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ESCOLA: CEM NOVA ESPERANÇA

ALUNO: NICOLAS BARBOSA

SÉRIE: 7º C - VESPERTINO

COMBUSTÍVEIS

LOCAL: BALNEÁRIO CAMBORIÚ

DATA : 05 DE MAIO DE 2022


1. INTRODUÇÃO

1.1 O que são combustíveis

Combustíveis são substâncias que queimamos para produzir calor. Esse calor produzido pode ser
utilizado para mover uma turbina nas usinas termelétricas, como vimos em Formas de energia (energia
cinética), ou para acionar motores de veículos. Os combustíveis podem ser obtidos de fontes não
renováveis ou renováveis. sofrem um fenômeno químico denominado de combustão, liberando certa
quantidade de energia na forma de calor. Veja um exemplo de representação química da queima de um
combustível: X + O2 → CO2 + H2O. Toda queima de um combustível é uma reação química do tipo
exotérmica (libera calor), mas os produtos originados sempre variam de acordo com o combustível utilizado.

Veja alguns exemplos: Gás carbônico, Monóxido de carbono, Dióxido de enxofre, Óxido de ferro. Origem
dos combustíveis Os combustíveis, de uma forma geral, podem ter diversas origens, como: Animais e
vegetais fossilizados (petróleo); Plantas (arroz e cana-de-açúcar); Eletrólise da água; Lixo.

O petróleo é a principal fonte de energia usada atualmente.

processamento é feito aquecendo o petróleo

2. DESENVOLVIMENTO

O combustível é caracterizado por ser qualquer substância que, ao reagir com o oxigênio, produz
calor, gases ou chamas. A energia liberada durante esse processo é de fundamental importância para as
atividades humanas e, principalmente, para a produção industrial, pois grande parte das máquinas funciona
a partir de energia combustível. Várias substâncias podem ser utilizadas na fabricação de combustível,
sendo os de origem fóssil os mais populares (petróleo, carvão e gás natural). Porém, a necessidade de
desenvolver alternativas que possam substituir, gradativamente, os combustíveis de origem fóssil,
impulsionou as pesquisas para a obtenção de biocombustível. Os biocombustíveis, como o próprio nome já
indica, são um tipo de combustível de origem biológica ou natural. Trata-se de uma fonte renovável de
energia que é utilizada por meio da queima da biomassa ou de seus derivados, tais como o etanol (álcool
para combustível), o biodiesel, o biogás, o óleo vegetal e outros. A biomassa é tida como qualquer material
de constituição orgânica que pode ser empregado para algum tipo de produção de energia. Assim, os
biocombustíveis correspondem a uma das formas sob as quais a biomassa pode ser empregada, além de
serem tidos como uma alternativa econômica e ambiental para reduzir a queima dos combustíveis fósseis.
Geralmente, os tipos de biomassa utilizados como matérias-primas dos biocombustíveis são as plantas
oleaginosas, ou seja, aqueles vegetais que possuem substâncias em formas de óleos e gorduras que
podem ser extraídas a partir de determinados processos. Entre os vegetais mais comumente empregados,
principalmente no Brasil, estão a cana-de-açúcar, a mamona, a palma, o girassol, o babaçu, a soja, o milho
e outros. O milho é mais utilizado nos Estados Unidos, país que, assim como o Brasil, produz etanol em
larga escala. Atualmente, o Brasil possui uma produção de etanol que supera os 21,5 milhões de barris por
ano, o que equivale a um montante de aproximadamente 3,52 bilhões de litros. As perspectivas, segundo a
Agência Internacional de Energia, é que essa produção aumente cerca de 200% até o ano de 2050, o que
tornaria o Brasil uma referência internacional em biocombustíveis. As vantagens dos biocombustíveis são
várias: menor índice de poluição com a sua queima e processamento; podem ser cultivados e, portanto, são
renováveis; geram empregos em sua cadeia produtiva; diminuem a dependência em relação aos
combustíveis fósseis; além de aumentarem os índices de exportações do país, favorecendo a balança
comercial. Por outro lado, entre as desvantagens dos biocombustíveis, podemos mencionar: a necessidade
de amplas áreas agricultáveis, podendo intensificar o desmatamento pela expansão da fronteira agrícola;
pressão sobre o preço dos alimentos, que podem ter sua produção diminuída para dar lugar à produção de
biomassa; entre outros fatores. De toda forma, a produção de biocombustíveis se dá de maneira mais
favorável em países que possuem uma larga extensão territorial e grandes espaços produtivos, capazes de
produzirem uma grande quantidade de matérias-primas para serem processadas e convertidas em óleos e
combustíveis. Esse cenário favorece, especialmente, o Brasil e os Estados Unidos, líderes mundiais na
produção e consumo dessa importante fonte de energia.

