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ESTUDO DE CASO SOBRE A GESTÃO DA MANUTENÇÃO EM EQUIPAMENTOS

HOSPITALARES

Bruno Costa Chaves (1)


Anthony Collucci (2)

Danilo A. da Silva (3)


Fernanda M. Lara (4)
Marina E. P. Silva (5)
Matheus Lemos (6)
Matheus S. Sotti (7)
Rodrigo Costa (8)
Silvana Facion dos Santos (9)

RESUMO
O presente trabalho tem com objetivo geral abordar a gestão da manutenção de
equipamentos hospitalares e mostrar a importância dela para a boa gestão dos
hospitais, redução de custos com paradas não planejadas e garantia de atendimento
ao doente. Pode-se, assim, comparar um hospital a uma empresa, cuja administração
precisa ser eficiente pois o “produto” ali considerado é a saúde e a vida de seus
clientes, em se tratando de equipamentos hospitalares, além da manutenção, também
deve-se levar em conta os equipamentos que necessitam de calibração periódica
devido às suas características funcionais. Foi analisado a gestão de manutenção e
dos equipamentos em três hospitais, sendo realizado um estudo de caso com
pesquisa de campo e outros dois através de revisão da bibliografia. Com base nos
resultados dos estudos de caso foi possível concluir que os hospitais possuem a
preocupação ou já iniciaram algum processo de gestão da manutenção.
Verificou-se, especialmente nos hospitais públicos de menor porte, como o estudo de
caso 1, que a gestão da manutenção ainda é pouco estruturada, sem equipe dedicada
e se baseando quase exclusivamente em recursos de terceirização. Enquanto os
hospitais privados apresentam uma equipe técnica dedicada a gestão da manutenção
e controle dos equipamentos por meio digital com utilização de softwares de gestão.

1. INTRODUÇÃO

A presença de uma enormidade de equipamentos técnicos hospitalares, com funções


diversas e necessárias à garantia da saúde e vida humana, faz com que seja
considerada a importância da manutenção aplicada nesse setor.
Estima-se que 50% de todos os métodos de diagnóstico e tratamentos usados hoje
não existiam há 30 anos. Segundo a OMS, as últimas três décadas estão sendo as
de mais rápida evolução tecnológica na área da saúde, em toda a história. A evolução

(1)Professor Assistente, Mestre em Engenharia Mecânica, Centro Universitário UNA


(2), (3), (4), (5), (6), (7), (8) Graduandos em Engenharia Mecânica, Centro Universitário UNA
(9)Mestranda em Engenharia de Produção, UFOP
tem sido proporcional tanto ao aumento da complexidade, quanto ao custo de
aquisição e manutenção dessa tecnologia (FERREIRA, 2017).
Segundo FARIA (1999), a atuação do engenheiro mecânico na gestão e controle da
manutenção de equipamentos hospitalares costuma ser pouco difundida nas
faculdades de Engenharia Mecânica, mas é extremamente válido mostrar que a
atuação do engenheiro vai além das grandes empresas de siderurgia, fabricação de
aços, mineração e automotiva. Logo, faz-se importante que o profissional estude e
explore as possibilidades nessa área, conhecida como engenharia clínica. Portanto,
considerando que a confiabilidade dos equipamentos resulta na garantia de um
tratamento eficaz, redução de custo e tempo, quais seriam os melhores métodos ou
planos de gestão da manutenção hospitalar.
Segundo AMORIM et al. (2017), o avanço da tecnologia e o crescimento da oferta de
equipamentos Médico-Hospitalares impactaram sobremaneira os estabelecimentos
assistenciais de saúde (EAS), que precisam investir em equipamentos mais
sofisticados e caros e, como consequência, precisam fazer com que o ciclo de vida
útil desses equipamentos seja aproveitado da forma mais eficiente. Entendendo a
importância de monitoramento desses equipamentos, o Ministério da Saúde
desenvolveu em 2000 o Cadastro Nacional de Equipamentos de Saúde (CNES),
ferramenta que disponibiliza informações das atuais condições de infraestrutura de
funcionamento dos EAS do SUS, inclusive de equipamentos. A Tabela I mostra a
evolução de alguns equipamentos entre 2005 a 2013.

