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Aula4:Diabetes gestacional.

Testes para diabetes

As concentrações de glicemia em jejum variam
geralmente entre 70 e100- 110 mg/dl (5 a 6mmol/L). Após uma refeição rica em
carboidratos (ex. pão, arroz, batata, milho, mandioca...) a glicemia sobe até chegar a
um máximo, em uma pessoa saudável, de 140mg/dl. Depois segue diminuindo por 2 a
3h até voltar aos valores de prévios. A absorção de carboidratos continua por mais de
5 a 6h. Já em pre-diabeticos maior de 100-125mg/dl e diabéticos maior de 126mg/dl
em jejum depois das refeições de 160-200mg/dl e mais.Uma hiperglicemia pode sobe
em estado grave ate 400mg/dl e mais e a hipoglicemia de 70mg/dl e menos.
Glicemia pós-prandial (do latim post, após; prandium almoço) é o aumento do nível
de glicose na corrente sanguínea cerca de 10 minutos após uma refeição. Em resposta
à absorção de carboidratos, o organismo libera insulina para permitir a entrada da
glicose pelas células, como sua principal fonte de energia.
Glicemia pós-prandial

Variação da glicemia pós prandial em refeição rica em carboidratos simples (em vermelho) e em carboidratos
complexos (em azul).

Patogénese da diabetes mellitus


A elevada glicemia após as refeições (causada pela resistência à insulina) ao longo do
tempo, com a hiperinsulinemia compensatória e a diminuição da função das células β,
são fundamentais para o processo patogénico.
Hiperglicemia pós prandial
Diabéticos tipo I não produzem insulina e os do tipo II não respondem à insulina. Em
ambos os casos, a glicose no sangue permanece elevada por muitas horas
(hiperglicemia). Níveis altos de glicose no sangue (mais de 200mg/dl ou 11mmol/L)
com o tempo danificam os pequenos vasos sanguíneos dos olhos, rins, coração e os
nervos. Os níveis se somam aos das alimentações seguintes, mas os sintomas só
aparecem com níveis acima de 250 – 300 mg/dl (15 – 20 mmol/L)
Os primeiros sintomas de hiperglicemia são a tríada: muita sede (Polidipsia), muita
fome (Polifagia) e urinar muito (Poliúria). Conforme a glicemia aumenta, pode
causar: visão embaçada, fadiga,  arritmia cardíaca, boca seca, cicatrização lenta,
impotência e formigamento. A capacidade cognitiva também é reduzida e o
emocional é sensibilizado com tristeza e ansiedade.  Em casos graves
causa convulsões, estupor, insuficiência cardíaca, coma e pode ser fatal.
Hipoglicemia pós-prandial
Em diabéticos insulinodependentes, se após a injeção da dose de insulina não for
consumida uma refeição substancial, adequada à dose da insulina, os níveis de glicose
podem cair abaixo do normal (menos de 3 mmol/L ou 50 mg/dL). Possíveis sinais ou
sintomas de hipoglicemia abaixo de 3mmol/L incluem:

 Tremores, ansiedade e irritabilidade;


 Palpitações e taquicardia;
 Suores e sensação de calor;
 Palidez e pele fria;
 Fome e mal-estar estomacal;
 Náusea e vómito;
 Dor de cabeça.
A hipoglicemia pós-prandial é comum após exercícios mais intensos ou prolongados
que o usual ou após ingestão excessiva de álcool. Ingerir mais alimentos pode corrigir
esse desequilíbrio.
TESTES PARA GLICEMIA
1.Prova de tolerância à glicose oral
A prova de tolerância à glicose oral (PTGO), ou teste de tolerância à glicose (TTG)
ou ainda teste oral de tolerância à glicose (TOTG), é um exame laboratorial que é
geralmente utilizado para realizar o diagnóstico de pré-diabetes, diabetes, resistência à
insulina ou disfunção de células beta do pâncreas. Além disso, também pode ser
utilizada para diagnóstico de acromegalia e hipoglicemia reativa. Na gestação, o teste
é realizado entre 24 e 28 semanas para auxiliar no diagnóstico de diabetes gestacional.
No teste padronizado do exame, são realizadas coletas de sangue seriadas após a
ingestão de 75 gramas de dextrosol (glicose anidra).
O fundamento do teste é dosar a glicose nestes intervalos e avaliar se a glicose está a
ser metabolizada pela insulina (cuja função é transportar a glicose para dentro das
células e tecidos, diminuindo a sua concentração no sangue).
Quando a insulina não age de forma correta, diz-se que o paciente tem resistência à
Insulina. Se essa resistência for muito acentuada o paciente pode
desenvolver diabetes mellitus tipo II, sendo, neste caso, necessário tratamento.
A primeira opção de tratamento é sempre controle da dieta e prática de exercícios
físicos. Quando esse tratamento não funciona é necessária a administração de
hipoglicemiantes orais e, em situações mais graves, é necessária a administração de
insulina.

