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NP2 PCP SILVIA

PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL - introdução do trabalho e recrutamento

Psicologia Organizacional do Trabalho, é uma vertente da ciência da Psicologia. É uma disciplina que estuda a
interação do homem e seu ambiente de trabalho, com a preocupação de proporcionar uma melhor qualidade de vida
social, física e mental ao trabalhador, pois acredita-se que o ambiente laboral pode influenciar na satisfação e
produtividade do indivíduo ou grupo, e a resposta dessa satisfação e bem estar pode conferir à empresa mais
produtividade e lucro. Foram nas diversas organizações surgidas ao longo dos tempos, que o indivíduo pôde construir
seu contexto histórico e inserir-se numa sociedade que está em constante transformações sociais, políticas e
econômicas. Vejamos: “Esta é a tarefa central ou a missão que caracteriza esse amplo espaço de ação da psicologia-
explorar, analisar, compreender como interagem as múltiplas dimensões que caracterizam a vida das pessoas, dos
grupos e das organizações, em um mundo crescentemente complexo, construindo, a partir daí, estratégias e
procedimentos que possam promover, preservar e restabelecer a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas, sem
abrir mão da produtividade da qual depende o atendimento das necessidades dos indivíduos e grupos sociais.
(Zanelli, 2014, p.550)”. A psicologia organizacional, além de visar o bem estar e evolução do ser humano, atua no
recrutamento e seleção de candidatos dentro de uma organização. A busca qualificada por profissionais para formar o
quadro de funcionários, através da avaliação e seleção dos candidatos, é um tema relevante e de grande importância,
o qual visa não só atrair e analisar o candidato para uma determinada vaga, mas também, as demandas da
organização em um sentido geral. O recrutamento e seleção sintetizam as formas qualificadas de ingresso nas
organizações,as quais serão definidas pelas competências de cada candidato para atenderem o que busca o cargo a
ser ocupado na organização. A particularidade de cada organização é variável e delimita um perfil humano para
obtenção de sucesso da contratação. Antes de definirmos o que é o recrutamento e seleção, devemos entender a
definição do processo seletivo. Vejamos: “O processo seletivo nada mais é do que a busca da adequação entre aquilo
que a organização pretende e aquilo que as pessoas oferecem. Mas não são apenas as organizações que
selecionam; as pessoas também escolhem as organizações em que pretendem trabalhar. Assim, trata-se de uma
escolha recíproca: as organizações escolhem as pessoas que pretendem engajar e as pessoas escolhem as
organizações nas quais pretendem trabalhar (CHIAVENATO, 2014, p. 91). Restando demonstrado o processo seletivo,
podemos partir para a definição de recrutamento, o qual conceitua-se pelo processo de busca para encontrar ou atrair
pessoas, com perfis específicos e qualificados, tendo como objetivo o preenchimento de determinados cargos dentro
da instituição requisitante. Sendo assim, é a primeira etapa do processo seletivo, garantindo ao futuro candidato o
acesso a vaga divulgada pela organização. 11 Corroborando com a definição acima, Chiavenato (2014, p. 101) cita:
"O recrutamento corresponde ao processo pelo qual a organização atrai candidatos no Mercado de Recursos
Humanos (MRH) para abastecer o seu processo seletivo”. O recrutamento pode ser interno ou externo, ou seja, o
interno atua dentro da organização com os colaboradores que já trabalham nas instituições - para que sejam
promovidos ou transferidos para outras áreas, e o externo consiste na admissão de candidatos - que se encontram
fora da organização- para que sejam selecionados para preencher a vaga oferecida pela instituição. Após iniciado o
processo de recrutamento, instaura-se a seleção, a qual é o procedimento de escolha e avaliação do candidato que se
mostrar mais qualificado e que melhor atenda às exigências do cargo oferecido para preenchimento da vaga
oferecida. A seleção tem como objetivo, também, analisar as competências e talentos do candidato para o cargo
disponibilizado pela organização.

