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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

Actos Administrativos

Discente: Ana Maria Elias, Código: 708208493

Turma: “A”

Nampula, Abril, 2022


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

Actos Administrativos

Discente: Ana Maria Elias, Código: 708208493

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Cadeira: Gestão e Administração de Autarquias

Ano de Frequência: 3º Ano

Docente: Nurdine Alfredo

Nampula, Abril, 2022

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FOLHA DE FEEDBACK

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota /
Máxima Tutor Subtotal
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Conteúdo Articulação e domínio do
Análise discurso académico (expressão 2.0
discussão escrita cuidada, coerência/coesão
textual).
Revisão bibliográfica nacional e
internacional revelantes na área 2.0
de estudo.
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letra, paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
6a ed. e citações Rigor e coerência das citações/ 4.0
e bibliografia referências bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchido pelo tutor
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Índice
1.Introdução................................................................................................................................5

2.ACTOS ADMINISTRATIVOS...............................................................................................6

2.1.Normas de Funcionamento dos Serviços da Administração Pública....................................6

2.2.Tipos de Actos Administrativos............................................................................................6

2.2.1.Elementos de Acto Administrativo....................................................................................7

2.2.2.Elementos do acto administrativo:.....................................................................................8

3.As características dos actos Administrativos...........................................................................8

3.1.Requisitos de eficácia do acto administrativo:......................................................................9

3.1.1.Estrutura do Acto Administrativo......................................................................................9

2.3.Estrutura dos Actos Administrativos Normativos..............................................................10

2.3.1.Principais Espécies de Actos Administrativos.................................................................11

4.O Regulamento......................................................................................................................12

4.1.O poder de Execução..........................................................................................................13

5.O Contrato da Administração................................................................................................13

6.Conclusão...............................................................................................................................14

7.Referências Bibliográficas.....................................................................................................15

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1.Introdução
O presente trabalho, é pertinente no âmbito da cadeira de Gestão e Administração de
Autarquias, e tem por objectivo, falar sobre os Actos Administrativos, portanto, o surgimento
dos actos Administrativos, destaca-se nos finais do século XIX, em que surgiu em Franca a
figura do acto administrativo como acto executório, aquele que dizia respeito às decisões da
administração que tinha a força própria de auto-execução. O conceito surge primeiro em
Franca com Maurice Hourriou que restringiu o acto administrativo às decisões executórias da
Administração. Depois Surge na Alemanha, com Otto Mayer que desenvolve o conceito com
base no modelo da sentença judicial. A metodologia utilizada para a concretização do trabalho
foi a pesquisa bibliográfica, por estar em concordância e harmonia com o tema proposto.
Baseado em autores competentes, que dominam bem o assunto e a utilização de suas obras
que deram suporte a este trabalho. A colecta das informações foi feita através de livros,
materiais impressos e sites da internet.

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2.ACTOS ADMINISTRATIVOS
 Conceito de Acto Administrativo

Segundo MEIRELLES (2010), “Acto Administrativo é toda manifestação unilateral de


vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato
adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações
aos administrados ou a si própria.

De acordo com PIETRO (2008), “Actos administrativos são as decisões dos Órgãos da
Administração que ao abrigo de normas de direito Público visem produzir efeitos jurídicos
numa situação individual e concreta”.

O Decreto 30/2001, 15 Outubro, no seu artigo primeiro, dispõe que:

Acto administrativo definitivo e executório é decisão com força obrigatória e dotada de


exequibilidade sobre um determinado assunto, tomada por um órgão de uma pessoa colectiva
de Direito Público.

Acto administrativo é todo ato praticado pela Administração Pública ou por que lhe faça as
vezes, no exercício da função administrativa (excluídos os atos políticos), sob o regime de
direito público, ou seja, gozando o ato de todas as prerrogativas estatais (diferente do que
ocorre com os actos privados da administração) e, por fim, manifestando a vontade do Poder
Público em casos concretos ou de forma geral, não se confundindo com os meros atos de
execução de actividade.