Critérios de diagnóstico da diabetes

Condição Glicemia P às 2h Glicemia P jejum HbA1c

mmol/l(mg/dl) mmol/l(mg/dl) %

Normal <7,8 (<140) <6,1 (<110) <6,0

Anomalia da glicemia em
<7,8 (<140) ≥ 6,1(≥110) & <7,0(<126) 6,0–6,4
jejum (AGJ)

Anomalia da tolerância à
≥7,8 (≥140) <7,0 (<126) 6,0–6,4
glicose (ATG)

Diabetes mellitus ≥11,1 (≥200) ≥7,0 (≥126) ≥6,5


Interpretação
A existência de níveis elevados de glicemia após 2 horas da ingestão da carga de 75
gramas de dextrosol mostra uma alteração do metabolismo da glicose, geralmente
ocasionado pela resistência à insulina.

Pacientes com valores superiores a 200 mg/dL de glicemia após 2 horas são
diagnosticados como diabetes. Nos pacientes que apresentam um valor entre 140 e
199 mg/dL de glicemia às 2 horas, existe um tipo de pré-diabetes chamado de
intolerância à glicose ou tolerância à glicose diminuída. Pelo menos 50% das pessoas
classificadas como Intolerantes à Glicose vão desenvolver Diabetes nos próximos 10
anos.

Métodos de determinação da glicemia

A técnica de determinação da glicemia deve ser levada em consideração, visto que os diferentes métodos disponíveis variam
quanto à sua especificidade e sensibilidade para a glicose.  A própria amostra de sangue é importante: de acordo com vários
registros, para cada hora de permanência no sangue total diminuem de cerca de 10 mg/dL, a não ser que se adicione um
preservativo. O hematócrito, quando elevado, acentua a redução da glicose, devido à atividade metabólica dos eritrócitos.  
O fluoreto continua sendo o preservativo mais recomendado. O plasma e o soro são mais estáveis do que o sangue total.
Quando o soro pode ser separado das células antes de 2 horas, os valores da glicose sérica permanecem estáveis por um
período de até 24 horas em temperatura ambiente (apesar de alguns autores relatarem diminuições ocasionais). A
refrigeração ajuda esta preservação. 
Os valores séricos ou plasmáticos são geralmente 10 a 15% superiores aos obtidos com sangue total. Todavia, diversos
estudos relataram uma considerável variação (de 3 a 47 %) nesta diferença durante determinado período de tempo. A maioria
dos equipamentos automáticos atuais utilizam soro. 
Existem alguns analisadores portáteis ou de pequeno tamanho para consultório, na forma de instrumentos destinados a um
único teste, com cartuchos de reagentes ou na forma de fitas reagentes. Habitualmente, utiliza-se sangue venoso para
determinação da glicose. Os valores com sangue capilar (arterial) são aproximadamente iguais aos do sangue venoso quando
o paciente está em jejum.  
Entretanto, os valores de sangue capilar quando o indivíduo não está em jejum, são aproximadamente 30 mg/dL mais altos
do que os obtidos com sangue venoso, podendo esta diferença ser algumas vezes de até 100 mg/dL.
 O que é diabetes gestacional?
A diabetes gestacional é um aumento do nível de açúcar no sangue (hiperglicemia)
durante a gravidez em mulheres que, antes de engravidar, não tinham diabetes.
Costuma aparecer no 3º trimestre de gestação e se cura sozinha pouco tempo após o
parto. Requer tratamento para evitar complicações.O problema afeta cerca de 7% das
mulheres, sendo que, muitas vezes, pode facilitar o desenvolvimento de diabetes tipo
2 entre 10 e 20 anos após a gravidez.Vale lembrar que essa é uma doença exclusiva
do período gestacional e, fora dele, a mulher pode sofrer com outros tipos de diabetes.

