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Universidade Federal de Pelotas

Faculdaade de Enfermagem - FEn


UCE VII - Atenção Básica e
Hospitalar na área Materno-Infantil

MODIFICAÇÕES DO
ORGANISMO MATERNO
DURANTE A GESTAÇÃO
Enfª Amanda do Rosário Tavares

Pós-graduada em Saúde da Mulher


Mestranda no PPGENF UFPEL
GRAVIDEZ = GESTAÇÃO = PRENHEZ
DURAÇÃO DA GRAVIDEZ

280 dias = 40 semanas = 10 meses lunares = 9


meses solares e 7 dias

1 2 3
TRIMESTRE TRIMESTRE TRIIMESTRE

0-13 semanas 14-26 semanas 27-42 semanas


Período pré-embrionário: fecundação até 3 semanas

Vulnerabilidade a
ESTÁGIOS lesões por uso materno
de substâncias,
DO Período embrionário: de 4 até 7 semanas
determinadas infecções
e outros fatores
DESENVOLVIMENTO
FETAL

Período fetal: de 8 semanas até o nascimento


PLACENTA E LÍQUIDO
AMNIÓTICO

A maior parte desse fluído provém do fluído tecidual


materno e do líq. intersticial por difusão através da
membrana amniocoriônica

é deglutido pelo feto e absorvido pelos tratos difestivo e


respiratório.

LÍQUIDO Trata-se de uma solução aquosa na qual material não


dissolvido se encontra suspenso.

AMNIÓTICO Metade dos constituintes orgânicos é proteína, e a outra metade


envolve carboidratos, enzimas, gorduras, hormônios e pigmentos

Mais adiante, o líquido amniótico serve de cunha (meio)


líquida que ajuda a abrir o colo durante o nascimento

Atua como barreira contra infecções, permite o desenvolvimento


normal dos pulmões fetais, evita que o cordão umbilical sofra
compressão, protege o feto contra lesões (amortece o impacto),
participa da manutenção da homeostasia dos fluídos e eletrólitos
PLACENTA Possui forma discoide (bolo chato), altamente vascularizado. É o local
em que ocorre a troca de gases e nutrientes entre mãe e filho. Possui
dois sistemas de circulação: uteroplancetária e fetoplacentária

Cresce em tamanho e expessura até 18ª sem.


Pesa 1/6 do feto
Nutrientes e O2: do sangue materno p/ fetal
Excretas e CO2: do sangue fetal p/ materno

Formada de córion (vilosidade coriônicas - parte fetal) e decídua (face


materna)

A membrana placentária é um conjunto de tecidos extra-fetais que separam o


sangue materno do fetal. Age como barreira somente quando a molécula é de
tamanho, configuração e carga específica

Cordão umbilical: sua ligação a placenta fica no centro da superficie


feta, possui duas artérias e uma veia, tamanho médio de 55cm (30 a
90cm).

Cordões muito curtos: separação prematura da placenta da parede do


útero durante o parto
Cordões muito compridos: prolapso e/ou enrolar-se em torno do feto,
ocasionando hipóxia fetal
HORMÔNIOS
PLACENTÁRIOS
hpl
Lactogênio Placentário Humano

e
estrogênio
estimula os metabolismos
proteícos e lipídicos

P
materno, para garantir um
Estimula o suprimento adequado de
desenvolvimento uterino progesterona aminoácidos e ácidos
para o feto, fornecendo graxos para mãe e feto
reduz a irritabilidade da
um ambiente adequado musculatura uterina
Causa o aumento das evita aborto espontâneo do feto estimula o crescimento
mamas e útero, bem Ajuda a manter o endométrio, pois mamário
inibe a contratilidade uterina

como o eritema palmar


Prepara as mamas para lactação,
Promove a secreção da pois estimula o desenvolvimento
preparação para lactação
progesterona do tec. mamario
HORMÔNIOS Ocitocina
Produzida pelo hipotálamo e liberada pela neuro-
hipófise
Estimula as contrações uterinas no TP
Auxilia na ejeção do leite pós parto

