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MANAUS – AM
2005
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA – INPA
MANAUS – AM
2005
2ii
FICHA CATALOGRÁFICA
SINOPSE
A atividade de pesca profissional que ocorre em lagos efetuada pela frota
pesqueira que desembarca em Manaus foi analisada para verificar o efeito de variáveis
paisagísticas sobre rendimento pesqueiro em três escalas análise, utilizando técnicas
de Modelos Lineares Gerais. A caracterização das unidades territoriais de manejo ora
proposta foi realizada conforme a combinação de informações que permitiram, tratar de
forma transversal as inter-relações dos componentes paisagístico, pesqueiro e
ecológico. As áreas de pesca de lagos foram definidas em três níveis ecossistêmicos:
1) Sistemas fluviais: Áreas de Manejo de Bacias, 2) Sistemas de transição Várzea/Terra
Firme: Áreas de Manejo de Lagos por bacias e 3) Sistemas lacustres predominantes
por tipo de lago: Áreas de Manejo local comunitário. Foram definidas espacialmente 4
unidades territoriais de manejo de Bacias propostas: Unidade do Médio Solimões;
Unidade do Baixo Solimões; Unidade do Baixo Purus e Unidade do Alto
Amazonas. Esta abordagem interdisdisplinar gerou um conjunto de variáveis ou
descritores significantes que pode representar um sistema de indicadores para o
monitoramento e controle da pesca de lagos. Considerando as diferentes escalas
geográficas, ambientais, ecossistêmicas e pesqueiras, o presente estudo propôs a
definição de unidades ecossistêmicas e unidades territoriais de manejo da pesca
lacustre, com o intuito de contribuir para um gerenciamento da pesca de lagos.
iii
3
Dedico este trabalho à minha companheira, Maria Dinalva
... que iniciou a caminhada ao meu lado sacrificando muitos de seus
objetivos pessoais e que vem cumprindo da maneira mais honrosa seu papel de
Mulher, Amiga, Mãe,... quero merecer estar sempre a seu lado durante a minha
existência
Á você e às nossas riquezas: Bárbara e Moanna.
iv
4
Meu dever de casa contínuo:
v5
AGRADECIMENTOS
Minha Mãe! Você é uma centelha de luz divina que me colocou no mundo
para cumprir com meu propósito. Eu tenho a gratidão de um filho que tem em você
exemplo de paciência, de simplicidade, de ocupar o lugar de observador não de
falador, do saber ouvir.
Os diferentes níveis de amizade são a base para a luta diária. Com amigos
a chance de vencer aumenta consideravelmente. Eu sou grato aos amigos de
trabalho Tony, a Beth, Michele, a Olívia, Charles, Guillermo e ao Juan pela
sinceridade e apoio incondicional na rotina do trabalho diário.
vi 6
virtudes suas que venho buscando assimilar continuamente. Reconheço, no seu
exemplo, as lições que um bom profissional, que veste a camisa do povo
Amazônida deve buscar.
A execução desta tese, somente foi possível, porque tive a felicidade de ter
disponível, toda a infraestrutura conquistada a duras penas por todas as pessoas
do PYRA. O Programa de Recursos Aquáticos e da Várzea me disponibilizou toda
estrutura de campo, informática, material de expediente. No Pyrá contei com um
corpo de mais de 30 pessoas (“Pyrenses”) que nunca mediram esforço para me
auxiliar. O convívio com questões multidisciplinares é uma experiência Pyrá, que
não tenho como recompensá-la. Minha gratidão a todos Pyrenses, em especial,
Cristiano, Isabela, Ivanildo, Eduardo, Michele, France, Larissa, Charles,
Fernandes, Samantha, Rose, Gisele, Chiquinha, Luiza, Lígia, Leocy, Rafaela.
Aos cientistas; Miguel Petrere Jr; Bruce Forsberg, Urbano Lopes; Ronaldo
Angelini, Adriana Carvalho, Ronaldo Barthem, Carlos Edwar Freitas; Max Rozo
Gonzales, Albertino de Sousa, Arnaldo Caneiro, Lizit Alencar, Cristina Sena, pelas
suas valorosas contribuições para realização deste estudo.
vii
7
ÍNDICE
FICHA CATÁLOGRÁFICA................................................................. ...... ...... iii
iv
Agradecimentos............................................................................... ...... ...... vi
Índice.............................................................................................. ...... ...... ...... viii
Abstract........................................................................................... ...... ...... ...... xi
Resumo........................................................................................... ...... ...... ...... xii
Lista de Figuras............................................................................... ...... ...... xiii
Lista de Tabela................................................................................ ...... ...... ...... xv iii
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 26
3. RESULTADOS.................................................................................................. 39
4. DISCUSSÃO ..................................................................................................... 50
8
4.2 Estrutura e Composição das paisagens dos lagos explotados pela pesca
profissional na Amazônia Central...................................................................... 53
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 66
3. RESULTADOS.................................................................................................. 77
9
CAPÍTULO 3 – ZONEAMENTO MACROECOLÓGICO DA PESCA
PROFISSIONAL LACUSTRE NA AMAZÔNIA CENTRAL................................. 116
3. RESULTADOS................................................................................................ 124
10
ABSTRACT
The present work had with central object of study to analyze the professional
fishery of lakes made by the commercial fleet corresponding to the 1994-2001
period. The effect of the landsacpe variables on fishing yield was analyzed in three
work scales using techniques of General Lineal Models for the professional fishery
of lakes made by the fishing fleet that landing in Manaus. In the macroscale,
significant differences of fishing yield were observed explained by characteristics of
the hydrologic factor and of the distance of the land port (Manaus city). In the local
Level, the landscape variables that you had effect on the variability of the fishing
yield of lakes they were the perimeter, the amount of flooded forest, of open
superficial areas, the size of the connection with main river and the fishing effort. In
the mesoscale it was evidenced that the geomorfologic unit where the lake system
is fit it also influenced in the variability of the fishing yield of lakes. The different
levels of analysis of the data accomplished along the three chapters of this study
they led to the identification of indicators variables, which characterized units of
handling in different space scales of work. In this context, the areas of fishing of
lakes were defined in three ecosystem levels: 1) fluvial systems: Areas of
Management of Basins, 2) transition systems Várzea/Terra Firme: Areas of Lake
Management for basins and 3) predominant lacustrine systems for lake type: Areas
of local management community. They were proposed 4 territorial units of
management wich is: Medium Solimões; Low Solimões; Low Purus and High
Amazonas Units. This approach generated a group significant descritores that can
represent a system of indicators for the monitorament and control of the fishing of
lakes. Finally, the present study proposed the definition of ecossystem and
territorial units of management of the fishing in lakes, with the intention of
contributing for an administration of the fishing in lakes that doesn't just consider
the local subjects, but also that he is elaborated shimmering other scales
geographical, environmental, ecosystems and economics.
xi11
RESUMO
xii12
LISTA DE FIGURAS
CAPÍTULO 1
Figura 1 - Arquitetura conceitual do Sistema de Informação Geográfica da Pesca
Profissional de Lago da Amazônia Central (SIG-PESCA LAGO)...................... 33
Figura 2 – Distribuição das variáveis paisagísticas de lagos explotados pela frota
de pesca profissional relacionadas com o esforço de pesca, na seca de 1995
(setembro-outubro) e cheia de 1996 (maio-julho). A) Perímetro do lago (km);
B) Floresta Alagada (km2; C) Proporção de Floresta alagada. .......................... 41
Figura 3 – Variação dos atributos das paisagens dos lagos explotados pela frota
de pesca profissional em relação ao rendimento pesqueiro por pescador-dia
(toneladas/num de pescador*dias pescando), na seca de 1995 (setembro-
outubro) e cheia de 1996 (maio-julho). A) Perímetro do lago - km; B) Floresta
Alagada - km2; C)Proporção de Floresta alagada................................................ 43
Figura 4 – Distribuição indicadores de acessibilidade aos lagos explotados pela
frota de pesca profissional em relação variação de: A) Rendimento pesqueiro
(toneladas) e B) Esforço de Pesca (Num de pescador*Dias pescando) na
seca de 1995 (setembro-outubro) e cheia de 1996 (maio-julho). ...................... 45
Figura 5 – Diagrama de dispersão dos escores extraídos da análise de
componentes para os lagos explotados pela frota de pesca profissional em
relação à variação do esforço de pesca, na seca de 1995 (setembro-outubro)
e cheia de 1996 (maio-julho) ................................................................................... 47
Figura 6 – Diagrama de dispersão da carga dos fatores da análise de
componentes para os lagos explotados pela frota de pesca profissional em
relação à variação do esforço de pesca, na seca de 1995 (setembro-outubro)
e cheia de 1996 (maio-julho) ................................................................................... 48
Figura 7 - Distribuição dos resíduos em relação aos valores de Rendimento
pesqueiro estimada pelo Modelo Linear Geral (Regressão múltipla) calculado
para os lagos explotados pela pesca profissional de Manaus durante o
setembro-outubro/1995 e maio-juho1996.............................................................. 50
Figura 8 - Esquema demonstrativo dos índices hidrológicos calculados ................. 73
13
Figura 9 – Contribuição relativa do número total de registros de desembarque
classificados por ambiente de pesca no período de 1994 a 2001. ................... 78
Figura 10 – Contribuição relativa do número total de registros de desembarque
provenientes de pescarias de lagos classificados por Bacia no período de
1994 a 2001................................................................................................................ 79
Figura 11 – Combinação bivariada das freqüências observadas das variáveis
categóricas Bacia x Tipo de lago explotados pela frota de pesca profissional
realizada em sistema de lago que desembarcou em Manaus durante o
período de 1994-2001............................................................................................... 82
Figura 12 – Combinação bivariada das freqüências observadas das variáveis
categóricas Bacia x Tipo de pescado explotados pela frota de pesca
profissional realizada em sistema de lago que desembarcou em Manaus
durante o período de 1994-2001............................................................................. 83
Figura 13 – Combinação bivariada das freqüências observadas das variáveis
categóricas Tipo de Lago x Tipo de pescado explotados pela de pesca
profissional realizada em sistema de lago que desembarcou em Manaus
durante o período de 1994-2001............................................................................. 85
Figura 14 – Distribuição do Número de pescadores (A); Tempo de pesca - Dias
pescando (B) e do Esforço de pesca(nº de pescador * dias pescando) da
pesca profissional de lagos durante o periodo de 1994-2001, classificado por
bacia. ........................................................................................................................... 87
Figura 15 – Distribuição do Rendimento pesqueiro (toneladas) por registro de
desembarque (A) e Rendimento por pescador dia (toneladas/esforço de
pesca) para o período compreendido entre 1994-2001, classificado por Bacia.