Tabela I – Lista de equipamentos de diagnóstico por imagem e terapia da rede


pública e privada, cadastrados no CNES no período de 2005 a 2013.
TIPO DE EQUIPAMENTO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
APARELHO DE DENSITOMETRIA ÓSSEA - PR 924 1000 1068 1146 1263 1356 1438 1498 1590
APARELHO DE DENSITOMETRIA ÓSSEA - PU 35 40 41 61 67 77 80 85 99
APARELHO DE HEMODINÂMICA - PR 245 266 284 313 343 365 375 396 398
APARELHO DE HEMODINÂMICA PÚBLICO - PU 74 79 83 87 90 90 92 93 104
APARELHO DE RAIOS X COM FLUOROSCOPIA - PR 651 658 671 689 706 708 681 683 688
APARELHO DE RAIOS X COM FLUOROSCOPIA - PU 240 254 256 268 277 274 276 284 292
APARELHO DE RAIOS X DE 100 A 500 MA - PR 8062 8652 8888 9388 9862 10217 13041 10503 10762
APARELHO DE RAIOS X DE 100 A 500 MA - PU 4767 4962 5061 5384 5595 5873 6078 6356 6525
GAMA CÂMARA PR 423 441 469 494 519 548 559 585 603
GAMA CÂMARA PU 89 88 96 109 121 116 121 132 127
MAMÓGRAFO COM COMANDO SIMPLES - PR 1667 1813 1934 2069 2242 2421 2479 2484 2594
MAMÓGRAFO COM COMANDO SIMPLES - PU 99 100 108 127 137 144 142 145 150
MAMÓGRAFO COM ESTEREOTAXIA - PR 401 435 459 495 538 576 589 580 596
MAMÓGRAFO COM ESTEREOTAXIA - PU 89 93 90 104 111 125 129 127 121
MAMÓGRAFO DIGITAL - PR 0 0 0 0 0 0 0 19 37
MAMÓGRAFO DIGITAL - PU 0 0 0 0 0 0 0 30 50
PROCESSADORA PARA MAMÓGRAFO - PR 0 0 0 0 0 0 133 518 594
PROCESSADORA PARA MAMÓGRAFO - PU 0 0 0 0 0 0 38 180 205
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA - PR 377 440 506 616 748 851 971 1107 1258
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA - PU 29 35 43 50 58 65 78 80 99
TOMÓGRAFO COMPUTADORIZADO - PR 1197 1281 1365 1524 1690 1860 1940 2116 2311
TOMÓGRAFO COMPUTADORIZADO - PU 233 253 277 309 341 373 394 425 463
ULTRASSOM DIAGNÓSTICO - PR 12558 13347 13757 14454 15170 15772 15979 16164 16568
ULTRASSOM DIAGNÓSTICO - PU 3419 3747 4077 4511 4998 5442 5874 6234 6593
TOTAL POR ANO 35579 37984 39533 42198 44876 47253 51487 50824 52827
Fonte: AMORIM et al. (2017),

Considerando os dados para aparelho de densitometria óssea da rede pública e


privada disponíveis na Tabela I, é possível obter o Gráfico I.
Gráfico I – Evolução do número de aparelhos de densitometria óssea de 2005 a
2013

