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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”


INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A EVIDÊNCIA NA AUDITORIA

Por: Eduardo Alberto Noro

Orientador
Profª. Ana Claúdia Morrissy

Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES


PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A EVIDÊNCIA NA AUDITORIA

Apresentação de monografia à Universidade


Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Finanças e
Gestão Corporativa.
Por:. Eduardo Alberto Noro
3

AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus e a todos os


professores e amigos que
proporcionaram uma nova etapa de
aprendizagem importante para minha
vida profissional.
4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família, a


meus amigos e a todas as pessoas que
me ajudaram a chegar ao fim dessa
caminhada.
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RESUMO

Utilizando-se de metodologia de pesquisa baseada na coleta de


material bibliográfico, na busca de normas pertinentes e na pesquisa na
internet, a presente monografia, alicerçada em posicionamentos de estudiosos
sobre o tema, tem o intuito de demonstrar a pesquisa sobre evidência em
auditoria na literatura, identificando os conceitos, classificação, e, sobretudo,
investigando as influências da auditoria nas organizações, empresas e
patrimônios públicos, isto é, analisando a importância da evidência em
auditoria na execução do trabalho do auditor.

Conseqüentemente, identificar na literatura e nas normas da profissão


do auditor, o uso de evidências, como elemento de convicção dos fatos
observados. Tendo como finalidade precípua dar parecer sobre a adequação
com que representam à posição patrimonial e financeira, o resultado das
operações, as mutações do patrimônio líquido e aplicações dos recursos das
entidades. Dessa forma, constatou-se que dependendo do grau de
evidenciação, define-se o risco de auditoria, a extensão dos trabalhos e a
mostragem a ser realizada.

Concluindo-se, portanto que a evidenciação é um sustentáculo ao


trabalho do auditor.
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METODOLOGIA

A metodologia foi realizada, em uma aprofundada leitura das obras


referente a evidência em auditoria, como também das obras de Sérgio Jund e
Marcelo Cavalcante ao tema. Evidentemente se buscará um diálogo cientifico
com a literatura secundária e, obviamente, se contará no transcorrer da
pesquisa com os respaldos de seminários, palestras, simpósios e artigos etc.

O tipo de pesquisa almejada para a realização desta monografia incidiu


na investigação descritiva, com base na literatura disponível em livros, artigos,
apostilas, etc.

Portanto, considerando a importância de uma obra que agrupe o maior


número deinformações acerca do tema “Evidências” nas normas Brasileiras de
Contabilidade que regulamenta a profissão do auditor e a interpretação dessas
normas pelos estudiosos da área a luz de autores notáveis que se dedicaram
ao assunto, tais como: Lopes de Sá, Marcelo Cavalcanti, Sérgio Jund, Carlos
Vale, Attie, Peter e Machado entre outros com o objetivo de despertar no leitor
a importância da construção das Evidências na realização do trabalho da
Auditoria.
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Auditoria - A Origem e o Conceito 09

CAPÍTULO II - Formas de Execução da Auditoria


Pública ou Governamental 15

CAPÍTULO III – A Evidência em Auditoria 32

CONCLUSÃO 47

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 49

ÍNDICE 51

FOLHA DE AVALIAÇÃO 53
8

INTRODUÇÃO

A evidenciação na auditoria determina o processo de auditoria como


um todo. Dependendo da evidência encontrada define-se o risco da auditoria,
a extensão dos trabalhos eva amostragem a ser utilizada.

Para demonstrar melhor os pontos relevantes que relacionam a


auditoria e a evidência, abordamos no trabalho uma revisão da literatura dando
a origem e a evolução da auditoria, além de falarmos do conceito e
classificação da auditoria procurando sempre demonstrar em toda a
importância da evidenciação.

Tratamos também das formas de execução de auditoria pública ou


governamental e suas formas de aplicação, e tentamos mostrar a missão da
auditoria suas normas e tipos de parecer. E de maneira mais detalhada
procuramos abordar detalhes da evidência, como necessidade para o bom
desenvolvimento do trabalho do auditor.

Abordamos também neste trabalho, o risco da auditoria, enfoque de


níveis, conceitos e comparações, e nas conclusões finais damos o resultado
do estudo apontando de forma incisiva a importância da evidenciação como
suporte para a auditoria.
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CAPÍTULO I
AUDITORIA
A ORIGEM E O CONCEITO

A história da auditoria se perdeu no decorrer do tempo, e o nome do


primeiro auditor talvez permaneça para sempre ignorado. Conforme o autor
Sergio Jund (2002a, p. 4):

“Provavelmente, pode ter sido um proficiente guarda-


livros, a serviço de mercador italiano do século XV ou XVI
que, pela reputação de sua sabedoria e conhecimento
técnico, passou a ser consultado por outros sobre a
escrituração de suas transformações. Supõe-se que a
auditoria se estabeleceu como profissão distinta da
atividade contábil para um único usuário, no momento em
que o especialista em escrituração deixou de praticá-la
para prestar assessoria aos demais especialistas e
mercadores, transformando-se em consultor público
liberal.”

Na Inglaterra, quando aconteceu a Revolução Industrial, a procura de


capital e a expansão das atividades, naturalmente, criaram problemas
contábeis mais complexos, mudou o eixo do desenvolvimento prático dessa
disciplina para aquele país, com o aumento de volume de atividades
empresariais e de emaranhados nos sistemas contábeis. As análises de
auditória, que antes eram minuciosas, se tornaram proibitivos, devido a seu
elevado custo. Ademais, chegou-se à conclusão de que o objetivo de
detectarem-se erros e falhas poderia ser atingido mais efetivamente através de
um sistema de controle interno. Sendo assim, a função do auditor mudou,
passando da busca de erros e confirmação da exatidão do balanço, para o
exame do sistema e testes de evidências, de modo que se pudesse emitir um
10

parecer sobre a fidedignidade de todas as demonstrações financeiras. Porém a


real necessidade da contabilidade pública (auditoria) somente se manifestou a
partir da institucionalização do investimento capitalista, agora, uma classe
importante e em crescimento, que passou a exigir relatórios imparciais sobre a
integridade de seu investimento e dos resultados econômicos do
empreendimento (JUND, 2002b, p. 4).

Aqui no Brasil, não existem divulgações de pesquisas sobre as origens


da auditoria, sendo somente certo que teve origem inglesa. Segundo Jund
(2002c, p. 5):

“Apesar de formalmente organizada em 26 de março de


1957, quando formado o Instituto de Contadores Público
no Brasil, em São Paulo, a auditoria foi oficialmente
reconhecida apenas em 1968, por ato do Banco Central
do Brasil. O fortalecimento da atividade, todavia, ocorreu
em 1972, por regulamentações do Banco Central do
Brasil, conselho Federal de contabilidade e Instituto dos
Auditores Independentes.”

Posteriormente, face ao desenvolvimento da economia e a abertura do


Mercado de capitais, com a entrada de grandes multinacionais a Auditoria
passou a ser exigida pela matriz daquelas empresas em relação a suas filias
aqui no Brasil.

