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Programa
Empreendedor Social
Programa
B a h i a I n ov a ç ã o
avaliação de
programas
da fapesb 2005-2006
Relatório de Avaliação de
Programas da FAPESB
Universidade Federal
da Bahia
Universidade Federal da Bahia Governo do Estado da Bahia
Naomar Monteiro de Almeida Filho Jaques Wagner
Olívia Silveira
Bahia Inovação/PAPPE; RECOPE
Patrícia Ávila
REPITTec; Curso de Empreendedorismo/Concurso
de Plano de Negócios; Empreendedor Social
Rodrigo Soares
REPITTec; Curso de Empreendedorismo/Concurso de
Plano de Negócios; RECOPE; Empreendedor Social
Rosana Boullosa
PROCEDE
CDD – 001.42 20
Sumário
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................................... 6
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 8
1.1. O que é este relatório parcial .........................................................................................................................8
1.2. O programa em questão .................................................................................................................................9
1.3. A metodologia de avaliação...........................................................................................................................9
1.3.1. O objeto da avaliação – o programa ....................................................................................... 10
1.3.2. Os objetivos da avaliação............................................................................................................ 10
1.3.3. Tipo de avaliação ........................................................................................................................... 10
1.3.4. O papel do contexto na análise ................................................................................................ 12
EMPREENDEDOR SOCIAL 4
- versão preliminar -
9. RESULTADOS ..................................................................................................................................50
Apresentação
Após quase seis anos de existência, a Fundação lança-se rumo a uma tripla jornada para o
biênio 2006/2007: empreender um processo de avaliação externa de alguns dos nossos
principais programas oferecidos à comunidade baiana; segundo, implementar mecanismos
de avaliação interna e, por fim, definir processos para futuras avaliações externas dos
programas. São desafios que convergem para o fomento e a implantação de uma cultura
interna de avaliação na FAPESB.
EMPREENDEDOR SOCIAL 6
- versão preliminar -
Essa avaliação é um primeiro passo, essencial para o avanço dos nossos programas, pois
nasce, sobretudo, da vontade de fomentar uma nova cultura na FAPESB, fechando um ciclo
inicial de quatro anos, no qual se buscou impulsionar a gestão da inovação na Bahia, o
estímulo à pesquisa e aproximação do mundo acadêmico ao setor produtivo, mas também
de descortinar possibilidades e alternativas para uma nova gestão que se inicia.
1. Introdução
Uma das finalidades complementares deste relatório é também propiciar uma interface de
diálogo entre avaliadores do projeto e os gestores de programas da FAPESB, em torno de
informações compartilhadas e compreensões comuns de fatos e dados relevantes dos
programas.
O relatório parcial segue uma linha metodológica desenhada especialmente para este
trabalho, sob demanda da Direção Geral da FAPESB, e está estruturado em 10 capítulos que
procuram dissecar o EMS, à luz do campo de análise de políticas públicas: (1) Introdução; (2)
Programa como Política Pública; (3) O Programa; (4) Ciclo do Programa; (5) Processo de Seleção
e Julgamento do Programa; (6) Atores do Programa; (7) Campo de Atuação; (8) Gestão do
Programa; (9) Resultados do Programa e (10) Perguntas Orientadoras. Além disto, para uma
melhor compreensão e dada a especificidade do que está sendo construindo enquanto
EMPREENDEDOR SOCIAL 8
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método de avaliação, o texto conta com várias ilustrações, entre gráficos, tabelas e quadros
que, ora servem como meio de síntese e representação da realidade do programa avaliado,
ora como apoio do que será descrito textualmente.
Cada capítulo foi pensado com uma estrutura semi-independente, cuja soma permite uma
visão detalhada do Programa. Por se tratar de um Relatório Parcial, portanto sem o
compromisso de exaurir todos os pontos focais, o leitor poderá encontrar discrepâncias,
vazios ou sobreposições, cujas críticas e sugestões são esperadas para serem incorporadas
para o relatório final.
O Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas – EMS foi criado em 2005 com o objetivo
de disseminar uma cultura de empreendedorismo e consolidar condições técnicas para o
desenvolvimento de projetos socioprodutivos viáveis em organizações sociais. O Programa
está em andamento, com ações sendo executadas relacionadas à Chamada Pública 03/2005 e
ao Edital 01/2006.
O processo de avaliação externa tem como objeto sempre o programa, sendo sempre
entendido em seu contexto. Cada relatório refere-se a um dos nove dos programas e, neste
caso, o EMS.
O tipo de avaliação de programas escolhido para este trabalho contempla uma dinâmica de
investigação que integra a análise das estruturas, processos e resultados em uma visão
contextual, construída por meio da compreensão das relações que se constituem no ciclo do
programa e da visão que atores diferenciados desenvolvem durante o andamento do
programa, resultando em um construto específico para este processo avaliativo. Durante a
avaliação dos programas, cada avaliador deverá enfocar:
EMPREENDEDOR SOCIAL 10
- versão preliminar -
 Contextualizar o programa como  Analisar as etapas, mecanismos, processos e conexões causais  Analisar se o Programa atinge
parte da política de ciência e existentes no desenvolvimento do Programas, para entender a os resultados esperados, bem
tecnologia do Estado, situando-o no realidade da operação do programa e de como cada parte do como resultados não previstos.
âmbito das políticas governamentais. programa se relaciona à estratégia e aos seus possíveis resultados.
Avaliação dos
Avaliação do Plano Avaliação da Implementação e da Gestão resultados e da
efetividade
 Recuperar conceitos, conteúdos,  Analisar os principais acontecimentos, pontos de estrangulamento e  Levantar informações
princípios, valores fundamentais e mecanismos de operação pelo Programa. qualitativas acerca da percepção
relações institucionais do Programa dos diferentes atores sobre o
quando de sua criação. Programa.
 Identificar o escopo, os objetivos  Identificar aspectos referentes à comunicação:  Produzir conhecimentos sobre
gerais, as fontes de recursos e demais os fatores favoráveis e
- canais de comunicação, internos e externos, entre o Programa e
características formais/institucionais desfavoráveis ao alcance dos
outras instâncias internas e externas à FAPESB e à SECTI;
do Programa e mensurar os objetivos, objetivos estipulados pelo
resultados esperados e metas (se - dificuldades de ordem pessoal ou institucional que dificultam a Programa.
houver) do Programa. comunicação do Programa.
 Identificar a base legal que deu  Identificar atores sociais que se relacionam com o Programa:  Identificar os principais focos
origem ao objeto da avaliação e de resistência às ações do
- grupos de interesse que agem no ambiente do Programa;
regulamenta sua operação e definir o Programa:
marco legal-institucional do - influências sobre o desenvolvimento do Programa;
- dos gestores;
Programa. - grupos ou organizações que apóiam as ações do Programa;
- motivações e intenções envolvidas. - dos executores dos projetos
apoiados;
- da população-alvo.
 Reconstruir a estratégia e a lógica de  Analisar os procedimentos vigentes de seleção, julgamento,  Identificar as principais críticas
atuação do programa, com ênfase na comunicação, avaliação interna, acompanhamento, gestão do de indivíduos, grupos ou
pertinência entre as necessidades conhecimento e das informações dos projetos apoiados. organizações acerca das ações
motivadoras do Programa, os do Programa.
objetivos declarados e as linhas de
atuação planejadas.
 Analisar a acessibilidade das informações do Programa no que tange  Avaliar o grau de cobertura do
à: Programa, mensurando até
que ponto se atingiu a
- base de dados computadorizada;
população-alvo destinatária.
- arquivos centralizados no gestor/coordenador e formato;
 Identificar em que
- arquivos descentralizados;
microrregiões/regiões
- outros procedimentos e rotinas de coleta de dados empregados; econômicas o Programa foi
- política relativa às informações confidenciais e ao acesso às pessoas, implementado e as diferenças
registros e locais relacionados ao Programa; entre essas
microrregiões/regiões
- disponibilidade de grupos ou indivíduos relevantes para a obtenção
de informações. econômicas.
EMPREENDEDOR SOCIAL 12
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O Programa começou a ser operacionalizado pela FAPESB em agosto de 2005, quando foi
lançada a Chamada Pública 03/2005. No âmbito dos nove programas da FAPESB em
avaliação, trata-se do único que envolve diretamente duas secretarias de Governo, fruto do
planejamento estratégico do Governo do Estado da Bahia que coloca a inclusão social como
um problema transversal.
O Empreendedor Social faz parte de um programa maior chamado Programa Bahia Inovação,
o qual é composto pela Rede de Propriedade Intelectual e Transferência Tecnológica da Bahia
– REPITTec, Rede de Empreendedorismo; PEMS e Juro Zero. Todavia, diferencia-se dos demais
Ver Ilustração 1
Posicionamento por possuir a vertente do desenvolvimento social, não observada nos demais subprogramas
do Empreendedor que compõem o Bahia Inovação. Pode-se dizer que ocupa uma posição diferenciada, dentre
Social na Política
de CT&I do os programas da FAPESB, por estabelecer uma relação estreita com o campo de atuação de
Governo da Bahia outra secretaria do Governo, no caso, a extinta SECOMP 2.
1
FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA NO ESTADO DA BAHIA – FAPESB. Projeto Empreendedor Social 2005. Salvador: FAPESB,
2005. (documento elaborado pelo gestor do programa)
2
A SECOMP, secretaria criada em 2001, foi extinta em 2007, no início do Governo do Partido dos Trabalhadores, gestão Jacques
Wagner, tendo suas atribuições divididas entre as 3 instâncias: as secretarias SETRE e SEDES, além da Casa Civil, que centralizou
a gestão do Fundo de Combate à Pobreza.