Prostaglandina
Produzida na placenta;
Atuam no trab. de parto Prolactina
Prepara o colo do útero e pelve Produzida pela hipófise
Liberadas pelo útero quando anterior
esse libera estrogênio Prepara as mamas para
Relaxina lactação após o parto
Produzida na placenta;
Ajuda a relaxar as articulações
e assoalho pélvico
Permite a distensão do útero
conforme o neném cresce
DIAGNÓSTICO
DA GRAVIDEZ Gonadotrofina Coriiônica
Humana (hCG)
Inicio da produção -> dia da concepção
ANAMNESE
Sangue: 8 a 11 dias (+- 20 dias DUM)
TESTE IMUNOLOGICO DE GRAVIDEZ - TIG
EXAME FÍSICO
Urina: 15 dias
SINAIS E SINTOMAS
Níveis máximos: 60 a 90 dias

PRESUNÇÃO A HCG evita a degeneração do corpo lúteo,


estimulando o corpo a produzir grande quantidade de
estrogênio e progesterona.
EPROBABILIDADE
O corpo lúteo, estimulado pelo hormônio HCG, produz
estrogênio e progesterona necessários para manter a
CERTEZA gravidez durante os 3 primeiros meses
SINAIS E SINTOMAS DE GRAVIDEZ
PRESUNÇÃO
alterações/mudanças sentidas pelas mulheres
SINAIS E SINTOMAS DE GRAVIDEZ
PROBABILIDADE
mudanças observadas pelo médico e/ou enfermeiro
SINAIS E SINTOMAS DE GRAVIDEZ
CERTEZA/POSITIVO
mudanças atribuídas a presença do feto
ADAPTAÇÕES DO
ORGANISMO MATERNO

ADAPTAÇÕES ADAPTAÇÕES MODIFICAÇÃO DOS ADAPTAÇÕES


DIVERSOS SIISTEMAS FISIOLÓGICAS
ANATÔMICAS PSICOSSOCIAIS
SIST. REPRODUTIVO
ÚTERO
Formato: Piriforme (1º tri) -> Globoso (2º) -> Alongado (3º tri);
Consistência: Sinal de Hegar e Sinal de Goodell;
Volume: 10ml -> 5.000 a 10.000mL
Peso: 60g -> 1.000gr
Tamanho: 7-8cm -> 30-36cm;
Posição: Pélvico -> Palpável na sínfise púbica
Coloração: Sinal de Chadwick;
Tampão mucoso: Rolha de Schroeder
SIST. REPRODUTIVO
ÚTERO NO 2º TRIMESTRE
Formato: Globoso;
SINAL DE BRAXTON HICKS -> CONTRAÇÕES DE TREINAMENTO

Contrações indolores;
De curta duração;
Intensidade não aumenta;
Irregulares.
SIST. REPRODUTIVO
3º TRIMESTRE
Útero: Alongado;
Vagina: Hipertrofia da musculatura lisa
Embebição Gravídica: ocorre pelo acúmulo de sódio na gestação,
aumentando o teor aquoso dos tecidos -> edema
Hipertrofia + Embebição: paredes espessas e preparando a vagina para o
trabalho de parto e o parto;
Edema e varizes vulvares podem ocorrer.
SIST. REPRODUTIVO
3º TRIMESTRE
Ovários e Trompas:
Aumento discreto de tamanho
Posição se eleva devido ao crescimento uterino
Novos folículos -> desenvolvimento inibido
Vulva e Vagina:
Aumento das secreções cervical e vaginal (leucorréia)
Diminuição do pH da secreção vaginal, variando de 4 a 6,5 -> infecções
Sinal de Chaedwick (Coloração Violácea)
Cuidados de enfermagem
- LEUCORRÉIA.