2.1.Normas de Funcionamento dos Serviços da Administração Pública


As Normas de Funcionamento dos Serviços da Administração Pública, refere-se ao acto
administrativo definitivo e executório como sendo: “decisão com força obrigatória e
dotada da exequibilidade sobre um determinado assunto, tomada por um órgão de uma pessoa
colectiva de direito público”. Trata-se de um acto unilateral, praticado por um órgão ou
autoridade administrativa no âmbito do exercício do poder administrativo. Neste caso, nos
interessa especialmente os actos das autarquias locais, que são uma das formas jurídicas que
pode ter a sua actividade unilateral do direito público.

2.2.Tipos de Actos Administrativos


i. Actos Primários: que versam pela primeira vez uma determinada situação (por
exemplo, um caso de município que se pronuncia pela primeira vez sobre um

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requerimento de um munícipe através do qual solicita uma licença de construção de
uma habitação);

Os actos primários distinguem-se em:

a) Actos impositivos, que impõem uma certa conduta ou certos efeitos jurídicos da
adopção de uma conduta, e que se podem subdividir em:
 De comando, que impõem certa conduta, podendo ser: Ordens, que impõem uma
conduta positiva; Proibições, que impedem de adoptar certa conduta;
 Punitivos, que impõem sanções;
 Ablativos, que sacrificam um direito (expropriação e requisição);
 Juízos, por meio dos quais a Administração qualifica as pessoas, coisas, acções,
submetidas à apreciação segundo os critérios da justiça (graduações de penas ou
sanções disciplinares, notas de exames e valorações);
ii. Actos secundários: que recaem sobre actos anteriormente praticados.

Actos permissivos, que abrem caminho para alguém adopte uma determinada conduta ou seja
dispensado de um comportamento que de outra forma não seria permitido ou seria devido. Há
dois tipos:

 Os que conferem ou ampliam vantagens;


 Os que eliminam ou reduzem encargos.

Trata-se em ambos os casos de actos que em execução directa ou indirecta de normas, se


destinam a produzir efeitos jurídicos no âmbito das relações entre a Administração e os
particulares.

2.2.1.Elementos de Acto Administrativo


Segundo ALEXANDRINO & PAULO, (2009, p: 23), “os elementos de Acto
Administrativo”, podem ser:

a) Sujeito competente: deve ser necessariamente um agente público, que é o conceito


mais amplo encontrado na doutrina, consistindo em qualquer pessoa que exerça de
forma temporária ou permanente, com ou sem remuneração, uma função pública,
devendo estar, de alguma forma, ligado à Administração Pública.
b) Forma: é condição para que o acto administrativo produza efeitos no mundo jurídico,
é a exteriorização da vontade, considerada como instrumento de sua projecção,

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representando elemento que integra a própria formação do acto e é fundamental para
completar o seu ciclo de existência.
c) Motivo: representa as razões que justificam a edição do acto. É a situação de facto e
de direito que gera a vontade do agente quando da prática do acto administrativo. Pode
ser dividido em: pressuposto de facto, enquanto conjunto de circunstâncias fáticas que
levam à prática do acto, e pressuposto de direito, que é a norma do ordenamento
jurídico e que vem a justificar a prática do acto.
d) Objecto ou Conteúdo: é o seu resultado prático, é acto em si mesmo considerado.
Representa o efeito jurídico imediato que o acto produz, o que este decide, certifica,
opina, atesta.
e) Finalidade: é o bem jurídico objectivado pelo acto, o que se visa proteger com uma
determinada conduta. Por exemplo, na nomeação de um servidor, o objectivo é
aumentar o quadro da Administração, buscando dar maior eficiência ao serviço.

2.2.2.Elementos do acto administrativo:


a) Juridicidade;
b) Unilateralidade;
c) Organicamente administrativo;
d) Materialmente administrativo;
e) Visa a disciplina jurídica de uma situação individual num caso concreto.

