Com base na incidência passada de tais formações, assim como do comportamento subsequente dos
preços, foi possível estabelecer determinados padrões, cuja ocorrência sinaliza a continuidade ou a
reversão da tendência vigente.
Além de auxiliar a decidir quando é mais provável que uma tendência continue ou reverta, os padrões
sugerem um objetivo, isto é, um nível presumivelmente alcançável pelos preços no movimento que
se segue imediatamente ao padrão.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Essa projeção do movimento futuro de preços normalmente se baseia na altura do padrão desenhada
a partir do ponto de seu rompimento.
Quando o mercado sobe com um volume muito baixo, a alta provavelmente não será sustentável, o
que remete o analista técnico a buscar oportunidades de venda.
Quando os mercados estão em baixa, a análise do volume perde um pouco da sua relevância, pois
uma queda pode persistir mesmo com baixo volume.
Muitos analistas técnicos incluem uma média móvel do volume no histograma, visando estabelecer
um parâmetro para avaliar, com menor subjetividade, se o volume está alto ou baixo.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Uma análise baseada no comportamento do volume, com uma média móvel em área sombreada
plotada no histograma, pode ser visualizada no gráfico a seguir.
A figura gráfica surge a partir do traçado de duas linhas – uma de suporte e outra de resistência, que
se encontram em seu vértice.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
O traçado de um triângulo é possível a partir de dois fundos e dois topos. Eles podem ser classificados
em simétricos, ascendentes e descendentes.
É uma figura que, apesar de evidenciar um equilíbrio de forças entre compradores e vendedores,
resulta mais frequentemente na continuação da tendência anterior.
A confiabilidade de um triângulo simétrico aumenta com a confirmação da LTA e da LTB, que ocorre
quando cada uma dessas linhas é tocada pelos preços em pelo menos três ocasiões.
Sua confiabilidade, que já é alta, aumenta mais ainda com a confirmação da LTA e da linha horizontal
de resistência, que ocorre quando cada uma dessas linhas é tocada pelos preços em pelo menos
três ocasiões.
É uma figura que aparece em mercados de baixa. Apesar de demonstrar um relativo equilíbrio de
forças entre compradores e vendedores, presume-se que os preços romperão triângulo na direção
descendente, daí a denominação.
Sua confiabilidade, que já é considerável, aumenta mais ainda com a confirmação da LTB e da linha
horizontal de suporte, que ocorre quando cada uma dessas linhas é tocada pelos preços em pelo
menos três ocasiões.
As flâmulas são figuras gráficas surgidas a partir de uma zona de congestão formada após um forte
movimento direcional.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Numa bandeira, a congestão aparece na forma de um canal normalmente inclinado contra a tendência
e seu rompimento ocorre na mesma direção em que os preços percorreram para formação do mastro.
Reflete grande equilíbrio entre compradores e vendedores, o que torna projeções de objetivos
baseadas em sua altura dotadas de alta confiabilidade.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Uma cunha em que as linhas são inclinadas para cima é ascendente e baixista,
enquanto que cunhas em que as linhas são inclinadas para baixo são descendentes
e altistas.
Ou seja, como se tratam de figuras de continuação, numa tendência de alta, as duas linhas serão
descendentes e se presume que o rompimento ocorrerá para cima, a favor da tendência anterior.
Esses objetivos são geralmente definidos a partir da projeção no gráfico da altura da figura, a partir
de seu rompimento.
Para triângulos e retângulos, essa altura se constitui na maior distância aproximada entre os topos e
fundos observada durante sua formação.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
O gráfico a seguir exemplifica projeções de medida com um retângulo de baixa, um triângulo simétrico
e, se rompida, de uma possível bandeira de baixa.
Nas cunhas, a definição de objetivo é mais específica. Para cunhas descendentes e altistas, o objetivo
é projetado a partir da altura medida entre o ponto mais alto e seu vértice.
Para cunhas ascendentes e baixistas, essa medida é entre o seu ponto mais baixo e seu vértice.
Padrões de reversão
Segundo o princípio 7 de Dow, uma tendência está valendo até que haja sinais defi nitivos de reversão.