Explicar que aumento de fluxo vaginal é comum na


gestação;
Aconselhar a mulher a manter a área perineal limpa
e seca, lavando-a com sabão neutro e água;
Orientar a mulher a usar calcinhas de algodão,
com o objetivo de permitir o maior fluxo de ar;
Instruir a mulher a evitar o uso de ducha e
absorventes íntimos;
MAMAS
Controle hormonal: estrogênio, progesterona, somatotropina e prolactina

Aumentam de tamanho
Aumento da vascularização (rede venosa de Haller)
Maior sensibilidade
Aumento dos mamilos e auréolas
Surge aréola secundária (Sinal de Hunter)
Tuberculos de Montgomery: hipertrofia das
glândulas sebáceas.
MAMAS
Dentro do tec. mamário tem a ploriferação do tecido glandular
Diferenciação das células alveolares -> secretoras
No final do 2º tri: presença de colostro secretado pelos ductos

COLOSTRO: LÍQUIDO AMARELO E VISCOSO, RICO EM PROTEÍNAS, ANTICORPOS E


MINERAIS. COMEÇA A SER SECRETADO POR VOLTA DA 16ª SEMANA E CONTINUA
2-4 PÓS PARTO
Cuidados de enfermagem
- MAMAS.

Orientar sobre o uso de sutiãs de apoio com tiras


largas e ajustáveis
Evitar pressão nos seios ou ordenha
Lavar e mantê-los secos
Evitar o uso de sabão ou sabonetes nos mamilos,
bem como o uso de cremes
SISTEMA
CARDIOVASCULAR
Aumento do tamanho
Aumento do vol. sanguíneo -> Hemodiluição
Volume de sangue 1500ml -> 1000mL de PLASMA e 450mL de ERITRÓCITO
PLASMA > ERITRÓCITOS -> redução dos valores normais de hemoglobina e hematocrito
Aumento do volume plasmático -> Anemia fisiológica
Valor mínimo de hemoglobina aceito: 11g/mL
Altera a posição devido ao crescimento uterino que acaba deslocando o diafragma
Podem alterar a ausculta cardíaca -> distúrbios nos ritmos cardíacos, B3 ocasional
Alterações no débito cardíaco (3º trimestre): resistencia vascular periférica + aumento da FC
SISTEMA
CARDIOVASCULAR

Aumento do frequência cardíaca: 10 a 15bpm (2º trimestre);


Pode apresentar alguns tipos de arritmia, o que não caracteriza necessariamente cardiopatia
gestacional ou mesmo prévia;
PA: redução de aproximadamente 5 a 10 mmHg, em sístole e diástole -> hipotensão postural
vasodilatação periférica causada por alterações hormonais.
SISTEMA
CARDIOVASCULAR
Crescimento uterino -> compressão veia cava (Hipotensão supina);
Após 5 min. em decubito dorsal a hipotensão supina pode ocasionar bradicardia -> Reflexo
vagal e desfalecimento;
Reverte quando a gestante muda de decúbito para o lateral, pois há redução na compressão
da veia cava.
SISTEMA
CARDIOVASCULAR
Em razão do aumento uterino, há a compressão da veia cava em aproximadamente 8% das
gestantes que se posicionam em decúbito dorsal -> queda da PA;

Compressão das veias ilíacas pelo útero, -> aumento da pressão venosa e redução do fluxo
de sangue para os membros inferiores,
EDEMA, FORMAÇÃO DE VEIAS VARICOSAS E HEMORRÓIDAS

Fator fibrina: aumento do fator de coagulação -> prevenção de HPP


Cuidados de enfermagem
- EDEMA.

Não permanecer muito tempo em pé ou sentada;


Não usar roupas muito justas e, se possível, utilizar
meia-calça elástica;
Elevar os MMII;
Orientar a paciente que ao deitar prefira o decúbito
lateral esquerdo, descomprimindo temporariamente
a veia cava inferior proporcionando um melhor
retorno venoso ao coração;
Evitar salto alto
SISTEMA RENAL
Mudanças na estrutura renal durante a gravidez aso resultantes da atividade hormonal (estrógeno e
progesterona), da pressão do útero aumentado e do aumento do volume sanguíneo;

Aumento de tamanho: 1 cm
Aumento da taxa de filtração glomerular . Isso faz que haja um intervalo
Diminuição da ureia e creatinina entre a formação da urina e
Aumento fluxo plasmático sua deposição na bexiga e
ainda constitui um fator que
Aumenta frequência urinário
predispõe a infecções urinárias
Compressão da bexiga e sensibilidade frequentes.