2.1 Classificação e tipos de combustíveis

a) Renovável ou não fóssil: Trata-se do combustível que pode ser obtido a partir de fontes naturais que
podem renovar-se, ou seja, que não se esgotam. Alguns exemplos são: Água; Etanol; Metanol; Biodiesel;
Madeira.

A plantação de cana-de-açúcar é um recurso renovável

b) Não renovável ou Fóssil: Trata-se do combustível que é obtido a partir de fontes que foram formadas
durante milhões de anos como resultado da fossilização de animais e vegetais. Essas fontes, todavia, não
podem ser repostas em virtude do tempo necessário para a sua formação. Alguns exemplos são: Gasolina;
Óleo diesel; Querosene; Gás natural; Xisto betuminoso; Carvão; Gás liquefeito propano (GLP).
O petróleo é o combustível fóssil mais utilizado atualmente.

2.3 Estados físicos dos combustíveis

a) Sólido: Combustível que é utilizado, por exemplo, em motores de combustão externa, na forma de um pó
bastante fino. Alguns exemplos de combustíveis sólidos são a madeira e o carvão.

b) Líquidos: Combustíveis ideais, por exemplo, para o uso em motores de combustão interna. Boa parte dos
combustíveis nesse estado físico é obtida a partir da destilação do petróleo. Alguns exemplos são: Álcool;
Gasolina; Óleo diesel.

c) Gasosos: São combustíveis utilizados em câmaras internas, por exemplo. Geralmente são misturas de
duas ou mais substâncias gasosas. Alguns exemplos são: Metano; Hidrogênio; Gás natural

2.4 Biocombustível

A chamada bioenergia é aquela que, em seu processo de formação, utiliza a luz do sol para constituir
a matéria-prima da qual se extrai a energia. O sol age diretamente sobre as plantas e, através da
fotossíntese, a planta acumula material para seu crescimento. Todas as plantas realizam fotossíntese para
produzir seu alimento, a partir energia luminosa, água e gás carbônico. Através desse processo, conseguem
crescer e produzir flores e frutos. Todas as plantas podem ser fontes para a bioenergia, seja através da sua
queima (combustão) ou de seu processamento. Dois exemplos muito comuns no Brasil são a cana-de-
açúcar e a soja. Da cana se extrai açúcar e álcool. Ambos os produtos são energéticos, ou seja, contêm
energia. Da soja se extrai o óleo que também pode ser usado para produzir energia. A lenha e o carvão
vegetal também são matérias-primas (fontes) para obtenção da energia.
Mineração de carvão em um poço aberto.

2.5 Biocombustíveis líquidos

O Brasil é um grande produtor de biocombustíveis líquidos, sendo os principais o etanol (álcool) e o


biodiesel. O etanol é obtido a partir do caldo da cana-de-açúcar e o biodiesel, a partir de óleos vegetais. O
óleo vegetal mais comum no Brasil é o de soja, mas outros, tais como os de dendê, canola e girassol
também podem ser utilizados.

Tipos de combustíveis líquidos


2.6 Biogás

Os biocombustíveis também podem ser obtidos na forma de gás, o biogás. Você já deve ter sentido
um odor desagradável quando uma matéria vegetal ou animal está em decomposição (apodrecendo). Esse
odor é provocado pelos gases que se formam na decomposição. O biogás é composto por uma mistura de
gases, principalmente o gás carbônico (CO2) e o metano. O biogás pode ser usado em substituição ao gás
natural e ao GLP em várias aplicações: nas casas (fogão e aquecedor de banho), nas indústrias (fornos) e
nos automóveis (combustível veicular). Também pode ser utilizado para produzir fertilizantes, para a geração
de energia térmica (aquecimento de galinheiros no sul do Brasil, por exemplo) e para geração de energia
elétrica, nas termelétricas.