O primeiro sinal da reversão é o rompimento da linha de tendência por meio da confi rmação de um
pivô.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Apesar de não necessariamente sinalizar a reversão da tendência principal, pois os preços podem
simplesmente adentrar numa área lateral de congestão, a ocorrência desses padrões gráficos permite
a presunção de que uma reversão de tendência será definitivamente identificada.
Ombro-Cabeça-Ombro – OCO
O Ombro-Cabeça-Ombro, muito conhecido como OCO, é o padrão de reversão baixista considerado
mais confiável pelos analistas técnicos. Seu nome decorre da semelhança de sua formação gráfica
com a cabeça e os ombros de um indivíduo.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Após uma correção, um novo fundo toca o mesmo nível do fundo anterior e, na sequência, os preços
rompem a resistência do último topo.
São considerados padrões bastante confiáveis, mas com incidência não muito comum como pode
aparentar ser.
Se ocorrerem apenas dois topos ou dois fundos em um mesmo nível, em curto intervalo de tempo
e com uma correção superficial entre eles, provavelmente se tratará apenas de uma consolidação, e
tais movimentos não se configurarão, portanto, nos padrões topo duplo ou fundo duplo.
Após uma correção do mercado, dois novos topos sucessivamente alcançam o mesmo nível do
topo anterior e, na sequência, o mercado rompe para baixo a linha de suporte representada pelos
fundos anteriores.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Após uma correção, dois novos fundos sucessivamente tocam o mesmo nível dos fundos anteriores
e, na sequência, os preços rompem a resistência do último topo.
São considerados padrões bastante confiáveis, mas com incidência muito rara.
A consideração sobre a correta identificação dos topos e fundos duplos vale para os topos e fundos
triplos.
Ou seja, se ocorrerem três topos ou três fundos em um mesmo nível, em curto intervalo de tempo
e com uma correção superficial entre eles, provavelmente se tratará apenas de uma consolidação, e
tais movimentos não se configurarão, portanto, nos padrões topo triplo ou fundo triplo.
Nos topos e fundos, duplos e triplos, essa altura é a distância aproximada entre os topos e fundos,
observada durante sua formação, sendo projetada a partir do ponto de rompimento da figura.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Em gráficos com periodicidade diária, os gaps de alta surgem quando a cotação mínima
do dia é maior que a cotação máxima do dia anterior e, de modo inverso, os gaps de baixa
são produzidos quando a maior cotação do dia é inferior à menor cotação do dia anterior.
Os gaps são muito comuns nos gráficos diários, mas sua definição é válida para qualquer periodicidade
gráfica, sendo que, quanto maior esta última for, menores são as chances de surgirem gaps.
Esses padrões são normalmente vistos como espaços vazios entre duas barras de preços, quando
utilizado esse tipo de gráfico.
Quando em gráficos de candlesticks, os gaps abrangem também aspectos importantes para avaliação
de determinados padrões de candles.
Especificamente para esse tipo de análise, é importante distinguir o gap de corpo, em que somente
os corpos dos candles estão separados, dos gaps de sombra ou completos, aqueles que efetivamente
formam uma faixa de preço sem negociação.
Aspectos relativos ao contexto de sua formação e ao tempo decorrido para seu fechamento são
determinantes para a classificação dos gaps.
São normalmente fechados em rápidos intervalos de tempo, o que implica na sua pouca relevância.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Entretanto, diferentemente do gap da área, o gap de fuga sinaliza a conclusão da formação, por meio
de um movimento que leva os preços para fora da área de congestão.
Um rompimento de um suporte ou resistência por meio de um gap de fuga é um sinal que denota
a provável força do movimento de preços que o originou, daí sua destacada relevância para a
análise técnica.
Seu nome decorre do fato de ser comum os preços percorrerem, a partir do gap de
medida, a mesma distância que perfizeram antes de sua formação.
Por isso, é possível a definição de objetivos com o aparecimento de um gap de medida, por meio da
projeção, a partir da ocorrência do gap, da amplitude gráfica do movimento que o antecedeu.
Gap exaustão
O gap de exaustão evidencia o enfraquecimento da tendência, sinalizando seu fim.
