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aps ii

Ocorrência de doenças
- Como ocorre a doença? Como calcula? Qual levantamento e estimativa na população estudada?

 ORGONOGRAMA DOS COEFICIENTES

→ 3 coeficientes

• Morbidade risco de adoecer → foco da aula.


• Letalidade risco de uma doença matar.
• Mortalidade risco de morrer (específico).

- O coeficiente pode ser sobre diversas causas, idades, etc.


- Eles são alimentados através de um sistema de informação com fichas de notificações
para serem inseridas as variáveis e podermos realizar os cálculos.
- A imagem mostra que existem diversos tipos de coeficientes que podemos usar para
calcular, como se encontra a situação de saúde e doença da população.
- Três grandes coeficientes que trabalhamos.
- Morbidade → frequência e levantamento do risco da pessoa morrer.
- Mortalidade → o risco da pessoa morrer.
- Letalidade → o risco dessa doença, se pode matar ou causar incapacidade maior para quem sofre com a doença?

→ Para o que serve as medidas de ocorrência de doenças?


- Quantificar/medir a frequência em que os problemas de saúde ocorrem ou os agravos, em determinada população.
- Qual a frequência em que um determinado evento/doença pode causar na população estudada?

 MEDIDAS DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS

- A epidemiologia percorre e circunda vários outros eixos e especialidades.


- A medida de ocorrência, vai percorrer todas as áreas, não somente de gestão, mas também eixos especializados.
- As medidas de frequência são definidas a partir de 2 indicadores fundamentais e essenciais usados na epidemiologia:

INCIDÊNCIA PREVALÊNCIA
- Frequência (%) em que surgem novos casos de uma - Expressa o número de casos de uma doença (somatória de
doença, em uma determinada população e intervalo de casos novos e velhos), encontrados em uma população,
tempo. Mede quantas pessoas tornaram-se doentes. definida em um dado momento. Mede quantas pessoas
estão/estavam doentes no período da pesquisa.

- Ambos os conceitos envolvem espaço e tempo – quem está ou ficou doente num determinado lugar numa dada época, e são
medidas de frequência de ocorrência de doença. Se não souber quando ocorreu o diagnóstico, é prevalência.

→ Tríade epidemiológica pessoa – tempo – espaço (itens essenciais para conhecer, ao trabalhar com incidência e prevalência).
- Quem é a população exposta?
- Quando será o período estudado/vai ser levantado o tipo de agravo que será levantado?
- Qual período que vai ser estudado.
→ População em risco: total de pessoas expostas, ou seja, que podem vir a desenvolver a doença.

- A população exposta devem ser todas e apenas as pessoas


que podem desenvolver a doença. Precisa-se conhecer
compreender a história natural da doença ou do agravo a ser
estudado.
- No exemplo da figura ao lado, “População em risco em um
estudo sobre carcinoma de colo uterino”, deve se agregar ao
estudo, somente quem tem útero → mulheres. Qual a idade
da população de risco/exposta? Dentre outros dados...

- As medidas da P e da I envolvem, basicamente, a contagem de casos em uma determinada população em risco.


- Embora todas as razões apresentem numerador e denominador, as taxas têm duas características distintas: tempo e um fator
multiplicador.

 DIFERENÇA ENTRE INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA

- Em um trabalhamos com casos antigos e novos, e em outro somente casos novos.


- Diferenças →

 FREQUÊNCIAS ABSOLUTAS

- Estudos que podem mostrar os números inteiros (frequências absolutas).


- Qualquer que seja a medida de frequência utilizada, ela deve ser necessariamente referida às dimensões do tempo, do espaço
(lugar) e da população.

Foram notificados 597.443 casos de Sífilis.


▪ Onde? No Brasil Na América do Sul No Estado do Rio de Janeiro.
▪ Quem? Menores de 5 anos População de 15 a 49 anos Maiores de 65 anos.
▪ Quando? Entre 1980 e 2004 Entre 1980 e 1997 Entre 2010 e 2015.

P → frequência de novos ou velhos casos de agravos, de doenças, etc, em uma dada população, em um dado momento.

→ Tipos
▪ Prevalência no ponto/pontual/instantânea Frequência de casos existentes em um dado instante no tempo (ex.: em
determinado dia, como primeiro dia ou último dia do ano).
▪ Prevalência no período Frequência de casos existentes em um período de tempo (ex.: durante um ano).
▪ Prevalência de toda vida Frequência de pessoas que apresentaram pelo menos um episódio da doença ao longo da vida

É uma proporção e é expressa como percentual %., quando se


multiplica por 100, resulta a porcentagem.
→ Exemplo dados da população idosa de Campinas em 2018.
- Pego o número dos casos prevalentes (casos antigos), e divide pelo número total da população, o resultado da divisão,
multiplica por 100, para resultar em porcentagem.