E se eu já era diabética antes de engravidar?Algumas vezes, mulheres recebem o


diagnóstico da diabetes gestacional quando, na verdade, já sofriam de diabetes antes
de conceber. Nesses casos, o problema não se resolve após o nascimento do bebê. Há
também mulheres que já sabem que possuem diabetes e desejam engravidar. Nesses
casos, a futura mamãe precisará de orientação médica antes mesmo de tentar
conceber. Isso porque alguns medicamentos para diabetes são contraindicados durante
a gravidez e, além disso, uma diabetes mal controlada pode ser responsável por
malformações no feto.

Causas da diabetes gestacional

Para diminuir a quantidade de açúcar no sangue, o pâncreas produz um hormônio


chamado insulina. Ele permite que o excesso seja armazenado, enquanto a outra parte
é usada como fonte de energia.A diabetes acontece quando o pâncreas não produz
insulina o suficiente ou quando a insulina produzida é impedida de fazer o seu
trabalho por algum motivo. Deste modo, existem duas possibilidades na diabetes
gestacional:

O organismo não produz insulina o suficiente

Já ouviu falar que grávida tem que comer por dois? Pois bem, grávida também tem
que metabolizar por dois! Quando você está grávida, há mais uma vida dentro de
você, e ela depende do seu metabolismo.Isso quer dizer que o bebê precisa da sua
insulina para conseguir equilibrar os níveis de açúcar no seu próprio organismo.
Assim, a demanda por insulina aumenta a medida em que o bebê cresce e, algumas
vezes, o organismo da mãe não consegue acompanhar.Nesses casos, o organismo
continua produzindo insulina de boa qualidade que funciona perfeitamente, porém
não é o bastante nem para a mamãe, nem para o bebê.
O efeito da insulina é dificultado por hormônios da gravidez

Uma outra possibilidade é a de que o festival de hormônios no corpo da mãe seja o


problema. Isso porque alguns desses hormônios — em especial o lactogênio
placentário — acabam interferindo na ação da insulina, bloqueando-a parcialmente, o
que faz com que ela não consiga trabalhar adequadamente.

Embora isso seja normal em toda gravidez, muitas mulheres não apresentam diabetes
gestacional, por quê? Aí nós voltamos ao tópico anterior: o organismo não consegue
produzir insulina o suficiente para contornar a situação, como uma mãe saudável
faria.

Fatores de risco

Alguns dos fatores que colocam a mãe em risco de desenvolver diabetes gestacional
são muito parecidos com os fatores de risco da diabetes em geral. São eles:

 Obesidade: O excesso de peso parece estar relacionado à falha na função da


insulina;
 Engordar rapidamente durante a gravidez: Embora seja normal engordar
durante a gestação, se esse processo for muito acelerado, também aumenta as
chances de diabetes gestacional;
 Idade: Quanto mais velha a mãe, maior a possibilidade de apresentar a doença;
 Histórico familiar: Ter parentes de primeiro grau com diabetes — de qualquer
tipo — aumenta as chances de diabetes gestacional;
 Histórico familiar de diabetes gestacional: Filhas de mães que sofreram com
o problema têm mais chances de desenvolvê-lo;
 Sofrer de intolerância ao açúcar (pré-diabetes): Futuras mães que já
apresentam certa deficiência na função da insulina tem maiores riscos de sofrer
diabetes gestacional;
 Ter dado luz a bebês acima do peso: Mulheres que deram luz a bebês
considerados grandes correm mais risco de desenvolver o problema nas
gestações subsequentes;
 Já ter tido diabetes gestacional: Já ter tido a doença aumenta o risco de
reincidência em 6 vezes.
Sintomas

Que sintomas? Se os sintomas da própria diabetes já costumam ser bem silenciosos,


os da diabetes gestacional são mais ainda, visto que são muito parecidos com outras
sensações que a gestante vivencia durante a gravidez.

