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ESTUDO DIRIGIDO – 1º PROVA (MATERIAIS DENTÁRIOS I)

1- Classifique dentina terciária.


2- Cite 5 soluções de como minimizar agressões ao complexo
dentinho-pulpar mediante um processo restaurador.
3- Explique o mecanismo de ação do Hidróxido de Cálcio nos tecidos e
nas bactérias.
4- Cite 5 propriedades do hidróxido de cálcio, e explique 3.
5- Em quais formas podemos encontrar o Hidróxido de cálcio?
6- Explique por que não devemos aplicar verniz sobre o cimento de
hidróxido de cálcio.
7- Cite 5 motivos para não aplicar PA sobre polpa exposta em
sangramento.
8- Cite 5 indicações do MTA
9- Cite 5 indicações do CALEN
10- Cite 5 indicações da Pasta LC
*BIZU: é importante saber distinguir esses três (MTA, pasta LC e calen)
e a função de cada um deles, pois são bastante parecidos, e ele gosta
de cobrar dessa forma, então é importante não confundir as indicações.
Obs2.: o Calen e o MTA são os que eles mais costumam cobrar, e
sempre foi em relação à indicação.
11- Diferencie verniz convencional do modificado
12- Cite 5 desvantagens do verniz.
13- Cite 5 requisitos para um agente cimentante ideal
14- Classifique o cimento de óxido de zinco e eugenol (OZE) quanto à
sua indicação clínica.
15- Explique a manipulação do OZE (proporção pó/líquido, divisão do
pó e tempo de espatulação) e cite o aspecto clínico desse cimento após
a espatulação.
16- Explique a reação química de presa do OZE (pó+líquido).
17- Cite 3 propriedades do Eugenol
18- Detalhe a manipulação do Cimento fosfato de Zinco e cite o
aspecto clínico ao final da manipulação.
19- Explique a reação química de presa do Cimento fosfato de zinco.
20 – Cite 5 formas de como o profissional pode controlar o tempo de
presa do Cimento fosfato de zinco.
21- Paciente jovem, de 24 anos, compareceu à clínica odontológica de
acolhimento da UEPB campus VIII se queixando de dor no elemento 36.
Após o diagnóstico de cárie, houve a remoção da lesão, e se obteve
uma cavidade muito profunda com exposição pulpar. Qual o protocolo
a se seguir, sabendo que o material restaurador a ser usado será
amálgama de prata?
Casos clínicos complementares.
22- Paciente idoso, de 65 anos, compareceu ao PSF se queixando de
dor no elemento 15. Após o diagnóstico de cárie e remoção da lesão,
obteve-se uma cavidade média. Qual o protocolo da restauração a ser
usado, sabendo que no PSF só se encontra disponível hidróxido de
cálcio (PA), verniz, resina composta e Cimento óxido de zinco e
eugenol? Explique o motivo de escolha deste protocolo.
23- Paciente idoso, dente com cavidade média. Qual o protocolo para
restauração com amálgama?
24- Paciente de 35 anos; cavidade muito profunda. Protocolo para
restauração com amálgama.

GABARITO

1- Reacional - sua produção vai depender da intensidade ou do tempo do estímulo, e é


produzida ao redor da polpa por odontoblastos pré-existentes
Reparadora – a formação ocorre quando células mesenquimais indiferenciadas que mediante
estímulos de alta frequência e velocidade vão se diferenciar em odontoblastos e produzir essa
dentina.

Esclerosada – dentina hipermineralizada, observada a partir do envelhecimento em resposta a


agressões, obliterando os TD. E caracteriza-se por ser uma dentina de cor enegrecida ou
acastanhada, superfície dura, lisa, brilhante.

2- Preparos com refrigeração, renovação periódica de brocas, evitar materiais restauradores


que liberem calor, utilizar materiais biocompatíveis, materiais que liberam flúor, realizar ajuste
oclusal, realizar proteção (forramento, base, selante)...