...................................................................................................................................... 88
Figura 16 – Distribuição do Número de pescadores (A); Tempo de pesca - Dias
pescando (B) e do Esforço de pesca(nº de pescador * dias pescando) da
pesca profissional de lagos durante o periodo de 1994-2001, classificado por
tipo de lago. ................................................................................................................ 90
Figura 17 – Distribuição do Rendimento pesqueiro (toneladas) por registro de
desembarque (A) e Rendimento por pescador dia (toneladas/esforço de
14
pesca) para o período compreendido entre 1994-2001, classificado por tipo de
lago. ............................................................................................................................. 92
Figura 18 – Freqüência relativa mensal dos itens de desembarque da pesca
profissional de lagos, que foram explotados entre 1994-2001. ......................... 95
Figura 19 – Freqüência relativa dos itens de desembarque da pesca profissional
de lagos, classificados por Bacia que foram explotados entre 1994-2001. ..... 96
Figura 20 – Freqüência relativa dos itens de desembarque da pesca profissional
de lagos, classificados por tipo de lago que foram explotados entre 1994-
2001. ............................................................................................................................ 97
Figura 21 – Freqüência relativa dos níveis de Esforço de pesca (número de
pescadores*Dias pescando) por registro de desembarque classificado por tipo
de lago para o período compreendido entre 1994-2001..................................... 98
Figura 22 – Freqüência relativa dos níveis de RENDIMENTO PESCADOR-DIA
(Quantidade de pescado (ton)/Esforço de pesca) por registro de desembarque
classificado por tipo de lago para o período compreendido entre 1994-2001. 99
Figura 23 - Distribuição dos resíduos em relação aos valores de Rendimento
pesqueiro estimados pelo modelo hidrológico pesqueiro para frota de pesca
profissional que desembarcou em Manaus enter 1994-2001. ......................... 102
Figura 24 – Ajuste das médias dos mínimos quadrados - Resultados do teste a
posteriori de Bonferroni (Zar, 1999), demonstrando diferenças entre as
médias de Rendimento pesqueiro (toneladas) para cada fator Bacia
analisado, referente à pesca profissional realizada em sistemas de lago, que
desembarcou em Manaus durante o período de 1994-2001 ........................... 103
Figura 25 - Esquema representativo da preferência por espécie ao longo dos
meses do ano e ao longo do ciclo hidrológico para a pesca realizada em
sistemas de lago que desembarcou em Manaus durante o período e de 1994-
2001. .......................................................................................................................... 108
Figura 26 - Esquema representativo dos níveis de organização com os subníveis
que mais se destacaram no dimensionamento da pesca realizada em
sistemas de lago que desembarcou em Manaus durante o período de 1994-
2001. .......................................................................................................................... 113
15
Figura 27 – Diagrama do esforço de pesca (Nº e Pescador*dias pescando) – A; e
Rendimento pesqueiro (toneladas) – B; classificados conforme a Unidade
Geomorfológica, que correspondeu área onde o sistema de lago explotado
pela pesca profissional está encaixado. .............................................................. 124
Figura 28 – Diagrama da disponibilidade e lagos – A; e Numero de lagos
explotados – B; classificados conforme a Unidade Geomorfológica, que
correspondeu área onde o sistema de lago explotado pela pesca profissional
está encaixado. ........................................................................................................ 125
Figura 29 – Ajuste das médias dos mínimos quadrados - Resultados do teste a
posteriori de Bonferroni (Zar, 1999), comparando as médias de rendimento
pesqueiro (toneladas) dos níveis do fator Unidade Geomorfológica analisada,
referente à pesca profissional realizada em sistemas de lago, que
desembarcou em Manaus durante o período de 1994-2001 ........................... 127
Figura 30 - Distribuição dos resíduos em relação aos valores do rendimento
pesqueiro estimada pelo modelo linear geral calculado para a pesca de lagos,
relacionada com diferentes unidades geomorfológicas utilizadas pela frota de
pesca profissional que desembarcou em Manaus entre1994-2001................ 128
Figura 31– Diagrama de contorno demonstrando as faixas de rendimento
pesqueiro distribuídas entre os sistemas de lagos mapeados no eixo Solimões
Amazonas, Purus, e Madeira correspondendo à área de concentração da
pesca profissional de lago da frota de pesca profissional do Amazonas....... 129
Figura 32 – Representação espacial do rendimento pesqueiro de lago explotados
nas regiões Baixo Solimões e Alto Amazonas correspondentes à ZONA DE
PESCA LACUSTRE 01, no raio de abrangência mais próximo de Manaus de
até 200km. ................................................................................................................ 131
Figura 33 – Representação espacial do rendimento pesqueiro de lago explotados
nas regiões Baixo Solimões e Alto Amazonas correspondentes a ZONA DE
PESCA LACUSTRE 02, no raio de abrangência mais próximo de Manaus de
até 500km. ................................................................................................................ 133
Figura 34 Representação espacial das áreas de manejo de bacias propostas para
a pesca profissional de lagos no Estado Amazonas, considerando os limites
16
municipais, as zonas de distância em relação à Manaus e o rendimento
pesqueiro por pescador ias pescando. ................................................................ 146
Figura 35 - Representação espacial das áreas de manejo de bacias propostas
para a pesca profissional de lagos no Estado Amazonas, considerando os
limites municipais, as zonas de distância em relação à Manaus e o
rendimento pesqueiro por pescador ias pescando. ........................................... 147
QUADROS
Quadro 1 – Lista de locais de pesca explorados pela frota de pesca comercial que
desembarcou em Manaus durante o período de 1974-1976 e 1994-2001, que
apresentam registros de pesca continuadamente em todos os anos
analisados neste estudo................................................................................. 29
Quadro 2 - Modelo organizacional do Sistema de Informação Geográfica da Pesca
Comercial Profissional de Lago entre 1994 e 2001 (SIG-PESCA LAGO) ...... 32
Quadro 3 - Classificação dos sistemas de lago conforme terminologia
geomorfológica (Baseada em Sousa, 2000; Rozo et al, 2003; Rozo, 2004) e
características da pesca para cada categoria. ............................................... 80
Quadro 4 – Lista de cartas para registro de coordenadas geográficas e
quantificação dos sistemas de lago para cada Bacia explotados pela pesca
profissional de lagos .................................................................................... 120
Quadro 5 – Proposta de Escala e Unidades de Manejo para a pesca de lagos,
considerando a divisão hierárquica em unidades ecossistêmicas (Perímetro –
Km; Conexão com rio principal – Km; Quantidade de Floresta Alagada – Km²;
CPUE – toneladas/nº de pescador*dias pescando; Extensão. Linear – km;
Distância de Manaus – km; Cota máxima e mínima do rio – cm.................. 143
17
LISTA DE TABELAS
18
Tabela 8 – Síntese dos resultados para Análise de correspondência explotados
pela pesca profissional realizada em sistema de lago que desembarcou em
Manaus durante o período de 1994-2001 combinando BACIA e TIPO DE
LAGO. ............................................................................................................ 82
Tabela 9 – Síntese dos resultados para Análise de correspondência explotados
pela pesca profissional realizada em sistema de lago que desembarcou em
Manaus durante o período de 1994-2001 combinando TIPO DE PESCADO e
BACIA. ........................................................................................................... 84
Tabela 10 – Síntese dos resultados para Análise de correspondência explotados
pela pesca profissional realizada em sistema de lago que desembarcou em
Manaus durante o período de 1994-2001 combinando TIPO DE PESCADO e
TIPO DE LAGO.............................................................................................. 85
Tabela 11 – Lista dos itens desembarcados pela pesca profissional de Lagos entre
1994 a 2001. .................................................................................................. 93
Tabela 12 - Resultados do teste de paralelismo verificando o efeito total do fator
Bacia (3 níveis) entre as covariáveis]. .......................................................... 100
Tabela 13 – Resultados do teste de Barttlet Qui-quadrado (χ2) para verificar a
normalidade dos componentes do modelo linear geral (variável dependente e
covariáveis) da pesca profissional de lagos desembarcada em Manaus
durante o período de 1994-2001.................................................................. 100
Tabela 14 – Resultados da aplicação do modelo linear geral, calculado por meio
da Análise de covariância com seguintes componentes: VARIÁVEL
DEPENDENTE: Rendimento pesqueiro; FATOR: Bacia (3 níveis);
COVARIÁVEIS: Taxa de Variação interanual da cota minima do rio, Taxa de
Variação interanual da cota máxima do rio; Velocidade de vazante; Taxa de
variação interanual da amplitude da cota Máxima-Minima; Interação: Cota
minima*Esforço pesqueira. .......................................................................... 101
Tabela 15 – Matriz de probabilidades do teste a posteriori de Bonferroni (Zar,
1999), demonstrando diferenças entre os sistemas fluviais analisados para a
pesca profissional realizada em sistemas de lagos, que desembarcou em
Manaus entre 1994-2001. ............................................................................ 102
19
Tabela 16 – Resultados da aplicação do modelo linear geral, calculado por meio
da Análise de covariância com seguintes componentes: VARIÁVEL
DEPENDENTE: Rendimento pesqueiro....................................................... 126
Tabela 17 – Matriz de probabilidades do teste a posteriori de Bonferroni (Zar,
1999), comparando unidades geomorfológicas utilizadas pela pesca
profissional realizada em sistemas de lagos, e que desembarcou em Manaus
entre 1994-2001........................................................................................... 127
20
1. Contextualização temática do estudo
2001; FAO, 2000 e 2002; Christensen et al., 2003; Hilborn et al., 2003; Pauly et al.,
regionais.
N.º 2713, de 28 de dezembro de 2001, Cap II, Seção I Art 6º que “Para efeitos
21
extração de pescado do ambiente natural para a comercialização de toda ou parte
capturada por residentes na área de seu domicilio e que tenham a pesca como
atualmente está localizado o mercado Adolfo Lisboa (Batista et al., 2004). Este
Amazonas Negro, Madeira, Juruá, e Japurá (Merona & Bittencourt, 1988; Isaac &
Barthem, 1996; Parente, 1996; Batista, 1998; Almeida et al., 2001; Almeida et al.,
2003).
1
Explotação – Processo onde há uso de informação coletada previamente permitindo o conhecimento da rentabilidade de
um dado empreendimento. Tirar proveito econômico de (determinada área), sobretudo dos recursos naturais (Batista et al.,
2004)
22
O desembarque da pesca comercial profissional que ocorre em Manaus
vem sendo abordado em diversos estudos. Nos meados dos anos 70, até fim dos
Goulding, 1980; Merona & Bittencourt; 1988; Merona, 1993 e 1990b). Em 1994 o
Estes estudos (McGrath et al.,1993a e 1993b; Cerri, 2001, entre outros) são de
importantes para a pesca profissional (McGrath et al., 1993a; 1993b; Cerri, 2001;
23
abastecimento de pescado de mais da metade do contingente populacional do
Estado2, e que por morar na maioria das vezes nas zonas periféricas dos centros
urbanos e também passar a maior parte do tempo embarcada, convive com vários
efetuada pela frota comercial em sistemas de lagos. Para tal, foram utilizados
2
N. do Autor. Este comentário é feito tomando por base os dados do IBGE (2000) para o tamanho
da população de Manaus (aproximadamente 1.500.000 habitantes) em relação ao Estado
(aproximadamente 1.750.000 de habitantes).
24
CAPÍTULO 1 - Composição de paisagens aquáticas de lagos
explotados pela frota de pesca profissional de Manaus.
25
1. INTRODUÇÃO
análise (Ward, 1999; Bain et al., 2001; Zalewski e Naiman, 2001; Ward e Wiens,
produção primária devido à mistura entre as águas do rio com as águas locais,
podendo ser determinados, tanto pela relação entre a área da bacia de drenagem
bacia do lago (Forsberg et al., 1988; Furch e Junk, 1997, entre outros). Mesmo
área alagável ou várzea (Sousa, 2000; Batista, 1998; Petrere, 1978). Estes
(ATTZ3) que participam de todos os processos ecológicos que ocorrem nas bacias
26
longitudinal (cabeceiras-foz), lateral (calha do rio-margem-planicie aluvial), vertical
interconectados entre si, (e com o rio principal) (Junk, 1984 e 1997; Forsberg et
al., 1988; 1993; Bayley e Petrere, 1989 e 2001; Mertes et al., 1996; Franzinelli et
al., 1998; Igreja, 1999; Sousa, 2000; Petry et al., 2003; Rozo et al., 2003; Sousa et
Fabré, 2004; Batista et al., 2004). Nesse contexto, o presente capítulo teve como
3
Aquatic Terrestrial Transition Zone - Zona de transição aquática terrestre, Junk et al., 1989.
27
2. MATERIAL E MÉTODOS
desembarque);
período de 1974 a 1976 (Petrere, 1978) e entre 1994-2001. Dentre estes, foram
4
NASDA - National Space Development Agency of Japan
28
Quadro 1 – Lista de locais de pesca explorados pela frota de pesca comercial que desembarcou
em Manaus durante o período de 1974-1976 e 1994-2001, que apresentam registros de pesca
continuadamente em todos os anos analisados neste estudo.
LAGOS COM PAISAGEM
LAGO 1974-1976 1994-2001
MENSURADA
Abufari X X
Acará X X X
Aiapuá X X X
Amanã X
Anamã X X X
Anori X X X
Arari X X X
Arumã X X
Badajos X
Beruri X X X
Buabuá X
Caiambé X X
Canaçari X X X
Castanho X
Caua X X
Coari X X
Comprido X
Cubuá X X X
Cuianã X X
Itaboca X X
Jacaré X X
Jacaré X
Jamari X X X
Janauaca X X X
Jari X X X
Juruatuba X X X
Jutica X
Macuricanã X
Mamia X X X
Mamuri X X X
Manaquiri X X
Miua X
Paricatuba X X X
Piorini X X X
Pupunhas X
Rei X
Surara X
Tambaqui X
29
2.2 Base de dados digitais
Laboratory (JPL). Cada imagem do mosaico foi reamostrada para pixels de 100
para escolha das imagens serão analisadas as paisagens lacustres utilizadas para
estudo, a limitação da resolução espacial não foi tão prioritária quando comparada
com a importância dos outros dois critérios, sobretudo pela escala regional de
30
2.3 Processamento e Análise dos dados
31
Quadro 2 - Modelo organizacional do Sistema de Informação Geográfica da Pesca Comercial
Profissional de Lago entre 1994 e 2001 (SIG-PESCA LAGO)
2. Segmentação
ROTINAS
1. MEDIDAS DE COMPRIMENTO:
Distância de Manaus;
TIPOS DE DADOS
Tamanho da Conexão
alagada
Composição da Paisagem do sistema
Coordenadas geográficas 2. MEDIDAS DE ÁREA:
de lago nas diferentes fases do ciclo
dos sistemas de lagos Quantidade de Floresta
hidrológica
Alagada; Área de
Superfície Abertas
3. MEDIDAS DE CONTORNO:
Perímetro;
Desenvolvimento
perimetral
da Figura 1.