Um gap de exaustão não é sucedido por novos movimentos altistas quando a tendência vigente é de
alta nem por novas baixas quando a tendência vigente é de baixa.
Ilha de reversão
A ilha de reversão é uma pequena área de congestão separada por dois gaps, sendo um de exaustão
e outro de fuga.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
A ilha de reversão é um padrão bastante incomum e sua ocorrência geralmente sinaliza a formação
de topos e fundos de grande relevância.
No gráfico a seguir, podem ser visualizados os tipos de gaps citados, assim como uma ocorrência de
ilha de reversão.
Nele é apresentado o resultado de estudos que duraram mais de duas décadas, período este em que
Elliott convalescia de uma enfermidade contraída enquanto trabalhava na América Central.
Aparentemente influenciado por Dow, Elliott compara o ciclo das marés e o ritmo das ondas à
flutuação de preços no mercado de ações, por meio do estudo dos movimentos do índice Dow-Jones.
O Princípio das Ondas de Elliott defende que todas as atividades humanas são regidas
sob a égide de três aspectos distintos: o padrão, a proporção e o tempo.
Uma vez que esses aspectos podem ser interpretados, as conclusões decorrentes de tais regras
podem ser replicadas em quaisquer movimentos, inclusive nos preços das ações.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
A seguir, são apresentadas as configurações dos ciclos completos em uma tendência principal de alta
e em uma tendência principal de baixa.
Pode-se observar, em ambos os contextos, que as cinco ondas de avanço na tendência principal são
denominadas a partir de sua numeração, de onda 1 a onda 5.
As ondas 1, 3 e 5 são de impulso, enquanto que as ondas 2 e 4 são de correção. O avanço estará
finalizado ao final da onda 5. As três ondas de declínio, ou de correção da tendência principal, são
nominadas por letras, da onda “a” até a onda “c”.
As ondas “a” e “c” impulsionam a correção da tendência principal, enquanto que a onda “b” corrige a
correção da tendência principal.
Um padrão com cinco linhas de avanço e três de declínio será considerado completo, como este
demonstrado no gráfico a seguir, ao final da onda “c”.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
A extensão de cada onda, ou comprimento, é medida em preço ou pontos, por meio da distância
vertical, ou amplitude, entre os níveis que demarcam o início e o final da onda.
No gráfico a seguir, estão incluídas setas verticais que indicam a extensão de cada onda.
A medida da extensão é fundamental, considerando que o padrão das ondas deve obedecer algumas
regras básicas, pois, em contrário, a contagem em andamento é invalidada.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Um analista técnico poderá identificar o padrão de Elliott em variados níveis, já que o ciclo das ondas
se apresenta em diversos graus.
Esta capacidade que um padrão tem de se multiplicar nos mais diversos níveis é
denominada Fractal, sendo tal fenômeno comumente encontrado em diversas
manifestações da natureza.
Seu autor, o matemático Leonardo Fibonacci, apresentou neste livro uma resposta para o seguinte
enigma: “partindo-se de um casal de coelhos colocados dentro de uma área fechada, quantos pares
de coelhos teremos em um ano, sabendo-se que cada par gera um novo par a cada mês, a partir do
segundo mês?”
A resposta apresentada no Liber Abaci deu origem à sequência dos números, atualmente conhecida
como sequência de Fibonacci:
Nela, um novo número decorre da soma dos dois números antecedentes, ou seja:
A divisão entre números alternados da sequência se aproxima de 2,618, ou de seu inverso, 0,382.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
São variados os fenômenos em que a razão dourada se apresenta na natureza. Elliott foi pioneiro na
aplicação da sequência de Fibonacci no mercado financeiro, o que muitos consideram ser seu grande
mérito.
O padrão de cinco ondas de impulso e três de correção reflete números da sequência, assim como o
seu desdobramento em fractais com 21 e 13 ondas.
Vamos a um exemplo.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
É possível identificar a influência de Dow sobre Elliott por meio da correspondência entre as respectivas
teorias.
A fase inicial de um ciclo de alta, denominado por Dow como fase de acumulação, diz respeito à
formação das ondas 1 e 2 de Elliot.