3- Por meio da dissociação em íons Ca e OH, a atuação nas bactérias vai ser em conjunto, onde
o Ca inativa as enzimas bacterianas causando efeito bactericida e o OH vai alterar as
propriedades da membrana citoplasmática bacteriana, prejudicando suas funções celulares
(metabolismo e divisão).

Já nos tecidos, o hidróxido de Ca vai ativar as enzimas teciduais, onde ao tornar o meio alcalino
irá ativar a fosfatase alcalina. Essa enzima vai facilitar a liberação dos íons fosfato que vão
reagir com o Ca da corrente sanguínea, formando um precipitado, o fosfato de Ca. Em seguida,
os íons Ca vão se precipitar na forma de carbonato de cálcio, atuando como núcleo de
calcificação.

4- Estimular a ação dos fibroblastos presentes na polpa, favorece a reparação da polpa,


diminui a resposta inflamatória, permite a atração de fatores de crescimento como
fibronectina, BMP´s, TGF beta ( vão atuar nas células mesenquimais indiferenciadas para se
diferenciarem em odontoblastos), produto hemostático (devido seu ph básico, diminuindo o
processo de sangramento)

5- Em forma de Pó, solução, suspensão, pasta e cimento

6- O solvente presente no verniz pode aumentar a solubilidade do cimento, pois o Hidróxido


de cálcio é altamente solúvel, e quando ele é dissociado vai deixar de exercer suas funções.

7- o cimento pode ser deslocado da polpa e vai deixar de exercer suas funções pois atua por
contato; o deslocamento desse cimento pode provocar a formação de dentina ectópica;
partículas do pó podem adentrar à polpa, podendo invadir vasos e causar embolia; deve-se
esperar o sangramento para a saída dos detritos; a não espera desse sangramento pode gerar
inflamação recorrente devido a não retirada dos possíveis microorganismos que podem ter
infectado...

8- Proteção pulpar direta (capeamento); pulpotomia; retrobturação; selamento de perfurações


de furca; perfuração radicular; apicificação...

9- tratamento de rizogênese incompleta, fístula persistente, lesões periapicais refratadas,


reabsorção radicular interna e externa, exsudato excessivo, tratamento endodôntico...

10- rizogênese incompleta, medicação intracanal para dentes com exsudato, vedamento de
perfurações, obturação de canais em dentes decíduos, reimplante dentário...

11- convencional – é composto basicamente por uma resina natural (ex: sandáraca, colofônia)
Já o modificado é composto por uma resina sintética, como a nitrocelulose, e possui outros
componentes, como diiodo-timol, flúor, resina de poliestireno, sulfato de bário, hidróxido de
Ca, óxido de zinco, além de solventes orgânicos (clorofórmio, acetona, álcool éter, benzeno...)

12- não tem adesividade à estrutura dentária, fraco isolante térmico, fraco isolante elétrico,
não cobre uniformemente a dentina, não possui propriedades bacteriostáticas, possui alta
solubilidade comparado ao sistema adesivo

13- biocompatibilidade, ter adesividade à estrutura dentária, promover bom selamento


marginal, possuir propriedades terapêuticas, liberar flúor, ter resistência...

14- tipo I – cimentação provisória

Tipo II – cimentação definitiva

Tipo III – base e restauração provisória/ curativo

Tipo IV – forramento

15 – A proporção pó-líquido é de 1:1, onde a porção de pó se dá pela colher dosadora, o


excesso de pó é retirado com uma espátula (nº 24, 36). A divisão do pó na placa é 50%, 25%,
25% (vocês podem fazer um desenho e colocar a quantidade de segundos, é mais fácil). Após a
divisão colocamos o líquido na placa (a primeira gota deve ser dispensada para evitar inclusão
de bolhas). A espatulação se dá inicialmente pela maior parte: 50% (30seg), depois 25% (10 a
15 seg) e 25% (10-15 seg).

Ao final da espatulação obtemos uma massa com aspecto de massa de vidraceiro, homogênea,
desgruda da placa e da espátula, é pouco brilhante.

