Eletromagnetismo A
2021/22
Docente:
Manuel Abreu
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Universidade de Lisboa – Faculdade de Ciências e Tecnologia
Índice
1. Introdução 3
2. Objetivos 7
3. Material utilizado 7
4. Procedimento experimental 8
4.1 Verificação da lei de ohm 8
4.2 Associações de resistências 9
4.2.1 Associação de resistências em série 9
4.2.2 Associação de resistências em paralelo 10
4.2.3 Associação mista de resistências 11
4.3 Voltímetro e amperímetro reais 12
4.4 Estudo da carga e descarga do condensador 13
4.4.1 Carregamento do condensador 13
4.4.2 Descarregamento do condensador 14
5. Análise de resultados 15
5.1 Verificação da lei de Ohm 15
5.2 Associação de resistências em série 17
5.2.1 Associação de resistências em paralelo 18
5.2.2 Associação mista de resistências 18
5.3 Voltímetro e amperímetro reais 21
5.4 Carga e descarga de um condensador 22
5.4.1 Carregamento do condensador 22
5.4.2 Descarregamento do condensador 24
7. Conclusão 26
8. Referências 26
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1. INTRODUÇÃO
Um circuito elétrico, ou rede elétrica, é um sistema formado por um conjunto de elementos elétricos
interconectados, onde pode ser estabelecida uma corrente elétrica. Os elementos de um circuito
elétrico podem ser ativos, se fornecerem energia elétrica ao circuito, ou passivos, se pelo contrário,
não gerarem energia elétrica ao circuito.
Para se proceder à uma análise simples de um circuito elétrico, é necessário determinar todas as
tensões aos terminais de cada elemento do circuito e as correntes que os percorrem. Para isso,
recorre-se à lei de Ohm, as relações básicas da análise de elementos elétricos em série ou em paralelo,
e as leis de Kirchoff.
Grande parte dos elementos elétricos usados em circuitos elétricos obedecem à Lei de Ohm,
descoberta pelo físico e matemático alemão Georg Ohm (1789 – 1854). Esta Lei relaciona as três
grandezas elétricas principais (potencial elétrico, resistência elétrica e corrente elétrica) e evidencia a
relação entre elas:
𝑉 𝑉
𝑉 = 𝑅𝐼 => 𝐼 = ;𝑅 =
𝑅 𝐼
Como esta lei trata-se de uma lei empírica, não é válida para todos os materiais.
Os elementos que obedecem a lei de Ohm, possuem uma resistência constante para uma ampla
gama de tensões e são designados de ôhmicos ou resistivos. Pelo contrário, os elementos que não
obedecem a lei de Ohm são designados de não ôhmicos.
Se a lei de Ohm for válida para um determinado material, poderá se obter um gráfico I(V), que será
uma reta com declive 1/R e ordenada na origem nula, como está ilustrado na figura 1.
As leis de Kirchoff foram criadas e desenvolvidas pelo físico alemão Gustav Kirchhoff. As duas
principais leis de Kirchhoff são: A Lei dos Nós (Junction Rule) e a Lei das Malhas (Loop Rule).
A 1º lei de Kirchhoff, a lei dos nós, enuncia que a soma das correntes que entram num nó é igual a
soma das correntes que saem desse nó, ou seja, a soma algébrica das correntes que chegam a um nó
é igual a 0:
∑ 𝐼=0
𝑛ó
Esta lei é muito importante, pois é uma afirmação de conservação da carga elétrica. Na figura 2,
encontra-se ilustrada esta lei de duas maneiras diferentes.
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Figura 2 - Duas abordagens a lei dos nós
A 2º lei de Kirchhoff, a lei das malhas, enuncia que a soma das diferenças de potencial de todos os
elementos de uma malha é igual a 0, ou seja, a soma de quedas de potencial é igual a soma das
elevações de potencial numa malha:
∑ ∆𝑉 = 0
𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎
𝐼 = 𝐼1 = 𝐼𝑛
A corrente elétrica que sai da bateria é igual a corrente elétrica que passa em cada uma das
resistências.