Fonte: AMORIM et al. (2017), adaptado pelos Autores


PR = rede privada; PU = rede público

Percebe-se claramente que a quantidade de equipamentos vem aumentado ao longo


dos últimos anos e é impossível negligenciar a importância da gestão da manutenção
na eficiência administrativa dos estabelecimentos de saúde.
Segundo FARIA (1999), a manutenção hospitalar é uma atividade bastante complexa,
seja pela importância do serviço prestado quanto pela complexidade e quantidade de
equipamentos. Pode-se, assim, comparar um hospital a uma empresa, cuja
administração precisa ser eficiente pois o “produto” ali considerado é a saúde e a vida
de seus clientes.
Portanto, pelo fato da indústria 4.0 ser o foco dos avanços tecnológicos e métodos de
trabalho, entende-se que essa evolução também pode ser aplicada à gestão da
manutenção hospitalar na busca de melhores práticas e eficiência.
O presente trabalho tem com objetivo geral abordar a gestão da manutenção de
equipamentos hospitalares e mostrar a importância dela para a boa gestão dos
hospitais, redução de custos com paradas não planejadas e garantia de atendimento
ao doente.
Como objetivos específicos pode-se citar:
• Descrever um procedimento padrão para a gestão da manutenção em
instalações hospitalares.
• Comparar os estudos de caso pesquisados em outras bibliografias e realizados
pelo grupo com as referências da ANVISA e Ministério da Saúde.
• Identificar as possibilidades de melhorias nos estudos realizados.
2. REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo a norma ABNT NBR 5462 (1994) a manutenção pode ser definida como uma
combinação de ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão,
destinadas a manter ou recolocar um item em estado no qual possa desempenhar
uma função requerida”.
Ainda, segundo a mesma norma, os tipos de manutenção podem ser divididos em:
• Manutenção não planejada: normalmente de caráter corretivo. Ocasiona
prejuízo de produtividade e altos custos.
• Manutenção planejada: de caráter sistêmico e subdividida em:
• Manutenção Preventiva, que se realiza para prevenir a ocorrência de uma
falha;
• Manutenção Preditiva, que se realiza através de medição de parâmetros para
determinar a época de ocorrência de uma falha e com isso realizar a
manutenção preventiva antes que ocorra a falha;
• Manutenções de Rotina ou detectivas, tais como inspeções, lubrificação etc.,
que estão incluídas na manutenção do tipo de prevenção para evitar a
ocorrência de falhas ocultas.
A evolução da indústria em geral, conforme FOGLIATO e RIBEIRO (2011), mostra
que a manutenção passou a ter papel fundamental no controle de custos, da
produtividade e no desempenho e vida útil de equipamentos e sistemas. Quanto mais
tempo de máquina parada, mais perdas ocorrem à cadeia produtiva. Considerando os
hospitais, e o tipo de serviço ali oferecido, se percebe de forma ainda mais latente, a
importância da manutenção dos equipamentos e sistemas para que nada pare de
funcionar. Para ilustrar a gravidade de uma falha em um sistema hospitalar podemos
citar o fato ocorrido em 05 de outubro de 2019, em um hospital em Teresina, Piauí,
onde médicos tiveram de utilizar as lâmpadas dos celulares quando os geradores do
hospital não entraram em funcionamento após a queda de energia da concessionária,
conforme noticiado pelo site de notícias UOL (2019).
Segundo AZEVEDO (2011), em se tratando de equipamentos hospitalares, além da
manutenção, também deve-se levar em conta os equipamentos que necessitam de
calibração periódica devido às suas características funcionais. A calibração define-se
então pela “(...) comparação entre dois dispositivos ou sistemas de medição que
apresentam uma relação conhecida de acordo com um padrão certificado”.
Segundo FERREIRA (2017), de 20 a 30% da manutenção realizada em equipamentos
hospitalares é inadequada, logo, considerando a importância da manutenção e bom
funcionamento dos equipamentos hospitalares, o Ministério da Saúde através da
ANVISA, define pela RDC/Anvisa n. 02, de 25 de janeiro de 2010, “que todos os
estabelecimentos de saúde devem realizar o gerenciamento das tecnologias em
saúde”. A NBR 15943 (2011) cita as diretrizes para o gerenciamento dos
equipamentos, o anexo IV da Portaria Nº 158 do Ministério da Saúde de 2017
caracteriza os equipamentos, a manutenção e a calibração, entre outros.
Segundo GERÔNIMO et al. (2017), para a implantação de um sistema de manutenção
de equipamentos hospitalares é necessário considerar a importância do serviço a ser
executado e a forma de gerenciar a realização desse serviço. Para tal, torna-se
fundamental conhecer o nível de importância do equipamento nos procedimentos e
atividades clínicos, o histórico do equipamento dentro do hospital, a que grupo ou
família de equipamentos ele pertence, sua vida útil, nível de obsolescência,
características de construção e a possibilidade de substituição durante a manutenção;
ou seja, tudo o que se refira ao equipamento e que possa, de alguma maneira,
subsidiar o serviço de manutenção, visando a obter segurança e qualidade no
resultado do trabalho. Todo esse conjunto de informações irá ajudar o responsável
técnico na análise para detecção de falhas, a estabelecer a urgência da realização do
serviço, a desenvolver a rotina de manutenção preventiva e na obtenção do nível de
confiabilidade exigido, visto que uma manutenção inadequada poderá colocar em
risco a vida do paciente.
Ainda, é fundamental desenvolver o treinamento da equipe envolvida na manutenção.
Segundo CALILI e GOMIDE (2002), o conhecimento da equipe está diretamente
ligado à confiabilidade e agilidade nos serviços. Importante que a equipe esteja
acostumada aos termos médicos para melhor comunicação com a equipe de médicos
e enfermeiros.
Para aumentar o conhecimento, necessário se faz conhecer as principais instalações
e equipamentos existentes nos hospitais para que seja possível pensar na gestão da
manutenção.
Devido à sua complexidade e característica, os equipamentos e instalações podem
variar conforme a característica do hospital. Por exemplo, um hospital pode não
possuir o serviço de maternidade e atendimento neonatal. Ainda, pode ser
especializado em um tipo de atendimento, como oncológico ou do sistema locomotor
(exemplo do Hospital Rede Sarah Kubitscheck).
O Ministério da Saúde através do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
(CNES) classifica os equipamentos segundo grupos funcionais sendo: equipamentos
de audiologia, equipamentos de diagnóstico por imagem, equipamentos de
infraestrutura, equipamentos de odontologia, equipamentos para manutenção da vida,
equipamentos por métodos gráficos, equipamentos por métodos óticos e outros.
Como já citado no item anterior, o conhecimento do tempo médio de falha (TMF) de
um equipamento é importante para a definição do contingente de técnicos e para se
definir o plano de manutenção. Na Tabela II abaixo, tem-se o exemplo de falhas
conforme estudo dentro do complexo de saúde da Universidade Estadual de
Campinas. Esses valores foram levantados com base em aproximadamente 24.000
ordens de serviços de 2000 a 2002 executadas pelo Centro de Engenharia Biomédica
da UNICAMP. Os valores representam a média dos períodos transcorridos entre
manutenções corretivas para cada tipo de equipamento, independentemente de sua
marca.
Tabela II – Tempo médio de falha de alguns equipamentos hospitalares

