍTULO 2 Das Partes para o Todo

Na parte dois, no capítulo que se segue intitulado ‘Das partes para o todo’, o
autor expõe em uma ordem cronológica como ocorreu a mudança do paradigma
mecanicista para o ecológico e os movimentos e as várias correntes científicas
intrínsecas a este processo de mudança, a qual não se deu de forma linear e
uniforme, mas que envolveu revoluções científicas, retrocessos bruscos e balanços
pendulares.

No século XX, a perspectiva holística passa a ser conhecida como “sistêmica”


e a principal característica do pensamento sistêmico esteve presente em várias
disciplinas de modo simultâneo, sendo os biólogos os pioneiros a abordar esse
pensamento, enfatizando a concepção dos organismos vivos como totalidades
integradas, sendo posteriormente enriquecida pela psicologia de Gestalt e pela nova
ciência da ecologia. Tanto a biologia organísmica como a psicologia de Gestalt,
eram parte de uma tendência intelectual mais ampla, que se via como um
movimento de protesto contra a fragmentação e a alienação crescentes da natureza
humana. E enquanto os físicos quânticos encontraram uma totalidade irredutível em
fenômenos atômicos, os ecologistas a encontraram em seus estudos sobre
comunidades e vegetais. São os ecologistas que introduzem a concepção de
sistemas vivos como redes, fornecendo uma nova perspectiva sobre as chamadas
hierarquias da natureza. A saber, essa nova perspectiva, vem explicar que na
natureza não há hierarquias, não há “acima” ou “abaixo”. Há somente redes
alinhadas dentro de outras redes. Essa concepção de rede representou avanços na
compreensão científica não apenas dos ecossistemas, mas também da própria
natureza da vida. Aristóteles, o primeiro biólogo da tradição ocidental, também
distinguia entre matéria e forma, porém, ao mesmo tempo, ligava ambas por meio de
um processo de desenvolvimento. Ao contrário de Platão, Aristóteles acreditava que
a forma não tinha existência separada, mas era imanente à matéria. Nem poderia a
matéria existir separadamente da forma. A matéria, de acordo com Aristóteles,
contém a natureza essencial de todas as coisas, mas apenas como potencialidade.
Por meio da forma, essa essência torna-se real, ou efetiva. O processo de auto
realização da essência nos fenômenos efetivos é chamado por Aristóteles de
enteléquia ("auto completude"). É um processo de desenvolvimento, um impulso em
direção à auto realização plena. Matéria e forma são os dois lados desse processo,
apenas separáveis por meio da abstração. Aristóteles criou um sistema de lógica
formal e um conjunto de concepções unificadoras, que aplicou às principais
disciplinas de sua época — biologia, física, metafísica, ética e política. Sua filosofia e
sua ciência dominaram o pensamento ocidental ao longo de dois mil anos depois de
sua morte, durante os quais sua autoridade tornou-se quase tão inquestionável
quanto a da Igreja Galileu Galilei expulsou a qualidade da ciência, restringindo esta
última ao estudo dos fenômenos que podiam ser medidos e quantificados. Esta tem
sido uma estratégia muito bem-sucedida ao longo de toda a ciência moderna, mas a
nossa obsessão com a quantificação e com a medição também nos tem cobrado
uma pesada taxa. Como o psiquiatra R.D. Lang afirma enfaticamente: O programa
de Galileu oferece-nos um mundo morto: extinguem- se a visão, o som, o sabor, o
tato e o olfato, e junto com eles vão-se também as sensibilidades estética e ética, os
valores, a qualidade, a alma, a consciência, o espírito. A experiência como tal é
expulsa do domínio do discurso científico. É improvável que algo tenha mudado
mais o mundo nos últimos quatrocentos anos do que o audacioso programa de
Galileu. Tivemos de destruir o mundo em teoria antes que pudéssemos destruí-lo na
prática.5 René Descartes criou o método do pensamento analítico, que consiste em
quebrar fenômenos complexos em pedaços a fim de compreender o comportamento
do todo a partir das propriedades das suas partes. Descartes baseou sua concepção
da natureza na divisão fundamental de dois domínios independentes e separados —
o da mente e o da matéria. O universo material, incluindo os organismos vivos, era
uma máquina para Descartes, e poderia, em princípio, ser entendido completamente
analisando-o em termos de suas menores partes.

Você também pode gostar