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(e-STJ Fl.

4028)

S.T.J
Fl.__________

CERTIDÃO DE JULGAMENTO
CORTE ESPECIAL

AgInt nos
Número Registro: 2013/0230570-3 PROCESSO ELETRÔNICO EREsp 1.424.404 /
SP

Números Origem: 00015988720098260320 15988720098260320 3200120090015988 412009


990103895827
PAUTA: 04/03/2020 JULGADO: 04/03/2020

Relator
Exmo. Sr. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO
Relator para Acórdão
Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. LINDÔRA MARIA ARAÚJO
Secretária
Bela. VÂNIA MARIA SOARES ROCHA
AUTUAÇÃO
EMBARGANTE : MORRO AZUL CONSTRUCOES E COMERCIO LTDA
ADVOGADOS : CARLOS AUGUSTO SOBRAL ROLEMBERG E OUTRO(S) - DF008282
PAULO ROBERTO SARAIVA DA COSTA LEITE E OUTRO(S) -
DF003333
JAIRO AZEVEDO FILHO - SP094023
RONEI RIBEIRO DOS SANTOS - DF018118
JAIRA ROBERTA AZEVEDO CARVALHO E OUTRO(S) - SP117669
EMBARGADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
INTERES. : MUNICÍPIO DE IRACEMÁPOLIS
ADVOGADO : FABRÍCIO TADEU NARDO E OUTRO(S) - SP198438
ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO -
Contratos Administrativos

AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : MORRO AZUL CONSTRUCOES E COMERCIO LTDA
ADVOGADOS : CARLOS AUGUSTO SOBRAL ROLEMBERG E OUTRO(S) - DF008282
PAULO ROBERTO SARAIVA DA COSTA LEITE E OUTRO(S) -
DF003333
JAIRO AZEVEDO FILHO - SP094023
RONEI RIBEIRO DOS SANTOS - DF018118
JAIRA ROBERTA AZEVEDO CARVALHO E OUTRO(S) - SP117669
AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
INTERES. : MUNICÍPIO DE IRACEMÁPOLIS
ADVOGADO : FABRÍCIO TADEU NARDO E OUTRO(S) - SP198438

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia CORTE ESPECIAL, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Prosseguindo no julgamento, após o voto-vista do Sr. Ministro Herman Benjamin
2013/0230570-3
dando provimento - EREsp
ao agravo, no que1424404 Petição : 2019/0044926-5
foi acompanhado (AgInt) Raul Araújo,
pelos Srs. Ministros

Documento eletrônico VDA24686185 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): VÂNIA MARIA SOARES ROCHA, COORDENADORIA DA CORTE ESPECIAL Assinado em: 04/03/2020 21:39:27
Código de Controle do Documento: 0949E994-5635-466F-9738-A288D9BBD774
(e-STJ Fl.4029)

S.T.J
Fl.__________

CERTIDÃO DE JULGAMENTO
CORTE ESPECIAL

AgInt nos
Número Registro: 2013/0230570-3 PROCESSO ELETRÔNICO EREsp 1.424.404 /
SP

Francisco Falcão, Laurita Vaz e Og Fernandes, e os votos dos Srs. Ministros Benedito
Gonçalves, Nancy Andrighi e Jorge Mussi negando provimento ao agravo, a Corte Especial,
por maioria, deu provimento ao agravo.
Lavrará o acórdão o Sr. Ministro Herman Benjamin.
Votaram com o Sr. Ministro Herman Benjamin os Srs. Ministros Raul Araújo,
Francisco Falcão, Laurita Vaz e Og Fernandes. Vencidos os Srs. Ministros Relator,
Benedito Gonçalves, Nancy Andrighi e Jorge Mussi que negavam provimento ao agravo.
Declarou-se apto a votar o Sr. Ministro Francisco Falcão.
Ausentes, justificadamente, os Srs. Ministros Humberto Martins, Maria Thereza de
Assis Moura, Napoleão Nunes Maia Filho, Mauro Campbell Marques e Paulo de Tarso
Sanseverino.
Licenciado o Sr. Ministro Felix Fischer.