Fonte: Dados da UNICAMP, extraídos de CALILI e GOMIDE (2002),

Segundo FARIA (1999), através do conhecimento do ciclo de vida do equipamento é


possível obter os dados necessários para a determinação do período de
funcionamento de um equipamento e assim ter uma ideia de quando deverá ser
substituído. Ainda, o custo da aquisição juntamente com o das intervenções de
manutenção preventivas e corretivas, fornecem elementos na determinação do
término do ciclo de vida de um equipamento. No Gráfico II, tem-se o exemplo da curva
do ciclo de vida de um equipamento.

Gráfico II – Exemplo do ciclo de vida útil

Fonte: FERREIRA (2017)


A qualidade do equipamento prende-se com a tecnologia, fiabilidade e segurança
adequadas ao serviço; as condições e prazos de garantia; os manuais e os custos
das manutenções. Já as garantias do fornecedor dizem respeito à capacidade e
assistência técnica; à seriedade e solidez da empresa; rapidez da resposta;
fornecimento de peças e materiais.

3. METODOLOGIA

O presente trabalho procurou descrever a gestão de manutenção de equipamentos


nos hospitais. Para tal, foram levantados os dados obtidos de estudos de caso
disponíveis na bibliografia pesquisada e aqueles obtidos por estudos de caso através
de visitas realizadas pelo grupo.
Foram avaliados 03 estudos de caso, sendo o primeiro via visita do grupo e os demais
via estudo bibliográfico.
Nos casos estudados foram verificados os pontos descritos abaixo.
• Foi realizado o inventário dos equipamentos
• Existência tipo de tagueamento ou sistema de codificação
• A gestão é realizada por sistema informatizado ou manual
• Existência mapoteca com os manuais e demais informações técnicas sobre os
aparelhos
• Existência matriz para manutenção preventiva e registro de ocorrências das
manutenções corretivas
• Existência de rotinas de recebimento, controle da manutenção até o retorno do
equipamento à operação e controles da qualidade
• Existência de equipe interna responsável pela manutenção
• Como são os tipos de contratos de manutenção: interno, externo e misto
Considerando as diretrizes do Ministério da Saúde através das referências
encontradas em CALIL e TEIXEIRA (1999) e CALIL e GOMIDE (2002), a construção
de um plano de gestão da manutenção deve se iniciar pelas seguintes etapas:
a) Elaborar um inventário dos equipamentos médico-hospitalares, de apoio e de
infraestrutura existentes no hospital. Importante o uso de questionário com as
informações relevantes sobre o equipamento, conforme Figura I.
Figura I – Exemplo de Questionário

Fonte: CALIL E TEIXEIRA (1998)

b) Criar um sistema de codificação, conforme Figura II.