32
Estatística de
EtnoDescrição desembarque
TABELAS
USUÁRIO MAPAS
INTERFACE Imagens
DO BANCO TEMÁTICOS DA
COMPUTACIONAL JERS-1 PESCA
Base IBGE
AMBIENTE COMPUTACIONAL
SOFTWARE+HARDWARE
33
de geoprocessamento e sensoriamento remoto que foram utilizados para extração
34
5.2 Ativar Treinamento - operação de rotulação das classes conforme regiões definidas
previamente
5.3 Classificação – geração de imagem classificada (matriz)
5.4 Mapeamento – Análise visual da imagem resultante para realização de mapeamento de
classes – definição do nome das classes conforme os polígonos definidos
6. Menu – Ativar imagem classificada
7. Menu – Ferramentas – Operações métricas
8. Janela de operações métricas – Definir, Perímetro, Distâncias e Comprimentos e Áreas
– com esta operação são obtidos relatórios em formato txt com as mensurações
solicitados, calculadas na base das medidas das classes obtidas com a classificação, p
ex Floresta alagada, Perímetro do lago, etc
35
1. Estimativa da quantidade de floresta alagada (km2) – área superficial
ocupada por água com cobertura vegetal (floresta alagada) durante o
período de seca (1995) e cheia (1996)
2. Estimativa da área total de águas abertas (km2) - área superficial
ocupada por água dentro do sistema de lago sem cobertura vegetal
(floresta de várzea) durante o período de seca (1995) e cheia (1996)
DP= P
2 Vπ A
onde:
DP = Desenvolvimento Perimetral
P = Perímetro do lago
A = Área do lago
representa uma proporção de floresta alagada que foi ocupada por água
36
Além disso, também foi estimada, com base nos dados disponibilizados
pela Agência Nacional de Águas (para detalhamento, ver Capítulo 2), os dados da
cota média mensal rio (cm), durante o período ao qual a análise foi realizada
por meio dos valores das cargas (Loadings) e de diagramas de dispersão dos
escores (scores) dos fatores (Ludwig e Reynolds, 1988; Jongman et. al., 1998;
de acordo com Zar (1999), sendo que foram considerados na análise somente os
outubro de 1995- SECA; Maio a Julho 1996 – CHEIA), onde foram extraídas as
37
Onde:
38
3. RESULTADOS
explorados pela pesca dos quais 11,6% (n=38) permaneceram com registro em
pelo menos 3, dos 8 anos de coleta, e 34 já tinham sido citados nas entrevistas
de 29% (n=10) dos sistemas de lago explorados desde a década de 70 (Tabela 1).
paisagísticos entre lagos durante a cheia, tendo como resposta, níveis de esforço
dias pescando) durante o período da cheia, nos lagos com perímetro oscilando
com distribuição mais uniforme (Figura 2-A). Esta tendência do esforço de pesca,
39
Tabela 1 – Matriz de dados extraídos da análise das paisagens de lagos explotados pela pesca profissional de lagos
Cota média proporção floresta
Trecho do rio LAGO Esforço 3 P CPUE 4 Fase h Aquisição-DATA 2 AA 5 QTE_ALAG 6 DIST_MAO 7 PERIM 9 CONEX_RIO 10 DP FORMA
do rio ocupada por água
45.4
Medio Purus Aiapua 172 3.62 0.0710 C MAIO-JUL 1996 2010.00 291.00 478.94 374 1374.6 6.97 Mista 1.65
7
56.9 Dendritico
Baixo Solimões Anamã 257 72.83 0.1085 C MAIO-JUL 1996 1723.33 110.96 705.71 199.46 1062.5 6.48 6.36
2 Alongado
18.4 Dendritico
Baixo Solimões Anori 167 13.33 0.0629 C MAIO-JUL 1996 1723.33 19.36 39.61 241 143.61 1.07 2.05
2 Alongado
Dendrítico
Alto Amazonas Arari 0 0.00 0.1208 C MAIO-JUL 1996 1580.67 483.10 389.19 206.16 319.82 6.32 8.21 0.81
Alongado
25.9 Dendritico
Medio Solimões Badajos 340 25.47 0.1467 C MAIO-JUL 1996 1593.00 1902.19 351.74 483 2003.3 106.2 0.18
2 Alongado
15.2 Dendritico
Baixo Purus Beruri 210 9.44 0.0483 C MAIO-JUL 1996 2010.00 117.72 105.02 255.65 292.80 5.73 2.42
3 Ramificado
37.5 Dendritico
Medio Solimões Coari 233 11.72 0.0496 C MAIO-JUL 1996 1593.00 1203.68 1233.81 540 2308.2 1.03 1.03
5 Alongado
47.8
Baixo Solimões Janauaca 0 0.00 0.1232 C MAIO-JUL 1996 1723.33 206.89 245.9 53.85 1218.2 3.52 Mista 1.19
0
Alto Amazonas Rei 0 0.00 0.1144 C MAIO-JUL 1996 1580.67 393.20 219 85 112.77 15 3.21 Redondo oval 0.63
13.9 Dendritico
Medio Purus Surara 198 20.74 0.0600 C MAIO-JUL 1996 2010.00 303.58 165.36 274 431.58 0.5 0.54
8 Alongado
15.0
Medio Purus Aiapua 325 21.70 0.0710 S SET-OUT 1995 855.67 120.39 125.39 374 293.33 6.97 Mista 1.04
9
12.4 Dendritico
Baixo Solimões Anamã 257 27.73 0.1085 S SET-OUT 1995 1105.66 82.19 0 199.46 199.59 6.48 0.00
2 Alongado
10.3 Dendritico
Baixo Solimões Anori 304 17.70 0.0629 S SET-OUT 1995 1105.66 24.48 0 241 90.58 1.07 0.00
3 Alongado
Dendrítico
Alto Amazonas Arari 286 40.26 0.1208 S SET-OUT 1995 688.80 291.55 186.96 206.16 250.74 6.32 8.29 0.64
Alongado
10.4 Dendritico
Medio Solimões Badajos 378 57.15 0.1467 S SET-OUT 1995 675.50 237.83 0 483 284.44 106.2 0.00
1 Alongado
Dendritico
Baixo Purus Beruri 338 15.66 0.0483 S SET-OUT 1995 855.67 43.45 80.44 255.65 98.58 5.73 8.44 1.85
Ramificado
11.5 Dendritico
Medio Solimões Coari 319 29.05 0.0496 S SET-OUT 1995 675.50 1053.68 0 540 662.22 1.03 0.00
1 Alongado
16.3
Baixo Solimões Janauaca 375 32.67 0.1232 S SET-OUT 1995 1105.66 158.55 0 53.85 364.34 3.52 Mista 0.00
3
Alto Amazonas Rei 249 26.32 0.0000 S SET-OUT 1995 688.80 346.90 170.61 85 93.21 15 2.82 Redondo oval 0.43
Dendritico
Medio Purus Surara 312 13.64 0.0916 S SET-OUT 1995 855.67 14.94 0 274 63.83 0.5 9.32 0.00
Alongado
3P– Produção (toneladas); Esforço de pesca ( num pescador*dias pescando); CPUE (toneladas/esforço de pesca) 4Fase hidrológica; 2AA – Áreas abertas (km2); 5QTE_ALAG –
Quantidade de Floresta Alagada (km2); 6DIST_MAO – Distância de Manaus(km); 7PERIM – Perímetro(km); 9CONEX_RIO – conexão com o rio principal (km); 10DP –
Desenvolvimento perimetral;
40
Cheia Seca
A
2500.00 Perimetro 400
Esforço de Pesca
350
2000.00
300
(km)
250
Perimetro (km)
1500.00
Perímetro
200
150
1000.00
100
50
500.00
0.00 -50
Quantidade de floresta alagada (km²)
300
1000
250
800
200
600
150
400
100
200
50
0 0
-200 -50
Proporção da quantidade de floresta alagada (km²)
Esforço de Pesca
350
10.00
300
8.00
250
6.00 200
4.00 150
100
2.00
50
0.00
0
-2.00 -50
Janauaca
Janauaca
Surara
Surara
Anamã
Anamã
Beruri
Beruri
Anori
Anori
Rei
Aiapua
Aiapua
Badajos
Rei
Badajos
Arari
Coari
Coari
Arari
Figura 2 – Distribuição das variáveis paisagísticas de lagos explotados pela frota de pesca
profissional relacionadas com o esforço de pesca, na seca de 1995 (setembro-outubro) e cheia de
1996 (maio-julho). A) Perímetro do lago (km); B) Floresta Alagada (km2; C) Proporção de Floresta
alagada.
41
do ciclo hidrológico evidenciaram a tendência de maior estratificação entre lagos
homogêneas.
42
Cheia Seca
2500.00 Perimetro 0.180
A Rendimento-dia
0.160
2000.00 0.140
Perímetro (km)
0.120
Perimetro (km)
1500.00 0.100
0.080
0.040
500.00 0.020
0.000
0.00 -0.020
Janauaca
Janauaca
Surara
Surara
Anamã
Anamã
Beruri
Beruri
Anori
Anori
Rei
Rei
Aiapua
Badajos
Aiapua
Badajos
Arari
Coari
Coari
Arari
Quantidade de floresta alagada (km²)
1400 0.180
Quantidade de floresta alagada
B Rendimento-dia 0.160
1200
0.140
1000
0.120
800 0.100
600 0.080
400 0.060
0.040
200
0.020
0
0.000
-200 -0 020
(km²) em relação área de superfície aberta (km²)
Proporção da quantidade de floresta alagada
C
7.00 Proporção de flor Alagada 0.180
Rendimento-dia 0.160
6.00
0.140
5.00
0.120
4.00
0.100
3.00 0.080
0.060
2.00
0.040
1.00
0.020
0.00
0.000
-1.00 -0.020
Janauaca
Janauaca
Surara
Surara
Anamã
Anamã
Beruri
Beruri
Anori
Anori
Badajos
Badajos
Aiapua
Aiapua
Rei
Rei
Arari
Coari
Coari
Arari
Figura 3 – Variação dos atributos das paisagens dos lagos explotados pela frota de pesca
profissional em relação ao rendimento pesqueiro por pescador-dia (toneladas/num de
pescador*dias pescando), na seca de 1995 (setembro-outubro) e cheia de 1996 (maio-julho). A)
Perímetro do lago - km; B) Floresta Alagada - km2; C)Proporção de Floresta alagada.
De maneira geral, a maior parte dos locais estão num raio entre 100 e 400
43
faixa de 200 a 400km de distância (entre 0,04 e 0,08 toneladas/num pescador*dias
parece que na faixa de 400 a 500km de distância o esforço é maior que nas
distâncias menores.
A maior parte dos lagos está localizada a uma distância de menos de 25km
do rio principal, sendo que o rendimento pescador-dia oscilou entre 0,04 e 0,08
44
600.0 DIST_MAO 0.16
0.12
pescador*dias pescando)
400.0
pescando)(km)
0.10
Perimetro
300.0 0.08
0.06
200.0
0.04
100.0
0.02
0.0 0.00
Aiapua
Anori
Arari
Janauaca
Anamã
Beruri
Surara
Badajos
Coari
Rei
CONEC_RIO
(num de pescador*dias pescando)
pescador*dias pescando)
300.00 0.12
Perimetro (km)
250.00 0.10
200.00 0.08
150.00 0.06
Esforço de pesca
100.00 0.04
50.00 0.02
0.00 0.00
Aiapua
Anori
Janauaca
Arari
Anamã
Badajos
Surara
Beruri
Coari
Rei
Figura 4 – Distribuição indicadores de acessibilidade aos lagos explotados pela frota de pesca
profissional em relação variação de: A) Rendimento pesqueiro (toneladas) e B) Esforço de Pesca
(Num de pescador*Dias pescando) na seca de 1995 (setembro-outubro) e cheia de 1996 (maio-
julho).
45
A análise de componentes principais separou no primeiro componente (34,97%
pesqueiras (Tabela 2), sendo definido para a época de CHEIA um grupo que inclui 5
Tabela 2 – Cargas dos fatores, com destaque para as cargas com contribuição acima de 60%, obtidos
da análise de componentes principais para os dados da pesca profissional de lagos e características
da paisagem dos sistemas analisados para o período de set-out/1995 e mai-jul/1996.
FATOR 1 FATOR 2
Esforço 0.31 -0.74
Rendim-Dia 0.19 -0.44
Area_Aberta -0.55 -0.62
Cota_Rio -0.68 0.49
Area Alagada -0.86 0.00
Dist Manaus -0.36 -0.73
Perimetro -0.92 -0.31
Conexão -0.09 -0.71
Desen_Perimet -0.82 0.16
lagos – Anamã, Surara, Beruri, Arapuá, Anori, Janauacá, Arari, Rei no período da
SECA; e na CHEIA: Arari, Rei, Anori, Surara, Beruri (Figura 5) que possuem as
características explicadas pelas cargas dos fatores do ACP similares (Tabela 3).
Tabela 3 – Porcentagem de variância explicada pelos fatores e seus respectivos autovalores obtidos
da análise de componentes principais para os dados da pesca profissional de lagos e características
da paisagem dos sistemas analisados para o período de set-out/1995 e mai-jul/1996.
