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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ

QUÍMICA EXPERIMENTAL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

GEIDER LEAL DE MELO

RELATÓRIO: IONIZAÇÃO E ELETRÓLISE

SANTARÉM
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 3

2 DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................4

3 MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................................7

4 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 8

5 REFERÊNCIAS................................................................................................................... 9

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1 INTRODUÇÃO

A ionização é um fenômeno que ocorre quando uma substância molecular


entra em contato com a água, reagindo e formando íons.
Todo átomo no estado fundamental é eletricamente neutro, pois ele possui a
mesma quantidade de prótons (partículas positivas) e elétrons (partículas negativas).
Entretanto, ao perder ou ganhar elétrons, tais átomos tornam-se espécies químicas
eletricamente carregadas, que são denominadas de íons.
Se o átomo perder um ou mais elétrons, ele ficará carregado positivamente
(pois a sua quantidade de cargas positivas (prótons) será maior) e será chamado de
cátion. Por outro lado, se o átomo ganhar um ou mais elétrons, ele ficará carregado
negativamente (pois a sua quantidade de cargas negativas (elétrons) será maior) e
será chamado de ânion.
Por ser uma base dos processos de carregamento, a aplicação da ionização é
muito comum em industrias e, é claro, pesquisas científicas. Um dos melhores
exemplos é a formação de pilhas e baterias, que conseguem, por meio do
desenvolvimento de íons, oferecer uma diferença de potencial elétrico que garante o
fornecimento de energia.

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2 DESENVOLVIMENTO

Uma das formas de gerar íons é através do contato de substâncias


moleculares (formadas por ligação covalente) com a água, assim há
compartilhamento de elétrons. Por exemplo, as moléculas do ácido clorídrico (HCl)
em solução aquosa, sofrem a seguinte reação:
HCl(aq) + H2O(l) --> H3O+(aq) + Cl-(aq)

Nessa reação, a ligação química que existente entre o H e Cl foi quebrada,


gerando aos íons H+ (perdeu um elétron) e Cl- (ganhou um elétron). E para garantir
a sua estabilidade, o H+ se uniu com a água.
A estabilidade do átomo A é fundamentada na Regra do Octeto, criada por
Gilbert Lewis e Walter Kossel. Segundo os autores, para o átomo alcançar a
estabilidade precisa buscar uma camada de valência (última camada) com oito
elétrons ou o mais próximo disso. Veja outros dois exemplos de ionização de ácidos:
Ionização do ácido cianídrico (HCN):

HCN + 1 H2O 1 H+ + CN-1

Ionização do ácido fosfórico (H3PO4):

H3PO4 + 3 H2O 3 H+ + PO4-3

Todos os ácidos quando em contato com a água sofrem ionização, contudo


nem toda substância molecular sofre ionização. Esse é o exemplo do açúcar
(C12H22O11), que contato com a água, não formam íons, apenas se dissolve
originando uma solução molecular não condutora de eletricidade.
A Eletrólise é um ramo estudado pela Eletroquímica, em que a energia elétrica
é transformada em energia química, ou seja, trata-se de um processo inverso ao que
ocorre nas pilhas. O processo das pilhas é espontâneo, mas o da eletrólise não é,
pois é necessário que se forneça a corrente elétrica por meio de algum gerador, que
pode até mesmo ser uma pilha ou bateria, para que uma reação de oxirredução
aconteça.

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Toda eletrólise precisa do gerador de corrente contínua que passará a corrente
elétrica por um líquido com íons, que é chamado de eletrólito. No eletrólito ficam
imersos dois eletrodos, que geralmente são inertes, feitos de platina ou de grafita,
sendo que um é o cátodo (polo negativo) e o outro é o ânodo (polo positivo).