∆𝑉 = ∆𝑉1 + ⋯ + ∆𝑉𝑛 = 𝐼1 𝑅1 + ⋯ + 𝐼𝑛 𝑅𝑛
Como as correntes que percorrem cada uma das resistências são iguais, podemos substituir os n
resistores em série por uma resistência equivalente, cujo valor é igual a soma das n resistências:
𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + ⋯ + 𝑅𝑛
∆𝑉 = ∆𝑉1 = ∆𝑉𝑛
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As diferenças de potencial associadas aos terminais de cada uma das resistências são iguais,
podemos calcular a resistência equivalente da associação através da seguinte expressão:
1 1 1 −1
𝑅𝑒𝑞 = ( + + ⋯+ )
𝑅1 𝑅2 𝑅𝑛
Uma fonte de tensão ideal, tem uma resistência interna igual a 0. No entanto, uma fonte de tensão
real tem geralmente uma resistência interna associada e por isso, a diferença de potencial associada
aos seus terminais não é igual a força eletromotriz.
Figura 3 - Circuito elétrico constituído por um condensador em série com um resistor, com uma chave e bateria.
● Carregamento de um condensador
Num instante, t=0, quando fechamos o interruptor S, estabelece-se uma corrente no circuito
elétrico, iniciando-se o processo de carregamento do condensador. Durante este processo a carga
armazenada no condensador Q(t) aumenta, assim, como a diferença de potencial associada aos seus
terminais V(t). O processo de carga vai acontecer até que o condensador fique totalmente carregado,
nesse instante, a diferença de potencial aos seus terminais é igual a diferença de potencial da fonte de
tensão, e por isso, a corrente do circuito vai ser nula.
𝑑𝑄
Com recurso a lei das malhas e as expressões Q=CV, 𝐼 = , consegue-se deduzir que num processo
𝑑𝑡
de carga:
𝑡
−( )
𝑡
−( )
𝑡
−( ) 𝑉0 −(𝑡 )
𝑉(𝑡) = 𝑉0 (1 − 𝑒 𝜏 ) ; 𝑄(𝑡) = 𝐶𝑉0 (1 − 𝑒 𝜏 ) = 𝑄 (1 − 𝑒 𝜏 ) ; 𝐼(𝑡) = 𝑒 𝜏
𝑅
A constante de tempo τ do circuito corresponde a uma estimativa do intervalo de tempo necessário
para que a corrente que percorre o circuito diminua 1/e do seu valor inicial, ou seja, no instante t = τ,
𝐼0
𝐼= 𝑒
.
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τ = RC
● Descarregamento de um condensador
Para se proceder ao processo de descarregamento do condensador, vamos ter que executar um
curto-circuito no circuito da figura 3 e retirar a fonte de tensão. A carga armazenada no condensador
vai diminuir até atingir uma carga nula.
𝑑𝑄
Com recurso a lei das malhas e as expressões Q=CV, 𝐼 = − 𝑑𝑡
, consegue-se deduzir que num
processo de carga:
𝑡 𝑡 𝑉0 −(𝑡 )
𝑉(𝑡) = 𝑉0 𝑒 −(𝜏) ; 𝑄(𝑡) = 𝐶𝑉0 𝑒 −(𝜏) ; 𝐼(𝑡) = 𝑒 𝜏
𝑅
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2. OBJETIVOS
3. MATERIAL UTILIZADO
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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Para procedermos à verificação da lei de Ohm, começamos por montar um circuito simples,
utilizando um gerador e uma resistência em série, como está ilustrado nas figuras 6 e 7.
Figura 6 - Montagem laboratorial de um circuito que Figura 7 - Esquema do circuito montado, desenhado no
verifique a lei de Ohm. caderno laboratorial.
Após montarmos o circuito, fizemos variar os valores de tensão da fonte e medimos com recurso a
um multímetro em modo amperímetro, a intensidade de corrente que percorre o circuito, com uma
incerteza de 0,01 mA, e a diferença de potencial aos terminais da resistência com recurso a um
multímetro em modo voltímetro, com uma incerteza de 0,01 V. Como os aparelhos de medição
utilizados na realização do procedimento experimental são digitais, a incerteza de medição é igual ao
menor valor de escala.
