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As concentrações de glicemia em jejum variam
geralmente entre 70 e100- 110 mg/dl (5 a 6mmol/L). Após uma refeição rica em
carboidratos (ex. pão, arroz, batata, milho, mandioca...) a glicemia sobe até chegar a
um máximo, em uma pessoa saudável, de 140mg/dl. Depois segue diminuindo por 2 a
3h até voltar aos valores de prévios. A absorção de carboidratos continua por mais de
5 a 6h. Já em pre-diabeticos maior de 100-125mg/dl e diabéticos maior de 126mg/dl
em jejum depois das refeições de 160-200mg/dl e mais.Uma hiperglicemia pode sobe
em estado grave ate 400mg/dl e mais e a hipoglicemia de 70mg/dl e menos.
Glicemia pós-prandial (do latim post, após; prandium almoço) é o aumento do nível
de glicose na corrente sanguínea cerca de 10 minutos após uma refeição. Em resposta
à absorção de carboidratos, o organismo libera insulina para permitir a entrada da
glicose pelas células, como sua principal fonte de energia.
Glicemia pós-prandial
Variação da glicemia pós prandial em refeição rica em carboidratos simples (em vermelho) e em carboidratos
complexos (em azul).
mmol/l(mg/dl) mmol/l(mg/dl) %
Anomalia da glicemia em
<7,8 (<140) ≥ 6,1(≥110) & <7,0(<126) 6,0–6,4
jejum (AGJ)
Anomalia da tolerância à
≥7,8 (≥140) <7,0 (<126) 6,0–6,4
glicose (ATG)
Pacientes com valores superiores a 200 mg/dL de glicemia após 2 horas são
diagnosticados como diabetes. Nos pacientes que apresentam um valor entre 140 e
199 mg/dL de glicemia às 2 horas, existe um tipo de pré-diabetes chamado de
intolerância à glicose ou tolerância à glicose diminuída. Pelo menos 50% das pessoas
classificadas como Intolerantes à Glicose vão desenvolver Diabetes nos próximos 10
anos.
A técnica de determinação da glicemia deve ser levada em consideração, visto que os diferentes métodos disponíveis variam
quanto à sua especificidade e sensibilidade para a glicose. A própria amostra de sangue é importante: de acordo com vários
registros, para cada hora de permanência no sangue total diminuem de cerca de 10 mg/dL, a não ser que se adicione um
preservativo. O hematócrito, quando elevado, acentua a redução da glicose, devido à atividade metabólica dos eritrócitos.
O fluoreto continua sendo o preservativo mais recomendado. O plasma e o soro são mais estáveis do que o sangue total.
Quando o soro pode ser separado das células antes de 2 horas, os valores da glicose sérica permanecem estáveis por um
período de até 24 horas em temperatura ambiente (apesar de alguns autores relatarem diminuições ocasionais). A
refrigeração ajuda esta preservação.
Os valores séricos ou plasmáticos são geralmente 10 a 15% superiores aos obtidos com sangue total. Todavia, diversos
estudos relataram uma considerável variação (de 3 a 47 %) nesta diferença durante determinado período de tempo. A maioria
dos equipamentos automáticos atuais utilizam soro.
Existem alguns analisadores portáteis ou de pequeno tamanho para consultório, na forma de instrumentos destinados a um
único teste, com cartuchos de reagentes ou na forma de fitas reagentes. Habitualmente, utiliza-se sangue venoso para
determinação da glicose. Os valores com sangue capilar (arterial) são aproximadamente iguais aos do sangue venoso quando
o paciente está em jejum.
Entretanto, os valores de sangue capilar quando o indivíduo não está em jejum, são aproximadamente 30 mg/dL mais altos
do que os obtidos com sangue venoso, podendo esta diferença ser algumas vezes de até 100 mg/dL.
O que é diabetes gestacional?
A diabetes gestacional é um aumento do nível de açúcar no sangue (hiperglicemia)
durante a gravidez em mulheres que, antes de engravidar, não tinham diabetes.
Costuma aparecer no 3º trimestre de gestação e se cura sozinha pouco tempo após o
parto. Requer tratamento para evitar complicações.O problema afeta cerca de 7% das
mulheres, sendo que, muitas vezes, pode facilitar o desenvolvimento de diabetes tipo
2 entre 10 e 20 anos após a gravidez.Vale lembrar que essa é uma doença exclusiva
do período gestacional e, fora dele, a mulher pode sofrer com outros tipos de diabetes.