1.1 – Conceitos e Classificação da Auditoria

A auditoria é a pesquisa analítica que segue o desenvolvimento das


operações contábeis, desde o início até o balanço. Portanto, é o exame
cientifico e sistemático dos livros, contas, comprovantes e outros registros
financeiros de uma organização, com a finalidade de determinar a integridade
do sistema de controle interno contábil, das demonstrações financeiras, bem
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como o resultado das operações, e, assessorar a companhia no


aprimoramento dos controles internos, contábil e administrativo.

Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao


sistemático exame dos registros, demonstrações e de
quaisquer informes ou elementos de consideração
contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões,
críticas e orientações sobre situações ou fenômenos
patrimoniais da riqueza aziendal, pública ou privada, quer
ocorridos, quer por ocorrer ou prospectados e
diagnosticados (SÁ, 2000 a, p. 25).

Administrar é um procedimento integrativo da atividade operacional


que abrangem nossa vida diária. A necessidade de operação surge
exatamente no confronto entre as várias mudanças que compõe uma atividade
formalmente estruturada, como recursos materiais, financeiros e humanos,
tecnologia, restrições ambientais, entre outros.

O mais formidável e consistente uso do termo auditoria é aquele em


que ele é visto como um processo integrativo fundamental, inquirindo a
obtenção de resultados específicos. Auditoria é, portanto, um processo pelo
qual o auditor cria, dirige, mantém, opera e controla uma organização.

Um segundo significado do termo, e que pode ser considerado


complementar ao primeiro, entende-se como um campo de conhecimento,
assim sendo: Auditoria é uma disciplina organizada e formal, pesquisada e
ensinada em instituição de ensino superior. O espaço da auditoria é
integrativo, por essência, trazendo aspectos relevantes de outras disciplinas e,
ao mesmo tempo, desenvolvendo seu próprio campo de teorias.

O terceiro aspecto a ser analisado dentro do conjunto de conceitos


sobre auditoria é aquele que envolve um campo profissional, uma carreira
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propriamente dita, abrangendo o processo contábil. Como uma concepção de


carreira, apresenta uma variedade de interesses e desafios, enfocando
ocupações especializadas dentro de cada área funcional: marketing, finanças,
recursos humanos, produção. Auditória pública é o exame sistemático que visa
apurar a regularidade da gestão de recursos públicos, bem como a economia,
eficiência na obtenção e aplicação dos mesmos. (VALE, 2001a, p.15)
Reiterando, auditoria consiste no exame de documentos, livros e registros,
inspeções, obtenção de informações e confirmações internas e externas,
obedecendo a normas adequadas de procedimento, objetivando verificar se as
demonstrações contábeis representam apropriadamente a situação nelas
apresentada, de acordo com as normas fundamentais e princípios de
contabilidade, aplicados de maneira organizada.

De acordo com Vale (2001b, p.16) Auditoria pode ser classificada:

a) Quanto à finalidade

● Contábil - abrangendo os aspectos orçamentários, financeiros e


patrimoniais.
De conformidade legal, envolvendo atos e fatos da administração
pública quanto aos requisitos legais aplicáveis;
● Operacional - envolvendo os aspectos relacionados à economia,
eficiência e eficácia na gestão de recursos públicos;
● Integrada - reunindo, numa só ação, as auditorias contábil, de
conformidade legal e o operacional.

b) Quanto ao âmbito

● Interna - realizada por iniciativa e com profissionais da própria


entidade e com profissionais da própria entidade auditada;
● Externa - realizada por órgãos ou profissionais estranhos à entidade
auditada.
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c) Quanto ao momento

● Prévia
● Concomitante
● Subseqüente

d) Quanto à forma

● Documental - abrangendo tão-somente a análise da documentação


disponível ao auditor ou ao órgão de auditoria;
● Diligencial - consistindo nas verificações “in loco” na entidade
auditada, como nos contatos com outras entidades que possa, através do
fornecimento de informações, auxiliar o desenvolvimento do processo de
auditoria;
● Mista - reunindo, num só processo, as formas documental e
diligencial de auditoria.

f) Quanto ao período

● Ordinária ou periódica - realizada de forma sistemática, com


intervalos de tempo mais ou menos iguais, e, geralmente, utilizada para
atender às exigências da legislação;
● Especial ou esporádica - realizada para tender situações de
relevância e/ou urgência, tais como denúncias, requisições, solicitações,
complementações de instrução, etc.

g) Quanto ao conteúdo:

● Orçamentária.
● Financeira
● Patrimonial
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● De obras
● De pessoal
● De solicitação
● De convênios
● De exigências Constitucionais e legais
● Outras.
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CAPÍTULO II
FORMAS DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA
PÚBLICA OU GOVERNAMENTAL

De acordo com Machado e Peter (2003a, p. 42), a auditoria pode ser


realizada de forma:

a) Direta, é realizada com a utilização do analista de Finanças e


Controle – AFC, com a atribuição de auditoria, em órgão central ou setorial do
sistema;

b) Integrada, é realizada sob a coordenação do órgão central com a


utilização do AFC nos órgãos setoriais e seccionais;

c) Compartilhada, é realizada com a utilização de auditores de


entidade para, em conjunto do órgão o AFC do órgão setorial, sob a
coordenação do órgão setorial, desenvolverem trabalhos específicos na própria
entidade auditada ou numa terceira;

d) Subsidiária, é realizada pelas respectivas unidades de auditoria


interna das entidades em exame, sob a orientação do órgão setorial do
sistema;

e) Indireta, é realizada por empresas privadas de auditoria, contratadas


em caráter supletivo, devido à situação excepcional, para sob a supervisão dos
órgãos centrais do sistema, efetuarem trabalhos em entidades ou projetos.

Tornando-se em consideração a realização do trabalho do auditor a


Auditoria pode ser: Auditoria Externa, Auditoria Interna e Governamental.
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2.1 – Auditoria Externa

A auditoria externa ou auditoria independente nasceu como parte da


evolução do sistema capitalista. No começo, as empresas eram fechadas e
pertenciam a grupos familiares.

Com a expansão do mercado e a exasperação da concorrência, houve


a necessidade de a empresa ampliar suas instalações fabris e administrativas,
investir no desenvolvimento tecnológico e melhorar os controles e
procedimentos internos em geral, principalmente visando à redução de custos
e, deste modo, tornando mais competitivos seus produtos no mercado
(CAVALCANTI, 1996, p. 21).

Segundo Jund (2002d, p. 26.) Auditoria externa é uma técnica


autônoma entre as técnicas da ciência contábil, razão pela qual tem objeto
perfeitamente identificado e definido, sendo este não apenas único, porém
também múltiplo, baseado em entendimento unanimemente consagrado nos
dias de hoje, ou seja, Auditoria Externa ou Independente, a sua qualidade
principal é a desvinculação com o órgão auditado.