Medimos posteriormente, o valor da resistência com recurso a ohmímetro, para posteriormente
compararmos os dois valores experimentais obtidos. (Direto com recurso ohmímetro e indireto com
recurso aos valores de diferença de potencial e intensidade de corrente medidos).
Os dados medidos durante esta parte do procedimento experimental, serão utilizados na análise de
resultados para calcular o valor da resistência utilizada na montagem do circuito.
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4.2 ASSOCIAÇÕES DE RESISTÊNCIAS
Nesta parte do procedimento experimental, começamos por escolher três resistências com valores
nominais inferiores a 10 KΩ e recorremos a um ohmímetro para medir os seus valores reais com maior
precisão. Determinamos também o valor da resistência equivalente para posteriormente
compararmos com o seu valor teórico.
Posteriormente, fizemos a montagem das resistências em série na Breadboard, como está
representado na figura 8, com uma fonte de tensão de 10V e obtivemos um circuito igual ao que está
ilustrado na figura 9.
Figura 8 - Associação de resistências em série na Breadboard. Figura 9 – Esquema do circuito montado com três
Foto tirada por: Ana Carolina resistências em série, desenhado no caderno laboratorial.
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4.2.2 Associação de resistências em paralelo
Nesta alínea do procedimento experimental, começamos por montar as três resistências escolhidas
na montagem anterior (4.2.1) em paralelo, como está ilustrado na figura 10, e ligamos esta associação
de resistências em paralelo a um gerador, obtendo um circuito igual ao que está representado na figura
11.
Figura 10 - Montagem de três resistências em Figura 11 – Esquema do circuito com as três resistências em paralelo,
paralelo na Breadboard. desenhado no caderno laboratorial.
Foto tirada por: Ana Carolina
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4.2.3 Associação mista de resistências
Nesta parte do procedimento experimental, montamos uma associação mista de resistências,
colocando a R3 em série com a associação em paralelo de R1 e R2, e ligamos esta associação mista de
resistências a um gerador, e obtivemos um circuito igual ao que está representado na figura 12.
Figura 12 - Esquema do circuito montado, com uma resistência em série, com duas resistências em paralelo, desenhado no
caderno laboratorial.
A seguir, para termos dados suficientes para calcular a Req, sem recorrer a um ohmímetro, medimos
com recurso a um multímetro em modo voltímetro a diferença de potencial aos terminais da
associação em paralelo de resistências (R12) e aos terminais da resistência equivalente (R123 ), com uma
incerteza de medição igual a 0,01 V, e com recurso a um multímetro em modo amperímetro, medimos
também a intensidade de corrente que sai do gerador, com uma incerteza de 0,001 mA.
Estes dados, vão ser utilizados na análise de resultados para calcular o valor da resistência
equivalente das duas resistências em paralelo (R12) sem recorrer a um ohmímetro, o valor da
resistência equivalente da associação mista de resistências (Req), verificar a lei dos nós e a lei das
malhas neste circuito.
Após termos recolhidos todos os dados necessários, realizamos com auxílio do professor Manuel
Abreu, um curto-circuito ao paralelo de resistências, e obtivemos um circuito igual ao que está
representado na figura 13.
Figura 13 - Circuito desenhado no caderno, que representa o curto-circuito efetuado ao paralelo de resistências.
Na segunda parte desta alínea do procedimento experimental, medimos com recurso a multímetro
em modo voltímetro, as diferenças de potencial associadas aos terminais de cada resistência.
Estes dados vão ser utilizados na análise de resultados para determinar a corrente que passa em
cada uma das resistências do circuito, após se ter efetuado o curto-circuito ao paralelo de resistências.
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4.3 VOLTÍMETRO E AMPERÍMETRO REAIS
Nesta alínea, com recurso a um multímetro em modo ohmímetro começamos por medir o valor real
de duas resistências com valor nominal 10 MΩ. Após efetuadas as medições, montamos um circuito
em série utilizando as duas resistências e uma fonte de tensão de 10 V, como está representado na
figura 14.
Figura 14 - Esquema do circuito com as duas resistências em série, desenhado no caderno laboratorial.