A menos que as taxas de açúcar no sangue estejam muito elevadas, a mãe dificilmente
irá sentir alguma diferença em relação aos sintomas normais da gestação. Alguns
deles são:

 Excesso de fome e sede;


 Ganho de peso exagerado — tanto da mãe quanto do bebê;
 Urgência para urinar;
 Fadiga;
 Inchaço nas pernas e pés;
 Visão turva;
 Candidíase e infecções urinárias frequentes.

Vale lembrar que esses sintomas também estão presentes em outras possíveis
complicações da gravidez, como a pré-eclâmpsia.

Como a diabetes afeta a gravidez?

Quando mal controlada, a diabetes apresenta vários riscos para a gestante e para o
bebê. Isso porque cerca de dois terços do açúcar na corrente sanguínea da mãe
atravessa a placenta e chega até o bebê, fazendo com que seu pâncreas produza mais
insulina do que deveria. O problema é que a insulina é, também, um hormônio
anabolizante, que faz com que o bebê cresça mais do que deveria dentro do útero.
Além disso, ele também promove o crescimento de outros órgãos e tecidos, fazendo
com que possa haver malformações nas estruturas viscerais do feto.

Assim, ele pode apresentar hipertrofia em vários órgãos, o que pode prejudicar sua
função, como no caso do coração e do fígado. As passagens de ar também podem
sofrer alterações, dificultando a respiração. Essas alterações podem ser tão
significativas que o bebê pode não conseguir sobreviver após o nascimento. Por isso,
é de extrema importância que a futura mamãe tenha um diagnóstico correto e receba o
tratamento adequado.

Como é feito o diagnóstico da diabetes gestacional?

Se os sintomas são tão imperceptíveis assim, como a gestante vai saber se precisa
procurar um médico? Felizmente, isso não é preciso, porque no acompanhamento pré-
natal, o ginecologista ou obstetra já busca por fatores de risco e realiza os exames
necessários para se ter certeza que tudo vai bem. Além disso, lá pelas 20 semanas de
gestação — quando a diabetes gestacional geralmente aparece —, é comum que
sejam pedidos exames para verificar a glicemia, mesmo que não haja fatores de risco
evidentes para o problema.

Alguns exames que auxiliam no diagnóstico da diabetes gestacional são:

Ultrassom: Embora ele não possa medir a quantidade de açúcar no sangue da


paciente, o ultrassom realizado nas consultas pré-natais é bem importante para
detectar alterações na gestação que podem significar diabetes gestacional.

Quando detecta aumento do líquido amniótico e crescimento acelerado do bebê, pode


ser um sinal de que o organismo da mãe está tendo problemas para controlar a
glicose. O médico deve, então, pedir exames complementares para confirmar o
diagnóstico.

Glicose em jejum: A glicose em jejum é um exame que mede a quantidade de açúcar


no sangue após a mãe ficar entre 8 e 12 horas em jejum. É realizado como um exame
de sangue normal, no qual o sangue é coletado por meio de uma punção na parte
interna do braço. Se o nível de glicose estiver muito elevado, pode ser um sinal de que
a insulina não está funcionando corretamente.
Curva glicêmica

Quando a glicose em jejum dá um resultado alterado, o médico pode pedir um exame


de curva glicêmica. Isso quer dizer que ele mede o quanto de glicose ainda há no
sangue em determinados períodos após a ingestão de alimentos com açúcares.

Para realizar esse exame, a paciente deve beber um líquido doce e, após uma hora,
será recolhida uma amostra de sangue. Após duas horas, outra amostra, e, na terceira
hora, mais uma amostra. Desse modo, pode-se ver o quanto a glicemia decaiu no
decorrer do tempo, gerando um gráfico em “curva” descendente.