%VARIÂNCIA
FATOR (Auto valor) EXPLICADA
PELO FATOR
1 3.50 34.97
2 2.67 26.75
3 1.67 16.68
4 0.72 7.20
5 0.50 5.00
6 0.35 3.48
7 0.28 2.78
8 0.21 2.10
9 0.10 1.00
4
Fator 2 (26.75%): (-) Esforço; Areas Abertas; Distância de Manaus; Conexão
3
Janauaca
Cheia
Rei
2 Arari Anori
Beruri
Anamã
1 Aiapua
Surara
Anori
Beruri
Anamã
Janauaca
Surara
Rei
0
Aiapua Arari
-1 Coari
Coari
-2 Aiapua
Arari
Anori
-3 Badajos Janauaca
Badajos Beruri
Seca Surara
-4
Rei
Anamã
-5
-6
-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
Fator 1 (34.97%):( - ) Cota do rio; Área Alagada; Perimetro; Desenvolvimento perimetral
Figura 5 – Diagrama de dispersão dos escores extraídos da análise de componentes para os lagos
explotados pela frota de pesca profissional em relação à variação do esforço de pesca, na seca de
1995 (setembro-outubro) e cheia de 1996 (maio-julho)
negativas, sendo para o fator 01: Perímetro (-0,92), Quantidade de Área alagada (-
0,86), Desenvolvimento perimetral (-0,82) e Cota do rio (-0,68); e para o fator 02:
47
Distância de Manaus (-0,73), Tamanho da conexão com o rio principal (-0,71) e
0.60
Factor 1 Factor 2
0.40
0.20
Carga dos fatores
0.00
-0.20
Rendim-Dia
-0.40
-0.60 Esforço
-0.68 -0.55
-0.71
Area Alagada Cota_Rio Area_Aberta -0.73 -0.74
-0.80 Perimetro -0.82 Conex ão
-0.86 Dist Manaus
-0.92 Desen_Perimet
-1.00
Perimetro Area Alagada Desen_Perimet Cota_Rio Area_Aberta Propor Dist Manaus Conex ão Rendim-Dia Esforço
Alagada
Figura 6 – Diagrama de dispersão da carga dos fatores da análise de componentes para os lagos
explotados pela frota de pesca profissional em relação à variação do esforço de pesca, na seca de
1995 (setembro-outubro) e cheia de 1996 (maio-julho)
Tabela 4 – Matriz de correlação de Pearson, com destaque r>60%, obtidos da análise de componentes
principais para os dados da pesca profissional de lagos e características da paisagem dos sistemas
analisados para o período de set-out/1995 e mai-jul/1996.
Esforço Rendim-Dia Area_Aberta Cota_Rio Area Dist Perimetro Conexão Desen_ Propor
Alagada Manaus Perimet Alagada
Esforço 1.000
Rendim-Dia 0,677 1,000
Area_Aberta 0,081 -0,105 1,000
Cota_Rio -0,591 -0,380 0,093 1,000
Area Alagada -0.242 -0.050 0.443 0.437 1.000
Dist Manaus 0.428 0.034 0.589 -0.088 0.286 1.000
Perimetro -0.052 -0.086 0.728 0.432 0.787 0.487 1.000
Conexão 0.314 0.289 0.486 -0.133 -0.054 0.417 0.260 1.000
Desen_Perimet -0.179 0.029 0.140 0.557 0.638 0.107 0.734 -0.042 1.000
Propor Alagada -0.131 0.210 -0.228 0.425 0.423 -0.129 0.180 -0.208 0.630 1.000
linear geral (Regressão múltipla) para testar o efeito das variáveis paisagísticas locais
48
sobre o rendimento pesqueiro (Tabela 5). As premissas do modelo foram testadas
Tabela 5 – Resultados da aplicação do modelo linear geral, calculado por meio da Análise de
covariância com seguintes componentes: VARIÁVEL DEPENDENTE: Rendimento pesqueiro;
VARIÁVEIS INDEPENDENTES: Esforço de pesca, Áreas Abertas, Cota do Rio, Área Alagada,
Distância de Manaus, Perímetro, conexão, Desenvolvimento perimetral, Proporção de floresta alagada.
R=0,93; R2=0,87; N=20 nível de significância p=0,10
Não foi detectada nenhuma tendência na distribuição dos resíduos (Figura 7),
49
20
10
Residuos
0
-10
-20
-50 0 50 100
Rendimento pesqueiro estimado
(toneladas)
Figura 7 - Distribuição dos resíduos em relação aos valores de Rendimento pesqueiro estimada pelo
Modelo Linear Geral (Regressão múltipla) calculado para os lagos explotados pela pesca profissional
de Manaus durante o setembro-outubro/1995 e maio-juho1996.
4. DISCUSSÃO
terra firme (Melack, 1984; Sieppel et al., 1992), fazendo parte de um mosaico espacial
2001; Ward e Wiens, 2001; Wiens, 2002; Ward et al., 2002; Petry et al. 2003) o termo
50
de canais (furos, paranás), com um núcleo central receptor (lago de tamanho maior),
realizados por Kapetsky et al. (1988) e por Meaden e Kapetsky (1991). Segundo
Valavanis, 2002; por exemplo). Não menos raras, são as aplicações de SIGs em
áreas interiores, como por exemplo, Amarasinghe et al. (2002) que avaliou a robustez
(2004) realizou mapeamento dos sistemas de lagos explotados pela frota que
desembarca em Manaus.
51
A literatura disponível (Novo et al., 2002; Hess et al., 2002; Salas et al., 2002;
Freeman et al., 2002; Rosot, 2004; Dutra, 2004; entre outros) considera que as
imagens do radar JERS-1, geradas numa única freqüência (Banda L), são as únicas
planície de inundação realizadas com outros tipos de imagens como, por exemplo,
resolução espacial, a resolução temporal, entre outros (Mertes et al., 1995; Novo et
espacial de 100m. Não foi objetivo deste estudo testar diferentes combinações de
paisagens aquáticas de lagos onde ocorreu pesca profissional entre a seca de 1995 e
52
a cheia 1996, mas não representando nenhum tipo de falseamento das medidas
calculadas.
Amarasinghe et al., 2002; Kapetsky, 2004; Bakelaar et al., 2004; entre outros) que
4.2 Estrutura e Composição das paisagens dos lagos explotados pela pesca
profissional na Amazônia Central
Estado (Petrere, 1978; Isaac e Barthem 1996; Barthem e Goulding, 1997; Batista,
53
biológico-pesqueira (Petrere, 1983; Welcomme, 1992; 1990 e 1999; Barthem e Fabré,
2004)
explotados pela pesca profissional, como foi demonstrado, por exemplo, na extração
Sousa (2000).
etc.) (Araújo-Lima, et al., 1995; Goulding, 1996; Rufino, 1996; Henderson e Crampton,
ecológicos. Por outro lado, conforme ocorre à contração das dimensões do sistema
de lago (período de seca), talvez a paisagem torne-se cada vez mais homogênea,
54
principalmente pela redução da área ocupada por água dentro do lago, determinando
condições mais adequadas para a realização das pescarias, sobretudo nos locais
Batista, 1998) e o tamanho da conexão com o rio principal são bons indicadores para
como um índice da abundância ictica relativa dos lagos (Abaubara, 1996), sendo
determinada pela quantidade de área alagada, pela cota do rio (seca e cheia), pelo
Api, 1990; Mertes et al., 1995 e 1996; Igreja,1999; Irion et al., 1997; Costa et al, 2001;
Latrubesse e Franzineli, 2002; Rozo, 2004), tendo como resultado, diferentes níveis
identificar depressões lacustres que cortam áreas de terra firme e sistemas de lagos
55
espaciais complexos nas áreas ripárias de várzea (Junk, 1984; Mertes et al., 1995;
que são continuadamente explotados ano após ano desde a década de 70, estão
localizados geralmente no limite interno, ou seja, entre a várzea e a terra firme como,
por exemplo, o lago Badajós ou então as margens dos rios como o lago Coari.
et al., 1996) provocados pelo aporte de nutrientes nas áreas de várzea (Junk et
inundação, quanto maior o nível do rio, mais áreas são alagadas. Isto provavelmente
deve contribuir para uma possível expansão das áreas de importância ecológica
(principalmente reprodução, alimentação e refúgio) para o recurso ictico, fato que está
Barthem, 2004). Talvez seja possível que os lagos explotados pela frota profissional
possam ser considerados ambientes mais estáveis, pois geralmente são perenes
56
(Junk, 1984), havendo disponibilidade hídrica em todos os meses do ano, mesmo
capítulo, a cota do rio não resultou significativa, sugerindo que, pelo menos em nível
distância da régua de medição da cota do rio principal deve interferir nos resultados.
peixe como é o caso dos lagos Africanos, onde foi constatado somente o efeito das
Carvalho, 1982; Bayley, 1989; Rufino, 1996; Goulding et al, 1996; Araújo-lima et al.,
de peixes onívoros. No presente estudo isto se confirma, pelo menos no caso dos
demonstraram que quanto mais floresta alagada e área superficial do lago, maior o
risco de desequilíbrio das cadeias tróficas por meio de modificações antrópicas, como
57
o desmatamento e criação de gado bovino e bubalino (Ayres, 1993; Goulding et al.,
1996; Monteiro e Sawyer, 2001) que vem ocorrendo em diversas áreas da região
lateral provocada pela inundação sobre o sucesso da pescaria, sendo que lagos
como Anamã, que tem a área total do sistema expandida seis vezes entre a seca-
há uma forte limitação metodológica para a definição da área total do sistema, pois
não consiste numa tarefa fácil com o nível de precisão em que a medida foi calculada.
escalas com mais acuracidade geográfica (menor resolução espacial), que permitam
58
condições climáticas, entre outros. Rousenfell (1947), calculou índices de produção
por Welcomme (1976, 1979 e 1992) para rios africanos, onde a captura em toneladas
Bayley & Petrere (1989), a partir de diferentes fontes de cálculo da área de inundação
várzea para a Amazônia. Welcomme (1990), também com medidas de área da bacia,
realizar suas atividades nas condições onde o perímetro é menor (seca). Parece
lógico que a pescaria deveria ser mais eficiente na situação com menos perímetro,
como por exemplo, no lago Anamã que apresenta um contorno de mais de 800 km na
59
cheia, retraindo-se para menos de 85 km na seca. É evidente que, para o pescador o
efeito das variações de perímetro devem ser negativos, e há indícios de que lagos
sistema.
estudo, quanto mais complexas as formas dos lagos de terra firme explotados pela
alongadas foi demonstrada por Sousa (2000), não se pode afirmar que lagos com
foi demonstrado por Sousa (2000). Este autor reporta-se à distância como sendo um
60
profissional durante o período de 1994-1996, com efeito dos tipos de lago. Os
(denominada de conexão com o rio). De fato, o tamanho da conexão com o rio deve
rendimento pesqueiro dos lagos. No caso dos lagos analisados no presente capítulo,
todos estão localizados a uma distância máxima de 16km do rio, a exceção do Lago
Badajós (mais de 100km). Assim sendo é possível que lagos mais distantes sejam
mais produtivos, tendo em vista que a variável conexão com o rio é uma variável que
variáveis analisadas neste estudo, o manejo ecossistêmico vem sendo apontado com
uma das alternativas mais viáveis para gestão ambiental da pesca (FAO, 1999;
(Ross, 1997).
61
Os resultados aqui obtidos indicam que há uma certa homogeneidade nas
características das paisagens dos lagos que vem sendo explotados continuamente
maior intensificação da pesca (Batista, 2004). Então, quanto mais estáveis forem os
durante o ano todo, ou locais que apresentam poços), mais intensa será atividade
pesqueira.
lagos.
62
Tabela 6 – Sistemas de lagos que apresentaram características de estrutura e composição da paisagem, similares e definidas como unidades
locais para diagnóstico ambiental-pesqueiro e realização de monitoramento da pesca profissional de lagos no Amazonas durante o período da
SECA.