3.As características dos actos Administrativos


i. A subordinação à lei: nos termos do princípio da legalidade, o acto
administrativo tem de ser em tudo conforme com a lei, sob pena de ilegalidade.
ii. A presunção de legalidade: é o efeito positivo do princípio da legalidade. Todo o
acto administrativo, porque emana de uma autoridade, de um órgão da
Administração, e porque é exercício de um poder público regulado pela lei,
presume-se legal até decisão em contrário do Tribunal competente.
iii. A imperatividade: é uma consequência da característica anterior. Por vir de quem
vem e por ser o que é, por se presumir conforme à legalidade vigente, o acto
administrativo goza de imperatividade, isto é, o seu conteúdo é obrigatório para
todos aqueles em relação aos quais o acto seja eficaz, e é o nomeadamente tanto
para os funcionários públicos que lhe hajam de dar execução, como para os
particulares que o tenham de acatar.

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iv. A revogabilidade: o acto administrativo é por natureza revogável pela
Administração. Porque a sua função é prosseguir o interesse público, e este é
eminentemente variável.
v. A sanabilidade: o acto ilegal é susceptível de recurso contencioso e, se for
anulável, pode ser anulado pelo Tribunal Administrativo. Mas, se ninguém
recorrer dentro dos prazos legais, a ilegalidade fica sanada e o acto convalida-se.
vi. Autoridade: consequência do poder de decisão unilateral da Administração, que
se traduz na obrigatoriedade do acto administrativo para todos aqueles
relativamente a quem ele produza os seus efeitos.

3.1.Requisitos de eficácia do acto administrativo:


a) A publicação;
b) A notificação aos interessados.

3.1.1.Estrutura do Acto Administrativo


A estrutura do acto administrativo, compõe-se de quatro ordens de elementos tais como:
elementos subjectivos, formais, objectivos e funcionais.

a) Elementos subjectivos: o acto administrativo típico põe em relação dois sujeitos de


direitos: a Administração Pública e um particular ou, em alguns casos duas pessoas
colectivas públicas. Reparte-se por: o autor, em regra um órgão de uma pessoa colectiva
pública; destinatário, um particular ou uma pessoa colectiva pública.
b) Elementos formais: todo o acto administrativo tem sempre necessariamente
uma forma, isto é, um modo pelo qual se exterioriza ou manifesta a conduta voluntária.
Consideramos formalidades todos os trâmites que a lei manda observar com vista a
garantir a correcta formação da decisão administrativa ou o respeito pelos direitos
subjectivos e interesses legítimos dos particulares.
c) Elementos objectivos: estes são o conteúdo e o objecto. O “conteúdo” do acto
administrativo é a substância da conduta voluntária em que o acto consiste. Mais
detalhadamente, fazem parte do conteúdo do acto administrativo:
 A conduta voluntária da Administração;
 A substância jurídica dessa conduta, ou seja, a decisão essencial por ela tomada;
 Os termos, condições e encargos que acompanharem a decisão tomada, isto é, as
cláusulas acessórias;
 Os fundamentos da decisão tomada.
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O “objecto” do acto administrativo consiste na realidade exterior sobre que o acto incide.

d) Elementos funcionais: o acto administrativo comporta três elementos funcionais: a causa,


os motivos e o fim:

 A causa: é a função jurídico-social de cada tipo de acto administrativo (vertente


objectiva) ou, noutra perspectiva, o motivo típico imediato de cada acto administrativo
(vertente subjectiva).

 Os motivos: são todas as razões de agir que impelem o órgão da Administração a


praticar um certo acto administrativo ou a dotá-lo de um determinado conteúdo. Na
designação de motivos abrangem-se, claro está, motivos principais e acessórios,
motivos típicos e atípicos, motivos próximos e remotos, motivos imediatos e mediatos
(ou ulteriores), motivos expressos e ocultos, motivos legais e ilegais.

 Quanto ao fim: trata-se do objectivo ou finalidade a prosseguir através da prática do


acto administrativo. Há que distinguir aqui o fim legal ou seja, o fim visado pela lei na
atribuição de competência ao órgão da Administração e o fim efectivo, real,
prosseguido de facto pelo órgão num dado caso.

