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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE DIREITO

LICENCIATURA EM DIREITO, 1° ANO


C ENTRO DE RECURSO: MAXIXE , 2022
DISCIPLINA: TECNICA DE EXPRESSÃO E ESCRITA

Almirante Denis Alberto

ESTRUTURA E VIAS DE ARGUMENTAÇÃO E DE EXPLICAÇÃO


ESTRUTURA E VIAS DE ARGUMENTAÇÃO E DE EXPLICAÇÃO

O presente trabalho do Campo da


Disciplina técnica de expressão e oral e escrita
e tem como tema; estrutura e vias de
DISCENTE: Almirante Denis Alberto
argumentação e de explicação

CODIGO:

Maxixe, Março de 2022


Indice
Introdução............................................................................................................................................4

Objectivos gerais..................................................................................................................................4

Metodologia.........................................................................................................................................4

Texto Expositivo-Argumentativo.....................................................................................................5

Conceito da Argumentação..............................................................................................................5

Argumentos e Provas.......................................................................................................................5

Ordens das Provas............................................................................................................................6

Percurso da Argumentação..............................................................................................................6

Estrutura do Texto Argumentativo.......................................................................................................7

Vias de Argumentação.........................................................................................................................8

Via Explicativa.....................................................................................................................................9

Conclusão...........................................................................................................................................11

Referência Bibliografica....................................................................................................................12
Introdução

Neste trabalho vou falar e descrever sobre a estrutura e vias de argumentaҫão e de


explicaҫao . Justificativa subjective a escolha do tema foi por orientação do docente
como forma de avaliação através do trabalho individual.

E sabido por todos que o ser humano nao se comunica somente por meio da via Oral
(fala) mas sim tambem por via do texto (Escrita). Desde uma simples e passageira
interjeição até uma mensagem muitíssimo extensa..

Objectivos

Objectivos gerais

Compreender a estrutura e vias de argumentação e explicação

Objectivos específicos
(I) Descrever textos argumentativos
(II) Identificar os percursos de argumentação
(III) Explicar a estrutura de textos argumentativos

Metodologia

Para a realização do trabalho recorreu-se ao uso de internet para a análise da informação


compilação que culminou na elaboração do trabalho final e que a bibliografia consta na última
página do mesmo trabalho.
Texto Expositivo-Argumentativo
De acordo com Cunha o texto argumentativo é um dos textos pertencentes à tipologia de
textos expositivos, no qual o autor apresenta as suas ideias ou opiniões acerca do que vê,
pensa ou sente, ao contrário do que acontece com o explicativo – texto que apresenta
factos sobre uma realidade.

Conceito da Argumentação
A argumentação visa persuadir o leitor acerca de uma posição. Quanto mais polémico
for o assunto em questão, mais dará margem à abordagem argumentativa. Pode ocorrer
desde o início quando se defende uma tese ou também apresentar os aspectos favoráveis
e desfavoráveis posicionando-se apenas na conclusão.

No avaliar de Bagno: argumentar é um processo que apresenta dois aspectos: o primeiro


ligado à razão, supõe ordenar ideias, justificá-las e relacioná-las; o segundo, referente à
paixão, busca capturar o ouvinte, seduzi-lo e persuadi-lo. Os argumentos devem
promover credibilidade. Com a busca de argumentos por autoridade e provas concretas,
o texto começa a caminhar para uma direção coerente, precisa e persuasiva. Somente o
facto pode fortalecer o texto argumentativo. Não podemos confundir facto e opinião. O
facto é único e a opinião é variável. Por isso, quando ocorre generalização dizemos que
houve um “erro de percurso”.

Segundo Rei: “Um argumento é um raciocínio destinado a provar ou refutar uma


afirmação destinada a fazer admitir outra.” Ainda de acordo com o mesmo autor, a teoria
da argumentação estuda as técnicas discursivas que permitem provocar ou aumentar a
adesão dos espíritos às teses que apresentamos ao seu consentimento. Sem se afastar da
dialética, da lógica e da retórica. A argumentação investiu no campo da psicologia, da
sociologia e da teoria geral da informação, indo nestes campos procurar alguma luz
sobre como reage o homem, quando exposto às mensagens persuasivas, como altera as
suas convicções e o seu comportamento.
Argumentos e Provas
De óptica de Cruz: Já definimos o argumento como um raciocínio destinado a provar ou
refutar uma afirmação ou, ainda, uma afirmação destinada a fazer admitir outra. Os
argumentos são, portanto, elementos abstractos, cuja disposição no discurso dependerá
da sua força argumentativa, aparecendo, assim, no texto, numa disposição crescente,
decrescente ou dispersa.