Rendimento- Captura Cota média
Trecho do rio Sistema de lago ESFORÇO dia AR_ABERT (toneladas) do rio QTE_ALAG DIST_MAO PERIMETRO CONEC_RIO DP Proporção de flor Alagada
Medio Purus Aiapua 325 0.071 120.39 21.70 855.67 125.39 374 293.33 6.97 15.09 1.04
Baixo Solimões Anamã 257 0.109 82.19 27.73 1105.66 0 199.46 199.59 6.48 12.42 0.00
Baixo Solimões Anori 304 0.063 24.48 17.70 1105.66 0 241 90.58 1.07 10.33 0.00
Alto Amazonas Arari 286 0.121 291.55 40.26 688.80 186.96 206.16 250.74 6.32 8.29 0.64
Baixo Purus Beruri 338 0.048 43.45 15.66 855.67 80.44 255.65 98.58 5.73 8.44 1.85
Baixo Solimões Janauaca 375 0.123 158.55 32.67 1105.66 0 53.85 364.34 3.52 16.33 0.00
Alto Amazonas Rei 249 0.114 346.90 26.32 688.80 170.61 85 93.21 15 2.82 0.00
Medio Purus Surara 312 0.060 14.94 13.64 855.67 0 274 63.83 0.5 9.32 0.00
MEDIA 306 0.089 135 24 908 70 211 182 6 10 0
DESVIO PADRÃO 42 0.031 124 9 178 82 103 112 5 4 1
Tabela 7 – Sistemas de lagos que apresentaram características de estrutura e composição da paisagem, similares e definidas como unidades
locais para diagnóstico ambiental-pesqueiro para realização de monitoramento da pesca profissional de lagos no Amazonas durante o período da
CHEIA
Proporção de flor
Trecho do rio Sistema de lago ESFORÇO Rendimento-dia AR_ABERT CAPT Cota média do rio QTE_ALAG DIST_MAO PERIMETRO CONEC_RIO DP Alagada
Baixo Solimões Anori 167.44 0.040 19.36 13.33 1723.33 39.61 241.00 143.61 162.97 9.44 2.05
Alto Amazonas Arari 0.00 0.000 483.10 0.00 1580.67 389.19 206.16 319.82 802.92 596.42 0.81
Baixo Purus Beruri 210.00 0.045 117.72 9.44 2010.00 105.02 255.65 292.80 410.52 48.64 2.42
Alto Amazonas Rei 0.00 0.000 393.20 0.00 1580.67 219.00 85.00 112.77 15.00 914.42 0.43
Medio Purus Surara 198.00 0.092 303.58 20.74 2010.00 165.36 274.00 431.58 735.16 562.19 0.54
MEDIA 115.09 0.035 263.39 8.70 1780.93 183.64 212.36 260.12 425.31 426.22 1.25
DESVIO PADRÃO 106.20 0.038 192.03 8.92 217.07 133.00 75.42 131.64 344.96 387.96 0.92
De acordo com Holsinger (2003) e Mitchell et al. (2000) a estabilidade de um
determinado pelo seu estado atual. Segundo Commoner (1972) apud Holsinger
(2003) “The more complex the ecosystem, the more sucessfuly it can resist a stress”.
natural dos tipos específicos dos habitats segundo os princípios de auto regulação,
modernas de manejo (Ward e Tockner, 2001; Ward e Wiens, 2001; Jungwith et al.,
forma dendrítica alongada, e que vem sendo continuamente explotados pela pesca
sua produtividade.
CAPÍTULO 2 – Dinâmica da pesca profissional em sistemas de lago
e heterogeneidade ambiental de bacias hidrográficas no Estado do
Amazonas
65
1. INTRODUÇÃO
racional dos recursos pesqueiros (FAO, 1999a e 1999b; 2000; 2002). Este objetivo
Ambiente (Hilborn e Walters, 1992; Batista, 1998; Link, 2002). No caso das águas
Amazônia, a componente ambiental vem tendo cada vez mais importância para o
al., 2002).
tróficas, onde estão incluídas as espécies de importância comercial, deve ser um dos
al, 2003).
(Bayley e Petrere, 1989; Goulding, 1996; Rufino, 1996; Barthem e Fabré, 2004). As
66
e paranás) e de lagos (de várzea e de terra firme), que possuem diferentes origens
antrópicos (Junk, 1984; Mertes et al., 1995; Irion et al., 1997; Irion et al., 1999; Rozo
et al., 2003; Petry et al., 2003). Estas áreas marginais, denominadas regionalmente
do sistema (Junk et al., 1989), portanto, mantendo as cadeias tróficas que sustentam
e Fabré, 2004).
Juruá, Japurá, Negro, etc.) e constituída de pelo menos 1500 embarcações de pesca,
Amazonas (Petrere, 1978; Batista, 1998 e 2004; Sousa, 2000; Cardoso et al., 2004).
67
explotados, especialmente no que diz respeito à definição de unidades geopoliticas
ambiental dos diferentes sistemas fluviais (ou bacias hidrográficas), assim como uma
2. MATERIAL E MÉTODOS
do Amazonas.
especialmente treinados para tal fim. O preenchimento dos formulários efetua-se fora
68
de pesca utilizados, o tempo de viagem, os insumos de pesca (gelo, gastos com
5
N. do Autor. Banco de dados relacional é aquele que permite relacionamento entre diferentes tipos
de tabelas, com a condição de que haja pelo menos um campo em comum entre elas.
69
Antes de iniciar as analises, como medida de averiguação dos dados, foram
registrada originalmente nas fichas. Este procedimento foi repetido pelo menos 10
e por sistema de lago; 6) Ano: 1994 a 2001; 7) Bacias: Purus, Amazonas, Solimões,
Classificado.
1)Bacia versus Tipo de Lago (forma); 2) Bacia versus Tipo de Pescado; 3) Tipo de
70
2.3.2 Características hidrológicas dos sistemas fluviais explorados
período que compreende a cota máxima do rio (cheia) e a cota mínima (seca), tendo
da Agência Nacional de Águas. Neste sentido, com base nas cotas (cm) mensais das
das covariáveis dos fatores. Foram calculados três Modelos Lineares Gerais (GLM 1 -
coeficientes de inclinação das covariáveis dos níveis dos fatores são expressos no
71
modelo de covariância (ANCOVA) (Zar, 1999), sendo proposto um modelo para cada
Yi = µ + πj + β1*(Ai – A)
72
VELOCIDADE DE VAZANTE OBTIDO DE GLM (ANCOVA) Amplitude do ciclo (t + 1) - Amplitude do ciclo t
Cota mínima = media + fator ANO + Cota Máxima*Coeficiente de inclinação
Cota anual máxima
da reta Taxa de variação interanual da
1800 amplitude do ciclo
1600
1400
ANO t
1200
1000
800
600
ANO 1 ANO 2 ANO 3
400
200
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J
73
2.3 MODELO LINEAR GERAL - GLM
profissional, foi avaliado por meio de um Modelo Linear Geral (GLM) - Análise de
(1999)
74
A = covariável Velocidade de Vazante (Coeficiente de Inclinação da Reta de
Regressão);
A = média da Velocidade de Vazante (Coeficiente de Inclinação da Reta de
Regressão);
B = covariável Taxa de variação interanual da cota máxima do rio);
B = média da covariável Taxa de variação interanual da cota máxima do rio;
C = média da covariável Taxa de variação interanual da cota mínima do rio;
C = média da covariável Taxa de variação interanual da cota mínima do rio;
D = covariável Amplitude anual do ciclo;
D = média da covariável Amplitude anual do ciclo;
E = covariável Cota mínima;
E = média da covariável Cota mínima;
F = covariável Taxa de variação interanual da Amplitude do ciclo;
F = média da covariável Taxa de variação interanual da Amplitude do ciclo
G = covariável Cota máxima;
G = média da covariável Cota máxima
εi = componente de erro aleatório
variáveis contínuas devem ter distribuição normal e por último todas as covariáveis
devem admitir H0 de que seus coeficientes angulares (β) são iguais, ou seja, que
75
O paralelismo foi testado a partir de uma regressão admitindo H0 de que existe
H0 citada anteriormente.
Depois do ajuste do modelo, esta soma de quadrados pode ser decomposta em soma
variabilidade total explicada pelo modelo é dada por uma razão entre a soma dos
quadrados do modelo sobre a soma de quadrados total (R2). Esta medida deve ser
A análise dos resíduos foi realizada para verificar se existe alguma tendência
aleatoriamente.
O ajuste do modelo foi realizado através de uma rotina GLM (General Linear
76
3. RESULTADOS
outros estudos (Barthem e Fabré, 2004) foi convenientemente adotado neste estudo
no Mercado Adolfo Lisboa, foram classificadas como sendo dos sistemas fluviais
puderam ser classificadas em nenhuma Bacia). O restante das entrevistas foi diluído
em registros provenientes dos rios Juruá, Amazonas, Negro, Japurá, Jutaí, e Branco.
29% das entrevistas corresponderam a pescarias de lagos, sendo que 41% não
77
8000
7550; 41%
Numero total de registros de desembarque = 18607
5000
4000
3000
2584; 14% 2511; 13%
2000
1000
452; 2%
17; 0% 137; 1%
2; 0%
0
Indeterminado Rio Paraná Furo
Lago Não localizado Igarapé Ilha
cerca de 91% são provenientes dos Bacia do Purus e Solimões, sendo o restante
78
3500
1500
1000
500
280; 5%
55; 1% 56; 1% 73; 1%
0
Solimões Purus Negro
Jurua Amazonas Madeira
cerca de 338 sistemas de lagos, dos quais os lagos do rio Purus corresponderam a
38,16% (n= 129); o Solimões, 26% (n=89); o Amazonas, 19,2% (n=65) e o Madeira,
Quadro 3.
79
Quadro 3 - Classificação dos sistemas de lago conforme terminologia geomorfológica (Baseada em Sousa, 2000; Rozo et al, 2003; Rozo, 2004) e características da pesca para cada categoria.
TERRA FIRME E
1. Baixo Solimões, margem direita do alto amazonas próximo à foz
VÁRZEA
do rio Madeira
Constituído por diferentes unidades geomorfológicas 2. Malhadeira, Rede de cerco
São sistemas de lagos que apresentam combinações de diferentes tipos 3. Sistemas de Canais retilíneos, áreas abertas e áreas marginais
de formas do entorno
COMPOSTO/FORMA MISTA
TERRA FIRME
Áreas de lagos com contorno dendrítico (Rozo, et al., 2003; Rozo, 2004) 1. Baixo e Médio Solimões, Baixo Purus
2. Malhadeira, Rede de cerco
São sistemas de lagos de aspecto ramificado semelhante a um neurônio 3.Ambientes de pesca: Sistemas de Canais retilíneos, áreas abertas
que não possuem eixo principal definido. e áreas marginais do entorno
DENDRÍTICO RAMIFICADO
Áreas de lagos com contorno dendrítico (Rozo, et al., 2003; Rozo, 2004)1. Baixo e Médio Solimões, Baixo Purus
TERRA
FIRME
80
3.2 Análise exploratória dos dados da pesca profissional lcustre
81
1.0
Sistema Fluvial
Bacias
Tipo
Tipode
deLago
Lago
Dimensão 2; Autovalor: 0,28121 (41.27% de Inercia)
Redondo Alongado
0.5
Dend. Ramificado
SOLIMÕES
Dendritico Alongado
0.0 NEGRO
PURUS
-0.5
Mista
Não classificado
-1.0 Ferradura
-1.5
MADEIRA
-2.0
JURUA
-2.5
-2.5 -2.0 -1.5 -1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5
Figura 11 – Combinação bivariada das freqüências observadas das variáveis categóricas Bacia x
Tipo de lago explotados pela frota de pesca profissional realizada em sistema de lago que
desembarcou em Manaus durante o período de 1994-2001.
A análise de correspondência que combinou bacias hidrográficas e os tipos
de lagos resultou significativa para o teste Qui-quadrado (χ2 = 7186,5; p < 0,05;
graus de liberdade = 30), sendo que a dimensão 1 (Auto valor = 0,33; Inércia =
Tabela 8 – Síntese dos resultados para Análise de correspondência explotados pela pesca
profissional realizada em sistema de lago que desembarcou em Manaus durante o período de
1994-2001 combinando BACIA e TIPO DE LAGO.
Autovalores %
Dimensão Valores singulares
(Eigenvalues)
% de inércia
Cumulativa χ2
1 0.57 0.33 49.92 44.11 3529.94
2 0.53 0.28 41.47 90.38 2965,95
3 0.22 0.05 8.99 97.40 542.98
4 0.11 0.01 3.58 99.99 137.23
5 0.00 0.00 0.00 100.00 10.44
82
diferentes bacias. Os rios Solimões, Madeira e Juruá formaram um grupo com os
0.5
Sem registro A - AMAZONAS
Dimensão 2; AutoValor: 0,03030 (28.71% de Inércia)
-1.5
-2.0 NEGRO
Sistema
BACIA Fluvial
Tipo de
Tipo de pescado
Pescado
-2.5
-0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0.0 0.2 0.4 0.6
Dimensão 1; Autovalor: 0,05550 (52.59% da Inércia)
Figura 12 – Combinação bivariada das freqüências observadas das variáveis categóricas Bacia x
Tipo de pescado explotados pela frota de pesca profissional realizada em sistema de lago que
desembarcou em Manaus durante o período de 1994-2001.
resultou significativa para o teste Qui-quadrado (χ2 total= 1538,0; p < 0.05; graus
83
Tabela 9 – Síntese dos resultados para Análise de correspondência explotados pela pesca
profissional realizada em sistema de lago que desembarcou em Manaus durante o período de
1994-2001 combinando TIPO DE PESCADO e BACIA.