EMPREENDEDOR SOCIAL 14
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O Empreendedor Social possui como parceiros, além da SECTI e SECOMP, o Serviço de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas do Estado da Bahia (SEBRAE/BA) e o Instituto Euvaldo Lodi
(IEL/BA), além do apoio da Junior Achievement, Jovens Empresários das Américas – YABT Brasil
e a Rede Social/Rede Bahia.
Fase II: Fase operativa do Programa, em que são consolidados e implementados os Planos de
Negócios:
A Política de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) do Estado da Bahia pode ser considerada
como o fechamento de um processo de estruturação do setor no Estado – que teve como
pontos importantes a criação da FAPESB ocorrida em 2002 e a posterior elevação da então
Secretaria Extraordinária de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) em Secretaria de Estado
em 2004. Assim, a Política já reflete em sua elaboração crenças que foram determinadas
anteriormente, como a própria seleção de projetos a serem apoiados e as formas de atuação
da Fundação.
Como premissas desta política, destaca-se como principais eixos: (i) a aproximação do setor
produtivo à produção acadêmica, (ii) o fortalecimento da atuação em redes, (iii) o acesso
democrático à Tecnologia da Informação, (iv) a criação de ambientes propícios ao
desenvolvimento do setor produtivo, em especial daqueles ligados à inovação tecnológica e
(v) a melhoria da estrutura física dos sistemas de comunicação e tecnologia do Estado, entre
outros. Em seu texto, a Política explicita:
Tendo como referência o Programa Bahia Inovação, que tem por objetivo geral o aumento da
inovação no Estado da Bahia, também nota-se um alinhamento de objetivos, entre a FAPESB,
o Bahia Inovação e o Empreendedor Social.
EMPREENDEDOR SOCIAL 16
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O Sistema FAPESB é entendido neste trabalho de avaliação como uma relação dos programas,
subprogramas e ações, criados para cumprir as funções institucionais da FAPESB. O Sistema
FAPESB subdivide-se analiticamente em dois grandes grupos:
Dada a singularidade dos seus propósitos em relação aos demais oito programas estratégicos
em avaliação, este Programa pode ser facilmente associado ao campo das políticas
complexas ou integradas, que buscam uma resposta global para problemas que antes eram
vistos de modo dissociado. Nesta perspectiva, o Empreendedor Social sugere uma relação de
interdependência entre pobreza e cultura empreendedora ou, de modo mais específico,
entre a estagnação econômica e o baixo nível de empreendedorismo na Bahia.
No Sistema FAPESB, portanto, o Empreendedor Social foge à regra tanto pelo seu escopo,
quanto – sobretudo – pela sua articulação interinstitucional. É interessante notar que a
flexibilidade e a abertura desse sistema permitiu, em nível formal, experimentações
institucionais e organizativas à gestão e ao desenvolvimento do Programa. No decorrer deste
Relatório Parcial, tais características do Sistema serão analisadas, mostrando as implicações e
as contradições práticas desta flexibilidade.
Ver Ilustração 3 Conforme terminologia usada pela FAPESB, o Empreendedor Social é um dos subprogramas
O Empreendedor
Social na Estrutura
do Programa Bahia Inovação, sendo ligado às determinações e diretrizes deste que, por sua
Operativa dos vez, está vinculado às demandas estimuladas/induzidas da FAPESB por meio de editais e
Programas da
FAPESB
chamadas públicas. Para o EMS, a FAPESB ainda considera linhas de ação com sendo os dois
Editais/Chamadas realizados em 2005 e 2006.
Ainda não foi possível verificar o peso do Programa no fluxo orçamentário que a FAPESB
opera anualmente, por não ter sido fornecido integralmente pela Diretoria Administrativa e
Financeira. Todavia, é possível percorrer ao caminho inverso, identificando qual o peso da
FAPESB no orçamento geral do Empreendedor Social. Analisando os números iniciais do
Programa, o investimento da FAPESB corresponde a somente 28% do total de recursos
operacionalizados pelo Programa, sendo a maior parte, portanto, responsabilidade da
SECOMP. Tal divisão pode ser encarada como um indicativo da maior afinidade temática e
relação da SECOMP com o objeto do Programa, comparativamente à FAPESB, e por se tratar
Ver Ilustração 4
Tendência da também de um programa-piloto da Fundação.
participação do
Empreendedor O Empreendedor Social contou com uma Chamada Pública e um Edital Público. A Chamada
Social no fluxo Pública FAPESB/SECTI/SECOMP/SEBRAE/IEL/Rede Social 003-2005 foi lançada em 26 de
orçamentário
anual do agosto de 2005, enquanto o Edital FAPESB/SECTI/SECOMP/SEBRAE/IEL/Rede Social 001-2006
conjunto de foi publicado em 27 de março de 2006. Os recursos destinados ao Programa tiveram um
Programas da
FAPESB maior aporte da SECOMP, totalizando R$2.000.000,00 (dois milhões de reais), divididos em
50%, para 2005, e os restantes 50%, para 2006. Segundo números que constam no Projeto
3
Até dezembro de 2006, A FAPESB ainda não havia nomeado o Diretor de Inovação, apesar da aprovação pelo Conselho
Curador em agosto de 2006. Apenas no nível de informações, e não em termos operacionais, os subprogramas do Programa
Bahia Inovação – tendo o EMS dentre eles – foram acompanhados pelo gestor do PAPPE, a quem coube a responsabilidade de
compilar dados e informações dos 5 subprogramas para a Diretoria Geral. Não havia uma relação de subordinação entre os
gestores do EMS e Bahia Inovação.
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- versão preliminar -
O Programa Empreendedor Social apresenta uma posição de inter-relação não direta com
outras linhas de ação do Programa Bahia Inovação. Neste sentido, faz-se necessária uma
explicação sobre o Programa Bahia Inovação, um dos principais programas da FAPESB, que
engloba diferentes linhas de ação – não necessariamente alinhadas com a missão maior de
uma instituição de fomento à pesquisa como a FAPESB. O Programa Bahia Inovação tem por
objetivo fundamental e operacional a criação de uma cultura de inovação no Estado da Bahia
e acaba atacando este macro-objetivo de diversas maneiras. É possível verificar que o
programa divide-se em três grandes áreas: i) fomento à inovação em empresas instaladas no
Estado; ii) criação de uma cultura empreendedora no Estado, e; iii) proteção das inovações
geradas por estas e outras ações.
Dessa forma, mesmo que não sejam feitas ações diretas, como no caso do Apoio às
Incubadoras e Pré-Incubadoras, o Bahia Inovação busca formar, acompanhar e financiar o
novo empreendedor – desde que ele tenha um perfil de produção de base tecnológica. Esse
perfil operativo distancia-se teoricamente da missão institucional de uma FAP, que, como o
nome diz, trata-se de uma fundação de amparo/apoio à pesquisa. Esta particularidade da
FAPESB pode ser entendida pela confluência de oportunidades de financiamentos federais e
o desenvolvimento de programas da mesma natureza por outras FAPs.
Ver Ilustração 5b
Estrutura de
Finalizando as três grandes áreas de atuação do Bahia Inovação, está a Rede de Propriedade
atuação do
Empreendedor Intelectual e Transferência Tecnológica da Bahia (REPITTec), que permeia todos os outros
Social
subprogramas, buscando garantir a proteção legal das inovações em desenvolvimento.
Ver Ilustração 6 O EMS atua, sobretudo, em 4 grandes linhas de ação, dando corpo à estratégia de
Estratégia “fortalecer empreendimentos de organizações sociais com fins de superação da
institucional da
FAPESB para o pobreza”:
Empreendedor Social
apoiar a implantação de ações de sensibilização e capacitação em
empreendedorismo social em associações, cooperativas e/ou organizações
solidárias, populares e comunitárias;
realizar Concursos de Planos de Negócios com fins sociais oriundos das
capacitações de empreendedorismo;
disponibilizar assessoria para implementação e acompanhamento dos planos de
negócios recomendados durante o curso;
financiar Planos de Negócio ao final do curso para a implementação.
Estas linhas de ação do Programa são voltadas para as organizações sociais e não para as
comunidades carentes que necessitam desta “injeção” de empreendedorismo. No entanto, é
preciso compreender que estas organizações sociais são formadas por e/ou para tais
comunidades. Esta avaliação considera, portanto, que o Empreendedor Social utiliza-se do
recurso – próprio da formulação de políticas públicas – que é a exigência de um determinado
formato como critério de elegibilidade para que se pleiteie o benefício. Desta forma, as
EMPREENDEDOR SOCIAL 20
- versão preliminar -
Vale a pena ressaltar ainda que atores organizações e instituições do conhecimento recebem
capacitação empreendedora, segundo a metodologia disponibilizada pelo SEBRAE/BA.
Segundo documentação analisada, os ambientes mais propícios ao empreendedorismo são
aqueles caracterizados por processos interativos e cooperativos de aprendizado e inovação,
de onde deriva a importância da promoção da capacitação local em inovação e aprendizado
de forma coletiva.
Posto isso, a FAPESB operacionaliza o Empreendedor Social tendo como ponto de partida
duas crenças que sintetizam a lógica do Programa. A primeira relaciona-se com o fato de que
o empreendedorismo é capaz de reverter a estagnação econômica do Estado da Bahia.
Ou seja, investindo na formação de uma cultura empreendedora e disseminando-a, pode-se
obter ganhos sociais expressos no desenvolvimento de projetos e metodologias inovadoras
no campo socioeconômico. Uma segunda crença, sob a qual se alicerça o Programa, refere-se
à aprendizagem do empreendedorismo: Segundo o documento descritivo Projeto
Empreendedor Social 2005, todos podem ser empreendedores. Essas duas crenças
representam o eixo central do Empreendedor Social, constituindo-se no frame institucional
do Programa. Para o alcance da situação desejada são implementadas estratégias de apoio às
4
Utiliza-se nesta avaliação o termo organizações sociais para designar, genericamente, o que consta nos documentos do
Programa Empreendedor Social como associações, cooperativas sociais, empreendimentos e organizações solidárias, populares
ou comunitárias.
