Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cura Interior
Gerência geral: Rafael Cobianchi
Preparação e revisão: Rochelle Lassarot
Diagramação e Capa: Diego Rodrigues
Imagem de capa: Istock/david5962
Este livro segue as regras da Nova Ortografia da Língua Portuguesa.
Editora Canção Nova
Rua João Paulo II, s/n
Alto da Bela Vista
12.630-000
Cachoeira Paulista – SP
Tel.: [55] (12) 3186-2600
E-mail: editora@cancaonova.com
loja.cancaonova.com
Twitter: @editoracn
Instagram: @editoracancaonova
Todos os direitos reservados.
ISBN: 978-85-9463-025-4
© EDITORA CANÇÃO NOVA
Cachoeira Paulista, SP, Brasil, 2022
José´ Augusto Nasser dos Santos
Tratado de
Cura Interior
´
Sumário
Introdução............................................................................... 9
Como a terapia cristã é drasticamente diferente da terapia
secular?..................................................................................... 15
Oração..................................................................................... 18
Capítulo 1...............................................................................21
Separando o joio do trigo.........................................................26
Jesus responde a tudo isso: Ele cura hoje...................................28
Capítulo 2 ............................................................................. 29
Cura espiritual..........................................................................30
Cura mental.............................................................................34
Cura da vontade.......................................................................37
Cura emocional........................................................................37
Cura dos relacionamentos........................................................42
Cura das memórias...................................................................44
Cura da imaginação..................................................................45
Cura física................................................................................46
Cura de gerações......................................................................47
Sete princípios básicos para cura interior..................................48
Cura do orgulho — soberba.....................................................85
Capítulo 3.............................................................................. 93
Raiz causal................................................................................94
Aconselhamento.......................................................................95
Capítulo 4 ............................................................................. 99
Raiz causal............................................................................... 101
Estratégia de aconselhamento.................................................. 103
Capítulo 5 ............................................................................. 111
Raiz causal............................................................................... 113
Estratégia geral de aconselhamento.......................................... 114
Estratégias específicas de convencimento................................. 115
Escrituras................................................................................ 118
Capítulo 6............................................................................. 119
Estratégia de aconselhamento.................................................. 120
Raiz causal............................................................................... 122
Capítulo 7............................................................................. 125
Raiz causal............................................................................... 126
Estratégia de aconselhamento.................................................. 127
Capítulo 8..............................................................................131
Raiz causal............................................................................... 131
Estratégia de aconselhamento.................................................. 132
Como ir para a confissão......................................................... 132
Estratégia de aconselhamento para não católicos...................... 140
Estratégia de aconselhamento para os católicos que são amargos ou
ressentidos............................................................................... 141
Capítulo 9............................................................................. 143
Raiz causal............................................................................... 144
Capítulo 10........................................................................... 149
Raiz causal............................................................................... 150
Aconselhamento...................................................................... 152
Capítulo 11........................................................................... 155
Estratégias de aconselhamento................................................. 157
Capítulo 12........................................................................... 165
Raiz causal............................................................................... 166
Estratégia de aconselhamento..................................................166
Capítulo 13........................................................................... 169
Fundamento............................................................................ 169
Raiz causal............................................................................... 172
Aconselhamento...................................................................... 174
Capítulo 14........................................................................... 177
Raiz causal............................................................................... 179
Passos individuais para discernimento..................................... 179
Estratégias de aconselhamento................................................. 180
Capítulo 15........................................................................... 183
Síndrome traumática pós-aborto............................................. 184
Raiz causal............................................................................... 185
Estratégia de aconselhamento.................................................. 185
Capítulo 16........................................................................... 193
Raízes causais.......................................................................... 194
Estratégia de aconselhamento.................................................. 195
Capítulo 17...........................................................................203
Raiz causal...............................................................................204
Estratégia de aconselhamento..................................................204
Capítulo 18.......................................................................... 209
Raiz causal............................................................................... 211
Estratégia de aconselhamento.................................................. 211
Capítulo 19........................................................................... 215
Raízes causais ......................................................................... 216
Estratégia de aconselhamento.................................................. 216
Capítulo 20........................................................................... 219
Histórico................................................................................. 219
Raiz causal...............................................................................220
Estratégia de aconselhamento..................................................222
Os doze passos (versão católica)............................................... 223
A Eucaristia.............................................................................228
Capítulo 21........................................................................... 231
Exemplos de luto..................................................................... 232
Exemplos de perda.................................................................. 232
Raiz causal............................................................................... 233
O que Maria nos ensina mediante o sofrimento...................... 234
Estratégias de aconselhamento................................................. 235
Capítulo 22........................................................................... 237
Introducao
˜
˜
“Vou pensar-lhes as feridas e curá-las e proporcionar-lhes
abundância de felicidade e segurança” (Jr 33,6).
A
nos atrás, uma paciente de 40 anos foi apresentada a
um diácono médico com um problema aparentemente
insolúvel. Ela era casada e tinha duas filhas adolescentes.
Suas queixas se resumiam a fobias, angústia progressiva, medo,
mas muito medo mesmo, medo de morte, medo de adoecer,
medo das pessoas, medo dos lugares, insegurança, tremores,
especialmente em situações de estresse e pesadelos horrendos,
hipersudorese, hiperidrose. Tinha perdido seu apetite sexual
pelo seu marido. Ela havia sido estuprada pelo seu pai dos 6
aos 16 anos com uma arma na cabeça. Em todos esses anos ela
tinha pesadelos matando seu pai, muitas e muitas vezes, e não
conseguia. Seu pai já tinha morrido há 11 anos.