Valores singulares Auto valores %
Dimensão
(Single Values) (Eigenvalues)
% de inercia
Cumulativa χ2
1 0.23 0.05 52.59 52.59 585.31
2 0.17 0.03 28.71 81.29 319.55
3 0.10 0.01 9.95 91.25 110.79
4 0.08 0.00 7.38 98.64 82.22
5 0.03 0.00 1.35 100.00 15.13
Também foi verificada uma relação entre espécie ou tipo de pescado com
pescado estão dispersos dentro deste grupo com tendência de formação dos
84
0.4
Tipo de Lago
0.3 Tipo de pescado
Dimension 2; Autovalor: 0,01151 (7.891% de Inércia) RO FE
Curimata Matrinxã
0.1 Pacu
Sardinha
Dendritico Ramificado Aracu
Jaraqui Fina DA Cuiu
0.0
RA Jaraqui Grossa Caparari
Surubim
Pescada MI
Tucunaré
-0.1 Aruanã
Sem registro
Carauaçu
-0.2 Cara
RO - Redondo oval
-0.3 RA - Redondo Alongado
FE - Ferradura
-0.4 DA - Dendritico Alongado
Branquinha
MI - Forma Mista
Não Classificado
-0.5
-1.0 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0.0 0.2 0.4 0.6
Dimensião 1; Autovalor: 0,11464 (78.61% de Inércia)
Figura 13 – Combinação bivariada das freqüências observadas das variáveis categóricas Tipo de
Lago x Tipo de pescado explotados pela de pesca profissional realizada em sistema de lago que
desembarcou em Manaus durante o período de 1994-2001.
resultou significativa para o teste Qui-quadrado (χ2 total= 1538,0; p < 0.05; graus
Tabela 10 – Síntese dos resultados para Análise de correspondência explotados pela pesca
profissional realizada em sistema de lago que desembarcou em Manaus durante o período de
1994-2001 combinando TIPO DE PESCADO e TIPO DE LAGO.
Valores singulares Auto valores %
Dimensão
(Single Values) (Eigenvalues)
% de inércia
Cumulativa χ2
1 0.33 0.11 78.61 78.61 1209.07
2 0.10 0.01 7.89 86.50 121.35
3 0.08 0.00 4.92 91.42 75.68
4 0.07 0.00 4.38 95.81 67.49
5 0.06 0.00 2.97 98.78 45.74
6 0.04 0.00 1.21 100.00 18.62
85
3.3 Análise do rendimento pesqueiro, Esforço de Pesca e Rendimento por
pescador-dia em bacias hidrográficas do Estado do Amazonas.
outros sistemas fluviais perfizeram, diferentes valores médios, com destaque para
o Juruá com a maior média (471.75), seguido do Madeira (269.88), e pelo Negro
86
40
Média
Média
MinMin
MaxMax
35
A Desvio Padrão
30
20
15
12
10 10
8 8 8
5 6
120
Tempo de Pesca (Dias pescando)
por registro de desembarque
100
80
60
40 39
25
20 19
16
13 3
0
1400
Média
Média
Min Max
1200 Min Max
Esforço de pesca (Nº de pescador*Dias pescando)
C Desvio Padrão
1000
por registro de desembarque
800
600
471,75
400
269,88
200
160,29
127,05 140,62
20,77
0
-200
Solimões Purus Negro
Jurua Amazonas Madeira
Figura 14 – Distribuição do Número de pescadores (A); Tempo de pesca - Dias pescando (B) e do
Esforço de pesca(nº de pescador * dias pescando) da pesca profissional de lagos durante o
periodo de 1994-2001, classificado por bacia.
87
O rendimento pesqueiro de lagos (quantidade de pescado por registro de
intervalo de (0.10 a 0.23), sendo que os menores valores médios foram calculados
180
por registro de desembarque
Quantidade de pescado (ton)
160
140
120
100
80
60
40
31,44
20 15,29
13,46 14,23 11,96 2,04
0
6
Solimões Jurua Purus Amazonas Negro Madeira
Média
Rendimento pescador-dia (toneladas/Esforço de pesca [Nº de
Min Max
5 Desvio Padrão
0,23 0,15
0
0,07 0,10 0,20 0,05
88
3.2 Tipos de lago explotados por Bacia hidrográfica
(Figura 16 - A,B,C)
89
40
Média
Média
Min Max
35 A Min Max
30
Desvio Padrão
20
15
10
9 9 9
8 8 8
7
5
0
160
Média
Média
140 B Min Min
Max Max
120
Desvio Padrão
Tempo de pesca (dias pescando)
por registro de desembarque
100
80
60
40
20 17 19 18
14 13 14 16
1400
Esforço de pesca (Nº de pescador*Dias pescando) por registro de
C Média
1200 Média
Min Max
Min Max
Desvio Padrão
1000
800
desembarque
600
400
200
162,67 190,75 182,62
111,83 122,75 117,76 129,52
0
Figura 16 – Distribuição do Número de pescadores (A); Tempo de pesca - Dias pescando (B) e do
Esforço de pesca(nº de pescador * dias pescando) da pesca profissional de lagos durante o
periodo de 1994-2001, classificado por tipo de lago.
90
Em termos de rendimento pesqueiro as formas dendrítico ramificadas e não
91
240
Média
Média
220 A MinMax
Max
Min
200
Desvio Padrão
180
por registro de desembarque
Quantidade de pescado (ton)
160
140
120
100
80
60
40
20
9,39 16,08 14,10 14,34 15,63 16,13
8,80
0
6
Rendimento pescador-dia (toneladas/Esforço de pesca [Nº de
pescador*Dias pescando]) por registro de desembarque
Média
5 B Min Max
Desvio Padrão
4
92
3.4 Os tipos de pescado preferencialmente explotados pela pesca lacustre
realizado pela frota de pesca profissional de lagos em Manaus entre 1994 e 2001.
(Tabela 11)
Tabela 11 – Lista dos itens desembarcados pela pesca profissional de Lagos entre 1994 a 2001.
Item de desembarque Nome Cientifico N° de Registros Freq %
Jaraqui-grossa Semaprochilodus insignis 1405 12,68
Curimatá Prochilodus nigricans 1231 11,11
Tucunaré Cichla spp. 1214 10,96
Aruanã Osteoglossum bicirrhosum 976 8,81
Sem registro - 931 8,40
Pacu Myleus spp. 914 8,25
Jaraqui-fina Semaprochilodus taeniurus 677 6,11
Tambaqui Colossoma macropomum 506 4,57
Carau-acu Astronotus spp. 483 4,36
Matrinxã Brycon spp. 354 3,20
Sardinha Triportheus spp. 353 3,19
Pescada Plasgioscion spp. 326 2,94
Caparari Pseudoplatystoma tigrinum 239 2,16
Aracu Anostomidae 196 1,77
Surubim Pseudoplatystoma fasciatum 190 1,72
Pirapitinga Piaractus brachypomum 180 1,62
Branquinha Curimatidae 140 1,26
Cara Cichlidae 121 1,09
Cuiu Oxydoras miger 111 1,00
Jaraqui Sema prochilodus spp. 90 0,81
Cubil Hemiodontidae 86 0,78
Ruelo Colosoma macropomum 79 0,71
Piranha Serrasalmidae 60 0,54
Acara branco Cichlidae 34 0,31
Traira Hoplias malabaricus 25 0,23
Jatuarana Brycon spp. 21 0,19
Mapará Hipophthalmus spp. 18 0,16
Branquinha cabeça lisa Curimatidae 11 0,10
Cara de gato Platynematichthys notatus 11 0,10
Pacu galo Myleinae 11 0,10
Pirarucu Arapaima gigas 11 0,10
Dourada Brachyplatystoma rosseauxii 9 0,08
Peixe-cachorro Characidae 6 0,05
93
Item de desembarque Nome Cientifico N° de Registros Freq %
Sardinha cumprida Triportheus elongatus 6 0,05
Sardinhao Pellona spp. 6 0,05
Surubim-lenha Pseudoplatystoma fasciatum 6 0,05
Bagre Pimelodidae 5 0,05
Bodó Loricaridae 4 0,04
Pirarara Phractocephalus hemiliopterus 4 0,04
Pacu jumento Myleinae 3 0,03
Sardinha papuda Triportheus spp. 3 0,03
Tamoata Callychtidae 3 0,03
Outros 12 itens (<0,02%) - 18 0,18
Total global 11077 100.00
apresentados.
Nos meses de janeiro, março, abril e junho não houve destaque para
(18,18%).
94
TUCUNARE
TAMBAQUI
Item de desembarque
PACU
20.00%-30.00%
MATRINXA
10.00%-20.00%
JARAQUI-GROSSA
0.00%-10.00%
JARAQUI-FINA
CURIMATA
CUIU
CARAU-ACU
CARA
CAPARARI
BRANQUINHA
ARUANA
ARACU
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 .
MESES DO ANO
Figura 18 – Freqüência relativa mensal dos itens de desembarque da pesca profissional de lagos,
que foram explotados entre 1994-2001.
95
(49,08%), caparari (60,67%) carauaçu (56,73%), cuiu (52,25%), aruanã (52,97%),
registros de desembarque
LEGENDA
Jurua
60.00%-80.00%
Sistema Fluvial
40.00%-60.00% Madeira
20.00%-40.00% Amazonas
0.00%-20.00%
Purus
Solimões
SEM REGISTRO
PIRAPITINGA
TUCUNARE
SURUBIM
BRANQUINHA
JARAQUI-GROSSA
CURIMATA
JARAQUI-FINA
CUIU
MATRINXA
SARDINHA
TAMBAQUI
PESCADA
CAPARARI
PACU
CARAU-ACU
ARACU
ARUANA
CARA
ITEM DE DESEMBARQUE
96
Frequência relativa (%) do numero de
Não_Classificado
registros de desembarque
Ferradura
LEGENDA
TIPO DE LAGO
Red_oval
30.00%-40.00%
Form_Mista
20.00%-30.00%
Dend_Ramificado
10.00%-20.00%
Red_Alongado
0.00%-10.00%
Dend_Alongado
JARAQUI-GROSSA
PESCADA
TAMBAQUI
PACU
SEM REGISTRO
CAPARARI
CARA
ARUANA
PIRAPITINGA
ARACU
MATRINXA
SURUBIM
SARDINHA
CUIU
JARAQUI-FINA
BRANQUINHA
CURIMATA
CARAU-ACU
TUCUNARE
ITEM DE DESEMBARQUE
escama fina e grossa. Por outro lado, dentro do intervalo (<200 pescador*dia)
97
Esforço de pesca (N° de pescador*Tempo de
Pesca (dias Pescando) por registros de
Não_Classificado
LEGENDA Form_Mista
Dend_Ramificado
TIPO DE LAGO
300-400
desembarque
200-300 Ferradura
100-200
Red_oval
0-100
Red_Alongado
Dend_Alongado
JARAQUI-GROSSA
PESCADA
SEM REGISTRO
TAMBAQUI
PIRAPITINGA
CARA
CAPARARI
PACU
ARUANA
ARACU
SURUBIM
BRANQUINHA
MATRINXA
SARDINHA
JARAQUI-FINA
CUIU
CURIMATA
CARAU-ACU
TUCUNARE
ITEM DE DESEMBARQUE
Nos outros tipos de lago os níveis de rendimento foram menores (0,00 a 0,1
98
Rendimento por pescador-dia (toneladas/N°
de pescador*dias Pescando) por registros
Não_Classificado
TIPO DE LAGO
Form_Mista
Ferradura
de desembarque
LEGENDA
0.15-0.2 Red_oval
0.1-0.15 Dend_Ramificado
0.05-0.1
Red_Alongado
0-0.05
Dend_Alongado
JARAQUI-GROSSA
PESCADA
SEM REGISTRO
TAMBAQUI
CAPARARI
CARA
PACU
PIRAPITINGA
ARUANA
ARACU
BRANQUINHA
SURUBIM
JARAQUI-FINA
MATRINXA
SARDINHA
CUIU
CURIMATA
CARAU-ACU
TUCUNARE
ITEM DE DESEMBARQUE
Graus de
COMPONENTE DO MODELO Qui Quadrado Nivel-p
Liberdade
Variável Dependente
99
Cota máxima 0,35 2 0,84
de que existe paralelismo entre as retas covariáveis de cada fator são paralelas.
Tabela 12 - Resultados do teste de paralelismo verificando o efeito total do fator Bacia (3 níveis)
entre as covariáveis].
Soma dos Graus de Média dos F Nivel-p
quadrados liberdade quadrados
Tabela 13 – Resultados do teste de Barttlet Qui-quadrado (χ2) para verificar a normalidade dos
componentes do modelo linear geral (variável dependente e covariáveis) da pesca profissional de
lagos desembarcada em Manaus durante o período de 1994-2001.