Aterro sanitário estabelecido para utilizar o biogás dos resíduos

A produção do biogás ajuda a evitar os lixões e a consequente contaminação do solo e as doenças


2.7 GLP x Gás Natural

O GLP (Gás Liquefeito de Petróleo ou gás de botijão, gás de cozinha) é obtido principalmente do
petróleo (embora também seja obtido durante o processamento do gás natural) e é comercializado na forma
líquida, sob pressão, em botijões de variados tamanhos (nos botijões que abastecem o fogão de muitas
casas, o gás está sob alta pressão e por isso se encontra em forma líquida. Quando o gás é retirado do
botijão, seu estado passa de líquido para gasoso). É composto por uma mistura de moléculas pequenas
que, fora do botijão evaporam.

O Gás Natural encanado é obtido através do processamento do gás natural, após sair do poço. É
comercializado na forma gasosa, através de dutos que chegam até o local em que será usado. É composto
por uma mistura de moléculas ainda menores que as do GLP e não estão sob pressão suficiente para
liquefazê-las. Foto de Botijão de GLP Embora sejam chamados, usualmente, de “gás”, o GLP e o gás
natural encanado são diferentes na forma em que são vendidos e na própria composição.

Botijão de gás de cozinha


CONCLUSÃO

Há pontos positivos e negativos nesses combustíveis. Como vantagem, podemos citar a alta produção de
energia (petróleo e carvão) e aquecimento doméstico nas estações frias (gás natural), além de revolucionar
a forma como produzimos. Por exemplo, o gás natural pode ser considerado uma fonte de energia limpa
porque é mais leve que o ar, dissipa-se mais rapidamente e é menos poluente que o petróleo e o carvão.
Quando utilizado para fins domésticos, pode substituir a lenha, reduzindo o desmatamento. No entanto,
pode ter ocorrido vazamentos durante sua produção que liberaram gás metano na atmosfera. O carvão
mineral foi utilizado em larga escala nos séculos XVIII e XIX e foi vantajoso para usinas termelétricas,
siderúrgicas e indústria química devido ao seu enorme poder térmico. No entanto, é altamente poluído, o
que representa uma barreira ao seu uso por organizações internacionais, pois libera muitos gases que
podem danificar a camada de ozônio. O petróleo, por sua vez, tem a vantagem de produzir inúmeros
derivados como plásticos, gasolina e asfalto, que nos dão uma grande variedade de produtos sociais. No
entanto, essa vantagem também é uma desvantagem porque nos tornamos dependentes desse
combustível, que também produz gases destruidores de ozônio que contribuem para o aquecimento global.
Além disso, as disputas geopolíticas são muitas vezes colocadas como pano de fundo da exploração de
áreas com grandes reservas de petróleo. O uso excessivo de combustíveis traz sérios problemas ambientais
para todo o mundo, não apenas nos países onde o combustível é produzido, muito menos nos países onde
o combustível é usado dentro de suas fronteiras. Isso é o que chamamos de globalização da poluição.
Devido à queima desses combustíveis, grande parte do mundo, principalmente áreas urbanas, onde se
concentram as maiores emissões gasosas provenientes da queima de combustíveis fósseis, está repleta de
problemas ambientais que afetam a natureza e até a vida humana.

BIBLIOGRAFIA

https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/biogas-energia-por-meio-lixo.htm (Acesso em 04 de maio de


2022)

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/combustiveis.htm (Acesso em 04 de maio de 2022)

https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/o-que-sao-combustiveis (Acesso em 04 de maio de 2022)

https://escolakids.uol.com.br/geografia/combustiveis-fosseis.htm (Acesso em 04 de maio de 2022)

PENA, Rodolfo F. Alves. "Biocombustíveis"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/geografia/biocombustiveis.htm. (Acesso em 04 de maio de 2022.

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