Figura II – Exemplo de código

Fonte: CALIL E TEIXEIRA (1998)


Na Figura III, tem-se alguns exemplos de códigos que podem ser usados.

Figura III – Listas de códigos

Fonte: CALIL E TEIXEIRA (1998


c) Utilizar sistema computacional para a gestão. Como exemplos de programas
mais atuais temos SAP e ENGEMAN. A gestão manual também é possível, mas em
unidades grandes e com mais de 100 leitos, a atividade torna-se mais complexa e
requer mais mão de obra operacional (FARIA, 1999).
d) Criação de mapoteca com os manuais e demais informações técnicas sobre os
aparelhos, que podem ser consultados pelos técnicos e gestores de manutenção.
Também é fundamental manter os contatos telefônicos e de assistência on line
atualizados, especialmente nos casos de manutenção corretiva (FISCHER, 2004)
e) Alimentação do sistema, com base nas informações dos manuais, fabricantes
e diretrizes da ANVISA, considerando a periodicidade necessária à manutenção de
cada equipamento (no caso de manutenção preventiva) e o registro das ocorrências
em caso de manutenção corretiva. Na Tabela II tem-se os exemplos de matriz de
periodicidade para manutenção Preventiva.

Tabela II - Modelo de plano para manutenção preventiva

Fonte: FERREIRA (2017)

A qualidade do equipamento prende-se com a tecnologia, fiabilidade e segurança


adequadas ao serviço; as condições e prazos de garantia; os manuais e os custos
das manutenções. Já as garantias do fornecedor dizem respeito à capacidade e
assistência técnica; à seriedade e solidez da empresa; rapidez da resposta;
fornecimento de peças e materiais.

3.1 Estudo de caso

No estudo de caso foram avaliados 03 (três) hospitais, sendo o Hospital Municipal de


Esmeraldas 25 de maio via visita do grupo e o Hospital de Clínicas da Universidade
Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e o Hospital Geral de Fortaleza via estudo
bibliográfico.
Nos hospitais estudados foram verificados os seguintes pontos:
a) Foi realizado o inventário dos equipamentos
b) Existência tipo de tagueamento ou sistema de codificação
c) A gestão é realizada por sistema informatizado ou manual
d) Existência da mapoteca com os manuais e demais informações técnicas sobre os
aparelhos
e) Existência da matriz para manutenção preventiva e registro de ocorrências das
manutenções corretivas
f) Existência de rotinas de recebimento, controle da manutenção até o retorno do
equipamento à operação e controles da qualidade
g) Existência de equipe interna responsável pela manutenção
h) Como são os tipos de contratos de manutenção: interno, externo e misto

Eles foram escolhidos visto que representam o roteiro mínimo recomendado pelos
trabalhos do Ministério da Saúde segundo CALIL e TEIXEIRA (1999) e CALIL e
GOMIDE (2002) descritos no referencial teórico. Logo, as respostas foram
confrontadas com o referencial teórico.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Hospital Municipal de Esmeraldas 25 de Maio – MG segundo visita realizada

O Hospital Municipal de Esmeraldas, conforme Figura IV, é um hospital do tipo Geral


e está sob responsabilidade da prefeitura da cidade. Conta com cerca de 39 leitos,
distribuídos entre cirurgia geral, ginecologia, saúde mental, clínica geral, unidade de
isolamento, obstetrícia clínica, obstetrícia cirúrgica e pediatria clínica. O hospital
atende via Sistema Único de Saúde (SUS) e via alguns planos particulares de saúde.

Figura IV – Hospital Municipal de Esmeraldas

Fonte: Elaborado pelos autores

Foi realizada a visita por parte do grupo e não foi possível levantar todas as
informações com base na bibliografia já citada no referencial teórico. Abaixo descritivo
das informações disponibilizadas.
a) Existe o inventário dos equipamentos?
Sim, os valores exatos não foram disponibilizados para o grupo, mas gira em torno de
200 equipamentos. No caso do laboratório, existem cerca de 15 aparelhos.
b) Existência tipo de tagueamento ou sistema de codificação?
Sim, mas sem respeitar a referência sugerida pelo referencial teórico letra B. Ver
Figura V. Contudo, é usado é número de série do equipamento na ficha de registro da
manutenção preventiva e na ordem de serviço da manutenção corretiva.