Valores: Cada um desses exames possui valores referência. Na glicose em jejum, o


normal é que a glicemia não ultrapasse 85mg/dL. Já a curva glicêmica deve ser a
seguinte:

 Após 1 hora: menos que 180mg/dl;


 Após 2 horas: menos que 155mg/dL;
 Após 3 horas: menos que 140mg/dL.

Se colocado em um gráfico, o resultado do exame de curva glicêmica deve ser parecer


com o seguinte:

Vale lembrar que mulheres que são diagnosticadas com diabetes gestacional devem
acompanhar o nível glicêmico realizando testes com frequência, a fim de evitar
complicações.
Cerca de 1 mês e meio após o nascimento do bebê, os exames devem ser repetidos
para se ter certeza de que se tratava de diabetes gestacional, e não uma diabetes que já
existia que ainda não tinha sido diagnosticada.

Diabetes gestacional tem cura?


Sim, a diabetes gestacional tem cura! De fato, ela costuma desaparecer sozinha após
o parto, quando o metabolismo da nova mamãe volta ao seu ritmo normal.

Se, por um acaso, a mulher continua apresentando sintomas da diabetes cerca de 1


mês e meio após o parto, pode ser que ela já fosse diabética antes mesmo de
engravidar, e a situação só se agravou com a gestação. Nesses casos, ela deve
procurar tratamento para a diabetes com um endocrinologista.

Como tratar a diabetes gestacional?

Quando constatado o diagnóstico da diabetes gestacional, a gestação é tratada como


gravidez de alto risco, por conta das possíveis complicações ao feto.

Felizmente, no entanto, o tratamento da condição é bem simples, sendo baseada em


mudanças na dieta e prática de exercícios físicos moderados, que ajudam a manter a
glicose em um nível normal.

Exercícios para diabetes gestacional

Atividades físicas são benéficos para as gestantes também! Embora pouco se fale
sobre isso por conta dos riscos para o bebê, a mulher grávida pode sim realizar
algumas atividades físicas de baixo impacto que só vão fazer bem para sua saúde.

É importante que se procure ajuda profissional antes de começar os exercícios, visto


que algumas atividades não são recomendados para esse período delicado por poder
causar danos ao bebê. Procure um profissional de educação física qualificado para
lidar com gestantes e planeje sua rotina de exercícios com a ajuda dele a fim de evitar
qualquer complicação!

Caso você sinta qualquer sintoma desagradável como dores abdominais, corrimento
ou perda de sangue pela vagina enquanto faz os exercícios ou algumas horas depois,
contate seu ginecologista/obstetra imediatamente.
Alguns exemplos de exercícios que podem ser feitos são:

Caminhadas

Para mulheres que eram sedentárias antes de engravidar, as caminhadas são um


grande apoio. Isso porque a falta de condicionamento físico seria um empecilho para
realizar outras atividades mais pesadas, o que levaria a lesões mais facilmente.

Por isso, mamãe que não costumava fazer exercícios físicos, pegue seus tênis de
caminhada, roupas leves e elásticas e uma bela garrafa d’água e dirija-se ao parque
mais próximo para mexer um pouco esse corpo! Afinal de contas, tem outro corpinho
dentro de você que precisa da sua saúde para vir ao mundo sem maiores problemas.

Recomenda-se caminhar de 3 a 5 vezes por semana, preferencialmente antes das 10


horas da manhã e após as 16 horas, horários em que o sol está mais fraco.

Corrida leve (jogging)

Mulheres que já costumavam fazer exercícios físicos antes de engravidar podem se


beneficiar da corrida leve, que não é tão impactante e não apresenta riscos para a
saúde do bebê.

Não se sinta culpada caso não consiga mais correr como antes. Isso é bem normal
uma vez que, com o tempo, a barriga cresce e pesa mais. Apenas não deixe de se
mover!