16- ao misturar o pó ao líquido, temos o eugenol, um OH e o óxido de zinco, onde na presença


de água vai haver a separação, e o óxido de zinco vai ficar entre as duas moléculas (eugenol e
OH), formando um quelato -> o eugenolato de zinco e partículas de pó não reagidas que vão
conferir resistência

17- Anti-inflamatório, analgésico, sedativo, antimicrobiano...

18- A proporção pó líquido se dá de acordo com o fabricante, mas geralmente é de 1 de pó


para 4 gotas. A porção de pó é por meio da colher dosadora, podendo ser de 3 (p/ cimentação)
ou 4 (restauração prov.) marcações. A princípio, o pó será dividido em (é melhor vocês
desenharem, fica mais didático) ¼, ¼ , ¼ , 1/8 , 1/16 e 1/16. Feito a divisão do pó, é dispensado
o líquido, e a espatulação pode ser feita com a espátula nº 24, onde o tempo será 10 segundos
para as três menores porções cada inicialmente, 15 segundos para as duas porções seguintes
de ¼ e a ultima de ¼ por 30 segundos. Ao final da espatulação teremos uma massa
homogênea, gruda na placa e na espátula, forma fio (o tamanho vai depender da indicação –
cimentação ou provisório), superfície brilhosa.

19- Quando misturados, o ác. fosfórico dilui o óxido de zinco, o óxido de zinco reage com o
fosfato de alumínio formando um gel aluminofosfato de zinco, onde também haverá partículas
de pó não reagidas.

20 – Alterando a proporção pó/líquido, regulando a velocidade de incorporação do pó, resfriar


a placa para aumentar o tempo de presa, tempo de mistura (se misturo rápido cada porção,
ela toma presa rápido), contaminação da placa por água.
21- Hemostasia > limpa com solução/ suspensão/água destilada/soro fisiológico ou clorexidina
e seca > otosporin ou maxitrol > aplicação de PA > forramento com cimento de hidróxido de
cálcio > Base com OZE > Selante – 2 a 3 camadas de verniz – jato de ar nos intervalos >
Material restaurador (amálgama) > verniz (para evitar o galvanismo).

(vocês podem detalhar essas etapas com os instrumentais e materiais acessórios. ex.: bolinha
de algodão estéril, porta dycal p/ PA e cimento Hca, espátula de inserção pro OZE, e
microbrush p/ o verniz)

22- Limpeza da cavidade com solução ou suspensão de hidróxido de cálcio feito com o pó de
hidróxido de cálcio > seca > restauração provisória com OZE tipo III.

Motivo de escolha:

1- a restauração definitiva não poderia ser realizada com resina composta pois os
solventes do verniz e o eugenol do OZE poderiam inibir a fotopolimerização da Resina
composta, deixando monômeros resinosos livres que poderiam chegar à polpa e
causar uma reação de corpo estranho (inflamação , e em casos mais graves ->
necrose). (incompatibilidade de RC), o correto seria fazer o provisório e encaminhar o
paciente para uma próxima consulta nas próximas semanas quando estiver disponível
o amalgama, onde iria apenas rebaixar o oze como base, aplicar o verniz, e depois
amalgama
2- O eugenol possui efeitos terapêuticos, como anti-inflamatório, antimicrobiano e,
analgésico, aliviando a dor do paciente.

23- Lavar cavidade com solução de Hca > secar > verniz – jato de ar > amálgama > verniz

Obs.: a aplicação do verniz ao final da restauração é optativa, ou seja, caso não coloque,
também não estaria errado.

24- limpeza com solução ou suspenção de Hca > seca > forramento com cimento de Hca >
base com OZE > verniz – jato de ar > amálgama

Obs.: Busquem detalhar esses protocolos ao máximo, fiz grosseiro! Lembrem que é nota
de corte, quanto mais detalhes vc colocar, mais chances tem de ganhar kkkk

Obs2.: Nas manipulações optem também por fazer desenhos esquemáticos, pois vocês
ganham tempo e fica mais didático.

BONS ESTUDOS!!!

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