• Se numa população de 102.000 idosos (60 anos e mais), 16.000 são diabéticos, qual a prevalência de diabetes entre esses
idosos? → P = 22.000/102.000 = 21,6%

• Na mesma população de idosos, 22.000 referiram, na ocasião da pesquisa, procura por algum serviço ou profissional de saúde
para atendimento relacionado à saúde nos últimos 15 dias. P = 16.000/102.000 = 15,7%.

 FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR A PREVALÊNCIA

→ AUMENTO

- Maior duração da doença → cronicidade mais longa, posterga a vida, mas a doença prevalece.
- Aumento da sobrevida do paciente, mesmo sem a cura da doença → através de tratamentos.
- Aumento de novos casos (aumento da incidência) → junto de casos novos e casos antigos.
- Imigração de novos casos → pessoas que vieram morar no município e já são portadores.
- Emigração de pessoas sadias → saiu uma pessoa sadia.
- Imigração de pessoas susceptíveis → aumenta a prevalência se a pessoa vier a pegar a doença com facilidade.
- Melhora dos recursos diagnósticos (melhora do sistema de registro) → ofertas de exames à população e facilitar o
diagnóstico, além de melhorar o sistema de registros, pessoas diagnosticadas precisam notificar obrigatoriamente.

→ REDUÇÃO

- Menor duração da doença → característica aguda, curto prazo.


- Maior letalidade da doença → aumenta o risco de morte, se a pessoa morrer, não fara mais parte do estudo.
- Redução de novos casos (diminuição da incidência) → aumento da prevalência.
- Imigração de pessoas sadias → entrada de pessoas sadias na população.
- Emigração de casos → pessoas doentes saem do município.
- Aumento da taxa de cura da doença → cura, óbito, elementos que quando aumentados diminuem a prevalência.

- A prevalência de uma doença é determinada pela sua incidência e duração, assim como pelos movimentos migratórios.
- Quanto mais elevada a incidência e/ou a duração de uma doença, maior tende a ser a sua prevalência.

PREVALÊNCIA = INCIDÊNCIA X DURAÇÃO

 MEDIDAS DE PREVALÊNCIA: QUANDO USAR

- Quando quer identificar a condição de um problema de saúde? Ou de um agravo de saúde?


- O número de casos prevalentes de uma determinada condição aponta para a dimensão do problema a ser enfrentado.
- A quantidade de casos existentes de uma ou mais doenças ou problemas de saúde é um dos fatores determinantes da
demanda por assistência médica → aumento da prevalência.
- Desta forma, a prevalência é uma medida relevante para o planejamento de ações e a administração de serviços de saúde.

I → é a frequência de casos novos de uma determinada doença ou problema de saúde, provenientes de uma população sob
risco de adoecimento, ao longo de determinado período de tempo.
- As medidas de incidência estão necessariamente relacionadas à dimensão do tempo.
- Interpretação: probabilidade, ou RISCO, de um indivíduo desenvolver a doença durante um período de tempo específico.

 DENSIDADE/TAXA DE INCIDÊNCIA

- Razão entre o número de casos novos de uma doença e a soma dos períodos durante os quais cada indivíduo componente da
população esteve exposto ao risco de adoecer e foi observado.
- Pessoa-tempo: medida composta pelos indivíduos que integram uma população pelo intervalo de tempo 𝝙ti, durante o qual
cada um deles se expõe ao risco de adoecer.
- O denominador não é a população sob risco, MAS a SOMA do TEMPO que cada um ficou EXPOSTO.

→ Exemplo: taxa de incidência


- Em certo município no período de 2011 a 2013 foram notificados 500 casos de dengue. Qual a taxa de incidência, considerando-
se que a população estimada em 1º de julho de 2012 (no meio do período) era de 150.000 habitantes?

Total de pessoas expostas no tempo → período de 2011 a 2013 (3 anos)


(população exposta x anos avaliados)

150.000 x 3 = 450.000 → denominador.

Taxa de incidência de dengue =


500/450.000 = 0,00111 =

TI = 111/100.000 habitantes/ano →

Se fosse somente no ano de 2011, divide 500/150.000 (casos x população exposta).

- Quanto é o fator multiplicador? Depende do tamanho da população ou de como quer expressar o número.
• É por porcentagem → multiplica por 100.
• É para cada 10.000 habitantes → multiplica por 10.000.
• É para cada 100.000 habitantes → multiplica por 100.000.