5
Utiliza-se nesta avaliação a expressão “instituições do conhecimento” para designar diferentes tipologias existentes na
documentação, que fazem referência aos entes detentores e difusores de conhecimento técnico, como centros de tecnologia,
universidade, faculdades, núcleos ou centros de estudo e pesquisa e empresas com Programa de Responsabilidade
Social.
6
O termo frame pode ser traduzido, literalmente do inglês, como “quadro”, ou, de modo mais completo, “quadro de referência
teórica”.
Todavia, resta saber se este mesmo frame é compartilhado por todos os atores institucionais
envolvidos na formulação e implementação do Programa (SECOMP, IEL/BA, SEBRAE/BA).
EMPREENDEDOR SOCIAL 22
- versão preliminar -
3. O Empreendedor Social
O Programa Empreendedor Social nasce para minimizar uma situação definida como
problemática: estagnação da atividade econômica em áreas menos favorecidas, em
especial no interior do Estado; e tenta alcançar ou contribui para que se alcance uma
situação considerada socialmente desejável, definido como um ambiente caracterizado pelo
desenvolvimento de projetos e metodologias inovadoras no campo socioeconômico por
meio de parcerias entre instituições do conhecimento e organizações sociais.
Ver Ilustração 7 Analisando a lógica do Programa como uma equação pública, emergem o seu frame
Lógica de
(hipótese institucional), sua estratégia e atuação. Significa que o Programa assume uma
Ação do
Empreendedor lógica causal de tipo contínuo: intervindo de um modo X em uma dada realidade Y,
Social
considerada problemática e de relevância pública, obtém-se Z, uma situação socialmente
desejada ou aceitável. Todavia, ao assumir uma estratégia de ação, a situação problemática,
antes imprecisa, se redefine em função da própria estratégia, ocorrendo uma
reinterpretação do objeto e objetivos, gerando um ciclo. Diante disso, o problema passa a
não ser “a estagnação da atividade econômica em áreas menos favorecidas, em especial no
interior do Estado”, mas uma cultura empreendedora incipiente e conhecimento técnico
insuficiente das organizações sociais para o desenvolvimento de empreendimentos
socioprodutivos viáveis.
Esse é, portanto, no prisma da avaliação, o problema a ser resolvido. Tal redefinição ocorre de
forma intuitiva pelos gestores do programa, levando-se em conta restrições inerentes ao
campo de atuação e estratégias delimitadas para a sua intervenção. O Programa assume
como objetos os cursos de empreendedorismo, concurso de planos de negócios e o
financiamento/assessoramento dos planos. Operacionalmente, ocorre uma releitura da
situação problemática, postulando então que uma melhor formação das instituições de
conhecimento e organizações sociais contribuirá para a existência de uma cultura
empreendedora no campo das organizações sociais no Estado da Bahia.
A análise documental do Empreendedor Social indica que não houve mudanças significativas
Ver Ilustração 8
Evolução dos nos objetivos do Programa. Observa-se que na Chamada Pública 03/2005, onde se lê:
objetivos
“Fomentar o empreendedorismo como forma de geração de novas oportunidades ou negócios,
institucionais do
Empreendedor Social que resultem em projetos inovadores com vistas à geração de emprego, renda e outros benefícios
em prol da comunidade”. No Edital 01/2006, lê-se “Fomentar o empreendedorismo como forma
Essa simples alteração pode indicar, a princípio, uma preocupação com uma terminologia
mais associada a uma relação formal e legal expressa no termo “emprego”. Ao contrário, o
termo “trabalho” nos remete mais à idéia de “ocupação laboral” e não de um vínculo
empregatício formal, amparado pela legislação trabalhista.
Ver Ilustração 9
O framework do Programa, segundo a metodologia utilizada nesta avaliação externa de 9
Framework Programas da FAPESB 7, consiste na estrutura operativa de atuação do Empreendedor Social.
Operativo do
Empreendedor Social
O framework, cuja tradução literal do inglês pode ser “quadro de trabalho”, foi reconstruído
pelos avaliadores, levando-se em consideração, os pressupostos institucionais do Programa.
No framework do Programa Empreendedor Social estão presentes o seu objetivo geral,
específicos, as linhas de ação que se remetem aos específicos, as atividades efetivamente
desenvolvidas e os atores envolvidos.
7
Ver documento Plano de Trabalho – Avaliação Externa dos Programas da FAPESB, novembro de 2006.
EMPREENDEDOR SOCIAL 24
- versão preliminar -
Com a realização dos cursos espera-se contribuir para disseminação de uma cultura
empreendedora em organizações sociais, ao ser elaborado um plano de negócio, sob a
coordenação do representante vinculado à instituição proponente. O Coordenador tem
como responsabilidade também a execução técnica e financeira da proposta.
Ver Ilustração 10 O Empreendedor Social procura enfrentar uma dada realidade social considerada
Hierarquia de problemática e de relevância publica, justificando, portanto, a alocação de recursos públicos
Problemas do
Empreendedor Social (econômicos, administrativos, humanos, etc.). Quando esta situação problemática passa a ser
tratada pela agenda institucional de governo, ela automaticamente sofre uma redefinição
hierárquica, da qual emerge a configuração de um macro-problema que abrigaria outros
problemas específicos interligados. Observa-se que o problema assumido pelo
Empreendedor Social é:
Este problema, então, em sua dimensão macro é complementado por outros problemas
específicos. O problema específico de maior peso observado é a ausência de uma cultura
empreendedora que resulte na implantação de projetos inovadores com fins sociais. Do
8
O termo “tecnologia social” é utilizado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia como um conjunto de produtos, técnicas ou
metodologias transformadoras, desenvolvidos na interação com a população e apropriados por ela, que representam efetivas
soluções de transformação social. Essas tecnologias caracterizam-se pela simplicidade, baixo custo e fácil aplicação, que
potencializam a utilização de insumos locais e mão de obra disponível, protegem o meio ambiente, têm impacto positivo e
capacidade de resolução de problemas sociais (http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/9917.html).
9
Documento Projeto Empreendedor Social, Salvador: FAPESB, 2005, p.2.
Uma terceira observação dos avaliadores foi pautada na análise do discurso do Gestor do
Programa, cuja entrevista apontou a pouca articulação entre universidades, ONGs,
associações, cooperativas e organizações solidárias no fomento ao empreendedorismo
social, como um dos aspectos que tem merecido atenção em sua gestão do Programa. A
ponderação dos problemas segue, portanto, uma lógica baseada na observação do grau de
importância dos mesmos (a partir das entrevistas e documentação analisada) e mesclada às
possibilidades de atuação do programa.
Ver Ilustração 10
A realidade social almejada por uma política pública deve ser analiticamente recuperada a
Hierarquia de partir da apresentação institucional da hierarquia de objetivos, em torno dos quais o
Objetivos do
Empreendedor Social
programa se desenvolve. Todavia, existe uma diferença entre a situação social almejada,
fortemente relacionada à reversão de um quadro de estagnação econômica no Estado da
Bahia com a melhoria da qualidade de vida de um público de baixa renda. Nota-se um
distanciamento considerável entre o objetivo do programa e onde o mesmo deseja,
textualmente, chegar. Não se pode afirmar neste relatório parcial que, se forem atingidos os
objetivos do Programa, a situação que ele deseja modificar sofrerá, de fato, uma alteração
significativa, pois temos que:
EMPREENDEDOR SOCIAL 26
- versão preliminar -
A soma dos objetivos específicos, recuperados a partir da análise documental, deve alcançar
o objetivo geral. Neste caso, a estratégia e o frame são responsáveis pelo grau de pertinência
e abrangência entre o objetivo geral e os específicos. Quanto à ponderação deste conjunto
de objetivos específicos existe uma hierarquia relacionada ao Programa, que nos indica os
seguintes pontos:
A despeito de o Programa ter um fim prático, que pode ser traduzido pela
implementação de Planos de Negócios gestados por organizações sociais, ele
possui, de fato, como objetivo maior “ESTIMULAR A ATITUDE E A CULTURA
Nesta avaliação, os pontos de vista assumidos (Programa, FAPESB e Gestor), os pesos dos
objetivos e os problemas mesclam-se com a finalidade de configurar o contexto real do
Programa, sob diferentes perspectivas e enfoques. Comparando-se a Árvore de Objetivos
com a Árvore de Problemas observa-se uma forte relação entre ambas. No entanto, os
objetivos específicos possuem características mais próximas a macro objetivos, tendo em
vista a complexidade dos mesmos e sua abrangência. Os objetivos específicos são
demasiadamente amplos, competindo com o objetivo geral do Programa. Dessa forma, o
alcance dos objetivos específicos demandaria um grande esforço, tornando ainda mais difícil
a conquista do objetivo geral.
Ver Ilustração 12 Cada Programa funciona em um espaço institucional delimitado por um conjunto de
Marco vínculos legais que regem a sua atuação. Em outras palavras, o marco institucional-legal é
Institucional Legal do
Empreendedor Social uma espécie de fronteira, de delimitação da área de ação do Programa. Nesta fase da
avaliação externa do Programa Empreendedor Social foram observados, prioritariamente,
dois aspectos relacionados ao marco institucional legal: o seu GRAU DE PRECISÃO e o seu grau
de clareza. Enquanto o primeiro refere-se à normatização do Programa, como resultado de
acordos legais estabelecidos nos âmbitos municipal, estadual ou federal, o segundo diz
respeito ao entendimento acerca destes limites legais e institucionais do Programa.