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4.4 ESTUDO DA CARGA E DESCARGA DO CONDENSADOR
Figura 16- Sistema de medição utilizado. Foto tirada por: Ana Carolina
Os dados recolhidos vão ser utilizados na análise de resultados, para calcular o tempo necessário
para carregar totalmente o condensador e o tempo característico de carga do condensador (τ).
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4.4.2 Descarregamento do condensador
Após este passo, registamos ao longo do tempo, com recurso a um voltímetro a diminuição da
diferença de potencial entre as placas do condensador, e com recurso a um amperímetro a diminuição
da intensidade de corrente que percorre o circuito.
Os dados recolhidos vão ser utilizados na análise de resultados, para calcular o tempo necessário
para descarregar totalmente o condensador e o tempo característico de descarga do condensador (τ).
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5. ANÁLISE DE RESULTADOS
1 1,00 0,00010
2 2,00 0,00020
3 3,00 0,00030
4 4,00 0,00040
5 5,00 0,00050
6 6,00 0,00061
7 7,00 0,00071
8 8,02 0,00081
9 9,01 0,00091
10 10,01 0,00102
|𝑅𝑟𝑒𝑎𝑙−𝑅𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙| |10277−10000|
Erro relativo (%) = 𝑅𝑟𝑒𝑎𝑙
× 100 = 10277
× 100 = 2,70%
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5.2 ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS
Req = 7620 Ω
Um circuito “divisor de tensões” consiste numa conexão entre uma fonte de tensão e uma
associação de resistências em série. Estes sistemas têm como principal função atenuar baixas
frequências.
∆𝑉𝐸
∆𝑉1 = 𝑅1 𝐼 = 𝑅
𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 1
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∆𝑉𝐸
∆𝑉2 = 𝑅2 𝐼 = 𝑅
𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 2
∆𝑉𝐸
∆𝑉3 = 𝑅3 𝐼 = 𝑅
𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 3
Este raciocínio pode ser generalizado para n resistências em série, sendo a tensão associado
aos terminais da resistência K:
∆𝑉𝐸
∆𝑉𝑘 = 𝑅3 𝐼 = 𝑅
𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 + 𝑅𝑛 𝐾
Ou seja, neste tipo de circuitos, a tensão associada aos terminais de uma resistência será tanto
maior quanto maior for o valor da resistência.
Em suma, o termo “divisor de tensões”, é usado neste tipo de circuitos, uma vez que, a tensão
da fonte é igual a soma da tensão registada em todas as resistências associadas no circuito.
𝑛
∆𝑉𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 = ∑ ∆𝑉𝑛
𝑖=1
1 1 1 −1 1 1 1 −1
𝑅𝑒𝑞 = ( + + ) = ( + + ) = 816,29 Ω
𝑅1 𝑅2 𝑅3 2190 2170 3250
● Medição da resistência equivalente com recurso a um ohmímetro:
Req = 818,03 Ω
1 1 −1 1 1 −1
𝑅12 = ( + ) = ( + ) = 1089,98 Ω
𝑅1 𝑅2 2190 2170
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R12 está em série com R3:
Req = 4350,00 Ω
∆𝑉12 2,50
𝑅12 = = = 1091,7 Ω
𝐼1 2,29 × 10−3
Erro relativo associado:
|𝑉𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜−𝑉𝑝𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑜| |1091,70−1089,98|
Erro relativo = = 𝑉𝑝𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑜
= 1091,70
× 100 = 0,16%
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● Curto-circuito ao paralelo de resistências
Para procedermos ao cálculo da intensidade de corrente que percorre cada uma das resistências,
medimos com recurso a um voltímetro, a diferença de potência associado a cada uma das
resistências, de onde obtivemos os seguintes valores:
∆𝑉
Assumindo que a lei de Ohm é válida neste circuito: 𝐼 = 𝑅
∆𝑉1 0
𝐼𝑅1 = = =0𝐴
𝑅1 2190,00
∆𝑉2 0
𝐼𝑅2 = = =0𝐴
𝑅2 2170,00
∆𝑉3 9,94
𝐼𝑅3 = = = 3,06 × 10−3 𝐴
𝑅3 3250,00
𝐼𝑅1 = 0 𝐴
𝐼𝑅2 = 0 𝐴
𝐼𝑅3 = 3,05 × 10−3 𝐴
|𝐼𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜−𝐼𝑝𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑜|
Erro relativo2 = = 𝐼𝑝𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑜
× 100 = 0%
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5.3 VOLTÍMETRO E AMPERÍMETRO REAIS
∑ ∆𝑉 = 0 ⇔
𝑚𝑎𝑙ℎ𝑎
● Um voltímetro ideal é um instrumento que mede a tensão elétrica de um circuito sem absorver
qualquer corrente elétrica, apresentando, por isso, uma resistência elétrica interna infinita.