2013/0230570-3 - EREsp 1424404 Petição : 2019/0044926-5 (AgInt)

Documento eletrônico VDA24686185 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): VÂNIA MARIA SOARES ROCHA, COORDENADORIA DA CORTE ESPECIAL Assinado em: 04/03/2020 21:39:27
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(e-STJ Fl.4030)

AgInt nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1.424.404 - SP


(2013/0230570-3)

RELATOR : MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO


R.P/ACÓRDÃO : MINISTRO HERMAN BENJAMIN
AGRAVANTE : MORRO AZUL CONSTRUCOES E COMERCIO LTDA
ADVOGADOS : CARLOS AUGUSTO SOBRAL ROLEMBERG E OUTRO(S) -
DF008282
PAULO ROBERTO SARAIVA DA COSTA LEITE E
OUTRO(S) - DF003333
JAIRO AZEVEDO FILHO - SP094023
RONEI RIBEIRO DOS SANTOS - DF018118
JAIRA ROBERTA AZEVEDO CARVALHO E OUTRO(S) -
SP117669
AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
INTERES. : MUNICÍPIO DE IRACEMÁPOLIS
ADVOGADO : FABRÍCIO TADEU NARDO E OUTRO(S) - SP198438

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AGRAVO
INTERNO EM RECURSO ESPECIAL. DISTINÇÃO DO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. DESNECESSIDADE DE IMPUGNAÇÃO
ESPECÍFICA DE TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO
RECORRIDA. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 182 /STJ.
DISCUSSÃO ACERCA DE QUESTÃO PROCESSUAL E
INTERPRETAÇÃO DE SÚMULA. PREVISÃO NO CPC/2015. NÃO
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 315/STJ. CABIMENTO DOS EMBARGOS
DE DIVERGÊNCIA.
HISTÓRICO DA DEMANDA
1. Cuida-se de Agravo Interno interposto contra decisão monocrática do
Presidente do STJ que inadmitiu os Embargos de Divergência com base na
Súmula 315/STJ (“Não cabem embargos de divergência no âmbito do agravo
de instrumento que não admite recurso especial”).
2. Os referidos Embargos de Divergência foram interpostos pela agravante
contra acórdão da Primeira Turma do STJ que, dissentindo de outros
precedentes da Corte Especial e da Segunda Turma, não conheceu de Agravo
Interno — manejado contra decisão que conheceu parcialmente de Recurso
Especial e, nessa parte, negou-lhe provimento —, com base em interpretação
equivocada da Súmula 182 do STJ.
NATUREZA DO RECURSO
3. De antemão, imprescindível analisar a natureza do recurso primeiramente
apreciado no STJ, para fins de demonstrar a aplicação da Súmula 182/STJ. O
recurso analisado originariamente pelo STJ não é Agravo de Instrumento, pois,
embora os autos tenham vindo ao STJ como Agravo em Recurso Especial, o
Ministro então Relator — Benedito Gonçalves — determinou a conversão para
Recurso Especial (fl. 3.710, e-STJ), tendo julgado, portanto, o Recurso Especial
(fls. 3.744-3.746, e-STJ).
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Signatário(a): MINISTRO Herman Benjamin Assinado em: 09/09/2020 21:28:47
Publicação no DJe/STJ nº 2994 de 17/09/2020. Código de Controle do Documento: 16F18C3A-EAB2-4FF5-B40B-2A4C93507EB9
(e-STJ Fl.4031)