Já ouviu falar que grávida tem que comer por dois? Pois bem, grávida também tem
que metabolizar por dois! Quando você está grávida, há mais uma vida dentro de
você, e ela depende do seu metabolismo.Isso quer dizer que o bebê precisa da sua
insulina para conseguir equilibrar os níveis de açúcar no seu próprio organismo.
Assim, a demanda por insulina aumenta a medida em que o bebê cresce e, algumas
vezes, o organismo da mãe não consegue acompanhar.Nesses casos, o organismo
continua produzindo insulina de boa qualidade que funciona perfeitamente, porém
não é o bastante nem para a mamãe, nem para o bebê.
O efeito da insulina é dificultado por hormônios da gravidez
Embora isso seja normal em toda gravidez, muitas mulheres não apresentam diabetes
gestacional, por quê? Aí nós voltamos ao tópico anterior: o organismo não consegue
produzir insulina o suficiente para contornar a situação, como uma mãe saudável
faria.
Fatores de risco
Alguns dos fatores que colocam a mãe em risco de desenvolver diabetes gestacional
são muito parecidos com os fatores de risco da diabetes em geral. São eles:
A menos que as taxas de açúcar no sangue estejam muito elevadas, a mãe dificilmente
irá sentir alguma diferença em relação aos sintomas normais da gestação. Alguns
deles são:
Vale lembrar que esses sintomas também estão presentes em outras possíveis
complicações da gravidez, como a pré-eclâmpsia.
Quando mal controlada, a diabetes apresenta vários riscos para a gestante e para o
bebê. Isso porque cerca de dois terços do açúcar na corrente sanguínea da mãe
atravessa a placenta e chega até o bebê, fazendo com que seu pâncreas produza mais
insulina do que deveria. O problema é que a insulina é, também, um hormônio
anabolizante, que faz com que o bebê cresça mais do que deveria dentro do útero.
Além disso, ele também promove o crescimento de outros órgãos e tecidos, fazendo
com que possa haver malformações nas estruturas viscerais do feto.
Assim, ele pode apresentar hipertrofia em vários órgãos, o que pode prejudicar sua
função, como no caso do coração e do fígado. As passagens de ar também podem
sofrer alterações, dificultando a respiração. Essas alterações podem ser tão
significativas que o bebê pode não conseguir sobreviver após o nascimento. Por isso,
é de extrema importância que a futura mamãe tenha um diagnóstico correto e receba o
tratamento adequado.
Se os sintomas são tão imperceptíveis assim, como a gestante vai saber se precisa
procurar um médico? Felizmente, isso não é preciso, porque no acompanhamento pré-
natal, o ginecologista ou obstetra já busca por fatores de risco e realiza os exames
necessários para se ter certeza que tudo vai bem. Além disso, lá pelas 20 semanas de
gestação — quando a diabetes gestacional geralmente aparece —, é comum que
sejam pedidos exames para verificar a glicemia, mesmo que não haja fatores de risco
evidentes para o problema.
Para realizar esse exame, a paciente deve beber um líquido doce e, após uma hora,
será recolhida uma amostra de sangue. Após duas horas, outra amostra, e, na terceira
hora, mais uma amostra. Desse modo, pode-se ver o quanto a glicemia decaiu no
decorrer do tempo, gerando um gráfico em “curva” descendente.
Vale lembrar que mulheres que são diagnosticadas com diabetes gestacional devem
acompanhar o nível glicêmico realizando testes com frequência, a fim de evitar
complicações.
Cerca de 1 mês e meio após o nascimento do bebê, os exames devem ser repetidos
para se ter certeza de que se tratava de diabetes gestacional, e não uma diabetes que já
existia que ainda não tinha sido diagnosticada.
Atividades físicas são benéficos para as gestantes também! Embora pouco se fale
sobre isso por conta dos riscos para o bebê, a mulher grávida pode sim realizar
algumas atividades físicas de baixo impacto que só vão fazer bem para sua saúde.
Caso você sinta qualquer sintoma desagradável como dores abdominais, corrimento
ou perda de sangue pela vagina enquanto faz os exercícios ou algumas horas depois,
contate seu ginecologista/obstetra imediatamente.