Emenda Constitucional Federal n.º 31/2000, que altera o ato das disposições
constitucionais transitórias, introduzindo artigos que criam o Fundo de Combate
e Erradicação da Pobreza;
10
Neste caso, relações específicas são aquelas que se aplicam apenas ao Programa em análise. As demais, aqui chamadas de
não-específicas, formam um marco legal comum a todos os programas da FAPESB.
EMPREENDEDOR SOCIAL 28
- versão preliminar -
Ver Ilustração 13 A realização do Empreendedor Social faz parte de um esforço articulado entre duas
Policy
Secretarias do Governo do Estado da Bahia (SECOMP e SECTI), configurando-se numa
Window do
Empreendedor Social iniciativa conjunta em prol do combate à pobreza, a promoção do desenvolvimento social
sustentável e o empoderamento local. O Programa reflete uma preocupação do Estado com a
inclusão social, expressa não apenas na existência de uma secretaria que trate do tema, mas
também por colocar a questão da melhoria das condições de vida da população de baixa
renda como diretriz transversal das políticas públicas do Estado. Essa articulação se deu por:
(i) senso de oportunidade; (ii) existência de um interesse da FAPESB em atender um público
específico que, geralmente, não é contemplado por programas desenvolvidos por FAPs
(trata-se de um programa-piloto); e o (iii) consenso de que a inovação é precedida por uma
distribuição de renda e oportunidades mais igualitárias.
Por outro lado, além do interesse e demanda pública em relação à temática do Programa,
existiu também uma oportunidade para operacionalizar a idéia a partir de outro programa já
existente na FAPESB. O modelo empregado pela Rede de Empreendedorismo, para seus
cursos de empreendedorismo e concurso de plano de negócios, foi adotado também pelo
Empreendedor Social, com algumas diferenças: plano de negócios por turma, e não por
aluno ou grupos de alunos; instituição proponente sendo a organização social e não a
instituição do conhecimento; a metodologia adotada seria, a priori, adaptada do
empreendedorismo privado, etc. Dessa forma, houve também uma oportunidade de se
aplicar um formato de programa já em operação, teoricamente minimizando os equívocos de
um programa totalmente novo e em processo de aprendizagem.
EMPREENDEDOR SOCIAL 30
- versão preliminar -
Ver Ilustração 14 A Avaliação Externa entendeu que o processo de formulação do Programa se deu em 2005,
Ciclo do um ano após o início de outro Programa da FAPESB, no caso o Rede de Empreendedorismo,
Empreendedor
Social cuja temática e estrutura de funcionamento mantém relação estreita com o Empreendedor
Social. Ambos os programas possuem semelhanças, o que sugere uma influência direta da
Rede sobre a formulação do Empreendedor Social.
No que se refere aos resultados, estes ainda são difíceis de serem identificados e analisados,
sobretudo, por estarem relacionados, por exemplo, ao objetivo do fomento a uma cultura
empreendedora em organizações sociais. Uma nova cultura é, portanto, resultado de um
processo que envolve mudanças de atitudes e comportamentos de indivíduos e não poderá
ser verificado em um curto espaço tempo, nem de forma direta. Esta avaliação também
buscará entender os possíveis desdobramentos do Empreendedor Social, identificando os
resultados obtidos pelo Programa e pelos projetos apoiados nas organizações sociais, o que
será trabalhado em detalhes no Relatório Final.
11
Documento Projeto Empreendedor Social, Salvador: FAPESB, 2005.
utilizados, por exemplo, para definição do universo a ser atendido, já que a falta deste estudo
diagnóstico inviabiliza conclusões mais precisas a respeito.
Ver Ilustração 16 No que concerne à implementação do Programa junto ao seu público-alvo, o mesmo ocorreu
Subciclo da
Implementação do em duas ocasiões, por meio de uma chamada pública e, posteriormente, por um edital
Empreendedor Social público, sendo que estes dois documentos não apresentam modificações expressivas entre
eles. Abaixo, segue fluxo de implementação do Programa, conforme documentos oficiais:
Chamada Pública/Edital
Implantação
Concurso de PN
EMPREENDEDOR SOCIAL 32
- versão preliminar -
Atividades Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12 Mês 13 Mês 14 Mês 15 Mês 16 Mês 17 Mês 18
Financiamento dos Projetos 01.03
Implantação dos Projetos 01.03.2006 a 20.11.2006
Viagem de Acompanhamento da
31.03 15.05 17.07 18.09 20.11 20.01
implantação dos Projetos
Ver Ilustração 17
No que concerne à sua formação, ainda não foi possível obter informações sobre a existência
Subciclo da ou não de um estudo diagnóstico prévio que tenha antecedido indicado a necessidade de se
Implementação do
Empreendedor Social
criar um programa nos moldes do Empreendedor Social. Não houve grandes alterações na
operacionalização do Empreendedor Social, se comparadas às duas edições. Algumas poucas
mudanças referem-se à parte financeira e ao caráter inclusivo do Programa, como se observa
adiante, neste documento.
Na Chamada Pública 003/2005, os recursos financeiros deveriam ter sido liberados em duas
parcelas, a primeira no valor de 20% do orçamento apresentado na proposta, após a
publicação no Diário Oficial do Estado, e a segunda, após a entrega do Plano de Negócio. No
Edital 01/2006, a liberação dos recursos deveriam ter sido ocorrido em parcela única após a
realização dos Cursos de Empreendedorismo e a entrega do Plano de Negócio. Uma hipótese
a ser checada pelos avaliadores (entre outras) é se houve um número alto de propostas
aprovadas que não geraram efetivamente planos de negócios (desistências durante o curso),
acarretando um custo desnecessário ao Programa.
Outro aspecto, ainda relativo à questão financeira, é a ênfase no Edital 2006 da não
remuneração do Coordenador da Proposta, ao contrário da Chamada de 2005, que não
deixava claro se o Coordenador seria pago pelo Programa.
EMPREENDEDOR SOCIAL 34
- versão preliminar -
Cada programa da FAPESB apresenta um processo de seleção específico dos projetos que são
submetidos a cada abertura de edital ou chamada pública. Tratam-se de procedimentos que
nem sempre são apresentados dentro de uma seqüência operacional, não abstrata ou por
fases. O objetivo deste capítulo é revelar estes passos, identificando onde estão e quais são os
pontos nos quais acontece a seleção (screening).
O Empreendedor Social possui uma única fase de seleção das propostas das organizações
sociais que, por sua vez, firmam parcerias com as instituições de conhecimento. O processo de
seleção do Empreendedor Social inicia-se com o lançamento do edital/chamada. Em seguida,
os demandantes encaminham suas propostas/pedidos de apoio, no período estipulado no
edital/chamada. Cada proposta apresentada pode pleitear um valor máximo de R$ 40.000,00
(quarenta mil reais). Após recebimento das propostas/documentação, e encerrado prazo para
submissão, o gestor confere o “enquadramento” dos documentos exigidos, seguindo os pré-
requisitos estipulados no edital/chamada. Os projetos são analisados por pareceristas Ad Hoc,
arregimentados por outra FAP parceria da FAPESB. Para a Chamada de 2005, firmou-se
parceria com a FUNCEPE, fundação de apoio à pesquisa pernambucana. Após esta fase, a
Comissão de Análise, Acompanhamento e Julgamento (CAAJ) 12 julga os planos de negócios
recebidos, de acordo com uma “Barema de Avaliação” comum a vários programas da FAPESB.
12
A CAAJ é composta por representantes das instituições promotoras e consultores Ad Hocs.
A análise do mérito das propostas é um filtro de seleção que avalia a qualidade técnica de
cada proposta individualmente, e que se apóia em um Barema de Avaliação, no qual um
avaliador externo responde a critérios estabelecidos previamente para julgamento e seleção
das propostas:
I. Inovação:
V. sustentabilidade e reaplicabilidade:
EMPREENDEDOR SOCIAL 36
- versão preliminar -
Além destes dois critérios, observa-se um terceiro, que não mais se refere ao processo
seletivo em si, mas que possui relação direta com a liberação final dos recursos para os Planos
de Negócio. Aos coordenadores e orientadores de tecnologia é realizada uma oficina de
capacitação da metodologia:
Vale ressaltar que, embora o Programa possua uma abrangência temática expressiva, não são
citados nos documentos observados critérios que levassem em conta o baixo Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), tampouco algum direcionamento mais focado
em organizações sociais do interior do Estado. Ao mencionar e não detalhar “áreas de alto
risco” como sendo um dos focos do Programa (localidades com baixo desenvolvimento social
e econômico e carente de iniciativas no âmbito do desenvolvimento social), o critério
qualidade técnica emerge como o de maior importância. A análise é por mérito, contrariando
um dos objetivos do Programa, que é de fomentar ações em áreas carentes de
empreendedorismo.
No processo de avaliação externa, faz-se necessário identificar quais atores realmente são
responsáveis por implementar a política pública vigente. No caso do Empreendedor Social,
observa-se uma relação complexa de atores, em virtude da maneira escolhida para se atingir
o público eleito como alvo do Programa. Segundo os documentos analisados, para a
concretização de uma política pública inclusiva, a qual tem como objetivo contribuir para a
redução da pobreza e desigualdades sociais, emerge a necessidade de fortalecer uma cultura
empreendedora em determinados públicos que, para ser alcançado, carece da atuação
conjunta de instituições do conhecimento e das organizações sociais (interface com o
público alvo beneficiário do programa).
Dessa forma, o Empreendedor Social funciona como um processo de políticas públicas que se
ativa num determinado contexto, com a presença dos atores institucionais SECTI, FAPESB,
SECOMP, IEL/BA, SEBRAE/BA que atuam conjuntamente visando implementar ações de
desenvolvimento social no âmbito do referido Programa.