Dilatação na pelve renal e ureteres (10ª semana)


Hiperemia bexiga e uretra
Hipertrofia e Hiperplasia do ureter

Fator mecânico -> associado à dilatação dos


ureteres, pois a mesma é observada mais
facilmente no lado direito, o que decorre da
dextrorrotação fisiológica uterina.
Cuidados de enfermagem
.

Explicar a paciente que geralmente, o aumento da


freqüência de micções é comum no início e no fim da
gestação;
Orientar a paciente para que ela urine assim que estiver a
sensação de que a bexiga está cheia;
Evitar bebidas a base de café/cafeína, que estimulam a
micção e reduzir a ingestão de líquidos após o jantar para
diminuir a micção noturna
SISTEMA
GASTROINTESTINAL

Oscilação no apetite e na sede -> redução dos níveis de glicose e aminoácidos;


Náusea matinal (hCG e alteração no metabolismo dos carbos)
Hiperemia, sangramento gengival e edema -> associada à alteração basal do tecido conjuntivo
causada pela ação do estrógeno na gravidez
Hipotônico e hipoativo (ação de prostaciclinas e progesterona)
Aumento no tempo de esvaziamento gástrico
Redução da atividade peristáltica – motilidade (estrógeno e progesterona)
Bolo fecal ter um trânsito lento no intestino grosso promove maior reabsorção de água,
causando constipação e possíveis náuseas e vômito
SISTEMA
GASTROINTESTINAL
O granuloma gravídico apresenta-se como massa plana ou lobulada, usualmente pediculada;
sua superfície varia de rosa a vermelho ou roxo, podendo estar ulcerada;
Caracteristicamente, a massa é indolor, embora sangre facilmente devido à sua extrema
vascularização;
O tratamento deve ser postergado, já que o índice de recidiva é maior para os granulomas
removidos durante a gravidez, e algumas lesões podem se resolver espontaneamente após o
parto;
A doença periodontal em mulheres grávidas vem recebendo atenção considerável como fator
de risco potencial independente para bebês prematuros e de baixo peso.
SISTEMA
GASTROINTESTINAL
Sialorreia;

Aumento do apetite
Desejos
Picacismo: ingestão não nutritiva (giz, areia...) ->
compulsão

As alterações abdominais ocorrem no intestino e


estômago devido o tamanho do útero

Refluxo -> níveis elevados de progesterona ->


relaxamento da porção inicial do estômago (cárdia)

Outras alterações: tensão nos ligamentos redondos, flatulencia, distensão, cólica intestinal
Cuidados de enfermagem
- NÁUSEAS E VÔMITOS
.

Orientar a mulher sobre alimentação fracionada


Seis refeições leves ao dia
Evitar frituras, gorduras, alimentos condimentados
Evitar líquidos durante as refeições
Em caso de hiperemese marcar avaliação com médico
Orientar a gestante a comer uma bolacha água e sal antes
de levantar pela manhã
Cuidados de enfermagem
- REFLUXO E PIROSE
.

Evitar café, chá preto, mates, doces, alimentos gordurosos,


picantes e irritantes da mucosa gástrica
NÃO CONSUMIR álcool e tabaco
Dormir com vários travesseiros, ficando com a cabeça
elevada
Aguardar pelo menos duas horas para deitar após as
refeições
Cuidados de enfermagem
- CONSTIPAÇÃO E HEMORRÓIDAS.