Deve ficar nítido que cada autor pode limitar ou ampliar o objeto da
auditoria, de conformidade com o seu entendimento. No entanto, conforme o
autor Sergio Jund (2002e), existe um certo consenso, acerca de alguns itens
básicos, como por exemplo:

● Comprovação, pelo registro, de que são exatos os fatos patrimoniais;


● Demonstração dos erros e fraudes encontrados;
● Sugestão das providências cabíveis, visando à prevenção de erros e
fraudes;
● Verificação de que a contabilidade é satisfatória sob o aspecto
sistemático e de organização;
● Verificação do funcionamento do controle interno;
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● Proposição de medidas de previsão de fatos patrimoniais, com o


propósito de manter a empresa dentro dos limites de organização e legalidade.

Portanto, auditoria uma é das técnicas utilizadas pela contabilidade, ou


seja, aquela destinada a examinar de forma minuciosa a escrituração e
demonstrações contábeis, a fim de confirmar sua adequação. A auditoria,
dessa maneira, aperfeiçoa a utilidade das informações fornecidas e dá
credibilidade à contabilidade, valorizando seus objetivos.

2.2 – Auditoria Interna

Por outro lado, a auditoria interna é aquela de dentro da instituição, ou


seja, administradores e/ou proprietários, quando se envolvem diretamente na
administração de suas empresas.

Assim sendo, a administração da empresa, com a expansão dos


negócios, sentiu a necessidade de dar maior ênfase às normas ou aos
procedimentos internos, devido ao fato de que o administrador, em alguns
casos, o proprietário da empresa, não poderia supervisionar pessoalmente
todas as suas atividades. Contudo, de nada valia a implantação desses
procedimentos internos sem que houvesse um acompanhamento, no sentido
de constatar se estes estavam sendo seguidos pelos empregados da empresa.

O auditor interno surgiu como uma ramificação da profissão de auditor


externo e, conseqüentemente, do contador. O auditor interno é um empregado
da empresa, e dentro de uma organização ele não deve estar subordinado
àqueles cujo trabalho ele examina. “O auditor interno não deve desenvolver
atividades que ele possa um dia examinar (como por exemplo, elaborar
lançamentos contábeis), para que não interfira em sua independência.”
(ALMEIDA, 1996 a, p. 25.) A Auditoria Interna é um trabalho de avaliação
independente e de assistência da administração, voltada exclusivamente para
o exame e avaliação de adequação, eficiência e eficácia dos sistemas de
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controle, bem como da qualidade do desempenho das áreas, em relação às


atribuições e aos planos, às metas, aos objetivos e as políticas definidas para
as mesmas.

Com o crescimento da atividade e o seu prestígio notório, o auditor


vem alcançando uma base sólida como um elemento indispensável dentro da
estrutura organizacional.

A definição tradicional do auditor interno está sendo há muito tempo


modificado pelas novas concepções da gestão empresarial, que vêem na
auditoria interna um importante aliado para a revisão das operações
desenvolvidas pela área operacionais e de base, além disso, com apoio no
exame minucioso das rotinas e procedimentos internos, analisar a eficiência e
a eficácia do funcionamento dos sistemas de controle interno da organização.
A necessidade cada vez mais premente, exige do auditor interno maior
participação na estratégia da empresa, opinando com alternativas factíveis
para o atendimento do cliente, se elas existirem.

O Auditor Interno, cada vez mais, tem que se profissionalizar, tem que
se tornar um profissional de mercado, é extremamente fundamental se dedicar
na sua formação como profissional da área. Em outras palavras, ele tem que
se tornar um especialista na sua área de competência, de modo a estar
preparado para aditar qualquer atividade econômica ou empresarial. O
conhecimento de instrumentos e técnicas de auditória o coloca apto para
concorrer o mercado.

Auditoria Interna envolve vários aspectos que vão desde a função de


assessoramento, até a forma e as atribuições que lhe competem. Sua
característica, mais acentuada, reside no seu alto grau de dependência.
19

De acordo com o autor Marcelo Cavalcante, as principais diferenças


entre o auditor interno e o auditor externo conforme a Quadro 1, são as
seguintes:

AUDITOR INTERNO AUDITOR EXTERNO


- É empregado da empresa auditada; - Não tem vínculo empregatício com a
empresa auditada;
- Menor grau de independência;
- Maior grau de independência;
- Executa auditoria contábil e operacional;
- O principal objetivo é emitir parecer ou
- Os principais objetivos são: opinião sobre as demonstrações
contábeis, no sentido de verificar se
● verificar se as normas internas estão estas refletem adequadamente a
sendo seguidas; posição patrimonial e financeira, o
● verificar a necessidade de aprimorar resultado das operações e as origens e
as normas internas vigentes; aplicações de recursos da empresa
● verificar a necessidade de novas examinada. Também, se essas
normas internas; demonstrações foram elaboradas de
● efetuar auditoria das diversas áreas acordo com os princípios contábeis e se
das demonstrações contábeis e em áreas esses princípios foram aplicados com
operacionais; uniformidade em relação ao exercício
social anterior;
- Maior volume de testes (tem maior tempo
na empresa para executar os serviços de - Menor volume de testes, já que o
auditoria). auditor externo está interessado em
erros que individualmente ou
cumulativamente possam alterar de
maneira substancial as informações das
demonstrações contábeis.
Quadro 1 – Diferenças entre o auditor interno e externo
Fonte: Almeida (1996b, p.26)
20

2.3 – Auditoria Governamental

Auditoria Governamental envolve uma situação atípica, haja vista as


peculiaridades do setor público que prima pela necessidade de se comprovar a
legalidade, legitimidade e avaliar os resultados, quanto a economicidade,
eficiência e eficácia da gestão pública. Portanto, seu objetivo segundo Vale
(2001c, p.19), é a gestão dos recursos públicos, cujas principais características
são a propriedade pública e a escassez de recursos, pois decorrem de
contribuições da população para custear bens e serviços que satisfaçam suas
necessidades.

Por outro lado, a melhoria dos serviços públicos desponta como o seu
principal objetivo, pois diz respeito à finalidade de todo o funcionamento da
máquina governamental, enquanto a economia, eficiência e eficácia na gestão
de recursos figuram como objetivos meios, aliados, é claro, aos aspectos da
legalidade e legitimidade.

Este tipo de auditoria é uma imposição constitucional tendo em vista


que em seu artigo 70 da Constituição Federal (BRASIL, 1988), senão vejamos:

Art.70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,


operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física
ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade,
guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens ou valores
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públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em


nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com


o auxílio do Tribunal de Contas da União.