Dentro da terminologia de análise de políticas públicas, cada um dos grupos de atores pode
ser definido como um policy subsystem, ou seja, eles compõem um subsistema da política
em questão, perfazendo as esferas de atuação do Empreendedor Social. O primeiro grupo
representa o arranjo interinstitucional que gere o programa, participando ativamente nas
EMPREENDEDOR SOCIAL 38
- versão preliminar -
Ver Ilustração 19 Os documentos do Programa enfatizam que o mecanismo gerencial de execução se dá por
Grupo de Atores
Envolvidos do meio de um Comitê Gestor formado pela SECTI, FAPESB, SEBRAE/BA e IEL/BA, estando o
Empreendedor Social mesmo sob a coordenação da SECTI/FAPESB. Não fica claro quais atores participam
diretamente da formulação do Programa e quais funções tais atores desempenham na
implementação. No entanto, segundo depoimento do gestor do Programa, todas as
atividades são realizadas conjuntamente. Contraditoriamente, não há informações
disponíveis que norteiem ou especifiquem o papel operativo de cada um dos envolvidos; tais
respostas serão obtidas pelos avaliadores na fase da investigação em campo.
O único documento que cita nominalmente as funções de alguns dos atores é o Termo de
Compromisso 01/2005 celebrado entre SECTI, FAPESB e SECOMP, o qual define, em síntese,
como sendo o papel oficial destes: i) Análise das propostas; ii) Acompanhamento, fiscalização
e execução financeira, iii) Elaboração de relatórios finais. O Plano de Trabalho embora
enuncie algumas atividades, não as relaciona diretamente a nenhuma das instituições
parceiras.
Ver Ilustração 20 Durante o processo de formulação e implantação do Empreendedor Social, observa-se que o
Atores quadro de atores permanece relativamente estável, sem grandes alterações verificadas,
Institucionais e o
papel comparando-se o momento inicial de sua criação com o momento atual do Programa.
desempenhado no
Empreendedor Social O Programa nasce, conforme expresso em sua documentação, como um importante
instrumento de política pública no processo de inclusão e desenvolvimento social, através da
integração de secretarias de governo com representações da sociedade civil. Dessa forma, ele
assume características desde a sua concepção como um esforço integrado entre diferentes
segmentos da sociedade, traduzindo-se em interesse coletivo os objetivos pensados para o
Programa. Alguns tais atores estão presentes formalmente em outros programas da FAPESB,
como o IEL/BA e SEBRAE/BA, o que sugere uma participação muito mais articulada com o
histórico de parcerias institucionais da FAPESB do que uma forte identificação propriamente
com a temática e objeto do Programa. No entanto, será verificado para fins do Relatório Final
de Avaliação Externa, o quão alinhados estes parceiros se vêem com a questão da cultura
empreendedora no âmbito do desenvolvimento social regional.
Estes parceiros constituem o Comitê Gestor do Programa, que desenvolve, de acordo com a
documentação analisada, as seguintes ações:
a. eventos de sensibilização;
g. financiamento/assessoramento de Projetos;
h. campanha de comunicação;
13
Empowerment pode ser traduzido literalmente para o português como “empoderamento”. Caracteriza-se como um processo
de reconhecimento, criação, utilização de recursos e de instrumentos pelos indivíduos, grupos e comunidades, em si mesmos e
no meio em que se inserem, que se traduz num acréscimo de poder – psicológico, sociocultural, político e econômico – que
permite a estes sujeitos aumentar a eficácia do exercício da sua cidadania.
EMPREENDEDOR SOCIAL 40
- versão preliminar -
Ver Ilustração 21 familiar per capita de até 0,5 salário mínimo nacional. Tal direcionamento está intimamente
Grupo de ligado, como foi dito anteriormente, aos objetivos da Secretaria de Combate à Pobreza e às
beneficiários
do Desigualdades Sociais do Estado da Bahia, conferindo à FAPESB uma vertente claramente
Empreendedor social até então não trabalhada de maneira efetiva pela Fundação.
Social
O Programa mantém também relação com a comunidade acadêmica e centros de pesquisa
da Bahia, figurando como parceiros das instituições proponentes. As oficinas de capacitação
destinadas aos coordenadores e orientadores de tecnologia trouxeram a estas instituições o
debate do tema empreendedorismo social, já que tal temática ainda é pouco abordada nas
instituições de ensino e pesquisa. Nesse sentido, o Empreendedor Social propicia o acesso ao
tema, podendo a metodologia utilizada ser replicada em outros cursos nas instituições de
ensino superior.
Ver Ilustração 22 O público-alvo pode ser definido como um grupo de indivíduos que serão influenciados por
Delimitação do um conjunto de ações decorrentes de um programa. Públicos são geralmente específicos,
público-alvo do
Empreendedor Social
excetuando-se situações em que são direcionadas ações de forma massiva, sem levar em
consideração características singulares de cada segmento social. Em políticas públicas, as
ações devem ser orientadas à otimização dos recursos financeiros disponíveis, pois se trata de
uma escolha sobre onde serão aplicados (investidos) esforços para a modificação de uma
dada realidade social.
Segundo o IBGE 15, a população ocupada do Estado da Bahia totaliza 5.667.056 pessoas.
Destas, 15,4%, ou seja, 872.727 ganham até meio salário mínimo. As metas contidas no
Empreendedor Social apontam como beneficiários finais cerca de 800 indivíduos (a meta
inicial era de 40 turmas, com 20 alunos em média). Nestes termos, o Empreendedor Social
atenderia 0,09% da população baiana dentro da faixa especifica. A disparidade entre o
público-alvo do programa e a população atendida, de fato, põe em dúvida a primeira porque,
embora os documentos enfatizem esse público (indivíduos com renda familiar per capita
baixa), as organizações sociais do Estado da Bahia podem ser encaradas como o real
público-alvo do Programa.
14
Documento Termo de Compromisso 03/2005 SECTI/ FAPESB/ SECOMP.
15
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2001: microdados. Rio de Janeiro: IBGE, 2002 (CD-ROM).
EMPREENDEDOR SOCIAL 42
- versão preliminar -
Para efeitos desta análise parcial, os avaliadores considerarão como universo total as
organizações sociais existentes na Bahia; para o relatório Final, será quantificado um universo
que englobe as diferentes naturezas jurídicas arroladas como público-alvo.
Ver Ilustração 23 O Programa tem formalmente explicitado como público-alvo indivíduos que tenham renda
Filtros
per capita familiar de até meio salário mínimo. No entanto, para chegar neste público, o
estratégicos de
definição do público- Empreendedor Social foi formulado de modo que os interlocutores/intermediários fossem as
alvo do
organizações sociais legalmente constituídas, uma vez que estas são as instituições
Empreendedor Social
elegíveis, segundo normas governamentais para o repasse de recursos públicos.
A subdivisão posterior das organizações sociais em entidades sem fins lucrativos e entidades
empresarias, com suas respectivas especificidades, indicam a necessidade de uma definição
mais detalhada em relação às tipologias existentes e possíveis de participarem do mesmo,
conforme naturezas jurídicas relacionadas ao Programa, em conformidade às definições
legais da Receita Federal e do IBGE 16. Sobre a inserção das cooperativas como entidades
empresarias diferenciando-as de entidades sem fins lucrativos, conclui Francisco Alves:
“Desvirtuariam sua razão de ser, se, passassem a auferir lucros à custa do cliente ou sócio. Elas
(as cooperativas) têm caráter meramente instrumental ou auxiliar e devem estar sempre
voltadas à defesa e ao fomento da economia individual dos associados, o que se traduz na
sua causa final. Elas existem para essa finalidade, que concretizam nos diversos ramos da
atividade empresarial”. 17
Diante disso, parece clara a necessidade de um maior rigor na classificação das entidades que
poderão submeter propostas no futuro, delimitando-se inclusive qual conceito a FAPESB
utiliza para cada tipologia das organizações citadas no Edital como elegíveis.
16
CONCLA – Comissão Nacional de Classificação (vide http:// www.ibge.gov.br/concla/)
17
ALVES, Francisco de Assis. Sociedades Cooperativas: regime jurídico e procedimentos legais para a sua constituição e
funcionamento. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2003.
Ver Ilustração 24 O universo possível do Programa é definido em função da sua estratégia de atuação e refere-
Público-alvo e
se a um campo delimitado em que se observa uma atuação potencial. Engloba, ao mesmo
beneficiários do
Empreendedor Social tempo, elementos que perfazem a lógica de atuação do Programa e ao que ele se propôem,
sendo influenciado pelo contexto de forças que perfazem o cenário institucional. Os limites,
que conferem ao universo a restrição do que é possível, são guiados por princípios de
viabilidade, tempo e espaço, enfim, por variáveis que determinarão o alcance do programa.
Ainda no âmbito deste relatório parcial, consideramos o universo do Programa como sendo
todas as organizações sociais no Estado da Bahia. Para o relatório final, empreenderemos
ações para mapear este universo de forma precisa.
Por outro lado, identificam-se os benefícios sociais indiretos, ou seja, aqueles resultados com
um caráter mais difuso e genérico do Programa. No âmbito desta avaliação externa, foram
observados:
EMPREENDEDOR SOCIAL 44
- versão preliminar -
A contribuição do Empreendedor Social para a evolução dos projetos beneficiados ainda será
avaliada com o prosseguimento desta avaliação externa, com uma ênfase nas atividades de
campo, tendo suas análises incorporadas ao Relatório Final.