A densidade de incidência da doença ao longo dos 7 anos de


acompanhamento refere-se ao: nº de casos novos no período de
tempo = 3. Dividido pela soma do tempo que cada pessoa ficou sob
risco de desenvolver a doença = 30 pessoas-ano. Resultando em 3/30
x100 = 10 casos por cada 100 pessoas/ano em acompanhamento ou
10% dos casos/pop estudada

 INCIDÊNCIA ACUMULADA

- Número de casos novos, sobre o total de uma população fixa, que adoece durante um determinado período de tempo.
- Uma população é caracterizada como fixa quando nenhum indivíduo é nela incluído após o início do período de observação.
- As taxas de ataque são expressas geralmente em % .

→ Exemplo Um surto de intoxicação alimentar foi detectado durante um fim de semana, entre jovens de uma comunidade
religiosa que participavam de um retiro espiritual em uma cidade da grande São Paulo. Dos 132 participantes, 90 apresentaram
um quadro clínico de gastroenterite aguda (GEA) no domingo.

IA = 90 /132 = 0,68 ou 68% por dia.

Quando for uma população pequena → pode utilizar a frequência, multiplica por 100L.

→ Exemplo frequência de casos de hepatite em 2 localidades.

Cidade A (1 ano) → 58 / 25.000 = 0,00232 x 100.000 = Total 232/ano.

Cidade B (2 anos) → 7.000 x 2 = 14.000 → 35 / 14.000 = 0,0025 x 100.000 = Total 250/ano.


→ Resumindo Incidência acumulada trabalha com população fixa. E a taxa de incidência leva em consideração o número de
pessoas exposta em cada tempo. Quanto mais a incidência aumenta, a prevalência aumenta junto. A prevalência diminui com
imigrações, óbitos, curas, etc.

 PREVALÊNCIA, INCIDÊNCIA E DURAÇÃO DA DOENÇA

- Cada caso novo (incidente) entra e permanece no grupo dos casos prevalentes até que se curem (recuperem) ou morram.
- A incidência interfere sobre a prevalência, que depende de alguns fatores, como recuperação, óbito, permanência, etc.
- Ou seja, se o número de óbitos é baixo, a cronicidade é alta, mesmo com uma baixa incidência produzirá alta prevalência!

Vigilância em Saúdes
- Todos os municípios devem respeitas, e ter esse departamento, e equipes que atuem na vigilância e saúde, pois possuem
verbas destinadas às ações de vigilância em saúde.
- Processo dinâmico, pois há mudança populacional, mudança nos processos de saúde e doença para cada nível de atenção,
básica, suporte hospitalar, etc.
- A vigilância em saúde faz o acompanhamento, levantamento de informações, para analisar. E traz medidas para planejar e
promover a saúde e bem estar da população.
- Independente de qual esfera governamental ela esteja atuando, possui essa dinâmica → município, em uma vigilância mais
loca, ou rede hospitalar.

 PORTARIA Nº 1.378, DE 9 DE JULHO DE 2013 – Art. 2º

“A Vigilância em Saúde constitui um PROCESSO CONTÍNUO E SISTEMÁTICO DE COLETA, CONSOLIDAÇÃO, ANÁLISE E


DISSEMINAÇÃO de dados sobre eventos relacionados à saúde, visando o PLANEJAMENTO E A IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS
de saúde pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e controle de riscos, agravos e doenças, bem como para
a promoção da saúde.”

 OBJETIVOS

(1) Observação e análise permanente da situação de saúde da população.


(2) Articular em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem
em determinados territórios.
(3) Garantir a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde.

 AÇÕES

I - A vigilância da situação de saúde da população, com a produção de análises que subsidiem o planejamento, estabelecimento
de prioridades e estratégias, monitoramento e avaliação das ações.
II - A detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para a resposta às emergências de saúde.
III - A vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis.
IV - A vigilância das doenças crônicas não transmissíveis, dos acidentes e violências.
V - A vigilância de populações expostas a riscos ambientais em saúde.
VI - A vigilância da saúde do trabalhador.
VII – A vigilância sanitária dos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos, serviços e tecnologias de interesse a saúde.
VIII - Outras ações de vigilância - em serviços de saúde públicos e privados nos vários níveis de atenção, laboratórios, ambientes
de estudo e trabalho e na própria comunidade.

 SÃO CARACTERÍSTICAS COMUNS A TODAS AS VIGILÂNCIAS

- Intervenção sobre problemas de saúde (reconhecer danos, riscos e/ou fatores determinantes).
- Ênfase em problemas que requerem atenção e acompanhamento contínuos (acompanha do início ao fim).
- Operacionalização do conceito de risco.
 DIVISÃO DOS DEPARTAMENTOS – EIXOS

Basicamente, esses 4 são o “carro chefe “ da vigilância em saúde.