De acordo com Machado e Peter (2003b p. 43) os tipos de Auditoria


Governamental são:

a) Auditoria de Gestão - Objetiva emitir opinião com vistas a certificar a


regularidade das contas, verificar a execução de contratos, convênios, acordos
ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros e na guarda ou
administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados,
compreendendo, entre outros, os seguintes aspectos:

● Exame das peças que instruem os processos de tomada ou


prestação de contas;

● Exame da documentação comprobatória dos atos e fatos


administrativos;

● Verificação da existência física de bens e outros valores;

● Verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativo e


contábil;

● Verificação do cumprimento da legislação pertinente.

b) Auditoria de Programas - Objetiva acompanhar, examinar e avaliar a


execução de programas e projetos governamentais específicos, bem como a
aplicação de recursos descentralizados, compreendendo, entre outros, os
seguintes aspectos:
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● Análise da realização físico-financeira em face dos objetivos e metas


estabelecidos;

● Análises dos demonstrativos e dos relatórios de acompanhamento


produzidos com vistas à avaliação dos resultados alcançados e à eficiência
gerencial;

● Verificação da documentação instrutiva e comprobatória, quanto à


propriedade dos gastos realizados;

● Análise da educação dos instrumentos de gestão – contratos,


convênios, acordos, ajuste e outros congêneres – para consecução dos
planos, programas, projetos e atividades desenvolvidas pelo gestor, inclusive
quanto à legalidade e diretrizes estabelecidas.

c) Auditoria Operacional - Atua nas áreas inter-relacionadas dos


órgãos/entidade avaliando a eficiência dos seus resultados em relação aos
recursos materiais, humanos e tecnológicos disponíveis, bem como a
economicidade e eficiência dos controles internos existentes para gestão dos
recursos públicos.

d) Auditoria Contábil - È a técnica que, utiliza no exame dos registros e


documentos e na coleta de informações e confirmações, mediante
procedimentos específicos, pertinentes ao controle do patrimônio de um órgão
ou entidade, objetivando obter elementos comprobatórios suficientes que
permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os
princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações deles
originárias refletem, adequadamente, a situação econômica – financeira, do
patrimônio, os resultados do período administrativo, examinado e as demais
situações nelas demonstradas.
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e) Auditoria de Sistemas - Objetiva assegurar a adequação,


privacidade dos dados e informações oriundas dos sistemas eletrônicos de
processamento, observando as diretrizes estabelecidas e a legislação
específica.

f) Auditoria Especial - Objetiva o exame de fatos ou situações


consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo
realizadas para atender determinação do Presidente da República, Ministros
de Estado ou por solicitação de outras autoridades.

2.3. 1 – Princípios básicos de Auditoria Governamental

Segundo Vale (2001d p. 19/21) a auditoria governamental deve


obedecer a determinados princípios, citando os seguintes:

a) Independência – significa que o auditor ou o órgão de auditoria não


pode, em hipótese alguma, ter relação de dependência com a entidade
auditada;

b) Relevância – somente devem ser objeto do levantamento e análise


os atos e fatos administrativos considerados relevantes para a conclusão
satisfatória dos trabalhos de auditoria;

c) Isenção – o auditor deve desenvolver suas atividades com a estrita


observância às normas técnicas e legais pertinentes, procurando evitar, ao
máximo, emitir juízo de valor sem exame prévio;

d) Investigação - os processos de auditoria devem conter


procedimentos de investigação, sempre que indício ou tendências de
irregularidade os justifiquem;
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e) Confidencialidade – a auditoria deve ser realizada em caráter


sigiloso até que se ultimem todas as conclusões necessárias, ressalvadas as
disposições da legislação pertinente;

f) Evidência – os relatórios de auditória devem conter somente as


conclusões que sejam obtidas através da evidência de fatos ou situações;

g) Prova - o auditor somente deve relatar fatos relevantes, se tiver o


respaldo de uma comprovação que seja suficiente para convencer o leitor do
relatório sobre a ocorrência dos mesmos;

h) Capacitação Técnica – os procedimentos de auditoria somente


devem ser realizados por profissionais devidamente capacitados para
desempenhar tais atribuições:

i) Planejamento – a execução de qualquer processo de auditoria


deverá ser precedida de um completo e minucioso planejamento, que deverá
considerar, de forma indispensável, a análise prévia da entidade a ser auditada
e os relatórios de exercícios anteriores.

2.4 – Terminologias de Auditoria

Segundo Arter e Dennis, (1995, p.152), é importante para o auditor o


conhecimento de terminados termos no campo da auditoria; citando os
seguintes:

a) Documento – uma descrição escrita de uma atividade a ser


executada;

b) Registro – uma descrição escrita de uma atividade que foi realizada;


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c) Exame – uma medição de bens, serviços, ou conhecimento para


determinar a conformidade com alguma norma;

d) Inspeção – atividade (tais como medir, examinar ou testar) que


oferece uma ou mais características de um produto ou serviço, e comparam
estas com exigências específicas para determinar sua conformidade;

e) Evididência objetiva – informação qualitativa ou quantitativa,


registros ou exposições de fatos, relativos à qualidade de um item ou serviço
ou à existência e execução de um elemento de um sistema de qualidade, que
é baseado em observação, medição ou teste, e pode ser verificado.

2.5 – Missão da Auditoria

Segundo o autor Sergio Jund (2002f, p. 27) a Auditoria Interna tem por
missão básica, assessorar a Administração, na execução de suas funções e
responsabilidades, através do exame da:

a) Adequação e eficácia dos controles;

b) Integridade e confiabilidade das informações e registros;

c) Integridade e confiabilidade dos sistemas estabelecidos para


assegurar a observância de políticas, metas, planos, procedimentos, leis,
normas e regulamentos e sua efetiva utilização.

d) Eficiência, eficácia e economicidade do desempenho e da utilização


dos recursos; dos procedimentos e métodos para salvaguarda dos ativos e a
comprovação de sua existência, assim como a exatidão dos ativos e passivos;

e) Compatibilidade das operações e programas com os objetivos,


planos e meios de execução estabelecidos;
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f) Enfim, assessorar e aconselhar a direção, em todos os níveis,


fazendo recomendações sobre diretrizes, planos, sistemas, procedimentos,
operações, transações etc., visando, entre outros resultados:

● Simplificar procedimentos e, portanto, otimizar os custos;

● Melhorar a execução e a eficiência das áreas;

● Corrigir problemas organizacionais, funcionais ou operacionais;

● Otimizar a aplicação da legislação fiscal e seus custos;

● Melhorar a qualidade e velocidade de informações para tomada de


decisões gerenciais.

2.6 – Normas de Auditoria

Conforme citado anteriormente na execução de seu trabalho o auditor


deve-se ater a determinadas normas. Segundo a resolução nº 828/98 CFC as
normas de auditoria:

a) Normas Relativas à Pessoa do Auditor

● Competência Profissional;

● Independência;

● Responsabilidade do Auditor na Execução dos Trabalhos;

● Honorários;
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● Guarda de Documentos;

● Sigilo;

● Responsabilidade do Auditor Interno;

● Responsabilidade pela Utilização do Trabalho de Especialistas;

● Informações Anuais aos Conselhos de Contabilidade;

● Educação Continuada;

● Exame de Competência Profissional;

b) Normas Relativas à Execução dos Trabalhos

O auditor governamental, no exercício de suas funções, terá livre


acesso a todas as dependências dos órgãos ou entidade auditada, assim
como a documentos, valores e livros considerados indispensáveis ao
cumprimento de processo, documento ou informação, que podemos classificar
como:
a) Planejamento dos Trabalhos