A fase de alta sensível, que Dow considera a mais duradoura, reflete a onda 3, que também é vista
por Elliott como a provável onda mais extensa do ciclo.
O final de movimento de alta é caracterizado pela fase de euforia, que guarda forte correspondência
com o comportamento dos preços durante a onda 5 de Elliott.
O comportamento dos preços no gráfico a seguir pode ser interpretado em face da relação entre
Fibonacci, Dow e Elliott.
Como fenômenos tão duradouros são pouco considerados pela grande maioria dos investidores, o
tempo é considerado pelos estudiosos de Elliott como o menos importante dos três aspectos que
envolvem sua teoria.
Padrões candlestick
Munehisa Homma foi considerado, já aos 26 anos de idade, o maior expert em mercados do Japão.
Nascido em 1724 e filho de uma família rica, utilizou o seu conhecimento e poder econômico para
dominar as bolsas de Osaka e de Tóquio.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Como reuniu em pouco tempo uma fortuna imensa, muitos acreditam que ele foi capaz de ter obtido
êxito em 100 operações seguidas.
Faleceu em 1803, deixando publicados dois livros sobre técnicas operacionais que serviram de base
para a metodologia de candlesticks.
Os padrões candlesticks foram difundidos no Ocidente no início dos anos 80 por Steve
Nison, um operador do mercado de ações em Wall Street.
Ele conta que se interessou e importou toda a literatura disponível no Japão sobre o assunto ao ver
uma operadora japonesa analisar um gráfico de candles.
Aprofundou-se nos estudos da técnica e adaptou muitos termos das regras e dos padrões ao
idioma inglês.
Nomenclatura
A formatação de um gráfico de candles é similar à do gráfico de barras, que necessita das
informações de preços mínimo, máximo, de abertura e de fechamento para que seja traçada
uma “vela”.
Cada candle representa um dia ou qualquer outra unidade de tempo definida pela periodicidade
escolhida para o gráfico.
Se o preço de fechamento do período foi superior ao da abertura, o candle terá um corpo representado
na cor branca. Caso o preço de fechamento tenha sido inferior ao da abertura, a cor do candle será
preta.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Sem opor às razões transcendentais, não é incomum nos dias atuais a utilização de outras cores
claras e escuras, como o verde e o vermelho, para representação dos candles de alta e de baixa,
respectivamente.
Entretanto, muitos analistas optam pelas cores branca e preta visando obter um contraste que
facilite a visualização dos movimentos e utilizar as outras cores para destacar o traçado de linhas que
representem outros elementos gráficos.
A maior evidenciação dos movimentos de alta e baixa dos preços, assim como da dinâmica entre as
forças compradora e vendedora, permite a identificação de padrões de continuação e reversão dos
movimentos, tanto por meio do surgimento de um único candle, quanto a partir de combinações
entre eles.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Figuras básicas
As figuras básicas permitem avaliar o comportamento dos compradores e vendedores durante o
período abrangido pelo candle, cuja análise é válida sob qualquer periodicidade.
É importante acrescentar que, a depender do seu contexto no gráfico, o surgimento de tais figuras
pode representar padrões de continuidade ou de reversão do movimento em curso.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
É possível observar a incidência das figuras básicas, acima apresentadas, no seguinte gráfico.
Padrões de reversão
Existem dezenas de padrões de reversão, conhecidos e catalogados, decorrentes da combinação
de candles.
Ou seja, tais padrões não significam necessariamente que uma reversão de tendência irá ocorrer,
podendo apenas servirem de alerta que uma correção é iminente e que, em seguida, os preços
poderão voltar a se movimentar na direção anterior.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
É uma das figuras de reversão mais confiáveis e, quanto maior o tamanho da sombra inferior em
relação ao do corpo, mais significante é o seu sinal.
Para ser caracterizada como Martelo, a figura deve aparecer ao final de movimentos de baixa.
Caso uma figura com o mesmo formato surja após um movimento de alta, ou mesmo durante uma
congestão, ela não deve ser definida como Martelo.
Não tem tanta confiabilidade quanto o Martelo comum, mas seu sinal de reversão se torna mais
relevante à medida que sua sombra, ao se tornar mais pronunciada, penetra com maior profundidade
o candle anterior.