Esse diácono era doutor em psicologia e estava iniciando
seu trabalho com cura interior, mas em nenhuma parte dos seus
estudos ele confessava encontrar qualquer técnica ou terapia
9
Tratado de cura interior
que pudesse atingi-la; o que mais ele fazia era ouvi-la e aliviar,
de certa forma, suas emoções, mas tudo era temporário.
Cheio de compaixão, o diácono então iniciou uma ver-
dadeira odisseia na tentativa de ajudar essa alma desesperada e
sofrida. Foi até a universidade onde lecionava e apresentou a
situação ao Comitê de Terapia Mental (professores de diversas
áreas, entre elas, psiquiatria, psicologia, filosofia, que se reúnem
semanalmente). Nenhuma das sugestões oferecidas pelo Comitê
não havia sido tentada sem êxito antes. Um dos professores
levantou a hipótese de que a paciente seria lésbica, por isso
rejeitava seu marido. Dessa forma, nenhuma das sugestões foi
algo novo, e mais uma vez trouxe ainda mais frustração a essa
pessoa já em vias de pensar em tirar sua própria vida.
Como o diácono era entre os poucos que a filha de Deus
confiava, era sobre seus braços que repousava a esperança dessa
que, entre tantas no mundo, sofre de transtorno pós-traumá-
tico, semelhante às mulheres que cometem o crime do aborto,
e então ele teve uma ideia genial: trazê-la diante de um grupo
de sacerdotes para ser orada e atendida numa experiência de
oração de um dia e ouvir o que a Igreja poderia dizer sobre
esse caso. Infelizmente eles sugeriram que a ciência deveria
tratá-la e falaram não tinham muito a oferecer diante daquela
síndrome tão devastadora. Eles acreditavam que a medicina
poderia cuidar do caso, e o diácono indagava se não era Jesus
quem ia curá-la. Nesse momento, ficou bem claro que existia
um território inabitado entre a psicologia e a cura espiritual, e
ele tinha em seu coração a certeza de que haveria de haver uma
ponte entre as duas disciplinas.
10
Introdução
11
Tratado de cura interior
12
Introdução
13
Tratado de cura interior
o que tem de ser feito. Assim sendo, qualquer cristão pode orar
por um irmão que necessite e presenciar milagres pelo poder
de Jesus Cristo. Se a pessoa por quem estamos orando tiver se
confessado, o mal não pode interferir nesse momento santo.
Em todo esse tempo de ministério, tenho utilizado as fer-
ramentas da neurologia e da psicologia para abrir os caminhos,
aliando ciência e fé, mas a fé traz a sabedoria: “Não é a erva
nem o unguento que te cura, mas a Palavra de Deus que cura
todas as coisas.” (Sb 16,12).
Toda cura vem de Deus, pelos caminhos naturais (ciência)
ou pela fé (Espírito Santo), não há terceira via, tudo além é
ocultismo. Mas quando o Senhor nos cura, nos cura por amor
e para o amor, ou seja, para servirmos a Ele. Antes de ser um
prêmio, é uma carinhosa forma de dizer: “Eu te amo e preciso
da sua vida em união com a minha.”
Somente o Senhor pode verdadeiramente curar; somos
apenas a sua caneta que realiza o ato. Se não tivéssemos a in-
teligência, seríamos dominados por nossos sentidos e escravi-
zados por eles, portanto a primeira libertação precisa ser no
intelecto. Deus nos conhece desde o ventre materno. Ele nos
chama pelo nosso nome (Is 49). Temos sede e fome de voltar
para a Mother’s House (Igreja — Casa da Mãe) e lutamos dia
e noite contra nós mesmos, especialmente contra toda ruptura
entre nós e as coisas de Deus, nossa alienação, nossa dissintonia,
nossa ansiedade, nossos ruídos, nos abusos, divórcios, adição,
dependências, baixa autoestima, solidão, culpa, medo, preocu-
pação, dúvidas, desespero, depressão, tudo isso nos flagela todos
os dias. Todos somos pecadores. Todos temos personalidade
14
Introdução
15
Tratado de cura interior
16
Introdução
17
Tratado de cura interior
Oração
18
Introdução
19
Capítulo 1
A
razão primária porque Jesus foi enviado ao mundo
foi para curar, restaurar, redimir e salvar. Jesus veio
para fazer o homem um ser pleno e santo, homens
e mulheres em seus relacionamentos. Cura, como vemos nos
primeiros capítulos do Evangelho de São Marcos, se torna o
início da vida pública de Jesus; também no Evangelho segundo
São Lucas lemos:
Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro,
escolheu a passagem onde está escrito (61,1s.): o Espírito do Senhor
está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa
nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar
aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em
liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor. E enro-
lando o livro, deu-o ao ministro e sentou-se; todos quantos estavam
na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Ele começou a dizer-lhes:
Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir (Lc 4,17-21).
21
Tratado de cura interior
22
A cura na Igreja hoje
23
Tratado de cura interior
24
A cura na Igreja hoje
25
Tratado de cura interior
26
A cura na Igreja hoje
27
Tratado de cura interior
28