4. A decisão monocrática no Recurso Especial foi de conhecimento parcial e,


nessa parte (que se refere à tese de existência de omissão e de inépcia da petição
inicial), negou-se provimento ao Recurso Especial. Em relação à parte não
conhecida do Apelo Nobre, incidiram as Súmulas 7/STJ e 284/STF.
5. Interpôs-se Agravo Interno, do qual a Primeira Turma não conheceu com
base na Súmula 182/STJ. No julgamento colegiado, concluiu-se ser impossível
conhecer do Agravo Interno, por não se ter impugnado a aplicação da Súmula
284/STF e do entendimento que afastou a tese de inépcia da petição inicial (fls.
3.793-3.797, e-STJ).
INDEVIDA ADOÇÃO DA SÚMULA 182/STJ
6. Nos acórdãos proferidos pela Primeira Turma, fixou-se a tese, s.m.j.,
merecedora de revisão, de que mesmo questões autônomas, como inépcia da
inicial da ACP e dissídio jurisprudencial, ainda que dissociadas e independentes
do mérito, devem ser objeto de refutação no Agravo Interno fundado no art.
1.021 do CPC, que ataca o mérito da causa, sob pena de aplicação da Súmula
182 do STJ. Contudo, tal entendimento conflita com a posição firmada no STJ
de afastar a incidência do citado verbete sumular nessas hipóteses.
7. Assim, a Súmula 182/STJ foi indevidamente empregada, pois a questão da
necessidade de ataque a todos os fundamentos diz respeito ao Agravo cabível
contra decisão do Tribunal de origem que inadmite o Recurso Especial.
Situação distinta é a dos presentes autos, que se refere ao Agravo Interno contra
decisão do STJ que julgou o Recurso Especial monocraticamente.
8. Neste último caso, tendo em vista a possibilidade de impugnação parcial, é
plenamente possível, em tese, que a parte se conforme com alguns capítulos
decisórios, optando por recorrer apenas em relação a outros pontos (por
exemplo, a parte pode aceitar a decisão monocrática do Ministro do STJ que
afastou a existência de dissídio jurisprudencial – alínea “c” —, mas, mesmo
assim, interpor Agravo Interno para discutir, pela alínea “a”, a existência de
violação de lei federal). No retromencionado exemplo, seria indevida a
incidência da Súmula 182/STJ (o mais correto seria conhecer parcialmente do
Agravo Interno, isto é, dele não se conheceria em relação à alínea “c”, por
ausência de impugnação, mas ele seria examinado em relação à alínea “a”).
INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 315/STJ
9. Primeiramente, é certo que a questão sobre a qual recai a divergência (que
gravita em torno da correta interpretação da Súmula 182 do STJ quando
aplicada ao Agravo Interno em Recurso Especial) não se limita ao exame dos
requisitos de admissibilidade do Apelo Nobre. Não, absolutamente não!
10. O que se busca com os presentes Embargos de Divergência é definir os
limites processuais de incidência da Súmula 182 do STJ nas hipóteses de
interposição do Agravo Interno em Recurso Especial, previsto no art. 1.021 do
CPC, sendo certo que o acórdão embargado dissentiu dos paradigmas indicados
quanto à tese.
11. No ponto, o art. 1.043, § 2º, do CPC estabelece que "a divergência que
autoriza a interposição de embargos de divergência pode verificar-se na
aplicação do direito material ou do direito processual", que, no caso em exame,
refere-se à necessidade ou não de impugnação, no Agravo Interno previsto no
art. 1.021 do CPC, de todos os fundamentos da decisão que negou provimento
ao Recurso Especial, quando as questões postas no apelo extremo são
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(e-STJ Fl.4032)