Praticar atividade física


Ingesta hidrica
Aumentar a ingesta de fibras na dieta -> vegetais, frutas e
cereais
SISTEMA
RESPIRATÓRIO
Aumento da exigência de O2 -> aceleração do metabolismo e
hipertrofia dos tecidos uterinos e mamários
Elevação do diafragma em até 4ccm -> redução na extensão
pulmonar
Aumento da FR
Aumento da expansão torácica
Respiração torácica substitui a respiração abdominal -> Respiração mais profunda
Relaxamento dos ligamentos das costelas (estogênio) -> aumenta a expensão torácica em =- 2cm
no diâmetro transverso
Hiperventilação -> medida protetora que impede a exposição do feto a níveis excessivos de dióxido
de carbono
Trato respiratório superior fica mais vascularizados -> capilares ingurgitados
Congestão nasal, epistaxe, ialteração no tom de voz
Cuidados de enfermagem

Tranquilizar a paciente, explicando as razões fisiológicas da


dispnéia na gestação
Orientar manter boa postura, dormir com travesseiro extra e
cabeceira elevada
Evitar sobrecarga do estômago
Suspender ou diminuir cigarro
Evitar exercícios físicos em demasia
Quando a respiração parecer difícil, pode ser aliviada com
os braços estendidos acima da cabeça -> distende a
cavidade torácica
SISTEMA
TEGUMENTAR

Alterações nos cabelos e unhas


Hipertricose: aumento dos pelos
Melasma -> cloasma ou máscara gravídica (16ª semana)
Hormônio hipofisário -> melanocítico
Linha Alba -> Nigra
Linha esbranquiçada que divide o abdomen longitudinalmente
do esterno a sínfise púbica
Primi: 3º mês / Multi: antes
Hiperpigmentação
Axilas, mamilo e aréolas, vukva e períneo
SISTEMA
TEGUMENTAR

Estrias gravídicas -> após prurido


nicio é violácea, depois branca e por fim, nacarada
Abdomen, mamas, flancos e região lombar
Pode estar associada a fragilidade dos tecidos cutâneos e distensão gradual da pele
Eritema plantar
Hipersecreção sebácea
Hipertrofia das glãndulas sudoríparas e sebáceas
Transpiração excessiva
Cuidados de enfermagem
- MANCHAS

Orientar a paciente a usar filtro solar durante a exposição ao


sol
Evitar exposição solar exagerada
Orientar a paciente que se as medidas cabíveis forem feitas
durante a gestação a chance de sucesso para o
desaparecimento das manchas serão maiores após o período
gestacional
SISTEMA
MUSCOESQUELÉTICO
Alteração na forma de deambular e postura
Marcha Anseriana -> deambulação de gansos

crescimento uterino -> inclina a pelve para frente + Redução do tônus da musculatura
abdominal -> exige que a coluna se realinhe
Aumento na curvatura lombossacral normal
Curvatura compensatória na Região Cervicodorsal
Alterações posturais = desconforto (dor lombar)
Articulações: discreto relaxamento e maior mobilidade das articulações sacro-ilíacas e da sínfise
pubiana -> contribui para a adaptação da postura materna
SISTEMA
MUSCOESQUELÉTICO
Diástase
Separação do musculo reto abdominal

Umbigo: sofre depressão obliterada e lisa ou protrusão - protuberância


arredondada no centro da parede abdominal
Cuidados de enfermagem

Aumento da base de apoio


Uso de sapatos com saltos baixos e confortáveis
Adoção de posturas ergonômicas
SIST. NEUROLÓGICO
E PSÍQUICO
Alterações sensoriais nos membros inferiores
Lombalgia
COMPRESSÃO, TRAÇÃO, EDEMA ENVOLVENDO OS NERVOS
PÉLVICOS
COMPRESSÃO DAS RAÍZES NERVOSAS
ESTASE VASCULAR
Síndrome do túnel do carrpo
Acroestesia
Postura
Tração sobre o plexo braquial
Cuidados de enfermagem

Correção de postura ao sentar-se e ao andar


Uso de sapatos com saltos baixos e confortáveis
Aplicar calor local
Adequação dos ambientes de trabalho com orientações ergonômicas
SIST. NEUROLÓGICO
E PSÍQUICO
Diminuição da concentração e atenção, bem como déficit de memória ->
diminuição do fluxo sanguíneo nas artérias cerebrais
Sonolência, fadiga, alentecimento psicomotor -> progesterona (ação depressora
do SNC)
Hipersensibilidade emocional
Ambivalência de sentimentos: DESEJO OU NÃO DE ESTAR GRÁVIDA; ALEGRIA E
TRISTEZA; QUESTIONAMENTOS