Ainda não foi possível avaliar a sinergia do Programa Empreendedor Social em relação aos
outros programas do Sistema FAPESB que atuam na mesma área do conhecimento. No
entanto, por se tratar de um programa-piloto, não há como estabelecer um comparativo com
outras experiências da Fundação, sendo possível, em última análise, correlacionar com a linha
de ação de Cursos de Empreendedorismo e Concursos de Plano de Negócios, ambos da Rede
de Empreendedorismo.
8. Gestão do Programa
Ver Ilustração 26 A Gestão é realizada pelo Comitê Gestor formado pela SECOMP, SEBRAE/BA, IEL/BA, SECTI e
Dimensões de FAPESB. Este grupo de atores institucionais define as macro-diretrizes do Programa
gestão do
Empreendedor Empreendedor Social.
Social
No âmbito da FAPESB, a gestão é centralizada, a exemplo do que ocorre com outras linhas de
ação, subprogramas ou programas da Fundação. O gestor é o responsável direto por quase
todas as ações e não conta com assessores diretos, nem estagiários, o que dificulta a
operacionalização das ações. Neste caso em particular, ele acumula a gestão da Rede de
Empreendedorismo (Cursos de Empreendedorismo, Concurso de Plano de Negócios, Apoio à
Criação de Pré-Incubadoras e Apoio às Incubadoras). Por um lado, temos um ganho em
escala por existir uma lógica conceitual entre os Programas, que possibilita corrigir os seus
rumos em virtude da experiência adquirida, por outro lado, há também uma sobrecarga de
atividades.
Esta forma de gestão, em que a FAPESB passa a ser responsável pelos programas como
executora, traduz uma nova linha de gestão implantada pela Diretoria Geral, responsável pelo
Ciclo de Gestão 2003-2006. Quando a FAPESB inicia o seu trabalho em 2002, os recursos
humanos eram subdimensionados e, então, a gestão era feita por grupos de programas. Em
2003, a gestão passa a ser por função e, a partir de 2004, a gestão passa a ser por programa. O
Empreendedor Social emerge neste contexto da gestão por programa, indicando que a
gestão centralizada como se observa atualmente, não é exclusiva do Programa, é uma diretriz
gerencial da Fundação.
Dentro do modelo de gestão adotado pela Fundação, os gestores trabalham na maior parte
do tempo de forma independente – apenas articulando os pontos principais com o gestor do
Programa Bahia Inovação e com a Direção Geral da FAPESB. Nesse sentido, cabe ressaltar que
este modelo de gestão centralizado no gestor acaba por trazer prejuízos imediatos, como o
acúmulo de trabalho e certa dificuldade na operacionalização das ações, mas teria por
EMPREENDEDOR SOCIAL 46
- versão preliminar -
Ainda não foi possível verificar o papel do Conselho Curador da FAPESB e das Câmaras de
Assessoramento e Avaliação Técnico Científico na operacionalização do Empreendedor Social
– por ora, não há qualquer indício de participação de qualquer câmara no desenvolvimento
do Programa. Os parceiros que auxiliam na gestão do programa (com exceção da SECTI) não
contam com definições oficiais de suas atividades, porém executam funções em diversos
momentos da gestão do Programa.
Para Curso e Concurso existem ações diferenciadas por envolverem diferentes atores. Nos
cursos, infere-se uma maior participação do SEBRAE/BA no que tange a aplicação da
metodologia disponibilizada pela instituição ao Programa. Chamada pelo Gestor em
entrevista de “IPGN Social” (a metodologia adotada na Rede de Empreendedorismo é a
denominada IPGN – Introdução a Pequenos Grandes Negócios), a metodologia
ADS-CUT (Agência de Desenvolvimento Social da Central Única dos Trabalhadores) é
utilizada somente na capacitação dos orientadores de tecnologia e negócios, para que estes
capacitem o público alvo do Programa.
Como sugerido pelo gestor, que não domina a metodologia aplicada, o SEBRAE/BA será
questionado especificamente, para fins do Relatório Final, sobre as metodologias usadas em
cada uma dos momentos, quando avaliarmos a pertinência da metodologia aplicada tendo
como parâmetro o perfil do público-alvo do Programa. Isso se deve ao fato de que,
aparentemente, conforme observação do material disponibilizado pelo SEBRAE/BA, a
metodologia tem um caráter empresarial, com um enfoque excessivo às especificidades de
setores com fins lucrativos, desvinculado, portanto, da realidade do público-alvo do
Empreendedor Social.
Uma comunicação excelente tem por suporte o valor que a alta direção de uma organização
lhe atribui. Seu papel é desempenhar o entendimento mútuo entre a organização e os
públicos afetados por ela, em um processo simétrico de mão dupla. Neste contexto, a
organização deve ter um fluxo de informações contínuos, que não se configure em atos
isolados, mas sim como um processo em movimento que permite o completo entendimento
entre os envolvidos no processo comunicativo.
No âmbito dos Programas da FAPESB, estes devem ter suas ações divulgadas não apenas
junto aos envolvidos diretamente (público interno da FAPESB e beneficiários do Programa),
mas, sobretudo, à sociedade, tendo em vista seu caráter público. Uma vez investidos recursos
financeiros do Tesouro Estadual, faz-se necessário divulgar os resultados das ações
empreendidas, fazendo com que a comunicação sirva como mecanismo de disseminação de
informações, de transparência e de acompanhamento das ações de interesse público
desempenhadas pelo governo do Estado.
Neste relatório parcial ainda não é possível verificar o papel de atuação efetiva da
ASCOMM/SECTI na gestão comunicação do Empreendedor Social, o que ocorrerá no
Relatório Final. A análise do fluxo interno das informações do Programa é fator de suma
importância para o bom andamento do Programa. Uma boa comunicação interna permite
que a organização antecipe respostas, auxiliando os gestores a administrar conflitos, uma vez
que o ambiente participativo é favorável à identificação de soluções de comunicação
integrada que possam agregar valor ao Programa.
Ainda que não esteja definido nos documentos, o IEL/BA divulga as ações do Programa
através da Rede de Tecnologia da Bahia – RETEC para empresários e outros participantes. O
mesmo ocorre com o SEBRAE/BA, junto a sua rede de parceiros e demais assessorias de
comunicação.
Ver Ilustração 27
O conhecimento é um importante recurso estratégico às organizações. A criação e a
Procedimentos de implantação de processos que gerem, armazenem, gerenciem e disseminem o conhecimento
Registro da Memória
do Empreendedor
representa uma forma de sistematizar informações que, dispersas, não agregam valor aos
Social processos internos de uma organização, bem como à sua relação com o público externo. O
capital intelectual adquirido pelos indivíduos que compõem uma organização deve ser
revertido em conhecimento coletivo, conferindo acessibilidade e utilidade aos dados
existentes. A maior parte dos dados referentes ao Programa Empreendedor Social está em
posse do gestor do Programa, e tudo indica que de forma não-sistematizada. Uma parcela de
documentos encontra-se no Setor de Arquivos da FAPESB, especialmente convênios e outros
documentos jurídicos congêneres. Documentos operacionais, porém, estão sob
responsabilidade do gestor. Não existe uma rotina pré-estabelecida de produção de
EMPREENDEDOR SOCIAL 48
- versão preliminar -
relatórios parciais sobre o Programa, com uma periodicidade trimestral, semestral ou anual,
por exemplo.
No site da FAPESB não existe link direto para o Programa, tornando-o inexistente dentro do
Bahia Inovação. O site poderia, neste caso, ser um instrumento eficaz de comunicação das
ações que, por abranger organizações sociais no interior do Estado, poderia otimizar espaço e
tempo no fluxo de informações sobre o Programa. Não foram identificados procedimentos de
sistematização da memória do Programa de uma forma estruturada.
Ver Ilustração 27 Com relação a documentos institucionais da FAPESB (não internos ao programa), os registros
Relação dos
ocorrem nos Relatórios Anuais de Atividades da Fundação. Mais uma vez, destaca-se a falta
Documentos
Oficiais do de sistematização dos dados e a ausência de informações.
Empreendedor
Social
9. Resultados
Uma análise dos resultados obtidos, até março de 2007, com o Programa Empreendedor
Social deve, sobretudo, enfatizar o seu viés de inclusão social, em detrimento de uma visão
meramente produtivista e economicista. Ao invés de abordar a quantidade de planos de
negócios realizados ou mesmo o número de alunos capacitados pelos cursos, nesta etapa,
parece-nos mais relevante abordar como o Empreendedor Social pode ter dados os passos
iniciais para o fomento de uma cultura empreendedora e à articulação de universidades,
ONGs, associações, cooperativas e organizações solidárias no fomento ao empreendedorismo
social.
A avaliação apoiou-se nas informações documentais para inferir tais resultados, sendo
necessário, no Relatório Final, identificar os resultados obtidos com cada curso, apoio e
assessoramento dos Planos de Negócios.
18
IDH é a sigla de Índice de Desenvolvimento Humano (ou HDI, UN Human Development Index, em inglês). O IDH é, das formas
de medir o desenvolvimento social dos países, uma das que se considera mais equilibrada. Além dos critérios econômicos,
como PIB, renda per capita, etc., são analisados outros critérios de caráter social, como as taxas de mortalidade e natalidade, a
longevidade, a taxa de analfabetismo, etc.