Figura V – Ficha do equipamento

Fonte: Autores

c) A gestão é realizada por sistema informatizado ou manual?


A gestão é realizada por empresas terceirizadas e não foi informado se ela controla
de forma manual ou automatizada. O departamento financeiro do hospital é o
responsável pela contratação dessas empresas. Em muitos casos os aparelhos são
alugados.
d) Existência de mapoteca com os manuais e demais informações técnicas sobre
os aparelhos?
Cada departamento organiza e cuida dessas informações, mas a maior parte fica
localizado nas empresas prestadoras de serviço.
e) Existência de matriz para manutenção preventiva e registro de ocorrências das
manutenções corretivas?
Não existe uma matriz geral. Como explicado, a gestão fica a cargo de empresas
terceirizadas que fornecem a devida assistência preventiva e corretiva.
O registro das ocorrências é feito nas etiquetas que são fixadas nos equipamentos
conforme Figura 5;
f) Existência de rotinas de recebimento, controle da manutenção até o retorno do
equipamento à operação e controles da qualidade?
Não foi identificado. A administração se concentra em gerir os equipamentos através
de empresas terceirizadas via contratos e ordens de serviço.
g) Existência de equipe interna responsável pela manutenção.
Não nos moldes propostos pelo referencial teórico item g. Em alguns casos, os
próprios técnicos que operam os equipamentos entram em contato com as empresas
contratadas para a manutenção e obtêm suporte telefônico. Caso o problema não se
resolva, é aberta a solicitação de serviço com a presença do técnico responsável. Em
outros casos, os zeladores ou enfermeiros executam pequenos serviços como troca
de mangueiras ou aperto de parafusos em aparelhos de baixa complexidade.
h) Como são os tipos de contratos de manutenção?
Do tipo externo.

4.2. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)


segundo bibliografia pesquisada em Ebserh (2018)

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triangulo Mineiro, conforme


Figura VI, existe desde 2005 sob esta denominação, contudo foi inaugurado em 1982
como Hospital Escola.

Figura VI - Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Fonte: EBSERH (2018)


É um hospital do tipo Geral e atende a mais de 27 municípios na região do Triangulo
Mineiro. Conforme dados da UFTM no site do hospital, este possui 302 leitos ativos e
atendimento 100% via SUS (Sistema Único de Saúde). Em 17 de janeiro de 2013, a
UFTM aderiu à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH – subordinada
ao Ministério da Educação, com o propósito de desenvolver a qualidade dos serviços
prestados e aprimorar o sistema de gestão.
Segundo bibliografia pesquisada em EBSERH (2018) no Manual de padronização de
procedimentos do Setor de Infraestrutura Física, o Hospital das Clinicas foi estruturado
com a gestão da manutenção de suas instalações e equipamentos em 2018 sob
responsabilidade do Setor de Infraestrutura Física (SIF). Informações adicionais
também foram encontradas no website da EBSERH vinculado à UFTM.
Seguindo o roteiro estabelecido no referencial teórico temos:

a) Existe o inventário dos equipamentos?


Sim, valores em torno de 1726 equipamentos segundo o Cadastro Nacional de
estabelecimentos de Saúde (CNES) ligado ao Ministério da Saúde.
b) Existência tipo de tagueamento ou sistema de codificação?
Sim, conforme Figura VII. Contudo a bibliografia pesquisada não detalhou o sistema
de codificação o que impossibilita o confronto com o sistema sugerido no referencial
histórico.
Figura VII - Equipamento Afastador SAMI ARAP II com 05 válvulas

Fonte: EBSERH (2018)

c) A gestão é realizada por sistema informatizado ou manual?