Os sentimentos ambilaventes podem


comprometer a vivência saudável da
gestação, ocasionando transtornos psíquicos.
SIST. NEUROLÓGICO
E PSÍQUICO
Gravidez e parto -> afetam profundamente a vida dos pais, parceiros e famílias
Fatores que influenciam na aceitação/percepção da gravidez
Cultura
Família
Características pessoais
1º tri: mulher mais introspectiva, ambivalência de sentimentos, mudanças
corporais para confirmar a gravidez
Cuidados de enfermagem

Tranquilizar a gestante: sentimentos ambivalentes são inevitáveis e normais


Encorajar o compartilhamento da alegria e da dúvida entre os pais
Auxiliar na aceitação e preparação para a paternidade
Pai observador: está feliz com a gestação e fornece apoio, no entanto não
participa de certas atividades (pré-natal)
Pai expressivo - "sí́ndrome do compartilhamento" -> pode até ter os
sintomas da gestação como náusea, vomito, fadiga
Pai instrumental: assume o papel de "gerente" da gravidez. Questiona, tira
fotos, planeja cuidadosamente o evento do parto, se sente responsável pelo
resultado da gravidez
SIST. NEUROLÓGICO
E PSÍQUICO - 2º TRI
Desenvolvimento da imagem materna e paterna
Preocupação com a "normalidade" do bebê
Ligação afetiva pré-natal
Sentimento de plenitude "Cheia de vida
Movimentação fetal -> associado ao medo aborto espontâneo
Gestante passa a observar a mov. fetal conforme o ruído, as vozes, músicas
Cuidados de enfermagem
Tirar as dúvidas e preocupações da família

Estimular comportamentos de promoção à saúde


Vacinas
Frequência nas consultas de pré-natal
Pré-natal odontológico
Envolver pai/membros da família nas consultas de pré-natal, sempre que
possível
Reforçar os comportamentos de vínculo
Acariciar a barriga
Conversar com o feto
Observar e relatar os movimentos fetais
Mobilizar a rede de apoio
SIST. NEUROLÓGICO
E PSÍQUICO -3º TRI
Transição de papel: a mulher se prepara para separar e cortar sua ligação com o
bebê
Ansiedade com o trabalho de parto e o parto
Desenvolvimento de planos de nascimento
Momento
Preparando o ninho -> auxilia na preparação da paternidade
A imagem corporal da mulher pode modificar-se conforme a gestação progride ->
ganho de peso, se sente menos atraente, sentimentos podem afetar o estímulo
sexual
Cuidados de enfermagem

Fornecer orientações práticas: documentação (RG, Cartão SUS, Caderneta da


gestante), organização das malas para maternidade, escolha do
acompanhante, etc.
Estimular a gestante a visitar a maternidade de referêcia
Orientar a gestante como identificar o trabalho de parto
Ajudar a mobilizar os recursos da família/rede de apoio

Inserir a gestante em grupos de gestantes


propicia a troca de experiência entre as mulheres
e profissionais de saúde
REFERÊNCIAS
CALIL, M.A. et al. Guia prático de saúde da mulher. São Paulo (SP): Marinari, 2016.

BARROS, S. M. O. Enfermagem no ciclo gravídico puerperal. São Paulo: Manole, 2006.

FONSECA, A.S; JANICAS, R.C.S.V. Saúde materna e neonatal. São Paulo (SP): Martinari, 2014. 252p.

OLIVEIRA, G.K.S.; FRANÇA, B. F.; FREIRE, K. R.B; OLIVEIRA, E.R. Intervenções de enfermagem nas adaptações fisiológicas da gestação.
VEREDAS FAVIP - Revista Eletrônica de Ciências, v. 3, n. 1, p.58-67, janeiro a junho de 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco /
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde,
2012.
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2012.

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