As dicas aqui são as mesmas da caminhada: roupas leves, sapatos adequados e uma
garrafinha d’água para manter-se hidratada são imprescindíveis para que tudo ocorra
bem.

Recomenda-se praticar a corrida leve (com baixa intesidade) 3 vezes por semana
durante 30 minutos.

Hidroginástica

Uma das atividades mais recomendadas para pessoas que não podem fazer exercícios
de alta intensidade, a hidroginástica pode ser realizada durante todos os 9 meses de
gestação, de 2 a 4 vezes por semana. Entre seus benefícios estão a redução de dores
nos pés e na coluna lombar (porção inferior da coluna), além de auxiliar no inchaço
das pernas.
Exercícios proibidos durante a gravidez

Existem alguns tipos de exercícios que não devem ser feitos de jeito nenhum durante
a gestação. Saiba quais são:

 Exercícios abdominais;
 Em grandes altitudes;
 Lutas como jiu jitsu;
 Saltos como aulas de jump;
 Jogos com bola, como futebol, basquete e vôlei;
 Corridas moderadas ou intensas;
 Bicicleta, especialmente durante os últimos meses;
 Musculação pesada.

Sinais de emergência

Quando alguma coisa dá errada durante os exercícios, o corpo manda um sinal. É


importante que a mamãe se atente a esses sintomas e procure ajuda médica o mais
rápido possível quando sentí-los ao praticar atividades físicas. São eles:

 Visão turva ou embaçada;


 Náuseas;
 Falta de ar;
 Palpitações;
 Tontura;
 Dor abdominal;
 Sensação de desmaio;
 Dor no peito;
 Sangramento vaginal;
 Contrações uterinas.

Contraindicações dos exercícios

Existem algumas condições que tornam os exercícios físicos perigosos para as


gestantes. São elas:

 Doenças cardíacas, pulmonares ou ortopédicas;


 Gravidez de gêmeos, especialmente quando há risco de prematuridade;
 Placenta prévia (placenta na parte mais baixa do útero) após 26 semanas de
gestação;
 Pré-eclâmpsia;
 Sangramento uterino ou vaginal;
 Diminuição dos movimentos do feto;
 Retardo no crescimento intrauterino;
 Hipertensão e hipotireoidismo mal controlados.

Dieta para diabetes gestacional

A dieta da mamãe com diabetes gestacional é baseada em alimentos de baixo índice


glicêmico, ou seja, não há um corte total do açúcar, mas uma diminuição
significativa.

Os alimentos listados abaixo são apenas uma sugestão do que comer durante esse
período. No entanto, recomendamos sempre que se procure um nutricionista ou
nutrólogo com experiência em gestação a fim de planejar uma direta segura e
completa com os nutrientes necessários para a sua saúde e a do bebê.

Alguns alimentos que podem ser consumidos são:

 Frutas frescas pouco doces com casca e bagaço, preferencialmente


acompanhadas de algo salgado como torrada ou queijo minas;
 Vegetais crus como saladas, que diminui a entrada e saída do açúcar no sangue,
ajudando a manter um nível glicêmico estável;
 Legumes e verduras como acelga, berinjela, couve flor, espinafre, pimentão,
repolho, salsinha, tomate, alho poró, brócolis, beterraba, cenoura, chuchu, entre
outros;
 Aveia e cereais ricos em fibras, sem adição de açúcar;
 Carnes magras com pouca gordura como peito de frango (sem pele), peixes com
carne branca, coelho, entre outras;
 Leite o iogurte desnatados;
 Queijo branco.

Atenção!

Os vegetais crus das saladas devem ser muito bem lavados antes do consumo a fim de
evitar a toxoplasmose, doença que pode trazer consequências sérias para o feto.

O que eu não posso comer na gravidez gestacional?

Infelizmente, alguns alimentos são proibidos para mamães que sofrem de diabetes
gestacional, sendo que muitos deles são objeto de desejo de muitas grávidas. Entenda:

 Doces — caseiros ou industrializados, não importa o tipo;


 Refrigerantes, bebidas alcoólicas (que não devem ser ingeridas durante a
gravidez mesmo em mamães saudáveis) e sucos industrializados;
 Frutas secas, como damasco, figos secos e uvas passas;
 Qualquer tipo de fritura;
 Manteiga;
 Chocolate;
 Qualquer alimento que contenha gordura hidrogenada, como bolachas e
biscoitos;
 Carnes gordurosas;
 Leite e iogurtes integrais;
 Queijos amarelos.