autônomas e independentes.
ADMISSIBILIDADE DOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA –
DISCUSSÃO DE QUESTÃO PROCESSUAL
12. Embora a jurisprudência seja pacífica no sentido de que não cabem
Embargos de Divergência em Recurso Especial para discutir regra técnica de
admissibilidade, no presente caso o que se está a decidir é a interpretação de
norma processual, na forma autorizada pelo art. 1.043, § 2º, do CPC.
13. Em emblemático julgamento ocorrido nos EREsp 1.447.624/SP, DJe
11/10/2018, em que se discutia a ocorrência ou não de deserção de Recurso
Especial, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça afastou a incidência
da Súmula 315 do STJ, entendendo que a divergência se dava na aplicação da
norma processual, como no caso em análise. Destaca-se o voto condutor do
acórdão, da lavra da Ministra Maria Thereza de Assis Moura, que muito bem
reflete a hipótese tratada nos presentes autos: "Diferente é a hipótese, todavia,
em que o dissenso se verifica com relação à própria interpretação de lei
federal relativa a regra processual, como no caso em exame, no qual se
discute o conceito de deserção. Destaque-se, não se trata de reexaminar a
admissibilidade do recurso especial no caso concreto, mas, sim, de
interpretar a norma abstratamente considerada. Desse modo, penso que
não incide o óbice contido no enunciado nº 315 deste Superior Tribunal de
Justiça, com a devida vênia do Ministro Relator".
14. O art. 1.043, § 2º, do CPC/2015 faz expressa referência à possibilidade de
admissão dos Embargos de Divergência para discussão de matéria
eminentemente processual, como é o que temos nesta hipótese.
PRECEDENTES DO STJ
15. São inúmeros os acórdãos da Corte Especial e das Seções admitindo
Embargos de Divergência em Recurso Especial que não julga o mérito da
causa, mas que decide questão processual de forma divergente daquela decidida
nos paradigmas. Nesse sentido: EREsp 1.314.603/PR, Rel. Ministro Benedito
Gonçalves, Corte Especial, DJe 14/12/2015; EREsp 1.303.643/RJ, Rel.
Ministro Herman Benjamin, Corte Especial, DJe 19/5/2016; EREsp
547.653/RJ, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Corte Especial, DJe
29/3/2011; EREsp 1.114.817/MG, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Corte
Especial, DJe 27/6/2012; EDcl no AgRg nos EREsp 1.019.056/SP, Rel.
Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Corte Especial, DJe 4/8/2015; EAREsp
460.194/PE, Rel. Ministra Laurita Vaz, Corte Especial, DJe 16/10/2015.
16. Ademais, há precedente da Corte Especial (Relator Ministro Napoleão
Nunes Maia Filho) que apontou, em caráter excepcional, serem cabíveis
Embargos de Divergência em Recurso Especial quando houver controvérsia
sobre a própria interpretação que se dá à regra técnica de admissibilidade.
Transcreve-se excerto: "Quando a discussão se estabelece sobre a própria regra
de conhecimento, esta evidentemente passível de dissenso a desafiar também a
uniformização de jurisprudência" (EREsp 781.135/DF, Rel. Ministro Napoleão
Nunes Maia Filho, Corte Especial, DJe 20/5/2015).
17. Por isso que os precedentes mencionados na decisão ora agravada — a
maioria deles em Agravo em Recurso Especial (Aglnt nos EAREsp
315.046/SP, Aglnt nos EAg 1.357.322/DF, EAREsp 559.7 66/DF, Aglnt nos
EREsp 1.226.477/RS) e um único em Recurso Especial (EREsp 134.660/SC)
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(e-STJ Fl.4033)