Os actos administrativos devem ser fundamentados. Os actos administrativos que não


obedeçam as exigências acima indicadas são inválidos.

2.3.Estrutura dos Actos Administrativos Normativos


a) Regulamento: Acto normativo que constitui a lei do corpo administrativo a que se
destina, sendo regra geral, produto de elaboração e revisão de comissão, constituída
por servidores do próprio órgão a que se endereça. As partes que integram são: timbre
da Instituição, título centralizado (caixa alta), texto, que deverá ser desdobrado em
título, capítulos, seções, artigos, parágrafos e alíneas.
b) Regimento: é o documento que detalha a estrutura organizacional interna de cada
órgão da Administração Pública do Estado mediante a descrição de seus diversos
níveis hierárquicos e as respectivas competências das unidades organizacionais.
Define, também, as incumbências dos titulares das unidades organizacionais.

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2.3.1.Principais Espécies de Actos Administrativos
De acordo com CAMARGO & BELLOTTO, (1996, p: 212). “Espécie é a configuração que
assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nelas
contidas”.

A espécie do acto administrativo é caracterizada pela forma como o acto foi escrito. Neste
material serão abordadas as principais espécies de atos administrativos, com o objetivo de
ampliar o entendimento sobre os mesmos, pois são objetos de trabalho que fazem parte da
rotina diária na administração pública. Dessa forma, podemos destacar os seguintes actos:

a) Decreto: actos normativos exclusivos do chefe do executivo e serve para explicitar ou


regulamentar situações previstas em leis;
b) Regulamento: visa especificar mandamentos previstos ou não em leis;
c) Regimento: o regimento é um regulamento aprovado para uso próprio (interno) por
um órgão colegial duma pessoa coletiva de Direito Público, tem força normativa
interna e visa reger funcionamento de órgãos;
d) Resolução: acto emanado de órgão colegiado registrando uma decisão ou uma ordem
no âmbito de sua área de atuação. Expedidos pelas altas autoridades do executivo para
regulamentar matéria exclusiva;
e) Deliberação: decisões tomadas por órgãos colegiados;
f) Instruções-Normativas: são ordens escritas e gerais a respeito do modo e forma de
execução de determinado serviço público, expedidas pelo superior hierárquico com
escopo de orientar os funcionários no desempenho das atribuições que lhes estão
afetas e assegurar a unidade de ação no organismo administrativo;
g) Circulares: são ordens escritas, de caráter uniforme, expedidas a determinados
funcionários ou agentes administrativos incumbidos de certo serviço, ou do
desempenho de certas atribuições em circunstâncias especiais. É a comunicação
endereçada simultaneamente a vários destinatários, com conteúdo idêntico e redação
semelhante à carta ou ao aviso;
h) Avisos: são actos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos afetos aos
seus ministérios. Também podem ser destinados a dar notícia ou conhecimento de
assuntos afetos à actividade administrativa;
i) Ofícios: Comunicações oficiais realizadas pela Administração a terceiros;
j) Portarias: são actos administrativos internos pelos quais os chefes de órgãos,
repartições ou serviços expedem determinações gerais ou especiais a seus
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subordinados, ou designam servidores para funções e cargos secundários. Por portaria
também se constituem sindicâncias e processos disciplinares. Não atingem nem
obrigam aos particulares;
k) Ordens de Serviço: são determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras
ou serviços públicos autorizando seu início, ou contendo imposições de carácter
administrativo, ou especificações técnicas sobre o modo e forma de sua realização;
l) Despachos administrativos: são decisões que as autoridades executivas ou
legislativas e judiciárias, em funções administrativas, proferem em papéis,
requerimentos e processos sujeitos à sua apreciação;
m) Licença: acto vinculado e definitivo (não precário) em que a Administração concede
ao Administrado a faculdade de realizar uma atividade;
n) Autorização: acto discricionário e precário em que a Administração concede ao
administrado a faculdade de exercer uma atividade;
o) Permissão: acto discricionário e precário em que a Administração concede ao
administrado a faculdade de exercer certa atividade nas condições estabelecidas por
ela;
p) Aprovação: análise pela própria administração de atividades prestadas por seus
órgãos;
q) Homologação: análise da conveniência e legalidade de ato praticado pelos seus
órgãos como forma de lhe dar eficácia;
r) Dispensa: acto administrativo que exime o particular do cumprimento de determinada
obrigação até então exigida por lei. Exemplo: dispensa de prestação do serviço militar;
s) Atestado: são actos pelos quais a Administração Pública comprova um fato ou uma
situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes;
t) Certidão: são cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes em
processo, livros ou documentos que se encontrem na repartição pública; e,
u) Pareceres: são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua
consideração.