PSICOLOGIA ONLINE- resoluções 11/2018, 4/2020 e a conclusão do trabalho

A Resolução do Conselho Federal de Psicologia nº 012/2005 regulamentou o atendimento psicoterapêutico mediado


pelo computador exclusivamente para fins de Pesquisa e afirmava: “por ser uma prática ainda não reconhecida pela
Psicologia, pode ser utilizado em caráter experimental”, além disso, regulamentou os serviços psicológicos não
psicoterapêuticos, tais como orientação psicológica e afetivo-sexual, orientação profissional, orientação de
aprendizagem e Psicologia escolar, orientação ergonômica, consultorias a empresas, reabilitação cognitiva,
ideomotora e comunicativa, processos prévios de seleção de pessoal, utilização de testes psicológicos informatizados,
utilização de softwares informativos e educativos com resposta automatizada e outros.
Posteriormente, a Resolução CFP n.º 11/2018 veio regulamentar a prestação de serviços psicológicos online exigindo
a obrigatoriedade de cadastramento individual no site e-Psi (epsi.cfp.org.br) para as atividades: I. Consultas e/ou
atendimentos psicológicos II. Processos de seleção pessoal; III. Utilização de instrumentos psicológicos IV.
Inadequação de atendimento online
Esta mesma Resolução CFP nº 11/2018 dispunha como inadequado o atendimento psicológico on-line de casos que
necessitassem de intervenções por profissionais e equipes de forma presencial, por exemplo, pessoas e grupos em
situação de urgência e emergência e proíbia o atendimento on-line de pessoas e grupos em situação de emergência e
desastres, bem como em situação de violação de direitos ou de violência.
Suspensação da inadequação pela Resolução CFP nº 04/2020
No entanto, durante o período da pandemia da COVID-19, as proibições ao atendimento à distância de casos nos
quais seria essencial a intervenção por profissionais e equipes de forma presencial foram suspensas temporariamente
pela Resolução CFP n.º 04/2020. Essa medida foi tomada como forma de garantir a continuidade da prestação de
serviços de qualidade e em condições apropriadas, respeitando-se, entretanto, a recomendação das autoridades
sanitárias.
Após a leitura do material usado para o trabalho, conclui-se que no Brasil o uso das tecnologias de informação e
comunicação por parte dos psicólogos clínicos era ainda relativamente pouco explorada até a eclosão da pandemia da
COVID 19 que acelerou drasticamente a transição do atendimento presencial para o on-line, tanto que a Resolução
CFP 11/2018, que trazia algumas situações vedadas ao atendimento remoto, foi alterada a as restrições
temporariamente suspensas pela Resolução CFP 04/2020. Os textos indicam que há desafios, como o cuidado com o
sigilo e a privacidade no atendimento, bem como pontos positivos, como o maior e mais fácil acesso da população a
profissionais. É necessário ainda ressaltar os seguintes pontos:
1) os profissionais precisam de treinamentos adequados para este tipo de atendimento e devem rever suas práticas
para se adaptarem a este novo formato que veio para ficar;
2) as universidades precisam adequar o plano de ensino do curso de graduação para integrar à formação dos alunos,
o atendimento remoto ou online, bem como promover pesquisas científicas relacionadas à prática para dar suporte
aos atendimentos;
3) os conselhos profissionais precisam promover discussões sobre a prática para dar suporte aos profissionais que
fazem o atendimento on-line evitando que se ultrapassem limites éticos na modalidade.

PSICOLOGIA CLÍNICA- atendimento individual, coletivo; atendimento amigo diferente psicólogo

O profissional atende pessoas em seu consultório particular e ali, em contato na maioria das vezes individuais, outras
vezes grupal, aplica de forma pessoal os métodos e as técnicas que a Psicologia lhe fornece. É um processo
colaborativo entre o profissional e o paciente, por meio da escuta, da fala e da aplicação de técnicas. O objetivo do
tratamento é aliviar o sofrimento, controlando ou eliminando sintomas para restabelecer a qualidade de vida do
paciente. No consultório particular podemos trabalhar com 2 formatos:

Individual: é o método tradicional, no qual o psicólogo analisa questões de caráter pessoal de um cliente por vez e
busca a solução de um problema;

Coletivo: é realizada em grupo de duas ou mais pessoas, com o objetivo de atuar sobre questões com as quais o
grupo se identifica coletivamente. Foca na comunicação e na interação dos pacientes e pode incluir as dinâmicas e o
psicodrama;

"Por que pagar um psicólogo para me ouvir e aconselhar quando eu tenho amigos?" Essa dúvida põe em xeque a
necessidade da ação do psicólogo como profissão. Antes de mais nada, é importante afirmar que o apoio emocional
oferecido por amigos e família, assim como outras atividades recreativas, podem sim ter efeito terapêutico na vida das
pessoas, mas não são consideradas práticas psicoterapêuticas e não podem ser comparadas com a ação
especializada de um profissional.
Isso porque o psicólogo conta com seu conhecimento científico e sua intenção. Quando falamos de intenção do
psicólogo, não é que um amigo não vai querer te ajudar, mas sim que a intervenção do psicólogo tem um pré
planejamento sistemático, um modelo, de como interpretar, intervir e quando necessário fazer um diagnóstico. E juntos
disso ele vai utilizar conhecimentos científicos e apropriados para analisar as questões e problemas que forem
apresentados. Portanto, segundo Bock (2002), esse dois elementos diferem a atuação de um profissional da de um
amigo, que não planeja ou tem conhecimentos específicos e cruciais para uma intervenção.