Alguns exemplos de exercícios que podem ser feitos são:
Caminhadas
Por isso, mamãe que não costumava fazer exercícios físicos, pegue seus tênis de
caminhada, roupas leves e elásticas e uma bela garrafa d’água e dirija-se ao parque
mais próximo para mexer um pouco esse corpo! Afinal de contas, tem outro corpinho
dentro de você que precisa da sua saúde para vir ao mundo sem maiores problemas.
Não se sinta culpada caso não consiga mais correr como antes. Isso é bem normal
uma vez que, com o tempo, a barriga cresce e pesa mais. Apenas não deixe de se
mover!
As dicas aqui são as mesmas da caminhada: roupas leves, sapatos adequados e uma
garrafinha d’água para manter-se hidratada são imprescindíveis para que tudo ocorra
bem.
Recomenda-se praticar a corrida leve (com baixa intesidade) 3 vezes por semana
durante 30 minutos.
Hidroginástica
Uma das atividades mais recomendadas para pessoas que não podem fazer exercícios
de alta intensidade, a hidroginástica pode ser realizada durante todos os 9 meses de
gestação, de 2 a 4 vezes por semana. Entre seus benefícios estão a redução de dores
nos pés e na coluna lombar (porção inferior da coluna), além de auxiliar no inchaço
das pernas.
Exercícios proibidos durante a gravidez
Existem alguns tipos de exercícios que não devem ser feitos de jeito nenhum durante
a gestação. Saiba quais são:
Exercícios abdominais;
Em grandes altitudes;
Lutas como jiu jitsu;
Saltos como aulas de jump;
Jogos com bola, como futebol, basquete e vôlei;
Corridas moderadas ou intensas;
Bicicleta, especialmente durante os últimos meses;
Musculação pesada.
Sinais de emergência
Os alimentos listados abaixo são apenas uma sugestão do que comer durante esse
período. No entanto, recomendamos sempre que se procure um nutricionista ou
nutrólogo com experiência em gestação a fim de planejar uma direta segura e
completa com os nutrientes necessários para a sua saúde e a do bebê.
Atenção!
Os vegetais crus das saladas devem ser muito bem lavados antes do consumo a fim de
evitar a toxoplasmose, doença que pode trazer consequências sérias para o feto.
Infelizmente, alguns alimentos são proibidos para mamães que sofrem de diabetes
gestacional, sendo que muitos deles são objeto de desejo de muitas grávidas. Entenda:
Atenção!
Por não poder ingerir açúcar normalmente, diabéticos tendem a usar adoçantes
sintéticos para adoçar seus alimentos. No entanto, alguns tipos de adoçantes não são
recomendados durante a gravidez e, por isso, devem ser evitados. Caso tenha dúvidas,
consulte seu nutricionista e veja qual a melhor opção para você.
Raramente, nos casos mais graves, a mamãe terá que tomar doses de insulina para
diminuir a glicemia e, às vezes, pode precisar de medicamentos hipoglicemiantes
orais, embora isso não seja recomendado por conta da falta de evidências que esses
medicamentos são seguros durante a gravidez.
Vale lembrar que apenas 20% das gestantes precisam de tratamento medicamentoso
para a diabetes gestacional e que ela pode ser muito bem controlada apenas com dieta
e exercícios.
Como qualquer doença, a diabetes gestacional traz alguns riscos para a mamãe.
Alguns deles são:
Como se já não bastasse a mãe, o bebê também sofre riscos sérios por conta de
diabetes gestacional.
Não existe bem um método para prevenir a diabetes durante a gravidez, pois ela pode
surgir tanto em pessoas saudáveis quanto pessoas com diversos fatores de risco para a
doença.
No entanto, sabe-se que manter uma dieta equilibrada e realizar exercícios físicos são
medidas importantes para manter os níveis glicêmicos normais. Portanto, as escolhas
nutricionais da mãe devem estar de acordo com suas necessidades, sem haver exagero
no consumo de açúcares e carboidratos.
Mulheres que sofreram de diabetes gestacional devem ter preferência por continuar a
dieta equilibrada pobre em carboidratos, por conta do risco de desenvolver diabetes
tipo 2 após alguns anos depois do parto.