● Exame preliminar

● Elaboração de Programas de Trabalho

b) Avaliação dos Controles Internos

● Capacidade dos Sistemas de Controles


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● Efetividade

● Exame dos Objetivos de Controle Internos

● Prevenção de Improbidades e Irregularidades

c) Supervisão dos Trabalhos de Auditoria

● Responsabilidade de Quem Dirige a Função

● Supervisão das Equipes de Trabalho

● Intensidade de Supervisão

● Áreas de Enfoque de Supervisão

d) Obtenção de Evidências

● Finalidade da Evidência

● Qualidade da Evidência – suficiente, adequada e pertinente

● Critérios para Obtenção da Evidência

e) Improbidade e Irregularidade

● Detecção

● Apuração
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c) Normas Relativas à Opinião do Auditor

O parecer de auditoria será emitido quando verificar e certificar as


contas dos responsáveis pela aplicação, utilização ou guarda de bens e
valores públicos, e de todo aquele que der causa à perda, subtração ou
estrago de valores, bens e materiais de propriedade ou de responsabilidade da
União, do Estado ou Município.

a) Tipos de Parecer

● Pleno – será emitido quando o analista formar opinião de que a


gestão de recursos públicos foram adequadamente observados os princípios
da legalidade, legitimidade e economicidade;

● Restrito, será emitido quando o auditor constatar falhas, omissões ou


improbidades de natureza formal no cumprimento das normas e diretrizes
governamentais quanto a legalidade, legitimidade e economicidade e que, pela
relevância ou imaterialidade, não caracterize atuação irregular dos agentes
responsáveis;

● Parecer de Irregularidade, será emitido quando o auditor verificar a


não observância da aplicação dos princípios de legalidade, legitimidade e
economicidade, constatando a existência de desfalque, alcance, desvio de
bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantitativo para a
entidade pública e/ou comprometam, substancialmente, as demonstrações
financeiras e respectivas gestões dos agentes responsáveis, no período ou
exercício examinado.

d) Normas relativas ao Relatório de Auditoria


30

Para cada auditoria realizada será elaborado pelo auditor relatório que
refletirá os resultados dos exames efetuados, de acordo com a forma ou tipo
de auditoria. As informações que proporcionem a abordagem da auditoria,
quanto aos atos de gestão, fatos ou situações observados, devem reunir
principalmente os seguintes atributos de qualidade. De acordo com NBC T 11
– II – 02:

a) Concisão – Linguagem clara e concisa;

b) Objetividade – Mensagem direta a fim de que o leitor entenda


facilmente o que se quer transmitir;

c) Convicção – Relatar de tal modo que as evidências conduzam a


qualquer pessoa às mesmas conclusões que chegou o auditor;

d) Clareza – Assegurar-se de que a estrutura do relatório e a


terminologia empregada permitam que as informações reveladas possam ser
entendidas por qualquer pessoa;

e) Integridade – Devem ser incluídas no relatório todos os fatos


relevantes observados sem nenhuma omissão;

f) Coerência – Assegurar-se de que os resultados da auditoria


correspondem aos objetivos determinados;

g) Oportunidade – Os relatórios devem ser apresentados


intempestivamente, a fim de que os assuntos abordados possam ser objetos
de oportunas providencias;

h) Apresentação – Cuidar para que os assuntos sejam apresentados


numa seqüência lógica , segundo os objetivos do trabalho;
31

i) Conclusivo – O relatório conclusivo deve permitir a formação de


opinião sobre as atividades realizadas.
32

CAPÍTULO III
A EVIDÊNCIA EM AUDITORIA

O termo evidência, segundo Fernandes et al in dicionário globo, é a


qualidade ou caráter do que é evidente, incontestável, origina-se do latim
evidentia. Evidenciar significa tornar evidente, comprovar, demonstrar.
Evidente significa manifesto; claro; incontestável; que não oferece dúvida;
provado; certo.

Em Auditoria, evidência á a informação que sustenta relatórios,


conclusões ou opiniões do auditor. Tem o poder de comunicar os fatos
observados durante a execução do trabalho de auditoria. De nada adianta o
auditor detectar falhas nos controles internos, por exemplo, e não relatá-las
com convicção e provas contundentes.

Tratando-se de auditoria das demonstrações financeiras o auditor só


deve se expressar sobre sua adequação às normas e princípios de
contabilidade após cercar-se de fatos que evidenciem a certeza de que
referidas demonstrações refletem a situação econômico financeira e
patrimonial do ente auditado.

Segundo Duarte e Valério (2004a, p.47), a temática revela-se de


extrema relevância dado que em auditoria é bastante importante o suporte da
opinião, surgindo assim, o conceito de evidência de auditoria como a
informação que sustenta os relatórios, conclusões ou opiniões do auditor ou da
entidade competente para desempenhar a auditoria, e que se caracteriza pela
idoneidade, relevância e razoabilidade.

Existe um silogismo básico, que se constitui de três premissas


fundamentais que são pertinentes para a consideração da teoria de evidência
33

de auditoria. Primeiro é de extrema relevância, de modo que, declara a


premissa essencial de que sem evidência um auditor não tem nenhuma base
para fazer um julgamento, formar uma opinião ou efetuar um relatório.

O segundo axioma importante implica que existem critérios específicos


que os auditores têm que estabelecer para decidir que evidência deve ser
obtida, de maneira a preparar uma opinião ou relatório para cumprir a função
de auditoria. Os auditores têm que levar a cabo tal investigação e têm que
impetrar a evidência que lhes permitirá medir e comparar a conduta relevante,
desempenho, realização ou qualidade com padrões que estão explícitos ou
implícitos nos assuntos a decidir.

Enfim, o postulado que estabelece uma restrição à evidência a qual


pode ser obtida onde o custo econômico e social de obtenção excede o
benefício econômico e social. Este constrangimento exige dos auditores a
consideração de fontes alternativas de evidência que constituem, um fator
relevante no desenvolvimento e execução de um plano de auditoria e, se
necessário, modificá-lo como o resultado de experiência durante a sua
realização. Também é solicitado aos auditores a distinção entre o que é
essencial e o que é apenas interessante ou desejável.

A idéia central do processo de inquirição de auditoria é obter a


evidência competente. Se a evidência disponível estiver limitada, deficiente ou
inadequada, a opinião e/ou relatório dos auditores, vai ser por conseqüência
circunscrita, restringida ou qualificada em referência às faltas. A excelência da
evidência e sua extensão determinam as condições da opinião ou relatório do
auditor, de maneira que uma das tarefas importantes para os auditores é
avaliar o significado, sentido e persuasão da evidência para determinado tema.
O grau de confiança que os auditores têm sobre um assunto particular é
dependente da avaliação da evidência que está disponível. O intercâmbio e
interdependência entre evidência e responsabilidade são os fatores cruciais na
34

determinação de ambos os programas de investigação e das condições do


relatório.

A evidência refere-se aos fatos obtidos pelos auditores e que auxiliam


esses profissionais na formação de conclusões sobre a adequação da
estrutura de controle do auditado e, em última análise, sobre a adequação das
principais condições dos recursos, processos e resultados da entidade
auditada. O reconhecimento dos tipos de evidência relevantes a cada auditoria
depende dos objetivos do auditor e da natureza dos critérios estabelecidos
para a entidade auditada. A acumulação apropriada e o uso das evidências
dependem do entendimento adequado das conclusões que um auditor entende
por fazer e do uso satisfatório dos critérios avaliativos.