EMPREENDEDOR SOCIAL 50
- versão preliminar -
avaliação de
programas
da fapesb
Lista de Ilustrações
Desenvolver a produtividade e
competitividade produtiva a do Estado Objetivo
Geral
Diretrizes e
Fortalecer a Difundir as Melhorar a Fortalecer a Estudar a
reformulação
competitivi- TICs em Infra- Base validade Objetivos
do problema dade todos os estrutura de Científica atual do específicos
empresarial segmentos transmissão Setor
do Setor de econômicos de dados (demanda)
TIC e sociais
Descrição
Aumentar a massa crítica da mão de obra qualificada no Estado e potencializar os
projetos de pesquisa, gerando mais inovação e valor agregado à produção
científica local
Reformulação e
redirecionamento político
FAPESB
Produto
da antiga CADCT (ano 2002)
(Jan/1991)
Produto
BAHIA INOVAÇÃO (ano 2004)
Objetivos
gerais do
Disseminar o Aumentar o capital Estimular o uso de tecnologias
Programa
empreendedorismo e a intelectual na área emergentes oriundas da
inovação de inovação academia em empresas baianas
Produtos
Curso Concurso Financiamento/Assessoria
Ilustração 02 – Congruência do Empreendedor Social à Política de CT&I do Governo da Bahia
empreendedorismo e
 Estimular e apoiar o a inovação  Estimular a atitude e a cultura
 Inserção da ciência desenvolvimento das empreendedora para
e da tecnologia na atividades ligadas à Â Estimular o uso de implantação de projetos
solução de tecnologia e à tecnologias inovadores com fins sociais,
problemas inovação no Estado emergentes oriundas buscando a geração de
econômicos e da academia em trabalho e renda
sociais que afetam o empresas baianas
desenvolvimento  Criar condições para que
sustentável da famílias de baixa renda se
economia baiana tornem protagonistas de ações
para o seu desenvolvimento
econômico e social
Ilustração 03 - O Empreendedor Social na estrutura operativa dos Programas da
Fapesb
Atuação
FAPESB
Demandas Demandas
espontâneas/ estimuladas/
regulares induzidas
Linhas de Programa de
INFRA PRODOC PROCEDE
Apoio Regular Bolsas
Edital Edital Edital
Fluxo contínuo Fl. Cont. / Edital
Editais Cooperação
temáticos Bahia Inovação Internacional RECOPE
Edital Edital Edital Edital
tempo
Demandas Demandas Investimento Investimento
espontâneas estimuladas FAPESB Parceiros
(SECOMP)
100%
2005 - 1.000.000,00
100%
2006 768.100,00 1.000.000,00
Total R$ 2.768.100,00
Nota: Tais informações foram extraídas do Plano de Trabalho que acompanha o Termo de Compromisso 01/2005 firmado
entre as instituições signatárias do Programa (SECOMP, SECTI, FAPESB). Não foram checados, para fins descritivos deste
Relatório Parcial, se foram realizados os repasses presentes no acordo firmado entre as instituições.
* Obs: Informações que serão fornecidas pela Diretoria Administrativa-Financeira (DAF) referente aos totais liberados nas
demandas espontâneas e estimuladas no período de 2002 a 2006.
Ilustração 05a – Relação Empreendedor Social com outros programas da FAPESB
BAHIA INOVAÇÃO
EMPREENDEDOR
REPITTec
SOCIAL
Ilustração 5b – Estrutura de atuação
EMPREENDEDOR SOCIAL
SEBRAE/BA
ONGs, associações,
indivíduos com renda cooperativas e
familiar per capita de organizações solidárias,
até 0,5 salário mínimo populares e comunitárias Metodologia
da Bahia SEBRAE
PROGER/ JOVEM
EMPREENDEDOR/
IPGN
Instituições do
Conhecimento (IES,
Centros de Pesquisa ou
Empresas)
Ilustração 06 – Estratégia institucional do Empreendedor Social
Situação Situação
problemática desejada
Frames
Estratégia
Fortalecer empreendimentos de organizações sociais com
fins de superação da pobreza
Linhas de ação
1. Apoiar a implantação de ações de sensibilização e capacitação em
empreendedorismo social em associações, cooperativas e/ou organizações
solidárias, populares e comunitárias
2. Realizar Concurso de Planos de Negócios com fins sociais oriundos das
capacitações de empreendedorismo
3. Disponibilizar assessoria para implementação e acompanhamento dos Planos
de Negócios desenvolvidos durante o Curso
4. Financiar Planos de Negócio ao final do curso para a implementação
Ilustração 07 – Lógica de ação do Empreendedor Social
Metas
(Triênio 2005//2007)
Apoio a 40 turmas de
Empreendedorismo Social com
20 participantes por turma
(800 indivíduos com renda
familiar per capita de até 0,5
Estratégia salários mínimos)
Redefinição do
problema
2005 2006
Fomentar a capacidade técnica para o Estimular a atitude e a cultura Curso Comitê Gestor
Apoiar a implementação de
desenvolvimento de empreendimentos empreendedora para 1. Lançamento de Chamada Pública para apoio à implantação
ações de sensibilização e
socioprodutivos e cultura implantação de projetos de cursos de empreendedorismo social
capacitação em
empreendedora em ONGs, inovadores com fins sociais 2. Seleção das propostas elaboradas pelas instituições, levando
empreendedorismo
associações, cooperativas e em consideração os critérios exigidos na Chamada Pública
organizações solidárias, populares e 3. Realização da Oficina de Capacitação dos Tutores indicados
comunitárias da Bahia nos projetos (nivelamento – 40h)
4. Realização de palestras, workshops e seminários sobre a
Chamada e as ações do Programa
5. Acompanhamento das capacitações
Reconhecimento e Concurso
Comitê Gestor
Premiação dos Melhores 1. Elaboração de regulamento
Planos de Negócios - 2. Divulgação do regulamento do concurso
Concurso 3. Seleção dos melhores planos de negócios
4. Organização e realização de solenidade de premiação
Financiamento
Ações de Apoio à
1. Análise, ajuste e aprovação dos Planos de Implantação dos Comitê Gestor
Implantação dos Planos de
empreendimentos apoiados
Negócios
2. Apoio aos Planos de Implantação aprovados
Assessoria
1. Assessoria aos projetos por tutores, visando a maturação e
implantação dos planos de negócios, principalmente sob o
aspecto mercadológico
2. Acompanhamento dos empreendimentos implantados
Objetivo Geral Objetivos estratégicos Ação Atividades executadas Atores
Financiamento
Ações de Apoio à Comitê Gestor
1. Análise, ajuste e aprovação dos Planos de Implantação dos
Implantação dos Planos de
empreendimentos apoiados
Negócios 2. Apoio aos Planos de Implantação aprovados
Assessoria
1. Assessoria aos projetos por tutores, visando a maturação e
implantação dos planos de negócios, principalmente sob o
aspecto mercadológico
2. Acompanhamento dos empreendimentos implantados
Nota: Não foi possível, com as informações obtidas para este Relatório Parcial, relacionar as atividades executadas com cada ator específico que
compõem o Comitê Gestor.
Gráfico 10 - Hierarquia de problemas do Empreendedor Social
Problema-mãe
Nota: O objetivo com peso 1 é considerado o mais importante entre todos os objetivos
específicos e assim sucessivamente.
Ilustração 11 – Hierarquia de objetivos do Empreendedor Social
Objetivo-mãe
Nota: O objetivo com peso 1 é considerado o mais importante entre todos os objetivos específicos
e assim sucessivamente.
Ilustração 12 – Marco legal do Apoio às Incubadoras
Macro-diretrizes Macro-diretrizes
Regimento FAPESB
* Decreto 8.155 de 19/fev/2002,
que homologa a Resolução do Conselho
Estatuto Curador 001/2002
FAPESB * Decreto 9.399 de 14/abril/2005,
Decreto 8.089 que homologa Resolução do Conselho
Lei 7888/2001 02/ jan/2002 Curador 003/2005
Institui a FAPESB e altera Aprova o estatuto e * Alterado pelo Decreto 10.065,
Políticas Procedimentos a estrutura da vincula a Fundação 01/ago/2006, que homologa a Resolução
FAPESB1 FAPESB2 SEPLANTEC à SEPLANTEC do Conselho Curador 001/2006
P01 FAPESB
Acompanhamento
de Projetos P 01-DC – Procedimento para Planejamento das Atividades Internas para os Programas
P 02-DC – Procedimento para Elaboração de Edital ou Instrumento de Fomento
P 03-DC – Procedimento para Recebimento de Projetos e Distribuição para Gestores
P 04-DC – Procedimento para Avaliação dos Projetos e Divulgação dos Resultados Finais
P 05-DC – Procedimento para Entrega de Pareceres aos Solicitantes e Arquivamento dos Projetos após Resultado Final
P 06-DC – Procedimento para Elaboração de Instrumentos Legais de Programas e Encaminhamentos do Processo para DAF
P02 P 07-DAF – Procedimento de Execução e Arquivamento de Processos Referentes a Programas
Propriedade P 08-DC/DAF – Procedimento para Termos Aditivos
P 09-DAF – Procedimento para Análise das Prestações de Contas enviadas pelos Convenentes
Intelectual P 10-DAF – Procedimento para Acompanhamento e Fiscalização de Projetos Apoiados Técnica e/ou Financeiramente
P17 – Procedimento para Arquivamento de Projetos e Processos no CDI
*Nota: 1. Políticas são atos administrativos instituídos pelo Conselho Curador da FAPESB.