PSICOLOGIA JURÍDICA E CÁRCERE - a parte que discute documentos

A finalidade de um laudo psicológico é subsidiar as decisões relacionadas ao contexto em que surgiu a demanda.
Sempre apresentará informações dos fenômenos psicológicos, considerando o histórico da pessoa, como por
exemplo, o seu grupo social e as conclusões geradas pelo processo de avaliação psicológica. O psicólogo jurídico
para concluir o seu trabalho necessita fazer um laudo psicológico, deve seguir diversas regras da Resolução CFP n°
01/2009. É um modelo minucioso, dividido em seis itens: a identificação, a descrição da demanda, o procedimento, a
análise, a conclusão e referências.
● Identificação: motivo do pedido do laudo, identificar quem solicitou o laudo e o paciente, citando informações como
por exemplo, nome, data de nascimento, sexo, estado civil e a escolaridade do paciente.
● Descrição da demanda: deve citar o motivo do requerimento do laudo apresentando a situação em que o paciente
se encontra e a finalidade do pedido, também relatando as análises para justificar o procedimento escolhido.
● Procedimento: o psicólogo responsável pelo laudo deve apresentar o seu raciocínio, os recursos utilizados no
processo de avaliação psicológica, com citação dos participantes entrevistados durante o trabalho e as informações
pertinentes dos encontros.
● Análise: exposição descritiva e objetiva com os dados e situações adquiridos com relação à demanda. Jamais deve
citar afirmações sem embasamento teórico e compartilhar informações sigilosas no laudo.
● Conclusão: o psicólogo precisa descrever suas conclusões sobre o que foi citado na análise e indicar os
encaminhamentos e intervenções do processo. Cabe a ele destacar que não é de sua responsabilidade o uso dado ao
laudo por parte do paciente ou instituição após a sua entrega em entrevista devolutiva. O documento deverá ser
concluído sempre com indicação do local, data de emissão, carimbo em que conste nome completo do psicólogo junto
de sua inscrição profissional, com todas as laudas numeradas, rubricadas da primeira até a penúltima lauda, e a
assinatura do psicólogo na última página.
● Referências: no final do documento é obrigatório a citação das fontes das informações científicas e bibliográficas

PSICOLOGIA E DEPOIMENTO ESPECIAL - o que é a comparação internacional

Uma das questões debatidas por profissionais brasileiros é o fato de o Depoimento Especial ser, no presente
momento, muito focado em responsabilização e pouco na proteção do depoente. Coimbra (2014) compara as práticas
brasileiras de escuta de depoimento de crianças e adolescentes com as canadenses, que são mais próximas da
Resolução 20/2005, do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, que iremos dissertar sobre para observar
em que aspectos o DE pode melhorar. A primeira diferença, e também a mais clara, é a presença da pessoa de
confiança, ou pessoa de apoio, no Canadá. Tal pessoa não necessariamente é um profissional e está presente nas
diretrizes traçadas pelo Ecosoc sobre processos da justiça envolvendo crianças e adolescentes. Pesquisas recentes
mostram grande avanço com cães treinados para atuar neste papel, que estabelecem uma relação com o depoente
antes do procedimento e continua depois dele. (COIMBRA, NUNES e CORDEIRO, 2021). Esta pessoa de apoio não
pode interferir no depoimento e sua presença ali é apenas para diminuir o impacto que o ambiente judicial pode
causar na criança ou adolescente. No artigo 5º, inciso XI, há alusão a algo como a pessoa de confiança, mas as
principais discussões no Brasil giram ao redor da figura do intermediário. Além da presença da pessoa de confiança,
outra coisa que chama atenção é a existência de sessões de preparação para o depoente. Essas sessões visam a
avaliação da condição da criança ou adolescente depor, que necessidades precisam ser atendidas e o que precisa ser
atribuído para serviços de proteção a vítima, que vão cuidar do depoente depois desse processo. Os cães de
treinamento previamente citados são oferecidos pela London Family Court Clinic na província de Ontário, no Canadá,
por exemplo. (COIMBRA, 2014; COIMBRA, NUNES e CORDEIRO, 2021) Materiais de divulgação sobre os processos
também aparentam ter um papel importante para a segurança e confiança do depoente nos procedimentos, pois
explicam todos os ritos por quais o mesmo vai passar e também suas opções. Vemos aqui um foco igual entre a
proteção das vítimas e a obtenção de provas que seria interessante de espelhar na prática brasileira, com adaptações
para o próprio contexto, para que haja também este equilíbrio no Brasil.