3.1 – Conceitos, Tipos e Características da Evidência

a) Conceitos

Para Vale (2001e, p.25), Evidência em Auditoria são fatos ou situações


suficientes e pertinentes, que representam a verdade sobre o que se esteja
apurando e que sustenta as conclusões do auditor. Reafirma ainda o autor:
evidência é o elemento de convicção do profissional de auditoria sobre a
regularidade ou não de um ato ou fato administrativo e que serve de base as
suas conclusões.

Peter e Machado (2003c, p.88) definem Evidência em auditoria como o


conjunto de fatos comprovados, suficientes, competentes e pertinentes,
obtidos durante os trabalhos de auditoria, através de observações, inspeções,
entrevistas e exames dos registros, que sustentam as conclusões do auditor. É
algo que contribui para o estabelecimento da prova, ajudando na convicção
sobre as reais condições existentes na área sob exame.
35

A norma relativa à evidência, em respaldo aos achados de auditoria


expressa que estes devem ser suficientes e competentes. Os requisitos de
papéis de trabalho adequados exigem que estes sejam claros e
compreensíveis, sem a necessidade de explicações complementares.

b) Tipos de Evidência

Dependendo da forma como a evidência é obtida, segundo Vale (2001)


os principais tipos são:

● Física – obtida através da observação direta ou inspeção de bens


corpóreos;

● Analítica – obtida através do exame dos documentos, comparações,


cálculos, etc;

● Testemunhal – obtida através de entrevistas e depoimentos.

Peter e Machado (2003d, p.89) identifica quatro tipos de Evidência


segundo a forma: física, testemunhal, documental e analítica.

Estes autores classificam a evidência quanto a fonte em:


conhecimento profissional, evidência externa, evidência interna, evidências
justapostas.

Por tipo de prova fornecida a evidência segundo Peter e Machado


(2003e, p.92) pode ser: positiva, primária, confirmativa ou contraditória.

Duarte e Valério (2004b, p.49/50) classifica a evidência quanto a forma


de obtenção em: física, documental, contabilista, subdividida em: evidência de
comparação e racios e evidência de cálculos e provas globais.
36

c) Características da Evidência

A objetividade das atividades de coleta de evidências, o discernimento


a respeito dos fatores associados com a compatibilização entre uma maior
qualidade dos resultados de auditoria e a limitação dos recursos pode
aperfeiçoar o julgamento do auditor com relação ao tipo e nível do esforço da
auditoria que será mais benéfico frente às restrições de recursos.

Desta feita, define-se as características em:

● Suficiente – a auditoria deve ser convincente para justificar os


conteúdos dos relatórios, sendo encontrada quando ambos, auditor e receptor
do relatório, estão satisfatoriamente convencidos que os achados e conclusões
da auditoria são apropriados;

● Válida – refere-se à força ou credibilidade da evidência em dar


suporte às conclusões concernentes à natureza da entidade sob exame.
Geralmente, quanto maior a confiabilidade da fonte e forma em evidência,
mais válida ela será;

● Relevante – significa o grau de relação entre as evidências e os


objetivos do auditor que podem ser divididos em de conformidade e de
materialidade.

3.2 – Fundamentação Legal da Evidenciação

Propor evidência na realização do trabalho do Auditor não é uma


questão de opção e sim cumprimento da Norma Brasileira de Contabilidade
NBC T11-IT-02 que assim se expressa:

a) O auditor deve documentar todas as questões que foram


consideradas importantes para propiciar evidência, visando a fundamentar o
37

parecer da auditoria e comprovar que auditoria foi executada de acordo com as


Normas de Auditoria Independente as Demonstrações Contábeis;

b) Os papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo


auditor ou fornecida a este na execução da auditoria. Eles integram um
processo organizado de registro de evidências da auditoria, por intermédio de
informações em papel, filmes, meios eletrônicos ou outros que assegurem o
objetivo a que se destinam.

c) Os papéis de trabalho destinam-se a:

● Ajudar, pela análise dos documentos de auditorias anteriores, ou


pelos coligidos quando da contratação de uma primeira auditoria, no
planejamento e execução da auditoria;

● Facilitar a revisão do trabalho de auditoria; e

● Registrar as evidências do trabalho executado, para fundamentar o


parecer do auditor independente;

d) O auditor deve registrar nos papéis de trabalho informação relativa


ao planejamento de auditoria, a natureza, oportunidade e extensão dos
procedimentos aplicados, os resultados obtidos e suas conclusões da
evidência da auditoria. Os papéis de trabalho devem incluir o juízo do auditor
acerca de todas as questões significativas, juntamente com a conclusão a que
chegou. Nas áreas que envolvem questões de princípio ou de julgamento
difícil, os papéis de trabalho devem registrar os fatos pertinentes que eram do
conhecimento do auditor no momento em que chegou às suas conclusões.

A norma anteriormente citada ao referir-se sobre os papéis de


trabalho, no item e suas alíneas assim se expressa: os papéis de trabalho,
além de outros específicos incluem:
38

a) Evidência do processo de planejamento, incluindo programas de


auditoria e quaisquer mudanças nesses programas;

b) Evidências do entendimento, por parte do auditor dos sistema


contábil e do controle interno, e sua concordância quanto a eficiência e
adequação;

c) Evidências de avaliação dos riscos de auditoria;

d) Evidências de avaliação e conclusão do auditor e revisão sobre o


trabalho da auditoria interna;

e) Evidências de que o trabalho executado pela equipe técnica foi


supervisado e revisado.

Consoante a tudo que foi colocado acerca da evidência em auditoria é


bom lembrar que o princípio do contraditório e da ampla defesa está garantido
na constituição e, que em direito existe uma máxima que diz: o ônus da prova
compete aquele que a alega. Portanto, é imprescindível que o auditor se
conscientize que o seu trabalho gera resultados, e é necessário fazê-lo com
zelo, e acima de tudo, com convicção e provas contundentes que não deixem
margem a que outros duvidem de sua capacidade profissional e acima de tudo
que foi realizado de forma idônea baseado nos princípios da ética e da
responsabilidade social.

3.3 – Riscos de Auditoria

A auditoria é realizada por meio de processo de amostragem e, por


isso, os auditores escolhem áreas a serem examinadas e evidências a serem
investigadas, dentre aquelas que eles acreditam possuir a maior relevância
para o seu propósito final, levando-se em conta que os trabalhos possuem
39

limites impostos pelas restrições de tempo e de custos, não podendo, portanto,


examinar todas as evidências disponíveis.

Assim sendo, Risco de Auditoria, em sentido amplo, pode ser definido


como a possibilidade de o auditor, por desconhecimento, deixar de modificar
apropriadamente sua opinião sobre as demonstrações financeiras
materialmente incorretas pelo efeito de erros ou irregularidades existentes,
mas não detectados pelo seu exame. No caso específico da auditoria interna,
essa opinião materialmente incorreta recairia sobre o risco do auditor emitir um
relatório errado ou incompleto sobre a área examinada.