Cabe também ressaltar que uma figura neste formato só poderá ser caracterizada como Martelo
Invertido se surgir ao final de movimentos de baixa; caso contrário, não será um Martelo Invertido.
É necessário que o corpo do primeiro candle seja escuro e menor que o corpo obrigatoriamente claro
do segundo. Quanto maior a diferença de tamanho entre os dois corpos, maior a força do seu sinal.
Sua importância como padrão de reversão, que é bastante considerável, aumenta quando as
sombras do primeiro candle também são envolvidas pelo corpo do segundo.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
É necessário que o segundo candle abra abaixo do último fechamento e feche percorrendo pelo
menos a metade do corpo do candle anterior, mas sem envolvê-lo completamente.
Quanto maior for o avanço, mais forte será seu sinal de reversão, mas, se o corpo do segundo candle
chegar a cobrir completamente o corpo do primeiro, estará caracterizado um Engolfo de Alta.
É necessário que o corpo do segundo seja menor e abrangido completamente pelo corpo do primeiro,
daí a alusão a um bebê na barriga da mãe.
O sinal de reversão do padrão é reforçado quando não apenas o corpo do segundo candle, mas
também suas sombras são abrangidas pelo corpo do primeiro.
É formado por três candles, sendo que o segundo está em gap não só de corpo, mas também de
sombras, com os candles anterior e posterior.
Quando, no gráfico, o segundo candle, que normalmente tem corpo pequeno, similar ao de uma
Estrela, aparenta estar completamente isolado dos demais, daí o termo abandonado em sua
denominação. Evidencia uma inversão abrupta e significante na tendência de baixa.
Se pelo menos um dos gaps da formação não for de sombras, mas apenas de corpo, o padrão se
caracteriza com uma Estrela e, ao surgir em movimentos de baixa, recebe a denominação altista de
Estrela da Manhã ou Morning Star.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Com forma semelhante ao Martelo Invertido, diferencia-se deste por obrigatoriamente se situar após
uma tendência de alta.
Ou seja, caso uma figura com o mesmo formato da Estrela Cadente surja após um movimento de
alta, ou mesmo durante uma congestão, esta figura não deve ser definida como tal.
É um dos padrões de reversão baixista mais confiáveis e quanto maior o tamanho da sombra superior
em relação ao do corpo, mais relevante é o seu sinal.
O Enforcado, ou Hanging Man, é uma figura formada por um único candle, com
sombra superior de pelo menos duas vezes o tamanho do seu corpo.
Apresenta a mesma forma do padrão Martelo, mas, ao contrário deste, constitui-se em padrão de
reversão baixista. Ou seja, uma figura neste mesmo formato só pode ser caracterizada como um
Enforcado se surgir ao final de movimentos de alta, pois, caso contrário, não deverá ser considerada
como tal.
Não tem tanta confiabilidade quanto a Estrela Cadente, mas o seu sinal de reversão se torna mais
relevante à medida que sua sombra penetra com maior profundidade o candle anterior.
É necessário que o corpo do primeiro candle seja claro e menor que o corpo indispensavelmente
escuro do segundo. Quanto maior a diferença de tamanho entre os dois corpos, maior a força do
seu sinal.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Sua importância como padrão de reversão, que é bastante considerável, aumenta quando as sombras
do primeiro candle também são envolvidas pelo corpo do segundo.
É um padrão de reversão bastante comum após movimentos de alta e, assim como a Estrela Cadente,
dos mais confiáveis.
O padrão Nuvem Negra ou Dark Cloud Cover é formado, assim como o Engolfo
de Baixa, por dois candles consecutivos, sendo o primeiro de corpo claro e o
segundo de corpo escuro.
É necessário que o segundo candle abra acima do último fechamento e feche percorrendo pelo menos
a metade do corpo do candle anterior, mas sem envolvê-lo completamente.
Quanto maior for o avanço, mais forte será seu sinal de reversão, mas, se o corpo do segundo candle
chegar a cobrir completamente o corpo do primeiro, estará caracterizado um Engolfo de Baixa em
vez do padrão Nuvem Negra.