Não foi especificado de forma precisa. Contudo, a bibliografia cita que todas as
manutenções são controladas pelo “Portal de Serviços”, o que pode indicar um
controle automatizado da gestão.
d) Existência mapoteca com os manuais e demais informações técnicas sobre os
aparelhos?
Não foi especificado na bibliografia pesquisada.
e) Existência matriz para manutenção preventiva e registro de ocorrências das
manutenções corretivas?
Sim, mas não foi detalhado a forma da matriz. A referência bibliográfica cita os planos
conforme:
“Componentes do plano mestre de manutenção os
planos de inspeção e de manutenção são os
procedimentos que subsidiam o SIF a verificar e
conservar as características e condições
necessárias e satisfatórias que os equipamentos e
instalações necessitam para garantir o seu pleno
funcionamento e condições de utilização.
Os planos de inspeção e manutenção dividem-se:
I- Planos de Inspeção visual do HC-UFTM;
II- Planos de Manutenção Preventiva;
III- Planos de Manutenção Preditiva;
IV- Planos de Inspeção Elétrica;
V- Planos de Inspeção Predial;
VI- Planos de Inspeção Hidráulica;
VII- Planos de Inspeção Mecânica”
(EBSERH, 2018)

f) Existência de rotinas de recebimento, controle da manutenção até o retorno do


equipamento à operação e controles da qualidade?
Sim, porém não foram completamente detalhados na bibliografia. A EBSERH (2018)
cita rotinas de abertura de chamados e matriz de definição de criticidades como citado
abaixo.
A requisição de serviços à manutenção é realizada, independentemente da sua
origem, através da abertura de chamados no portal de serviços. Os seguintes
procedimentos devem ser observados quando da solicitação de serviços de
competência do Setor de Infraestrutura Física do HC-UFTM:
“I- Todas as solicitações deverão ser feitas no
"Portal de Serviços", na aba "Abrir Chamado
Infraestrutura";
II- Verificar se a solicitação é realmente de
responsabilidade do SIF, na dúvida ligar no setor,
ramal 5205;
III- Toda a solicitação deverá ser encaminhada pela
Chefia, Assistente Administrativo ou Responsável
Técnico (RT) do Setor, ocasião em que não serão
atendidas solicitações realizadas por outros
colaboradores;
IV- Os pedidos serão atendidos obedecendo-se as
seguintes prioridades:
- Casos de urgência e emergência;
- Data e horário da solicitação;
- Existência de material para atender à solicitação;
- Mão de obra disponível para execução do serviço;
- Os pedidos que não se enquadrarem como
manutenção terão um prazo de até 10 (dez) dias
úteis para a sua análise pela equipe técnica do
SIF.”
g) Existência de equipe interna responsável pela manutenção.
Sim. A equipe interna é dividida entre os engenheiros civil, mecânico e eletricista. Eles
possuem técnicos contratados que realizam atividades em equipamentos de menor
complexidade e também acompanham os técnicos de empresas terceirizadas que
realizam a manutenção nos equipamentos de maior complexidade.
h) Como são os tipos de contratos de manutenção?
Do tipo misto, com atividades internas e externas, como recomendado no referencial
teórico.

4.3. Hospital Geral de Fortaleza segundo bibliografia pesquisada em Aragão


(2006)

O Hospital Geral de Fortaleza (HGF) – representado na Figura VIII, foi inaugurado em


23 de maio de 1969. É uma referência de atendimento para os estados do Norte e
Nordeste e tem 541 leitos, entre eletivo, emergência, obstetrícia e unidades de terapia
intensiva adulto e neonatal. Atualmente, o HGF realiza, por mês, uma média de 600
cirurgias eletivas. Mensalmente, são cerca de 210 mil exames laboratoriais e mais de
8 mil exames de imagens. Com relação às consultas, são aproximadamente 19 mil
por mês.
Figura VII – Hospital Geral de Fortaleza

Fonte: Institucional HGF (2018)

Segundo Aragão (2006), a equipe administrativa, verificou que diante da grande


demanda de pacientes atendidos nos hospitais de médio e grande porte se faz
necessário a implantação de um grupo de manutenção para os equipamentos médico-
hospitalares capacitado tecnicamente a operar com o parque tecnológico implantado.
Logo pela pesquisa realizada constatou-se que:

a) Existe o inventário dos equipamentos?