A abordagem compreende a identificação, no processo de


planejamento, do grau de risco envolvido na auditoria e na determinação da
amplitude exigida em face desses riscos.

Assim, ao mesmo tempo em que devem-se concentrar esforços em


situações que envolvam alto riscos, as operações que envolvam alto risco, as
operações que envolvam poucos riscos constituem um potencial de redução
de trabalho e de reordenação dos esforços para as áreas que envolvem maior
risco.

Conforme o autor Sergio Jund (2002g, p.204) , a análise específica do


risco inclui:

a) Avaliação de amplitude em que as técnicas de controle do negócio


alcançam os objetivos de controle do ciclo;

b) Determinação dos riscos, quando um objetivo não é alcançado ou é


apenas parcialmente alcançado;

c) Planejamento de um conjunto proporcional de testes de observância


(aderência), substantivos e com dupla finalidade.
40

E ainda baseado no autor supracitado, a avaliação do risco tem como


base o julgamento sobre se as técnicas proporcionam “garantia razoável” de
que o objetivo de controle é:

a) Alcançado;

b) Parcialmente alcançado;

c) Constatar que não proporcionam nenhuma garantia de que o


objetivo é alcançado.

Baseado no mesmo autor, a amplitude em que um objetivo particular é


alcançado depende:

a) Do que poderia sair errado, e se a técnica de controle impediria que


isto acontecesse.

b) Se isto realmente acontecesse – se um erro ou irregularidade


efetivamente ocorresse – seria ele detectado na execução normal do processo
e, nesse caso, quando?

Com base nisso, percebe-se que os dois elementos básicos do


controle interno são a prevenção e a detecção.

Se, durante a análise do risco, ficar verificado que um objetivo não é


plenamente alcançado e que os erros e irregularidades poderiam ocorrer sem
serem prontamente detectados, é fundamental determinar que impacto esses
erros ou irregularidades potenciais poderiam causar nos Balanços reportados
ou nas operações do negócio.
41

Em consonância com Sergio Jund (2002h), na determinação desses


riscos, os seguintes fatores devem ser considerados:

a) O controle geral do ambiente;

b) A natureza dos ativos ou operações envolvidos;

c) A importância das contas ou transações afetadas;

d) A dispersão das transações afetadas;

e) A natureza da ineficiência e o potencial do controle de


balanceamento contábil;

f) A extensão do tempo que um erro ou irregularidade poderia alcançar


sem ser detectado;

g) As experiências anteriores da Companhia;

h) A estabilidade das práticas e procedimentos da Companhia;

i) A experiência de Auditoria anterior.

Segundo Sergio Jund (2002i, p.206), os riscos podem ser tipificados


em três amplas categorias, a saber:

a) Risco inerente,

b) Risco de controle,

c) Risco de detecção.
42

A maneira como o auditor considera isolada e conjuntamente esses


três tipos de riscos depende da sua experiência profissional e da sua
abordagem à auditoria, uma vez que eles se combinam com pesos específicos
diferentes, conforme as circunstâncias e finalidades dos exames.

O Risco Inerente é o mais difícil de ser detectado, pois está intrínseco.


O risco inerente, numa visão abarcante, do ponto de vista operacional, pode
ser definido como a susceptibilidade de ocorrência de erros ou irregularidades
proeminentes antes de conhecer-se a eficácia dos sistemas de controle, a qual
varia em função da:

a) Natureza do negócio;

b) Natureza dos componentes,;

c) Natureza dos sistemas de informações contábeis.

É possível exemplificar da seguinte maneira: se uma empresa


centraliza seus créditos em poucos clientes ou entidades governamentais, o
risco inerente, na concretização dos seus ativos, pode ser considerado alto.

Risco de Controle é o risco de que os sistemas de controle possam


falhar na prevenção ou detecção, em tempo hábil, de erros ou irregularidades
importantes.

O coeficiente deste risco é uma função da efetividade dos processos


de controle interno para atingir seus objetivos amplos, mas jamais será nulo
devido às limitações inerentes em qualquer sistema dependente do elemento
humano para funcionamento.
43

Risco de Detecção é o risco de que o resultado da execução dos


procedimentos da auditoria enganosamente induza o auditor a concluir pela
inexistência de erro ou irregularidade relevante, em decorrência de:

a) Não examinar toda a evidência disponível;

b) Possível ineficiência do próprio procedimento de auditoria que,


embora bem aplicado, talvez seja incapaz de detectar um certo tipo de erro;

c) Possíveis deficiências na execução dos procedimentos de auditoria


ou na avaliação dos fatos descobertos durante o exame, inclusive, o risco de
hipóteses, falhas, erros e conclusões errôneas.

Importante observar que, risco inerente e o risco de controle diferem do


risco de detecção, por existirem independentemente da auditoria, ao passo
que o último é função dos procedimentos selecionados pelo auditor, que
podem ser modificados à sua vontade. O risco de detecção deve manter
relação inversa aos riscos inerentes e de controle, ou seja, quanto menores
estes, maior o patamar do risco de detecção que poderá ser aceito.
Contrariamente, quanto maiores os riscos inerentes e de controle, menor o
nível do risco de detecção a ser aceito.

Segundo Jund (2002j), os riscos em auditoria se classificam em:


mínimo, baixo, intermediário e alto.

No Quando 2, observa-se esta classificação:

RISCO PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA


Mínimo São necessários volumes mínimos de testes ou revisão.
Baixo Analítica, com testes limitados de comprovação de saldo e
transações; testes de cumprimento de normas internas,
relativos aos controles-chave, quando se depositar confiança
44

nesses controles para confirmar a avaliação de risco.


Intermediário Teste de várias fontes de evidência de auditoria, apoiando-se
preferencialmente em testes de comprovação de saldos e
transações.
Alto Maior confiança em testes de comprovação dos saldos e
transações.
Quadro 2 – Escala de risco
Fonte: Jund (2002k, p.207)

Partindo para os externos, o autor classifica os riscos em alto e baixo,


conforme a área auditada, a experiência, a relevância do risco, os controles
internos e o grau de subjetividade por parte do auditor. Esta classificação pode
ser visualizada através do Quadro 3.

ALTO RISCO BAIXO RISCO


- Área que envolve alto risco Global - Área que envolve baixo risco global
- Experiência negativa em trabalhos - Experiência positiva em trabalhos
anteriores anteriores
- Componentes que envolvem alto risco - Componentes que envolvem baixo
específico risco específico
- Montantes relevantes - Montantes irrelevantes
- Controles Internos deficientes - Controles Internos adequados
- Necessidade de julgamento subjetivo - Julgamento subjetivo desnecessário
Quadro 3 – Classificação dos Riscos
Fonte: Jund (2002l, p. 207.)