QUI GRAUS DE
COMPONENTE DO MODELO NIVEL-p
QUADRADO LIBERDADE
Rendimento pesqueiro 54.595 4 0,243
Esforço logaritimizado 19,083 3 0,000
Velocidade de vazante 33.427 4 0,502
Taxa de variação interanual da amplitude 55.655 3 0,135
Cota mínima 74.335 4 0,115
Taxa de variação da conta mínima 54.595 4 0,243
Taxa de variação da conta máxima 52.331 3 0,156
Cota máxima 96.00 3 0,025
100
Após a análise dos pressupostos, o modelo linear geral obtido da análise de
Tabela 14 – Resultados da aplicação do modelo linear geral, calculado por meio da Análise de
covariância com seguintes componentes: VARIÁVEL DEPENDENTE: Rendimento pesqueiro;
FATOR: Bacia (3 níveis); COVARIÁVEIS: Taxa de Variação interanual da cota minima do rio, Taxa
de Variação interanual da cota máxima do rio; Velocidade de vazante; Taxa de variação interanual
da amplitude da cota Máxima-Minima; Interação: Cota minima*Esforço pesqueira.
Fonte de variação Somatória dos Graus de liberdade Media dos F p
quadrados Quadrados
Velocidade de Vazante 0.343 1 0.343 0.336 0.573
sendo, portanto o modelo bem ajustado, no que diz respeito à distribuição dos
101
2
Residuos
0
-1
-2
-5 0 5 10
Rendimento pesqueiro estimado
(toneladas)
Figura 23 - Distribuição dos resíduos em relação aos valores de Rendimento pesqueiro estimados
pelo modelo hidrológico pesqueiro para frota de pesca profissional que desembarcou em Manaus
enter 1994-2001.
entre os pares de médias dos níveis dos fatores (sistemas fluviais) (Figura 24). A
(p<0,05).
102
10.0
(toneladas)
6.6
)
3.2
Rendimentoç pesqueiro
(
-0.2
-3.6
-7.0
as s s
on ru õe
az Pu lim
Am So
Figura 24 – Ajuste das médias dos mínimos quadrados - Resultados do teste a posteriori de
Bonferroni (Zar, 1999), demonstrando diferenças entre as médias de Rendimento pesqueiro
(toneladas) para cada fator Bacia analisado, referente à pesca profissional realizada em sistemas
de lago, que desembarcou em Manaus durante o período de 1994-2001
4. Discussão
(Hilborn e Walters, 1995; Bel e Morse, 1999). Uma das etapas para
103
mapeamento e caracterização das mesmas (Petts, 1984; Friessel et al., 1998; Bel
Vieira et al., 2002; entre outros), e sobre os ambientes de pesca (Petrere, 1978a e
de análise da pesca está no nível de Bacias hidrográficas (Batista, 1998) ou, como
foi denominado neste estudo, de sistemas fluviais. Para Barthem e Fabré (2004),
por meio de indicadores hidrológicos para cada bacia hidrográfica, para propor
que está dentro dos limites geopolíticos do Estado do Amazonas) e Purus, que
lacustre.
104
Em termos de rendimento pesqueiro, esforço de pesca e rendimento por
outro conjunto; o rio Madeira e o Juruá, que tem valores menores. Há uma
de Manaus e Parintins).
De acordo com Batista (1998, 2002, 2003, 2004) e Petrere (1978b) a maior
que são locais onde permanece água durante todo o ciclo hidrológico.
105
Na Bacia Solimões-Amazonas, a frota atua principalmente em lagos do tipo
recursos nos sistemas de canais retilíneos (paranás, furos, igarapés) (Vieira, 2003;
seu eixo principal uma via migratória para os recursos pesqueiros, o que facilitaria
barragem formaram lagos com extensas áreas alagadas, que disponibilizam áreas
106
alimentação (Ribeiro, 1983; Vieira, 2003). Estes processos migratórios, dentro dos
furos, paranás e nas regiões de confluência com o rio principal que regionalmente
1983; Merona & Bittencourt, 1988; Cunha & Api, 1990; Goulding, 1996; Batista,
1998; Barroncas, 2000; Sousa, 2000; entre outros). Friessel et al. (1986) e Bayley
& Li (1994).
107
influenciando na atividade de pesca e no ciclo de vida das populações ícticas
Goulding, 1997; Batista et al., 1998; Batista et al., 2004). Neste sentido, a Figura
Pirapitinga
1600
1400
1200
Curimatá Tucunaré
C otas do rio
400 Branquinha
Caparari
200 Sardinha Aruanã
0
J F M A M J J A S O N D
Mes es do Ano
Figura 25 - Esquema representativo da preferência por espécie ao longo dos meses do ano e ao
longo do ciclo hidrológico para a pesca realizada em sistemas de lago que desembarcou em
Manaus durante o período e de 1994-2001.
108
Predomínio de ambientes aquáticos – fase de alimentação e crescimento (cheia);
pescado explotado pela pesca de lagos. A maior parte dos tipos de pescado,
na seca.
nível de espécies.
109
e tempo, outrossim, para se ter uma melhor estimativa da tendência da
taxa de variação interanual da cota máxima e da cota máxima, tem efeito sobre o
110
recentemente, Vieira (2003) testou o efeito de um índice hidrológico na dinâmica
pesqueiro, destacando que o manejo nas águas interiores Africanas deve ser
and Hadborg (1977) sugere que a diminuição no rendimento está associada com
com a presença de extensas áreas de várzea (Mertes et al., 1996) com alta
111
estudado, afetando o rendimento pesqueiro especialmente na acessibilidade da
112
A Figura 26 é uma síntese dos resultados obtidos da analise exploratória
Tucunaré Curimatá
Aruanã Pacu
Sedentárias Pequenos migradores
Pescada TIPOS Branquinha
DE Matrinxã
Cará
PESCADO
EXPLOTADOS
Figura 26 - Esquema representativo dos níveis de organização com os subníveis que mais se
destacaram no dimensionamento da pesca realizada em sistemas de lago que desembarcou em
Manaus durante o período de 1994-2001.
Amazônia (Barthem et al., 1992; Isaac et al., 1992; Isaac et al., 1998; Alonso,
2002; Vieira, 2003; Batista et al., 2004; Ribeiro e Fabré, 2004) sobretudo pela
113
definidas como as principais regiões fluviais laterais de importância ecológica, e
corredores fluviais e suas áreas laterais, como demonstrado por Forman e Gordon
Wiens (2002).
de pesca.
neste estudo.
114
estão localizadas as áreas de concentração da pesca de lagos deverão ser
115
CAPÍTULO 3 – Zoneamento macroecológico da pesca profissional
lacustre na Amazônia Central
116
1. Introdução
Nogueira 1994; Barthem e Fabré, 2004; entre outros). Estas condições históricas
proporcionaram um cenário atual que deflagra uma intensa competição por áreas
Não é por acaso que o manejo da pesca profissional não têm sido tratado
(Hoghart, et. al., 1999), é uma das mais significativas lacunas, sobretudo pelas
Amazonas.
117
característica o seu caráter transdiciplinar, sendo possível seu emprego nos mais
uso, etc.) e não espaciais (dados alfanuméricos em geral, como por exemplo,
censitários, etc), têm sido elaborados para servir de apoio às tomadas de decisão
1999).
aplicações para a pesca de águas interiores, sendo que estes estudos têm sido
1994; Mertes et al., 1996; Novo et al., 1997; Forsberg et al.; 2001) no contexto
118
pesqueiro (Bayley, 1981; Petrere, 1978; Welcomme, 1995), ainda assim é muito
2. Material e Métodos
pescadores*dias pescando).
procura dos nomes dos locais relatados nas entrevistas de pesca. Com isto, os
119
devidamente registradas, as coordenadas geográficas centróides de cada local
(para detalhamento, ver Capítulo 02). Alem disso, foi quantificado o numero de
lagos disponível por categoria de forma na carta analógica disponível (Quadro 4),
Quadro 4 – Lista de cartas para registro de coordenadas geográficas e quantificação dos sistemas
de lago para cada Bacia explotados pela pesca profissional de lagos
Rio Carta Escala Ano
Madeira rio preto do iguapó açu 1:250.000 1982
Madeira borba 1:250.000 1982
Madeira lagoa três casas 1:250.000 1982
Madeira auxiliadora 1:250.000 1986
Madeira porto velho 1:250.000 1982
Madeira humaitá 1:250.000 1983
Madeira manicoré 1:250.000 1982
Madeira calamã 1:250.000 1981
Purus seringal do axioma 1:100.000 1984
Purus quati 1:100.000 1987
Purus camaruã 1:100.000 1987
Purus abufari 1:100.000 1987
Purus pauini 1:100.000 1984
Purus pauini 1:250.000 1984
Purus paricatuba 1:100.000 1986
Purus jari 1:100.000 1986
Purus canutama 1:100.000 1987
Purus canutama 1:250.000 1987
Purus amélia 1:100.000 1987
Purus tambaqui 1:100.000 1987
Purus tapauá 1:.100.000 1987
Purus tapauá 1:250.000 1984
Purus boca do capanã 1:250.000 1986
Purus seringal do supiá 1:100.000 1986
Purus lábrea 1:250.000 1984
Purus aiapuá 1:100.000 1987
Mamiá mamiá 1:100.000 1987
Rio Carta Escala Ano
Urucu urucu 1:100.000 1987
120
Solimões coari 1:250.000 1984
Solimões coari 1:100.000 1987
Solimões codajás 1:250.000 1984
Solimões codajás 1:250.000 1989
Solimões piorini 1:250.000 1979
Solimões iranduba 1:50.000 1982
Solimões colônia boa vista 1:50.000 1982
Solimões manaus 1:250.000 1983
Solimões/japurá anamã 1:250.000 1984
Solimões/japurá anamã 1:100.000 1984
Amazonas jatuarana 1:50.000 1982
Solimões urucará 1:250.000 1983
Amazonas parintins 1:250.000 1983
Amazonas parintins 1:250.000 1976
Amazonas óbidos 1:250.000 1983
Amazonas são josé do amatari 1:100.000 1980
Amazonas itacoatiara 1:100.000 1980
Amazonas itacoatiara 1:250.000 1998
Amazonas bom sucesso 1:100.000 1980
Amazonas manaus 1:50.000 1980/1981
Amazonas/madeira manaus 1:250.000 1983
Nhamundá nhamundá 1:250.000 1982
Rio negro limão 1:50.000 1983
Rio negro manaus 1:250.000 1983
Rio negro/ jaú moura 1:250.000 1983
Rio negro/branco barcelos 1:250.000 1983
Iça iça 1:250.000 1980
Juruá carauari 1:250.000 1984
Juruá juruá 1:250.000 1984
Canumã canumã 1:250.000 1982
Preto do iguapó açu preto do iguapó açu 1:100.000 1985
Japurá maraã 1:250.000 1984
alfanuméricos que foi espacializada. Com isto, cada sistema de lago analisado foi
representado espacialmente por pontos, sendo que cada ponto, ou linha da tabela
121
a) Bacia
b) Unidades de Várzea
arvores tem como resultado imagens digitais com tons de cinza (DNs – Números
com a combinação de diferentes tipos de imagens (e.g. Melack, et al., 2000), estes
122
Verificou-se a existência de diferenças significativas no rendimento
modelo:
123
3. Resultados
esforço de pesca e o rendimento pesqueiro foram maiores nos lagos de terra firme
do que nos lagos de várzea. A unidade geomorfológica onde não foi definido o tipo
A
Esforço de pesca (Num de Pescador*Dias pescando)
260
240
220
200
181 179
180
160
160
140
120
100
80
60
40
Várzea/Terra firme
Não definida Terra firme Varzea
7
Geounidade
Média ±Erro padrão ±0.95 Intervalo de confiança
6
B
Produção pesqueira (toneladas)
4.2184
4
3.5619
3.3412
0
Várzea/Terra firme
Não definida Terra firme Varzea
Geounidade
124
quantidades de lagos disponíveis (Figura 28-A). O numero de lagos explotados
pela pesca também foi maior nas áreas de várzea, que nos lagos de terra firme e
240
Média ±Erro padrão ±0.95 Intervalo de confiança
220
200
A
180
160
Disponibilidade de lagos
139
140
120
100
80
60
40
23
18
20
0
Não definida
Várzea/Terra firme Terra firme Varzea
14
Média ±Erro padrão ±0.95 Intervalo de confiança
12 B
10
Numero de lagos explotados
8
8
6 6
4
3
0
Não definida
Várzea/Terra firme Terra firme Varzea
Geounidade
125
Foi calculado um modelo linear geral (ANCOVA) para testar o efeito da
Tabela 16 – Resultados da aplicação do modelo linear geral, calculado por meio da Análise de
covariância com seguintes componentes: VARIÁVEL DEPENDENTE: Rendimento pesqueiro
COVARIÁVEIS
Logaritmo Esforço 44.16 1 44.16 138.98 0.00
Numero de lagos
1.39 1 1.39 4.39 0.05
explotados
Disponibilidade de
1.85 1 1.85 5.84 0.02
lagos
Erro 5.08 16 0.31
para determinar diferenças significativas entre os pares de médias dos níveis dos
126
de terra firme são estaticamente diferentes dos lagos de várzea e localizados em
6
Rendimento Pesqueiro (toneladas)
Produção pesqueira (toneladas)
1
rada e a
efrini firm rze
ao /dTee rra Va
e
r ã
z Te
Vá N firm
Unidades geomorfológicas
Figura 29 – Ajuste das médias dos mínimos quadrados - Resultados do teste a posteriori de
Bonferroni (Zar, 1999), comparando as médias de rendimento pesqueiro (toneladas) dos níveis do
fator Unidade Geomorfológica analisada, referente à pesca profissional realizada em sistemas de
lago, que desembarcou em Manaus durante o período de 1994-2001
127
1,0
0,5
Resíduos
0,0
-0,5
-1,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Rendimento Pesqueiro (toneladas)
estimado
Figura 30 - Distribuição dos resíduos em relação aos valores do rendimento pesqueiro estimada
pelo modelo linear geral calculado para a pesca de lagos, relacionada com diferentes unidades
geomorfológicas utilizadas pela frota de pesca profissional que desembarcou em Manaus
entre1994-2001.