2. Procedimentos são atos administrativos gerados pela Diretoria Geral.
Ilustração 13 – Policy Window do Empreendedor Social
Política de Combate
Política de C&T do
à Pobreza do
Governo da Bahia
Governo da Bahia
(2004)
Justificativa e (2002) Reestruturação
enquadramento do institucional do governo
problema como em função da nova
público formatação
problema/solução
SECOMP SECTI
FAPESB
Delimitação
EMENDA
do fluxo de EMPREENDEDOR
resposta CONSTITUCIONAL
SOCIAL
Nº31/2000
OPORTUNIDADE
POLÍTICA FEDERAL DE
COMBATE À POBREZA
(2000)
Frame Institucional
 O empreendedorismo é capaz
de reverter a estagnação
econômica do estado da Bahia
Ilustração 14 – Ciclo do Empreendedor Social
Formulação
Estudo/
Termo de
Diagnóstico Compromisso
01/2005
SECOMP/
SECTI / FAPESB
Projeto
Empreendedor
Social
Implementação
Chamada Edital
Pública 01/2006
03/2005
Parceiros:
SECTI
SEBRAE/BA
IEL/BA
SECOMP
Rede Social/Rede Bahia
YABT
Junior Achievement
2005 2006
Termo de
Compromisso
01/2005
Plano de Trabalho
Chamada Pública
03/2005
Previsto
Edital
01/2006
Parceiros:
SECTI
SEBRAE/BA
IEL/BA
SECOMP
Rede Social/Rede Bahia
YABT
Junior Achievement
Criação FAPESB
(2002)
Parceiros:
FAPESB
SECTI
SEBRAE/BA
IEL/BA
SECOMP
Apoio:
Junior Achievement
YABT Brasil
Rede Social/ Rede Bahia
Ilustração 17 – Quadro síntese das principais mudanças do Empreendedor Social
2005 2006
 Remuneração do
 Remuneração do coordenador da proposta
coordenador da proposta Enfatiza a não remuneração
Não especifica. em Itens Financiáveis da
Proposta.
 Elegibilidade do proponente
Não cita empresas privadas. Â Elegibilidade do proponente
Inclui empresas privadas,
desde que possuam um
Programa de Responsabilidade
Social.
Ilustração 18 – Etapas do processo de seleção e julgamento do Empreendedor Social
A
Enquadramento
das propostas
1° 2° 3° 4° 5°
A Fapesb busca A SECTI, Elaboração do Publicação do Recebimento e
recursos com SECOMP e Edital e do Edital e análise de
outros parceiros Fapesb assinam formulário disponibilização enquadramento
Termo de On Line do formulário das propostas
Compromisso On Line no site das
com os da FAPESB organizações
parceiros e sociais
divulgam Plano
de Trabalho
B
Avaliação do mérito
das propostas
6° 7° 8° 9° 11° 12°
Análise das Julgamento e Referendo final Publicação dos Realização de Realização dos
propostas por seleção das pela instância selecionados no Oficinas de Cursos de
consultores propostas pelo política D.O.E. e Capacitação dos Empreendedorismo
Ad Hoc Comitê Gestor estratégica: divulgação dos tutores e para cada
• SECOMP resultados em coordenadores organização
• IEL/BA meios de contemplada
• SECTI comunicação
• FAPESB
• SEBRAE/BA
C
Avaliação do mérito dos
Planos de Negócios
GRUPO 3
Apoio
FAPESB
IEL/BA Rede Social/Rede Bahia 100%
SEBRAE/BA YABT
Junior Achievement
30
Implementação organizações
(período 2005
Comitê Seleção e 2006)
Gestor
Formulação
SECOMP
FAPESB Instituições do
SECTI Conhecimento (IES,
IEL/BA Centros de Pesquisa
SEBRAE/BA EMPREENDEDOR ou Empresas)
REDE SOCIAL
SOCIAL
Disseminar uma cultura de empreendedorismo e Universo
consolidar condições técnicas para o desenvolvimento
de projetos socioprodutivos viáveis
GRUPO 2
Gestor do
Programa
Direção
Geral (DG)
GRUPO 1
Conselho
Curador
FAPESB
Ilustração 20 – Atores institucionais e o papel desempenhado no Empreendedor Social
9 Membro do Comitê
Gestor 9 Concepção e
disponibilização da
9 Organização, divulgação metodologia
SEBRAE/BA S/ informação
e acompanhamento
9 Curso de capacitação de
tutores
9 Membro do Comitê
Gestor
9 Organização, divulgação
FAPESB S/ informação
e acompanhamento
9 Membro do Comitê
Gestor Liberação dos recursos do
SECOMP 9 Organização, divulgação S/ informação Fundo de Combate à
e acompanhamento Pobreza
Nota: Para fins do Relatório Final, para cada ator será identificada qual a subunidade que faz a gestão operacional do
Programa, além de maior detalhamento dos papéis operativos.
Ilustração 21 – Grupos de beneficiários do Empreendedor Social
ONGs, associações,
cooperativas e organizações
solidárias, populares e
comunitárias da Bahia
Instituições do Conhecimento
(IES, Centros de Pesquisa ou
Empresas)
Ilustração 22 – Delimitação do Público-Alvo do Empreendedor Social
Objetivo
Disseminar uma cultura de empreendedorismo e
consolidar condições técnicas para o desenvolvimento
de projetos socioprodutivos viáveis
Estratégia
Fortalecer empreendimentos de organizações sociais
com fins de superação da pobreza
Linhas de ação
1. Apoiar a implantação de ações de sensibilização e capacitação
em empreendedorismo social em associações, cooperativas e/ou
organizações solidárias, populares e comunitárias
2. Realizar Concursos de Planos de Negócios com fins sociais
oriundos das capacitações de empreendedorismo
3. Disponibilizar assessoria para implementação e
acompanhamento dos planos de negócios
recomendados durante o curso
4. Financiar Planos de Negócio ao final do curso para a
implementação
100%
Público-Alvo
Critérios de seleção e • ONGs, associações, cooperativas e organizações
julgamento:
Universo
solidárias, populares e comunitárias da Bahia (total de organizações sociais
que atendam aos critérios de elegibilidade do do Estado da Bahia)
• Inovação EMS
• Capacidade de execução,
experiência do coordenador e
orientador de tecnologia
Público Solicitante
• Aderência com as áreas
30 organizações (2005)
prioritárias da FAPESB
45 organizações (2006)
• Consistência, qualidade, Total: 75
clareza e objetividade da
proposta/ Projeto
• Sustentabilidade e
replicabilidade Público Atendido
• Impactos positivos no meio- 15 organizações (2005)
ambiente 15 organizações (2006)
Total 30
Ilustração 23 – Filtros estratégicos de definição do público-alvo do
Empreendedor Social
• Cooperativa de crédito
• Cooperativa de produção
• Cooperativa de consumo
• Cooperativa mista
• Cooperativa habitacional
• Cooperativa de eletrificação rural
• Cooperativa escolar
• Cooperativa de trabalho
9 Educação e aprendizado
Meio-ambiente e Ecologia
Saúde, Alimentação e Bem-estar
9 Desenvolvimento sócio-econômico
Entidades Entidades sem 9 Cultura e Turismo
empresariais fins lucrativos 9 Infra-estrutura, Energia e Recursos
Hídricos
9 Habitação e Saneamento
9 Alternativas de reinserção e inclusão
no tocante a produtos e serviços
A4 referentes a grupos sócio-culturais
Grupos em área excluídos como deficientes, crianças,
de alto risco social A1 mulheres, idosos, silvícolas e
afro-descendentes
A2
Instituições do
Conhecimento
Filtros:
A1 A2
Qualificação das parcerias (2005 e 2006)
Benefícios sociais
100%
Universo
Nota: Neste Relatório Parcial não foi inserido o número de organizações sociais que se encaixariam no Universo Possível,
em virtude dos censos de organizações sociais disponíveis não se constituírem, por ora, em dados oficialmente confiáveis.
* Informação mencionada por Jorge Henrique, ex-Gestor da SECOMP e membro do Comitê Gestor do Programa.
Ilustração 26 – Relações de gestão do Empreendedor Social
Governo do
Estado da Bahia
Macro-diretrizes
Gestão do Programa
CURSO CONCURSO
FAPESB CAAJ Gestor FAPESB CAAJ
DE PLANO
SEBRAE/BA IEL/BA IEL/BA
DE
NEGÓCIOS
Nota: As funções operacionais de cada parceiro serão objeto de análise do Relatório Final.
Ilustração 27 – Procedimentos de registro da memória do Empreendedor Social
Gestor
 Apresentação do
Bahia Inovação
2006
A partir da articulação com um grupo de pesquisadores associados à UFBA, foram escolhidos nove
programas (PRODOC, PROCEDE, RECOPE, PAPPE, REPITTec, Curso de Empreendedorismo/Concurso de
Negócios, Apoio às Incubadoras, Apoio à Criação de Pré-Incubadoras, Empreendedor Social), em
diferentes estágios e características singulares, para serem alvo de processos avaliativos independentes
e externos. A metodologia de avaliação escolhida permitiu analisar os nove programas selecionados
como políticas públicas, o que significa considerá-los como um veículo para dar respostas a um
problema de relevância pública. Desta ênfase dada ao conceito de “interesse público”, adotamos como
eixos orientadores da avaliação as estratégias e as lógicas de atuação de cada programa, que juntos
possibilitaram refletir, em diferentes graus, a relação causal entre as ações empreendidas pelo programa
e seus resultados. Esta abordagem, que remete ao campo conceitual da avaliação de programas,
consiste em criar um contexto de análise que permita ao avaliador considerar uma série de fatores que
influenciam os programas em seus processos de decisão, elaboração, implementação e resultados.
Cada programa citado terá dois relatórios de avaliação: o primeiro, versão preliminar, em 2006; e a
versão final, prevista para agosto de 2007, integrando a “Série Avaliação de Programas da FAPESB”.
Este Relatório Preliminar analisa o Programa Empreendedor Social, que estimula a atitude e a
cultura empreendedora e encoraja a implantação de projetos inovadores com fins sociais, buscando a
geração de trabalho e renda em comunidades carentes. Apóia técnica e financeiramente propostas
vindas de parcerias estabelecidas entre associações sem fins lucrativos e cooperativas com instituições
de ensino superior, centros de pesquisa e empresas do setor produtivo.
Universidade Federal
da Bahia