Sim, valores em torno de 2231 equipamentos segundo o Cadastro Nacional de
estabelecimentos de Saúde (CNES) ligado ao Ministério da Saúde.
b) Existência tipo de tagueamento ou sistema de codificação?
O controle é feito por número de série do equipamento ou número de tombamento.
Não existe um código definido nos padrões do referencial teórico.
c) A gestão é realizada por sistema informatizado ou manual?
Sim. Foi implantado em 2006 o software denominado “Equipamentos Hospitalares”
com o intuito de melhorar a gestão dos equipamentos desde a aquisição, manutenção
e troca. Ele é capaz de gerar relatórios, determinar a quantidade de equipamentos de
cada setor, permite a visualização de um exemplar de cada equipamento, através de
foto digital adicionada ao cadastro, identifica o responsável pelo equipamento, as
movimentações ou mudanças de setor ocorridas, o número de intervenções para
manutenção, se o equipamento está fora para uma manutenção ela indica a data de
saída e a empresa prestadora do serviço, além dos dados de placa do equipamento.
Através deste software acompanha-se a vida útil dos equipamentos no hospital, desde
sua chegada até sua alienação.
d) Existência mapoteca com os manuais e demais informações técnicas sobre os
aparelhos?
Não foi especificado na bibliografia pesquisada.
e) Existência matriz para manutenção preventiva e registro de ocorrências das
manutenções corretivas?
Sim, mas não foi detalhado na bibliografia.
f) Existência de rotinas de recebimento, controle da manutenção até o retorno do
equipamento à operação e controles da qualidade?
Sim, como exemplo tem-se que quando um equipamento com manutenção externa
apresenta problemas, a ordem de serviço emitida pelo setor de origem do
equipamento é registrado no software, é digitado o nome do equipamento e
automaticamente são inseridos o número do contrato e a empresa prestadora de
serviço, ainda é digitada a data de solicitação da ordem de serviço, a data de saída
do equipamento para manutenção externa, a data de retorno, os defeitos detectados,
o serviço realizado, as peças substituídas, o valor do serviço e a data de devolução
ao setor de origem do equipamento.
g) Existência de equipe interna responsável pela manutenção.
Sim. A equipe é composta por um engenheiro clínico, este engenheiro está apto a
qualificar, reparar e condenar um equipamento, preparar planos de manutenção, que
sejam manutenções internas ou por contratos. No grupo conta-se ainda com um
técnico em eletrônica, um estagiário de engenharia elétrica e dois estagiários de
mecatrônica.
h) Como são os tipos de contratos de manutenção?
Do tipo misto, com atividades internas e externas, como recomendado no referencial
teórico. Aragão (2006) cita que “As manutenções são divididas em quatro secções,
são elas: interna, garantia, contrato e por terceiros”
Existem falhas e oportunidades de melhora nos três estudos de caso. Considerando
o Hospital Municipal de Esmeraldas, a terceirização das atividades pode ser prática,
visto as dimensões e recursos limitados da instituição. Contudo, uma equipe mínima
de funcionários fixos (nomeados por concurso público) poderia ajudar a criar as rotinas
e manter o histórico dos equipamentos, economizando recursos do município.
Para os estudos sobre o Hospital das Clinicas da UFTM e Hospital Geral de Fortaleza,
verifica-se a possibilidade de melhorar o código usado no tagueamento, auxiliando na
identificação mais rápida e dinâmica dos equipamentos.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos resultados dos estudos de caso é possível concluir que os hospitais
possuem a preocupação ou já iniciaram algum processo de gestão da manutenção.
Contudo, verifica-se, especialmente nos hospitais públicos de menor porte, como o
estudo de caso 1, que a gestão da manutenção ainda é pouco estruturada, sem equipe
dedicada e se baseando quase exclusivamente em recursos de terceirização.
Considerando a constante troca de administradores, visto que os mesmos são
nomeados pelos prefeitos, e que esses administradores podem contratar empresas
terceirizadas diversas a cada período, tem-se como fator negativo o risco de perda do
histórico de falhas do equipamento dificultando o correto dimensionamento da vida útil
e análises de custo x benefício entre manutenção e obtenção de novo equipamento.
Logo, a gestão dos equipamentos não é suficientemente eficiente e perdas
econômicas podem acontecer para o hospital.
Nos estudos de caso 2 e 3, encontra-se uma condição de maior estrutura, com equipe
técnica dedicada a gestão da manutenção e controle dos equipamentos por meio
digital. No estudo de caso 3, foi concluído que a implantação do sistema de software
para a gestão trouxe agilidade e redução de perdas e paradas dos equipamentos.
Para obter maior abrangência sobre as informações do cenário da gestão da
manutenção no ambiente hospitalar seria necessário aumentar a quantidade de
amostras de estudo de caso, ficando como proposta de trabalho futuro.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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documentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

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