É necessário que o corpo do segundo seja menor e abrangido completamente pelo corpo do primeiro,
daí a referência a uma gravidez.
O sinal de reversão do padrão é reforçado quando não apenas o corpo do segundo candle, mas
também suas sombras são abrangidas pelo corpo do primeiro.
Para ser caracterizado como Harami de Baixa, deverá estar localizado após movimentos de alta.
É formado por três candles, sendo que o segundo está em gap não só de corpo, mas também de
sombras, com os candles anterior e posterior.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Quando, no gráfico, o segundo candle, que normalmente tem corpo pequeno, similar ao de
uma Estrela, aparenta estar completamente isolado dos demais, daí o termo abandonado em
sua denominação. Evidencia uma inversão abrupta e significante da tendência anterior de alta.
Se pelo menos um dos gaps da formação não for de sombras, mas apenas de corpo, o padrão se
caracterizará com uma Estrela e, surgindo após movimentos de alta, recebe a denominação baixista
de Estrela da Tarde ou Evening Star.
Padrões de continuação
Os padrões de candlesticks também são úteis para sinalizar a continuação de um movimento
direcional.
Apesar de não serem tão conhecidos e utilizados como os padrões de reversão, eles
evidenciam no gráfico comportamentos característicos dos preços no progresso da tendência
vigente, o que permite ao analista um maior nível de confiança em sua continuidade.
Serão apresentados exemplos dos mais relevantes, dentre as dezenas de padrões identificados.
É seguido por três candles escuros e de corpo pequeno e finalizado por um candle de corpo claro,
suficientemente longo para fechar acima do corpo do primeiro. A formação ocorre no decorrer de
movimentos principais de alta e indica uma considerável probabilidade de continuação da tendência
vigente.
O Gap de Alta Tasuki ou Upside Tasuki Gap é composto por três candles, sendo
os dois primeiros de corpo claro separados em gap e o terceiro de corpo escuro,
mas não suficientemente longo para fechar o gap.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
Apesar de não tão relevante quanto o Método de Alta em Três, é considerado um padrão de
razoável confiabilidade, pois se ampara na fraqueza da força vendedora, evidenciada pela tentativa
malsucedida de reação ao movimento de alta imposto pelos compradores.
É considerado de mais confiabilidade que o Gap de Alta Suzuki, pois evidencia uma fraqueza
ainda maior da força vendedora, que se mostrou insuficiente a esboçar qualquer reação à pressão
dos compradores. Quanto maior a semelhança entre o segundo e o terceiro candles, mais reforçado
é o seu sinal de continuidade.
É seguido por três candles claros e de corpo pequeno e finalizado por um candle de corpo escuro,
suficientemente longo para fechar abaixo do corpo do primeiro. A formação ocorre no decorrer de
movimentos principais de alta e indica uma considerável probabilidade de continuação da tendência
vigente.
O Gap de Baixa Tasuki ou Downside Tasuki Gap é composto por três candles,
sendo os dois primeiros de corpo escuro separados em gap e o terceiro de
corpo claro, mas não suficientemente longo para fechar o gap.
Apesar de não tão relevante quanto o Método de Baixa em Três, é considerado um padrão de
razoável confiabilidade, pois se ampara na fraqueza da força compradora, evidenciada pela tentativa
malsucedida de reação ao movimento de baixa imposto pelos vendedores.
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
É considerado de alta confiabilidade, pois evidencia que a força compradora não foi capaz, apesar
de duas tentativas de reação, de reverter o movimento de baixa imposto pelos vendedores.
Quanto maior a semelhança entre o segundo e o terceiro candles, mais reforçado é o seu sinal
de continuidade.
Alguns dos principais padrões com combinações de candles, tanto de reversão como de continuidade,
dentre os acima apresentados, podem ser identificados a partir do seguinte gráfico:
A partir desse tipo de análise e considerando o contexto gráfico, isto é, comparando determinados
candles com os demais contidos no gráfico, podem ser extraídas as seguintes evidências sobre o
comportamento adotado, ainda que momentaneamente, por parte dos investidores:
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Figuras Gráficas, Elliott e Candlesticks
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