PSICOLOGIA E MINORIAS - identidade de gênero e sigla LGBTQIAP+

Identidade de Gênero se diz respeito a como uma pessoa se sente e se percebe em relação ao seu gênero, de forma
singular. A identidade de gênero de uma pessoa pode ser definida como: feminina, masculina, trans ou travesti ou
como mulher, homem, mulher trans, travesti, homem trans, não binário (que não se identifica com o gênero masculino
nem com o feminino). (PRÍNCIPIOS, p. 9). Já o conceito de orientação sexual está ligado às várias formas diferentes
de atração afetiva e sexual de cada pessoa. (PRÍNCIPIOS, p. 9). Este último substitui o termo “opção sexual”, tendo
em vista que as pessoas não escolhem sua orientação. Partindo dessas definições, podemos enfatizar que existem
sexualidades que se atraem por gêneros opostos, semelhantes, por ambos os gêneros ou até mesmo por nenhum
deles, deste modo podemos defini-las como heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade e assexualidade
e que a identidade de gênero está ligada a forma como a pessoa se identifica sendo ela cisgênero, transgênero,
travesti e não binária, uma colocação que não é designada pelo seu sexo biológico a partir do seu nascimento.
(BAGAGLI, 2017)
PSICOLOGIA ESCOLAR - atuação e sua intervenção no meio escolar

Atua no âmbito da educação, nas instituições formais ou informais. Colabora para a compreensão e para a mudança
do comportamento de educadores e educandos, no processo de ensino aprendizagem, nas relações interpessoais e
nos processos intrapessoais, referindo-se sempre as dimensões política, econômica, social e cultural. Realiza
pesquisa, diagnóstico e intervenção psicopedagógica individual ou em grupo. Participa também da elaboração de
planos e políticas referentes ao Sistema Educacional, visando promover a qualidade, a valorização e a
democratização do ensino.
Colabora com a adequação, por parte dos educadores, de conhecimentos da Psicologia que lhes sejam úteis na
consecução crítica e reflexiva de seus papéis. Desenvolve trabalhos com educadores e alunos, visando a explicitação
e a superação de entraves institucionais ao funcionamento produtivo das equipes e ao crescimento individual de seus
integrantes. Desenvolve, com os participantes do trabalho escolar (pais, alunos, diretores, professores, técnicos,
pessoal administrativo), atividades visando a prevenir, identificar e resolver problemas psicossociais que possam
bloquear, na escola, o desenvolvimento de potencialidades, a auto-realização e o exercício da cidadania consciente.
Elabora e executa procedimentos destinados ao conhecimento da relação professor-aluno, em situações escolares
específicas, visando, através de uma ação coletiva e interdisciplinar a implementação de uma metodologia de ensino
que favoreça a aprendizagem e o desenvolvimento. Planeja, executa e/ou participa de pesquisas relacionadas à
compreensão de processo ensino-aprendizagem e conhecimento das características Psicossociais da clientela,
visando a atualização e reconstrução do projeto pedagógico da escola, relevante para o ensino, bem como suas
condições de desenvolvimento e aprendizagem, com a finalidade de fundamentar a atuação crítica do Psicólogo, dos
professores e usuários e de criar programas educacionais completos, alternativos, ou complementares. 6- Participa do
trabalho das equipes de planejamento pedagógico, currículo e políticas educacionais, concentrando sua ação
naqueles aspectos que digam respeito aos processos de desenvolvimento humano, de aprendizagem e das relações
interpessoais, bem como participa da constante avaliação e do redirecionamento dos planos, e práticas educacionais
implementados. Desenvolve programas de orientação profissional, visando um melhor aproveitamento e
desenvolvimento do potencial humano, fundamentados no conhecimento psicológico e numa visão crítica do trabalho
e das relações do mercado de trabalho. Diagnostica as dificuldades dos alunos dentro do sistema educacional e
encaminha, aos serviços de atendimento da comunidade, aqueles que requeiram diagnóstico e tratamento de
problemas psicológicos específicos, cuja natureza transcenda a possibilidade de solução na escola, buscando sempre
a atuação integrada entre escola e a comunidade. Supervisiona, orienta e executa trabalhos na área de Psicologia
Educacional.

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