— não têm aplicabilidade ao caso em tela, porque em nenhum deles se decidiu


sobre a regra em si de conhecimento do Recurso Especial, mas se aplicou
determinada regra ao caso em comento, o que é, por óbvio, bem diferente.
COMPROVAÇÃO DA DIVERGÊNCIA QUE
LEGITIMA OS PRESENTES EMBARGOS
18. Ora, como o fundamento da monocrática foi a aplicação da Súmula
315/STJ, ele deve ser afastado para admitir, em tese, os Embargos de
Divergência em Recurso Especial. Faltaria examinar se existem outros óbices à
sua admissibilidade. Contudo, em juízo provisório, típico da análise concernente
ao seu recebimento, o dissídio parece estar demonstrado.
19. Deveras, na hipótese em disceptação, a agravante bem demonstrou, nos
acórdãos paradigmas, que o Agravo Interno (ou Regimental) que deixa de
impugnar fundamentos autônomos não comporta aplicação da Súmula 182/STJ:
a) EDcl no AgRg no Ag 890.243/RS, proferidos pela Terceira Turma, relativos
à inaplicabilidade da Súmula 182/STJ ao Agravo Regimental em que a parte
impugna capítulos autônomos da decisão monocrática, deixando precluir os
capítulos não impugnados; b) AgRg no REsp 1.382.619/PI, proferido pela
Terceira Turma, no sentido de que a contestação de capítulos autônomos da
decisão induz preclusão das matérias não refutadas, mas não impede o
conhecimento do Recurso, afastando-se a incidência da Súmula 182/STJ; c)
AgRg no AgRg no Ag 1.161.747/SP, proferido pela Segunda Turma, referente
à inaplicabilidade da Súmula 182/STJ, quando a decisão recorrida possui
capítulos autônomos e a parte vencida não impugna todos eles, mas, no ponto
enfrentado, combate todos os fundamentos da decisão.
20. O caso se distingue do precedente do Ministro Relator proferido nos
EAREsp 746.775/PR, também da Corte Especial. No supracitado feito foi
registrada, pelo Ministro Mauro Campbell, a ressalva em que se enquadra o
caso ora em apreciação, verbis: "A obrigatoriedade de impugnação de todos os
fundamentos da decisão agravada somente é aplicável na hipótese de agravo em
recurso especial interposto contra a decisão do Tribunal de origem que não
admite o recurso especial, mas tal regra não deve ser aplicada nas hipóteses de
agravo regimental/interno interposto contra decisões dos Ministros desta Corte
Superior. Nas decisões monocráticas proferidas no âmbito deste Tribunal
Superior, inequivocamente, pode ser reconhecida autonomia de fundamentos ou
capítulos decisórios. Em tal hipótese, o efeito devolutivo do agravo
regimental/interno permite ao julgador decidir estritamente nos limites
estabelecidos pelo agravante nos referidos recursos. Assim, a incidência da
Súmula 182/STJ e a expressa previsão legal contida no art. 1.021, § Io, do
CPC/2015, terá incidência nas hipóteses em que o agravante não apresenta
impugnaçâo aos fundamentos da decisão monocrática do Ministro do STJ ou se
houver na decisão agravada capítulo autônomo impugnado parcialmente, ou
seja, não impugnaçâo de um dos fundamentos sobrepostos no mesmo capítulo.
A interpretação por analogia do dispositivo regimental específico do agravo em
recurso especial no âmbito do agravo interno, considerando a expressão todos,
exigiria do recorrente a impugnaçâo de pontos autônomos contra os quais não
mais existiria interesse da parte em recorrer, o que contraria a lógica da
preclusão processual".
CONCLUSÃO
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(e-STJ Fl.4034)

21. No entendimento do acórdão embargado, não merece conhecimento o


Agravo Interno (art. 1.021 do CPC) quanto ao mérito se a parte interessada,
livre, espontânea e conscientemente, desistir de impugnar matérias autônomas e
secundárias (no caso em julgamento a inépcia da inicial e o dissídio
jurisprudencial), que não guardam relação alguma com a matéria de fundo do
recurso, deixando-as precluir, para se concentrar no cerne da questão.
22. Já os acórdãos paradigmas decidiram de forma diametralmente oposta:
"havendo capítulos autônomos na decisão que julgou monocraticamente o
recurso especial, a parte sucumbente pode impugnar somente alguns dos
capítulos, deixando precluir os demais, hipótese em que o regimental deve ser
conhecido em relação aos capítulos impugnados".
23. Pelo exposto, Agravo Interno provido, afastando-se a incidência da
Súmula 315/STJ e determinando-se o processamento dos Embargos de
Divergência em Recurso Especial (mediante intimação da parte contrária,
para apresentar a devida impugnação aos Embargos).
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima


indicadas, acordam os Ministros da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça:
"Prosseguindo no julgamento, após o voto-vista do Sr. Ministro Herman Benjamin
dando provimento ao agravo, no que foi acompanhado pelos Srs. Ministros Raul
Araújo, Francisco Falcão, Laurita Vaz e Og Fernandes, e os votos dos Srs. Ministros
Benedito Gonçalves, Nancy Andrighi e Jorge Mussi negando provimento ao agravo,
a Corte Especial, por maioria, deu provimento ao agravo.
Lavrará o acórdão o Sr. Ministro Herman Benjamin. Votaram com o Sr.
Ministro Herman Benjamin os Srs. Ministros Raul Araújo, Francisco Falcão, Laurita
Vaz e Og Fernandes. Vencidos os Srs. Ministros Relator, Benedito Gonçalves,
Nancy Andrighi e Jorge Mussi que negavam provimento ao agravo.
Declarou-se apto a votar o Sr. Ministro Francisco Falcão.
Ausentes, justificadamente, os Srs. Ministros Humberto Martins, Maria
Thereza de Assis Moura, Napoleão Nunes Maia Filho, Mauro Campbell Marques e
Paulo de Tarso Sanseverino.
Licenciado o Sr. Ministro Felix Fischer."

Brasília, 04 de março de 2020(data do julgamento)..

MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA


Presidente

MINISTRO HERMAN BENJAMIN


Relator

HB547
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(e-STJ Fl.4035)

AgInt nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1.424.404 - SP


(2013/0230570-3)

RELATOR : MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO


AGRAVANTE : MORRO AZUL CONSTRUCOES E COMERCIO LTDA
ADVOGADOS : CARLOS AUGUSTO SOBRAL ROLEMBERG E OUTRO(S) -
DF008282
PAULO ROBERTO SARAIVA DA COSTA LEITE E OUTRO(S) -
DF003333
JAIRO AZEVEDO FILHO - SP094023
RONEI RIBEIRO DOS SANTOS - DF018118
JAIRA ROBERTA AZEVEDO CARVALHO E OUTRO(S) -
SP117669
AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
INTERES. : MUNICÍPIO DE IRACEMÁPOLIS
ADVOGADO : FABRÍCIO TADEU NARDO E OUTRO(S) - SP198438

RELATÓRIO

O SENHOR MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO (Relator):


1. Trata-se de agravo interno interposto por MORRO AZUL
CONSTRUCOES E COMERCIO LTDA contra decisão do Ministro Presidente desta Corte
Superior que indeferiu liminarmente os embargos de divergência.

Sustenta a inaplicabilidade da Súmula n. 315 do STJ, uma vez que não se


trata de agravo em recurso especial que discute os requisitos de admissibilidade do apelo
nobre, mas sim de dissídio sobre a interpretação de norma processual, na forma
autorizada pelo art. 1.043, § 2º, do CPC.

Outrossim, alega que não pretende o reexame dos requisitos de


admissibilidade do recurso especial, mas apenas a limitação do alcance da Súmula n.
182 do STJ, a qual não incide na hipótese de agravo interno em recurso especial, tendo
em vista a possibilidade de impugnação de capítulo autônomo da decisão que não
admitiu o recurso especial.

Pleiteia alternativamente o afastamento da majoração de honorários


sucumbenciais, considerando a ausência de fixação de tal verba na instância ordinária.

É o relatório.

02 /0 4/ 202 0 15:47:31
EREsp 1424404 Petição : 449265/2019
2013/0230570-3 Documento Página 1 de 4

Documento eletrônico VDA25010868 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Luis Felipe Salomão Assinado em: 02/04/2020 17:31:02
Código de Controle do Documento: 8CCD55E0-E265-4132-9024-36A130829B28
(e-STJ Fl.4036)

AgInt nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1.424.404 - SP


(2013/0230570-3)

VOTO VENCIDO

O SENHOR MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO (Relator):


2. A decisão agravada indeferiu liminarmente os embargos de divergência
sob o seguinte fundamento:
[...] o acórdão embargado concluiu pela impossibilidade de se analisar o mérito
do recurso especial em razão da aplicação da Súmula n. 182/STJ. Tal situação
impede, por si só, o conhecimento desta via de impugnação, pois não se
admite a interposição de embargos de divergência na hipótese de não ter sido
analisado o mérito do recurso especial, a teor da Súmula n. 315 desta Corte
Superior: "Não cabem embargos de divergência no âmbito do agravo de
instrumento que não admite recurso especial."