 SÃO CARACTERÍSTICAS COMUNS A TODAS AS VIGILÂNCIAS

- Intervenção sobre problemas de saúde (reconhecer danos, riscos e/ou fatores determinantes).
- Ênfase em problemas que requerem atenção e acompanhamento contínuos, e acompanha do início ao fim.
- Operacionalização do conceito de risco.

 ONDE DEVEM SER DESENVOLVIDAS AS AÇÕES?

- A vigilância em saúde deve estar cotidianamente inserida em TODOS OS NÍVEIS DE ATENÇÃO DA SAÚDE, atuando em todos
os eixos. A partir de saberes e práticas da epidemiologia, da análise de situação de saúde e dos determinantes e condicionantes
sociais da saúde, as equipes de saúde podem PROGRAMAR E PLANEJAR AÇÕES, DE MANEIRA A ORGANIZAR OS SERVIÇOS,
AUMENTANDO O ACESSO DA POPULAÇÃO a diferentes atividades e ações de saúde.

 A VIGILÂNCIA EM SAÚDE E O PLANEJAMENTO DO GESTOR

- A vigilância em saúde detém conhecimentos e metodologias que auxiliam a gestão em saúde, para o conhecimento da
realidade, identificação de problemas, estabelecimento de prioridades de atuação e melhor utilização dos recursos. Tudo que
acontece na vigilância, precisa obrigatoriamente, passar pelo gestor, bem articulado entre gestores e equipe de vigilância. E
juntos, buscando resultados efetivos, fundamentais para a elaboração do planejamento de ações.
- A vigilância precisa trabalhar com evidencias cientificas, que na maioria das vezes, vem de setores maiores, mas os municípios
tem autonomia para procurar essas evidencias cientificas, protocolos e etc, de forma a orientar as equipes medicas, para que
tragam respaldo para as equipes médicas, para o gestor e para a equipe médica.

→ A análise da situação de saúde permite a identificação, descrição, priorização e explicação dos problemas de saúde da
população, através de

- Caracterização da população → Sensos, inquéritos de saúde, pesquisas especiais, etc.


- Caracterização das condições de vida → Renda? Acesso a moradia? Trabalho? Acesso a saneamento báscio?)
- Caracterização do perfil epidemiológico → Como é o perfil de morte? De letalidade?
- Descrição dos problemas → Atraves de denuncia, de orientaçao da equipe de vigilancia, etc.

 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

• Imunizações / distribuição de vacinas; Bloqueio vacinal / bloqueio medicamentoso.


• Orientações técnicas sobre o calendário nacional de imunização.
• Investigação de agravos de notificação obrigatória (Portaria nº 264/2020).
• Busca ativa de casos.
• Alimentam os sistemas de informação.
• Fornecem os dados que serão a base para a construção dos indicadores.
• Publicação/ divulgação.

 VIGILÂNCIA SANITÁRIA

• Licenciar os estabelecimentos de serviços e produtos relacionados à saúde.


• Boas práticas de manipulação de alimentos.
• Inspeções sanitárias.
• Orientação técnica.
• Investigação sanitária de eventos.
• Análise de rotulagem.
• Verificação do Plano de Gerenciamento de resíduos de serviço de saúde.
• Os autos de infração devem ser lavrados sempre que houver uma infração sanitária.
• Aplicação de penalidades administrativas – poder de polícia.
• Autuações, interdições, multas, apreensões, inutilizações.

 VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR

• Atendimento de denúncias/reclamações.
• Investigação sanitária de eventos.
• Doenças / acidentes decorrentes do trabalho.
• Notificação ao Ministério do Trabalho.
• Coibir a venda e utilização de amianto.
• Aplicação de penalidades administrativas – poder de polícia.

 VIGILÂNCIA AMBIENTAL

• Atendimento de denúncias.
• Monitorar áreas contaminadas e ecopontos.
• Licenciamento de Solução Alternativa Coletiva (poço, lago, etc).
• Acompanhar o sistema de distribuição de água de abastecimento público.
• PROAGUA (estadual)/SISAGUA (federal).
• Monitorar a qualidade da água para consumo humano.
• Coleta de pontos aleatórios.
• Vigilância do Controle de Zoonoses.
• Animais com suspeita de zoonoses.
• Criadouros de vetores.
• Bloqueio de criadouros e de transmissão.
• Educação em saúde.
• Vacinação animal.

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