“Esqueleto”:
6. Momento processual: inquérito policial encerrado, tendo o Ministério Público permanecido inerte (sem
qualquer manifestação) durante o prazo legal de 15 dias para oferecimento da denúncia (art. 46, caput,
do CPP)
7. Peça: Queixa Subsidiária (art. 29 do CPP + art. 100, § 3º, do CP + art. 5º, LIX, da CF c.c. os arts. 41 e 44
do CPP)
9. Teses: exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias (art. 41 do CPP)
10. Pedidos: condenação + fixação de valor para reparação dos danos causados pela infração (art. 387, IV,
do CPP) + condenação ao pagamento das custas e despesas processuais + rol de testemunhas
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da Comarca de ...
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Maria da Luz, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas sob
o n. , portadora da Cédula de Identidade n. , residente e domiciliada em , por seu advogado (anexa
procuração com poderes especiais - art. 44 do CPP), vem, perante Vossa Excelência, oferecer Queixa
Subsidiária, com base no art. 29 do Código de Processo Penal, art. 100, § 3º, do Código Penal e art. 5º,
inciso LIX, da Constituição Federal, todos combinados com os arts. 41 e 44 do Código de Processo Penal,
contra João da Paz, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob
o n. , portador da Cédula de Identidade n. , residente e domiciliado em , pelos fatos e fundamentos
seguintes.
I – Dos Fatos
No dia 10.09.2013, por volta das 12 horas, na confluência das ruas Maria Paula e Genebra, Maria
da Luz teve seu relógio subtraído por João da Paz, que se utilizou de violência e grave ameaça, exercida
com uma faca. Descoberta a autoria e formalizado o inquérito policial com prova robusta de materialidade
e autoria, os autos permanecem com o Ministério Público há mais de 30 dias, sem qualquer manifestação.
II – Do Direito
Inicialmente, cabe observar que, a despeito de o crime de roubo ser perseguido mediante ação
penal pública incondicionada, no caso concreto o Ministério Público permanece com os autos de inquérito
policial há mais de 30 dias, sem qualquer manifestação.
Assim, configurada a absoluta inércia do Ministério Público durante o prazo legal de 15 dias para
oferecimento da denúncia (art. 46, caput, do CPP), abre-se a possibilidade de a ofendida iniciar a ação
penal mediante o oferecimento da presente queixa, de forma subsidiária, conforme disposto no art. 29
do Código de Processo Penal, art. 100, § 3º, do Código Penal e art. 5º, inciso LIX, da Constituição Federal.
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Como se infere dos autos de inquérito policial, a conduta do querelado tipifica o crime de roubo
circunstanciado, definido no art. 157, § 2º, inciso I, do Código Penal.
Isso porque na data, horário e local anteriormente descritos, o querelado subtraiu, para si ou para
outrem, mediante grave ameaça e violência a pessoa, coisa móvel alheia consistente em um relógio da
querelante.
Cumpre salientar que a grave ameaça foi exercida com o emprego de arma (branca), consistente
em uma faca que o querelado portava na ocasião, configurando assim a causa de aumento de pena
(majorante) contida no art. 157, § 2º, inciso I, do Código Penal.
Ante o exposto, e depois da manifestação do Ministério Público (arts. 45 e 46, § 2º, do CPP), requer
seja recebida e autuada a presente queixa subsidiária, determinando-se seja o querelado citado,
processado (procedimento comum ordinário) e, ao final, condenado como incurso no art. 157, § 2º, inciso
I, do Código Penal, com a consequente fixação de valor para reparação dos danos causados pela infração
(art. 387, IV, do CPP). Requer ainda seja o querelado condenado ao pagamento das custas e despesas
processuais, bem como sejam notificadas e inquiridas as testemunhas do rol seguinte:
(...)
Termos em que,
pede deferimento.
Local, data.
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Advogado - OAB n.
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