Ordens das Provas


As provas têm a função de sustentar os argumentos e são de três ordens (Jules Verest, 1939:
468-471):

• Naturais - incluem os textos das leis, o testemunho das autoridades, as afirmações das
testemunhas e os documentos de qualquer espécie;

• Verdades e princípios universais - são reconhecidos, deste modo, por todos e


apresentados sob a forma de raciocínio reduzido.

• O Exemplo – é um caso particular, real ou fictício, que tem uma analogia verdadeira com
o caso que nos ocupa. A intenção é, a partir dele, inculcar uma verdade geral da qual
deduzimos uma proposição que queremos estabelecer.

Percurso da Argumentação
Segundo Rei (1990, p. 90), são caminhos do pensamento para "justificar uma opinião,
desenvolver um ponto de vista, reflectir para chegar a uma decisão". define que “são
processos de organização das ideias, segundo a natureza dos laços que unem os
elementos ou as etapas do edifício persuasivo: onde operam os argumentos, escolhidos e
dispostos, tendo em vista uma argumentação concreta”.

No processo de argumentação, usam-se com frequência os seguintes termos, de acordo com


o contexto, como a seguir se apresentam:

• Adversidade: (oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão,


que.

• Alternância: ou; e as locuções ou... ou, ora...ora, já...já, quer...quer...


• Conclusão: logo, portanto, pois.
• Explicação: que, porque, porquanto...

• Causa: que, como, pois, porque, porquanto; e as locuções: por isso que, pois que, já que,
visto que...

• Comparação: que, do que (depois de mais, maior, melhor ou menos, menor, pior),
como; e as locuções: tão... como, tanto... como, mais...do que, menos...do que, assim
como, bem como, que nem...

• Concessão: que, embora, conquanto. Também as locuções: ainda que, mesmo que, bem
que, se bem que, nem que, apesar de que, por mais que, por menos que...

• Condição: se, caso. Também as locuções: contanto que, desde que, dado que, a menos
que, a não ser que, exceto se...

• Finalidade: As locuções para que, a fim de que, por que...


• Consequência: que (precedido de tão, tanto, tal) e também as locuções: de modo que, de
forma que, de sorte que, de maneira que...

Na argumentação é necessário ter-se sempre em atenção os seguintes aspectos:

• A correcta estruturação e ordenação das frases  O uso correcto dos conectores de


discurso.

• O respeito pelas regras da concordância


• O uso adequado dos pronomes, que evitam as repetições do nome.
• A utilização de um vocabulário variado, com recurso a sinónimos, antónimos,
hiperônimos e hipônimos.

Estrutura do Texto Argumentativo

De acordo com Freire (1989, p. 40) O texto argumentativo, oral ou escrito, estrutura-se
basicamente num plano tripartido:

1. Exórdio – é a primeira parte de um discurso, preâmbulo, a introdução do discurso que


consiste em:

• a) Exposição do tema;
• b) Exposição das ideias defendidas (pode recorrer-se à explicitação de
determinados termos, à apresentação de esquemas da exposição, à referência de
outras opiniões, etc.

2. Narração /confirmação – é a parte do discurso em que o orador desenvolve as provas,


consiste na utilização de argumentos (citação de factos, de dados estatísticos, de outros
exemplos, de narração de acontecimentos, etc.).

3. Peroração/epílogo – é a parte final de um discurso, a sua conclusão, o remate, síntese,


recapitulação.

Vias de Argumentação

1. Via Lógica

De acordo com Bagno (2010, p. 101) Trata-se, neste primeiro percurso, de modelos de
raciocínios herdados das disciplinas ligadas ao pensamento: a indução, a dedução, o
raciocínio causal.

A Indução – é a forma habitual de pensar do singular ao plural, do particular ao geral.


Pode tomar duas formas: totalizante, quando se estabelece a partir do recenseamento de
um todo, adquirindo o estatuto de prova - como quando, depois da chamada, afirmamos
"os alunos estão todos"; generalizante, quando o recenseamento completo não é possível
e o raciocínio indutivo nos leva de uma parte ao todo, por generalização - por exemplo
quando se afirma: "Os portugueses são hospitaleiros". Este é o procedimento mais usual,
mas o menos rigoroso, pois a generalização implica simplificação, e com ele vem o
engano, o idealismo e a teorização
A Dedução - dois princípios estão na sua base: o da não contradição - quando duas
afirmações se contradizem uma delas é falsa - e o da progressão do geral para a
particular - através de articulação lógica expressa por "assim", "portanto" ou "logo".

Por exemplo, o silogismo - constituído por três proposições ou afirmações - chamadas


premissas as duas primeiras (apelidada uma de "major" e outra de "menor", conforme o
termo que contém, e conclusão, a terceira - deve possuir três termos e combiná-Ios dois a
dois.
III. Raciocinio Causal

De acordo com (L. Bellenger, 1988: 27), O raciocínio causal - "Asseguremo-nos bem do
facto, antes de nos inquietarmos com a causa" o papel preponderante do raciocínio
causal, na argumentação, assenta em duas transposições constantes: da causa para o
efeito e do efeito para a causa, conduzindo ao pressuposto de que "o conhecimento das
causas permitirá remediar o facto constatado" quer dizer, suprimamos as causas e o
problema estará resolvido, o que leva as pessoas a preocuparem-se mais com as razões
do presente do que com o modo de melhorar o futuro.