● Concluímos então que, como a lei das malhas foi verificada, podemos considerar que os
instrumentos de medida (voltímetro e amperímetro) são ideais.
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5.4 CARGA E DESCARGA DE UM CONDENSADOR
10 1,99 0,8
20 3,7 0,627
30 5,05 0,495
40 6,05 0,392
50 6,84 0,313
60 7,45 0,25
70 7,94 0,203
80 8,32 0,164
90 8,64 0,133
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Gráfico 2 - Tensão em função do tempo, no processo de Gráfico 3 – Corrente elétrica em função do tempo, no
carregamento do condensador. processo de carregamento do condensador.
𝑦 = 0,9491𝑒 −0,022𝑥
1
− = −0,022 => 𝑅𝐶 = 45,45 𝑠
𝑅𝐶
Através deste resultado e sabendo que a resistência do circuito é igual a 9830 Ω, podemos calcular
o valor experimental da capacidade do condensador utilizado.
𝜏
𝜏 = 𝑅𝐶 (=) 𝐶 = = 4623 𝜇𝐹
𝑅
Como sabemos que o valor teórico de capacidade do condensador utilizado na montagem do
circuito é igual a 4700 𝜇𝐹, podemos determinar o erro relativo e a variação percentual:
Por fim, para calcularmos o tempo de carga do condensador, utilizamos a regra prática da
carga/descarga completa de um condensador num circuito RC, que nos diz que:
t= 5𝜏 = 5 × 45,45 = 227,3 𝑠
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5.4.2 Descarregamento do condensador
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Gráfico 4- Tensão em função do tempo, no processo de Gráfico 5 – Corrente elétrica em função do tempo, no
descarregamento do condensador. processo de carregamento do condensador.
𝑦 = 8,8893 × 𝑒 − 0,023𝑥
Fazendo uso da equação característica, da diferença de potencial em função do tempo do
condensador no processo de descarga, e igualando-a a equação obtida experimentalmente, podemos
deduzir que:
1
= 0,023 => 𝑅𝐶 = 43,48 𝑠
𝑅𝐶
Através deste resultado e sabendo que a resistência do circuito é igual a 9830 Ω, podemos calcular
o valor experimental da capacidade do condensador utilizado.
𝜏
𝜏 = 𝑅𝐶 (=) 𝐶 = = 4423 𝜇𝐹
𝑅
Por fim, para calcularmos o tempo de descarga do condensador, utilizamos a regra prática da
carga/descarga completa de um condensador num circuito RC, que nos diz que:
t= 5𝜏 = 5 × 43,48 = 217,4 𝑠
Em geral, todos os objetivos propostos para esta atividade laboratorial foram cumpridos com
sucesso. Esta componente prática foi essencial para que pudéssemos cimentar alguns conceitos
teóricos, como a lei de Ohm, associação de resistências em série, associação de resistências em
paralelo, associação mista de resistências, processo de carga e descarga de um condensador. Para
além disto, permitiu-nos ainda familiarizarmos com alguns elementos e equipamentos de medição
utilizados em circuitos elétricos.
Os erros relativos que obtivemos no decorrer da análise e tratamento dos dados são reduzidos, o
que evidencia que os resultados obtidos experimentalmente estão muito próximos dos valores
teóricos. A existência destes erros pode ser fortuita de erro humano, calibração desadequada dos
equipamentos, ou devido a resistência dos fios condutores.
8. REFERÊNCIAS
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