Naturalmente, o nível de risco de auditoria, segundo Sergio Jund,


(2002m, p.208) por vezes, é um fator de difícil determinação; apesar disso, a
experiência profissional do auditor, somada ao conhecimento minucioso do
ambiente a ser auditado, são fundamentais para sua identificação e
classificação. Alguns parâmetros podem auxiliar quando da determinação do
grau de risco, como segue:
45

Matriz de Risco, o universo a ser auditado pela auditoria é


representado por:

a) Áreas, departamentos e gerências;

b) Empresas subsidiárias;

c) Atividades e sistemas;

d) Processos e operações.

Diante do alcance do universo a ser auditado, alguns desses


segmentos poderão ter que ser auditados a maior espaço de tempo. Daí a
necessidade de ser definida a prioridade com que devem ser auditados.

Para diminuir os inconvenientes efeitos do subjetivismo, a Matriz de


Risco é um mecanismo que permite selecionar as prioridades de auditoria de
acordo com a criticidade de seus riscos. Sejam eles gerais, envolvendo todo
ambiente de controle ou específicos, por grupo de contas do balanço, saldos
ou volume de transações.

A Rotação de Ênfase consiste em escolher determinados sistemas ou


locais de atividades para testes, em função dos riscos de auditoria
identificados e a conseqüente prioridade para realização do trabalho, em um
determinado período, com base em um plano, à longo prazo, de cobertura de
testes, como por exemplo: um único exame, num período de 03 anos, 03
exames num único ano.

Deve-se identificar e levar em consideração os vários aspectos que,


eventualmente, requeiram atenção individual, em certos locais de atividades,
sistemas ou transações, antes de decidir fazer a rotação de ênfase, de
auditoria.
46

Menor rotação implica conseqüentemente em cobertura de um período


maior, através de um único exame, como por exemplo: apenas 01 exame
(menor rotação), num período de 03 anos, enquanto que maior rotação é
obtida por maior número de exames, num determinado período.
47

CONCLUSÃO

Esta pesquisa sobre a auditoria se baseia em duas funções,


estreitamente ligadas à Evidência A primeira diz respeito ao agrupamento e a
segunda refere-se à avaliação da Evidência. Determinadas instituições, por
deliberação legal, têm a obrigação de prestar contas de sua gestão
administrativa e financeira à sociedade. A maneira pela qual essas
organizações se comunicam com o público, em geral, acontece por meio das
demonstrações financeiras ou contábeis.

Na proporção que o conceito de evidência é amplamente reconhecido


pelos auditores como um aspecto chave na condução dos trabalhos de
auditoria, na técnica, o grau de comprometimento com a obrigação de agrupar
e avaliar as evidências varia consideravelmente. As modificações na prática
como o que se constitui evidência suficiente, válida e relevante são
freqüentemente esclarecidas com bases nas diferenças que naturalmente se
desenvolvem no exercício do julgamento profissional do auditor interno. É
importante para qualquer auditoria, tomar o cuidado com a utilização de
subjetividade indevidas, quando orientações objetivas podem ser ampliadas e
construtivamente usadas pela auditoria interna.

Desta forma, a temática revela-se de extrema relevância dado que em


auditoria é bastante importante o suporte da opinião, surgindo assim, o
conceito de evidência de auditoria como a informação que sustenta os
relatórios, conclusões ou opiniões do auditor ou da entidade competente para
desempenhar a auditoria, e que se caracteriza pela idoneidade, relevância e
razoabilidade.

Peter e Machado (2003f) definiram a Evidência em Auditoria como o


conjunto de fatos comprovados, suficientes, competentes e pertinentes,
obtidos durante os trabalhos de auditoria, através de observações, inspeções,
48

entrevistas e exames dos registros, que sustentam as conclusões do auditor. É


algo que contribui para o estabelecimento da prova, ajudando na convicção
sobre as reais condições existentes na área sob exame.

Diante do que foi pesquisado fica o entendimento de que não basta


levantar fatos ou identificar falhas no uso de recursos públicos pelos gestores
dos órgãos públicos, mas, sobretudo sugerir melhoria nos controles internos
dos órgãos ou entidades para que assim a administração possa gerir os
recursos obtidos da sociedade para atender suas necessidades básicas
garantidas pela Carta Magna: educação, saúde, lazer, assistência social,
emprego e moradia, pilares que tornam uma sociedade mais justa e digna.
49

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ALMEIDA, José Joaquim Marques; MARQUES, Maria da Conceição da Costa.


Intensificar o papel da Auditoria no Setor Público: uma oportunidade reforço da
eficiência nas organizações. Revista Brasileira de Contabilidade, n. 145, p.
39-53. jan./fev. 2004.

ALMEIDA, Marcelo Cavalcante. Auditoria. São Paulo: Atlas, 1996.

ATTIE, William. Auditoria Interna. São Paulo: Atlas, 1986.

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Princípios Fundamentais e


Normas Brasileiras de Contabilidade de Auditoria e Perícia. Brasília: CFC,
2003.

COSTA, Eliezer Arantes. Gestão Estratégica. São Paulo: Saraiva, 2002.

CUNHA, Maria Cristina Moreira Siqueira. Auditoria Operacional no Setor


Público Federal. In: CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Pensar Contábil. n.1, p. 17-22, ago. 1998.

CURTY, Marlene Gonçalves; CRUZ, Anamaria da Costa; MENDES, Maria


Tereza Reis. Apresentação de trabalhos acadêmicos, dissertações e
teses: NBR 14724/2002. Maringá: Dental Press, 2002.

DUARTE, Maria Conceição dos S. Contreiras S. A ; VALERIO, Paula


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http://www.oroc.pt/rev20/p47a.pdf. Acesso em: 15 fev. 2010.
50

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JUND, Sergio. Auditoria. Rio de Janeiro: Impetus, 2002.

PETER, Maria da Glória Arrais; MACHADO, Marcus Vinícios Veras. Manual de


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SÁ, Antônio Lopes. Curso de auditoria. 9.ed. São Paulo: Atlas, 2000.

SANTOS, Antonio Raimundo dos. Metodologia Cientifica a construção do


conhecimento. 4. ed. Rio de Janeiro: DP & A. 2001.

VALE, Carlos. Procedimentos de Auditoria Pública. João Pessoa:


Universitária, 2001.
51

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I
AUDITORIA – A ORIGEM E O CONCEITO 9
1.1 – Conceitos e Classificação de Auditoria 10

CAPÍTULO II
FORMAS DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA PUBLICA
E GOVERNAMENTAL 15
2.1 – Auditoria Externa 16
2.2 – Auditoria Interna 17
2.3 – Auditoria Governamental 20
2.3.1 – Princípios Básicos de Auditoria
Governamental 23
2.4 – Terminologias de Auditoria 24
2.5 – Missão da Auditoria 25
2.6 – Normas de Auditoria 26

CAPÍTULO III
A EVIDÊNCIA EM AUDITORIA 32
3.1 – Conceitos, tipos e características da Evidencia 34
3.2 – Fundamentação Legal da Evidenciação 36
52

3.3 – Riscos de Auditoria 38

CONCLUSÃO 47
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 49
ÍNDICE 51
53

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito:

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