Via Explicativa

A Via Explicativa à semelhança da anterior procura fazer compreender e tornar


inteligível a informação da argumentação, via explicativa usa as definições, as
comparações, a analogia, a descrição e a narração. O explicar pretende convencer com o
máximo de objectividade.

I. A definição – definir é dizer a verdade e responde à necessidade de compreender. A


necessidade de definir aumenta a credibilidade de quem quer convencer.

II. A comparação – usa-se a comparação para provar a utilidade, a bondade, o valor


de uma coisa, um resultado, uma opinião. A técnica comparativa é simples, fácil de
compreender, inscrita nos nossos hábitos, levando-nos a usá-la, activa e passivamente,
de forma natural e sem disso nos darmos conta. A comparação procura fazer passar
identidades entre factos, pessoas ou opiniões diferentes e transpor valores de sistemas
independentes e autónomos: estas passagens e transposições são manipuladoras e
pretendem chocar, colocar problemas de consciência, questionar os modelos culturais e
as normas vigentes.

III. A analogia

De acordo com (1988, p. 41) A analogia “é a imaginação em auxílio da vontade de se


explicar e de convencer.”. Trata-se de uma semelhança estabelecida pela imaginação
entre pensamentos, factos, pessoas. Simboliza a vontade de bem se exprimir e bem se
fazer entender. Simplifica a caricatura, prestando-se, assim, a uma fácil fixação e a uma
compreensão imediata, daí o seu uso frequente na publicidade. Os antigos olhavam-na
com alguma reserva, aconselhando, por isso, a introduzi-la com expressões como: de
certo modo, quase como, uma espécie de…

IV. Descrição e narração

Para convencer alguém, podemos descrever ou narrar uma situação ou um


acontecimento. São o ponto de partida da indução socrática: narra uma história, uma
experiência, uma anedota, desencadeia um processo de inferência que a partir de um
facto nos conduz ao princípio ou à regra. É o peso do concreto, do vivido e do
testemunho que passa através delas. Ambos os processos criam a ausência, a falta de um
complemento, de um remate, de um "E depois?" - ouvido sempre que alguém, ao narrar
algo, aparenta parar ou desviar-se do enredo
Conclusão

Findo do trabalho constatamos que um texto argumentativo tem como objetivo


convencer alguém das nossas ideias. Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar
qualquer tema ou assunto. É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixe a
ideia no ar, depois o desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve,
com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos claros. Deve também
conter contra-argumentos, de forma a não permitir uma interpretação duvidosa. Por fim,
deve ser concluído com um parágrafo que responda ao primeiro parágrafo, ou
simplesmente com a ideia chave da opinião. Geralmente apresenta uma estrutura
organizada em três partes: a introdução, na qual é apresentada a ideia principal ou tese; o
desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a ideia principal; e a conclusão. Os
argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser de diferentes tipos: exemplos,
comparação, dados históricos, dados estatísticos, pesquisas, causas socioeconômicas ou
culturais, depoimentos – enfim, tudo que possa demonstrar o ponto de vista defendido
pelo autor tem consistência. A conclusão pode apresentar uma possível solução/proposta
ou uma síntese. Deve utilizar título que chame a atenção do leitor e utilizar variedade
padrão da língua.
Referência Bibliografica

1. Almeida & Freire (1997). Metodologia da Investigação em Psicologia e Educação.


Coimbra. APPORT. 2. António, J. D. (2010). Algumas Contribuições da Teoria da
Estrutura Retórica para o Ensino da Leitura e Compreensão de Textos na Escola.

Maringá: Estudos Linguísticos, Londrina nº 13/2, pp. 81-100. 3.

Bagno, M. (2010). Sobre Peixe e Linguagem. In Antunes, I. Análise de Textos:


Fundamentos e Práticas, 1ª edição. São Paulo: Parábola Editorial. 5. Bakhtin, M. (2011).
A Estética da Criação Verbal, 6ª ed. Tradução de Galvão, M. E. São Paulo: Martins
Fontes.

Cruz, V. (2007). Uma Abordagem Cognitiva da Leitura. Lisboa: Lidel, Edições Técnicas, Lda.
21.

Cunha, A. F. da (2007). Funcionalismo. In Martelotta, M. E. (org). Manual de Linguística. São


Paulo: Editora Contexto.

36. Freire, O. (1989). A Importância do Acto de Ler: Em Três Artigos que se Complementam.
São Paulo: Cortez Editora.

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