Com efeito, é cediço o descabimento dos embargos de divergência para o


reexame de regra técnica de admissibilidade recursal, reservando-se tal recurso apenas
para a hipótese de haver dissenso interpretativo entre diferentes órgãos jurisdicionais
deste Tribunal Superior, quando houver sido apreciada a matéria de mérito do recurso
especial, tanto de natureza processual quanto material, nos termos do art. 266, caput,
do RISTJ, c/c o art. 1.043 do CPC/2015.

No caso, a parte visa à análise da divergência relativa à questão processual,


qual seja o alcance da Súmula n. 182 do STJ.

Contudo, embora não seja aplicável a Súmula n. 315 ao caso em


julgamento, é certo que os embargos de divergência são incabíveis para o reexame de
regra técnica de admissibilidade recursal, assim como sói ser a incidência da Súmula n.
182 do STJ.

Com efeito, o acórdão embargado registrou a ausência de impugnação


específica aos fundamentos da decisão agravada, o que também é preconizado pelo
novo Código de Processo Civil, que estatui a necessidade de oposição a todos os
fundamentos, ao estipular que o relator não deve conhecer de recurso que não tenha
impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida (art. 932, III,
CPC/2015).
Impende transcrever o referido dispositivo legal, que se refere a "recurso" de
forma genérica:
Art. 932. Incumbe ao relator:
[...]
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha
impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
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(e-STJ Fl.4037)

Ressalte-se que o art. 253, parágrafo único, I, do RISTJ também estabelece


como ônus do agravante a impugnação de todos os fundamentos da decisão recorrida,
sob pena de não conhecimento do agravo.
Ademais, tal tema – a necessidade de impugnação específica de todos os
fundamentos da decisão recorrida (Súmula n. 182 do STJ) – foi sedimentado pela Corte
Especial, por ocasião do julgamento dos EAREsp n. 701.404/SC, EAREsp n. 746.775/SC
e EAREsp n. 831.326/SC (Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Rel. p/ Acórdão
Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, DJe 30/11/2018), que receberam a seguinte ementa:

PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. IMPUGNAÇÃO


ESPECÍFICA DE TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO
RECORRIDA. ART. 544, § 4º, I, DO CPC/1973. ENTENDIMENTO
RENOVADO PELO NOVO CPC, ART. 932.
1. No tocante à admissibilidade recursal, é possível ao recorrente a eleição dos
fundamentos objeto de sua insurgência, nos termos do art. 514, II, c/c o art.
505 do CPC/1973.
2. Tal premissa, contudo, deve ser afastada quando houver expressa e
específica disposição legal em sentido contrário, tal como ocorria quanto ao
agravo contra decisão denegatória de admissibilidade do recurso especial,
tendo em vista o mandamento insculpido no art. 544, § 4º, I, do CPC, no
sentido de que pode o relator "não conhecer do agravo manifestamente
inadmissível ou que não tenha atacado especificamente os fundamentos da
decisão agravada" - o que foi reiterado pelo novel CPC, em seu art. 932.
3. A decisão que não admite o recurso especial tem como escopo exclusivo a
apreciação dos pressupostos de admissibilidade recursal. Seu dispositivo é
único, ainda quando a fundamentação permita concluir pela presença de uma
ou de várias causas impeditivas do julgamento do mérito recursal, uma vez que
registra, de forma unívoca, apenas a inadmissão do recurso; sendo forçoso
concluir, portanto, pela completa ausência de diversos capítulos nesse
decisum.
4. A decomposição do provimento judicial em unidades autônomas tem como
parâmetro inafastável a sua parte dispositiva, e não a fundamentação como um
elemento autônomo em si mesmo, ressoando inequívoco, portanto, que a
decisão agravada é incindível e, portanto, deve ser impugnada em sua
integralidade, nos exatos termos das disposições legais e regimentais.
5. Conquanto não seja questão debatida nos autos, cumpre registrar que o
posicionamento ora perfilhado encontra exceção na hipótese prevista no art.
1.042, caput, do CPC/2015, que veda o cabimento do agravo contra decisão
do Tribunal a quo que inadmitir o recurso especial, com base na aplicação do
entendimento consagrado no julgamento de recurso repetitivo, quando então
será cabível apenas o agravo interno na Corte de origem, nos termos do art.
1.030, § 2º, do CPC.
6. Embargos de divergência não providos.