Atenção!

Por não poder ingerir açúcar normalmente, diabéticos tendem a usar adoçantes
sintéticos para adoçar seus alimentos. No entanto, alguns tipos de adoçantes não são
recomendados durante a gravidez e, por isso, devem ser evitados. Caso tenha dúvidas,
consulte seu nutricionista e veja qual a melhor opção para você.

Medicamentos para diabetes gestacional

Raramente, nos casos mais graves, a mamãe terá que tomar doses de insulina para
diminuir a glicemia e, às vezes, pode precisar de medicamentos hipoglicemiantes
orais, embora isso não seja recomendado por conta da falta de evidências que esses
medicamentos são seguros durante a gravidez.

A metformina, por exemplo, é um medicamento que gera polêmica sobre sua


segurança para mulheres grávidas. No entanto, existem estudos que mostram que não
há mudanças significativas entre o tratamento dietético e com o medicamento no
quesito segurança do feto e da mãe.

Vale lembrar que apenas 20% das gestantes precisam de tratamento medicamentoso
para a diabetes gestacional e que ela pode ser muito bem controlada apenas com dieta
e exercícios.

Riscos para a gestante

Como qualquer doença, a diabetes gestacional traz alguns riscos para a mamãe.
Alguns deles são:

 Rompimento da bolsa amniótica antes da data prevista;


 Parto prematuro;
 Feto que não vira de cabeça para baixo antes do parto;
 Aumento do risco de pré-eclâmpsia, condição caracterizada pela elevação súbita
da pressão sanguínea que traz riscos para o feto;
 Necessidade de cesárea por conta do tamanho do bebê;
 Em caso de parto normal, pode haver laceração do períneo (porção de pele que
separa a entrada do canal vaginal e do ânus) pelo tamanho do bebê;
 Infecções genitais devido às alterações no pH vaginal durante a gestação e baixa
na imunidade causada pela diabetes;
 Desenvolvimento de diabetes tipo 2 nos próximos 10 ou 20 anos após o parto,
pois o fígado já demonstrou não ser capaz de dar conta de grandes quantidades
de glicose no sangue.
Riscos para o bebê

Como se já não bastasse a mãe, o bebê também sofre riscos sérios por conta de
diabetes gestacional.

Vale lembrar, no entanto, que as chances dessas complicações acontecerem diminuem


muito quando a mãe faz tratamento e está com a glicemia controlada.

Alguns deles são:

 Síndrome da angústia respiratória, caracterizada pela dificuldade para respirar


ao nascer;
 Crescimento demasiado do bebê, o que aumenta as chances de ele se tornar
obeso durante a infância ou adolescência;
 Hipertrofia (aumento) do coração, levando a doenças cardíacas e circulatórias;
 Hipertrofia do fígado;
 Hipoglicemia após o nascimento devido a falta de glicose que vinha do
organismo da mãe;
 Aumento da gordura subcutânea;
 Nascer morto ou morrer pouco tempo após o nascimento.

Como prevenir a diabetes gestacional

Não existe bem um método para prevenir a diabetes durante a gravidez, pois ela pode
surgir tanto em pessoas saudáveis quanto pessoas com diversos fatores de risco para a
doença.

No entanto, sabe-se que manter uma dieta equilibrada e realizar exercícios físicos são
medidas importantes para manter os níveis glicêmicos normais. Portanto, as escolhas
nutricionais da mãe devem estar de acordo com suas necessidades, sem haver exagero
no consumo de açúcares e carboidratos.

Mulheres que sofreram de diabetes gestacional devem ter preferência por continuar a
dieta equilibrada pobre em carboidratos, por conta do risco de desenvolver diabetes
tipo 2 após alguns anos depois do parto.

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