4.O Regulamento
A Administração Pública Autárquica dispõe de competência regulamentar que se traduz na
possibilidade de emanar actos normativos. A competência regulamentar é competência
normativizadora. O Regulamento como manifestação unilateral da vontade da Administração
Pública comporta uma tripla natureza:
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a) O regulamento é normativo porque é um conjunto de normas gerais e abstractas;
b) É organicamente administrativo porque resultam exclusivamente dos órgãos que
integram a Administração Pública;
c) é materialmente administrativo pois é emanado ao abrigo da função administrativa do
Estado sendo elaborado no exercício de poderes da autoridade de gestão pública. Os
regulamentos podem ser:
i. Externos, se os seus destinatários estão fora da Administração Pública;
ii. Internos, se os seus destinatários estão dentro da Administração Pública.

Eles podem tomar a forma de regulamento, decreto, resoluções, diplomas ministeriais


individuais ou conjuntos.

4.1.O poder de Execução


Todas as decisões administrativas são executórias por si mesmas. Em particular, o “Acto
administrativo definitivo e executório” constitui uma “decisão com força obrigatória e dotada
de exequibilidade sobre um determinado assunto, tomada por um órgão de uma pessoa
colectiva de direito público”.

Quando o particular aceita espontaneamente executar a decisão, não há dificuldade; mas no


caso em que existe uma resistência por parte do administrado, ao cumprimento da referida
decisão, um conflito objectivamente aparece que suscita a questão de saber como a decisão
será materialmente executada.

5.O Contrato da Administração


Segundo NOÉ, (s/m. ed., p: 109), “O contrato da Administração Publica é um acordo de
vontades pelo qual é constituída, modificada ou extinta uma relação jurídica administrativa”.

Um contrato é administrativo quando a sua matéria é do Direito Público e seja celebrado ao


abrigo da gestão pública. Pode-se citar alguns desses contratos:

a) Empreitadas de obras públicas;


b) Concessão de obras públicas;
c) Concessão de exploração do domínio público;
d) Concessão de exploração do domínio privado;
e) Concessão de exploração de jogos;
f) Fornecimentos de bens e de serviços.

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6.Conclusão
A acção administrativa é acto unilateral, decisão executória criadora de direitos e obrigações
em relação aos administrados, que se distingue de actos unilaterais não executórias (actos de
preparação de execução de decisões, medidas de ordem interna, circulares e directivas).
Considera-se actos administrativos as decisões dos órgãos da Administração Pública
Autárquica que ao abrigo de normas do Direito Público visam produzir efeitos jurídicos numa
situação individual e concreta. Um dos Actos Administrativos e o regulamento, Com efeito,
os regulamentos constituem um meio de acção e um modo importante das autarquias locais,
por sem instrumentos usados para ordenar a vida dos cidadãos, das empresas, de entidades da
mais diversificada natureza. Exactamente porque muitos serviços prestados, das autorizações,
licenças, etc., concedidas, das obras efectuadas e muitas outras actividades realizadas,
assentam em regulamentos.

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7.Referências Bibliográficas
CAMARGO, Ana Maria de Almeida; BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Dicionário de
terminologia arquivística. São Paulo, 1996.

MIRELLES, Hely Lopes, Direito administrativo brasileiro. 36ª. Ed. São Paulo, Malheiros

NOÉ, Fernando Gil, Manual do Direito Administrativo, UCM, Beira, 2010.

PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 21ª. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

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