Solimões; >12 toneladas que inclui poucos lagos do médio Solimões, sendo
128
-2
Piorini Acari
Arari
Eixo Solimões-Amazonas Saracura
Limao
Garca
MANAUS
-3 Jurupari
Taboca
Rei
Curari
Cara_acu
Gamboa
BotoSao jose do
SacambuMatheus
Caapiranga Miriti
Sacambu Chibui
Jacarezinho
Badajos Pesqueiro
Acu Apipica
Moura Matamata Araca Murutinga
Piranha Janauaca Piranha
Moura
Anama
Caiambe Manaquiri
Copea Acara Jacare
Jacare Mamori
Trocaris AracaMiua Anori
Jacare
Ena
Camara Lima Beruri
Grande
Sampaio
-4
Aruana
Araua
Coari
Urucu
Tucunare
Mamia
Arroz
PupunhaSurara
Tigre
Produção pesqueira
Tartaruga
Itaboca
Taboca
Moura
Aruana
Ipiranga
Pirauara Jenipapo
Aiapua
Paricatuba Madeira (toneladas)
Latitude (Graus)
Supia grande
Campinas
Bacuri MiuaAruma
Caapiranga
Itaboca Campina
Caverna 24
Piranha
Pereira
Araca Jari 20
-5 Tambaquizinh
Toamiri 16
Tambaqui
Tauaria
Acai
Pilar Preto 12
Jacare
Arima 8
Purus 4
-6 6
0
Jadibaru
Mamoria
Toaria
-7
Toari
Sao Jose
Sacado
Sistema
Sao Jose
Paraiso
fluvial
Caete
-8
-68 -66 -64 -62 -60 -58 -56
Longitude (Graus)
129
A espacialização dos dados permitiu identificar o raio de maior
Num raio de 100 km, denominada ZONA DE PESCA LACUSTRE 01, mais próxima do
130
ALTO AMAZONAS
BAIXO SOLIMÕES
100km
FO
A
200km
QUILÔMETROS
LEGENDA
Produção pesqueira
FONTES DE DADOS: Banco de dados da (toneladas) Unidade geomorfológica
Estatística pesqueira do estado do
Amazonas; Imagem Jers-1-SAR; Maio 36 - 97 AREAS DE VÁRZEA
Julho 1996 (copyright 1992-1998 by
NASDAMITI) 12 - 36
AREAS DE TERRA FIRME
DADOS CARTOGRÁFICOS 0,4 – 12
Figura 32 – Representação espacial do rendimento pesqueiro de lago explotados nas regiões Baixo
Solimões e Alto Amazonas correspondentes à ZONA DE PESCA LACUSTRE 01, no raio de abrangência
mais próximo de Manaus de até 200km.
131
Na ZONA DE PESCA LACUSTRE 02, considerada a área mais produtiva com
da faixa de 200 a 500 km de Manaus. Nesta região, as áreas de várzea, são mais
132
500km 400km 300km
ELABORAÇÃO Keid Nolan S 200km
QUILÔMETROS
MÉDIO SOLIMÕES
BAIXO PURUS
LEGENDA
Figura 33 – Representação espacial do rendimento pesqueiro de lago explotados nas regiões Baixo Solimões
e Alto Amazonas correspondentes a ZONA DE PESCA LACUSTRE 02, no raio de abrangência mais próximo
de Manaus de até 500km.
133
4. Discussão
quais serviram de base para formulação das opções de manejo eme uma
134
frota de pesca profissional havia reduzido para 1100 km, entretanto
podem ser realizadas com base nos produtos gerados da análise, devendo ser
Kapetsky, 1995; Amarasinghle et al., 2000; Fisher e Rahel, 2004). Então, mesmo
estatísticos para verificar o efeito de fatores (Escala Local – Capítulo 01; Escala
135
verificou-se o efeito de diferentes unidades geomorfológicas sobre o rendimento
Amazonas. Uma vez que as escalas forem definidas, será possível eleger critérios
variações: longitudinal (ao longo da calha); vertical (coluna d’agua); lateral (água-
136
Neste contexto, as áreas laterais dos grandes rios, onde estão encaixados
os sistemas de lago (como é o caso dos lagos explotados pela pesca profissional
morfológicas que diferenciam os lagos de várzea e os de terra firme (e. g., Iriondo,
1982; Irion, 1984; Forsberg et al., 1993; Mertes et al., 1995; Junk, 1997; Irion et al
1997; Igreja, 1999; Latrubesse e Franzinelli, 2002 e 2000; Rozo, 2004; entre
outros).
energia nas cadeias tróficas resultando na maior produtividade destas áreas (Junk
et al., 1989; Junk 2000 e 2002), reforçando a importância das áreas de transição
lagos localizados dentro das áreas de várzea sejam mais produtivos e como
137
atribulando estes fatos principalmente acessibilidade local ao sistema, e também a
relativa, como sugere Abaubara (1996), há indícios de que os lagos de Várzea são
rendimento pesqueiro estimado para lagos dendríticos de terra firme pode ser
como resposta. A principal característica que deve ser destacada é que os lagos
dendríticos de Terra Firme vêm sendo explotados pela pesca profissional há mais
138
de 30 anos, e ainda assim, o rendimento pesqueiro continua com níveis elevados.
importância ecológica dos mosaicos espaciais (Várzea-Terra Firme) deve ser vista
Solimões (considerada a jusante da foz do rio Purus) num raio de 100km do local
Purus, a jusante do Lago Arumã, está situada a ZONA DE PESCA LACUSTRE 02 com
Muitos estudos, (De Silva, 1988; Amarasinghle, 2000; Hawks et al., 2000;
Ahmed, 2001; Meaden, 2004; entre outros) têm demonstrado boas aplicações
139
A exemplo disso, Cordell e Note, 1988; identificaram áreas marinhas costeiras
Considerações Finais
140
Não obstante, são diversas abordagens de manejo (Bayley e Petrere, 1989;
McGrath et al., 1993; Castro e McGrath, 1994; Vieira; 2003; Ribeiro e Fabré, 2004;
sob uma ótica adaptativa (Walters, 1995) parece a prerrogativa teórica mais
surjam por eventos naturais, por modificação nos padrões de exploração dos
dos dados realizados ao longo dos três capítulos deste estudo, conduziram à
141
Quadro 5 – Proposta de Escala e Unidades de Manejo para a pesca de lagos, considerando a divisão hierárquica em unidades ecossistêmicas (Perímetro
– Km; Conexão com rio principal – Km; Quantidade de Floresta Alagada – Km²; CPUE – toneladas/nº de pescador*dias pescando; Extensão. Linear – km;
Distância de Manaus – km; Cota máxima e mínima do rio – cm
UNIDADE ECOSSISTÊMICA
SISTEMA LACUSTRE PREDOMINANTE POR TIPO DE LAGO EXPLOTADO SISTEMA DE TRANSIÇÃO (VÁRZEA/TERRA FIRME) SISTEMA FLUVIAL (BACIAS)
CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS
PAISAGÍSTICA PESQUEIRAS ECOLÓGICAS PAISAGÍSTICA PESQUEIRAS ECOLÓGICAS PAISAGÍSTICA PESQUEIRAS ECOLÓGICAS
1. Extensão Linear 1. Nº de
VARIÁVEL VARIÁVEL VARIÁVEL 1. Espécies
A.) Desenv. 1. Espécies 2. * Cota mínima do pescador
INDICADORA INDICADORA 1. Dist. Manaus 1. Espécies INDICADORA rio 2. Nº de lagos
perimetral 1. Dias 2. Quantidade de 2. Dias
Æ Æ 2.Dias pescando 2. CPUE – Æ disponíveis
B.) Perímetro pescando Floresta alagada 1. Extensão 3.* Velocidade de pescando
3.Nº pescadores Abundância 3. CPUE –
C) Conexão rio 2. Nº de 3. CPUE – Abundância linear Vazante 3 - Nº de
LAGOS MUNICÍPIOS Relativa RIOS Abundância
Principal Pescador Relativa 4. *Cota máxima do Lagos
È È È Relativa
rio Explotados
1 - Pacu, Jaraqui-Fina,
ALONGADO
REDONDO
A ) 21,35
Copeá 1 – 19,91 Sardinha
B ) 194,14km
MÉDIO SOLIMÕES
Acará 2 - 8,9 2 - 335,40km²
C ) 25,84km
3 - 0,06 1 - Pacu,
Coari, 1 - 483km
Jaraqui-Fina,
Codajás, 359km 2 – 14,5
Sardinha
A ) 27,04km 1 - Jaraqui-Grossa, Anamã 3 - 8,4
DENDRÍTICO
ALONGADO
SOLIMÕES
2 - 330,40km² 1 - 546,66 1 – 8,06
3 - 0,082 Fina, Jaraqui
2 - * Fator 2 - 13,,31
Grossa.
hidrologico - Sazonal 3 - 4,3
UNIDADES TERRITORIAIS DE MANEJO
2 – 120,42
DENDRÍTICO
ALONGADO
AMAZONAS
Sampaio C ) 10,66km 1 - 145,58km 1 - Pirapitinga,
3 - 0,0426 Várzea 1 - 234,16km 1 - 7,8 Caras Pacus,
2 - 18,19 Caras Pacus,
Autazes Nova 234,18km 2 - * Fator 2 - 18,19 Matrinxã.
1 - 330,40km² 3- 7,8 Matrinxã.
RAMIFICADO
1 - 192, 42km²
DENDRÍTICO
1 - Aruanã, 1 -Aruanã,
ALONGADO
PURUS
3 – 0,048 Tapauá Beruri , Caparari, Tambaqui,
357,91km 2 – 16,55 2 - * Fator 2 - 16,18
Anori Surubim, Caparari,
3 - 8,22 hidrologico - Sazonal 3 - 7,75
1 - 92,73km² Caruaçu Surubim, Caruaçu
A ) 29,73 1 – 18,92
ALONGADO
REDONDO
145
5
4
3 1
A
2
Quilômetros
Figura 34 Representação espacial das áreas de manejo de bacias propostas para a pesca profissional de lagos no Estado Amazonas,
considerando os limites municipais, as zonas de distância em relação à Manaus e o rendimento pesqueiro por pescador ias pescando.
146
Figura 35 - Representação espacial das áreas de manejo de bacias propostas para a pesca profissional de lagos no Estado Amazonas,
considerando os limites municipais, as zonas de distância em relação à Manaus e o rendimento pesqueiro por pescador ias pescando.
147
No nível de macro escala: Sistema Fluvial Solimões, estão sendo propostas
Baixo Rio Purus, constituída pelos municípios de Anori, Beruri e Tapauá, sendo
148
conjunto de variáveis ou descritores significantes que pode representar um sistema
incluída dentro dos limites municipais da unidade, a cota mínima e a máxima do rio, e
149
3. Componente Ecológicas: os tipos de pescado explotados e a abundância
relativa (CPUE).
Sardinha, Jaraqui de Escama fina e de Escama grossa), sendo que no Baixo Purus,
de lago explotados estão bem próximos do rio principal, com distância media de
10km.
e Amazonas algo em torno de 0,500 t por pescador dias pescando. Estas diferenças
bastante discrepantes das pescarias de peixes sedentários (peixes de lago) (para ver
descrição das pescarias, consultar Petrere, 1978 a e b). Além disso, as próprias
sistemas fluviais (Capítulo 2) e das áreas de várzea e terra firme (Capítulo 3),
150
Mesmo assim, algumas limitações deverão ser consideradas para a
definição dos limites geográficos da unidade, pois tendo em vista que foram
claro o limite de uma unidade e inicio de outra. Também, há casos onde é necessário
alguns sistemas de lagos são atravessados ao meio pelo limite municipal, como é o
sustentação das cadeias tróficas aquáticas. Sabe-se que uma proposta de manejo
151
ecológicas, com o intuito de contribuir para um gerenciamento da pesca de lagos
adaptativa.
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