3. Ante o exposto, nego provimento ao agravo interno.

É o voto.
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(e-STJ Fl.4038)

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(e-STJ Fl.4039)

AgInt nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1.424.404 - SP


(2013/0230570-3)

RELATOR : MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO


AGRAVANTE : MORRO AZUL CONSTRUCOES E COMERCIO LTDA
ADVOGADOS : CARLOS AUGUSTO SOBRAL ROLEMBERG E OUTRO(S) -
DF008282
PAULO ROBERTO SARAIVA DA COSTA LEITE E
OUTRO(S) - DF003333
JAIRO AZEVEDO FILHO - SP094023
RONEI RIBEIRO DOS SANTOS - DF018118
JAIRA ROBERTA AZEVEDO CARVALHO E OUTRO(S) -
SP117669
AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
INTERES. : MUNICÍPIO DE IRACEMÁPOLIS
ADVOGADO : FABRÍCIO TADEU NARDO E OUTRO(S) - SP198438

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AGRAVO


INTERNO EM RECURSO ESPECIAL. DISTINÇÃO DO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. DESNECESSIDADE DE IMPUGNAÇÃO
ESPECÍFICA DE TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO
RECORRIDA. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 182/STJ.
DISCUSSÃO ACERCA DE QUESTÃO PROCESSUAL E
INTERPRETAÇÃO DA SÚMULA. PREVISÃO NO CPC/2015. NÃO
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 315/STJ. CABIMENTO DOS EMBARGOS
DE DIVERGÊNCIA.
HISTÓRICO DA DEMANDA
1. Cuida-se de Agravo Interno interposto contra decisão monocrática do
Presidente do STJ que inadmitiu os Embargos de Divergência com base na
Súmula 315/STJ (“Não cabem embargos de divergência no âmbito do agravo
de instrumento que não admite recurso especial”).
2. Os referidos Embargos de Divergência foram interpostos pela agravante
contra acórdão da Primeira Turma do STJ, que, dissentindo de outros
precedentes da Corte Especial e da Segunda Turma, não conheceu de Agravo
Interno — manejado contra decisão que conheceu parcialmente de Recurso
Especial e, nessa parte, negou-lhe provimento —, com base em interpretação
equivocada da Súmula 182 do STJ.
NATUREZA DO RECURSO
3. De antemão, imprescindível analisar a natureza do recurso primeiramente
apreciado no STJ, para fins de demonstrar a aplicação da Súmula 182/STJ. O
recurso analisado originariamente pelo STJ não é Agravo de Instrumento, pois,
embora os autos tenham vindo ao STJ como AREsp, o Ministro então Relator
— Benedito Gonçalves — determinou a conversão para Recurso Especial (fl.
3.710, e-STJ), tendo julgado, portanto, o Recurso Especial (fls. 3.744-3.746,
e-STJ).
HB547
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Signatário(a): MINISTRO Herman Benjamin Assinado em: 09/09/2020 21:28:48
Código de Controle do Documento: 89B63AE0-F21C-47CB-8317-11E6878F0257

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