A eletrólise ocorre, então, da seguinte maneira: quando o gerador é ligado, os


elétrons são transportados do gerador pelo seu polo negativo (no caso da pilha, o
polo negativo é o ânodo) e entram na cuba eletrolítica pelo cátodo (polo negativo, no
caso da eletrólise), onde acontece uma reação de redução, em que se recebem os
elétrons, como mostra a semirreação genérica abaixo:

Cátodo (polo negativo): Redução: Cx+ + x e- → C

Então, na cuba eletrolítica, os elétrons emergem do ânodo (polo positivo na


eletrólise), onde ocorre a oxidação, isto é, a perda de elétrons, e chegam ao gerador
pelo seu polo positivo (cátodo). A semirreação de oxidação que ocorre no ânodo da
célula eletrolítica é dada abaixo de forma genérica:

Ânodo (polo positivo): Oxidação: Ay-→ A + y e-

A reação global é dada pela soma dessas duas semirreações. Desse modo, a
energia que foi usada para provocar a descarga dos íons, no final da reação, produz
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substâncias simples ou metálicas muito usadas nas indústrias. Tal energia é a
energia elétrica que fica armazenada nessas substâncias na forma de energia
química.
Na eletrólise em meio aquoso existem, além dos íons da substância dissolvida,
os íons da água (H+ e OH-). Assim, é preciso consultar listas de facilidade de
descarga para saber qual será o ânion e qual será o cátion que participarão das
reações de oxirredução e ficarão neutros.
Por exemplo, no caso da eletrólise da salmoura (sal dissolvido na água), temos
os quatro íons: Na+ e H+, Cl- e OH-. Consultando a fila de facilidade de descarga
elétrica, vemos que o H+ tem maior facilidade que o Na+ e também notamos que o
Cl- tem maior facilidade que o OH-. Assim, o cátion Na+ e o ânion OH-
permanecerão na solução (são os “íons espectadores”), enquanto o H+ e o Cl- irão
reagir.

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

Neste experimento, primeiramente colocamos uma quantidade de ácido


clorídrico (HCl) em um béquer de 300 ml. Em seguida, dois pedaços de metal foram
presos em fios condutores de eletricidade, sendo um deles um pedaço de ferro
enferrujado, preso ao polo positivo (anodo) do condutor. Estes metais foram
colocados dentro da solução aquosa e a corrente elétrica de 3 ampere foi ligada. O
outro grupo realizou experimento semelhante, porém, ao invés de um pedaço de
ferro, foi utilizada uma colher de ferro.
No segundo experimento, colocamos solução de ácido clorídrico (HCl) em um
béquer de 100 ml e colocamos dois objetos metálicos presos a um fio condutor de
eletricidade: uma moeda de cobre no polo positivo (anodo) e um prego no polo
negativo (catodo). Por fim, foi ligada uma corrente elétrica de 3,17 ampere.

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4 CONCLUSÃO

Durante a eletrólise do primeiro experimento, os ânions H+ do ácido clorídrico


sofrem redução e são atraídos para o catodo, que visualizamos como formação de
bolhas ao redor do pedaço de metal preso ao polo negativo do circuito. Por sua vez,
o Cl- é atraído para o polo positivo, sem alterações visuais no experimento. Notável,
entretanto, que pelo ferro enferrujado estar no anôdo, ele sofre oxidação, que pode
ser percebida como a formação de uma camada ao redor do ferro já enferrujado.
Podemos notar que a outra equipe da turma, que realizou o experimento com
uma colher de ferro, teve um resultado mais visível, com a parte da colher
mergulhada na substância tornando-se escura, resultado do processo de ionização
que a revestiu com o metal reduzido do outro pedaço de ferro. O resultado foi mais
perceptível por ter sido utilizado, nesse caso, uma corrente elétrica de voltagem
maior do que a do nosso experimento, o que acelerou a reação.
Por fim, o segundo experimento também deixou perceptível a transferência do
metal de um polo para o outro, onde a moeda de cobre sofreu oxidação e sua
coloração cobreada foi visível no pedaço de prego que se encontrava mergulhado
na solução.

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5 REFERÊNCIAS

Ionização. Como ocorre o fenômeno da ionização? Manual da Química. Disponível


em: <https://www.manualdaquimica.com/quimica-inorganica/ionizacao.htm).>.
Acesso em: 07 de maio de 2022.

CAIUSCA, Alana. Ionização. Educa Mais Brasil, 2019. Disponível em:


<https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/quimica/ionizacao>. Acesso em: 07 de
maio de 2022.

Ionização: entenda como funciona o processo químico. Stoodi. Disponível em:


<https://www.stoodi.com.br/blog/quimica/ionizacao-o-que-e/>. Acesso em: 07 de maio de
2022.

FOGAÇA, Jennifer. Eletrolise. O que é eletrolise ígnea e aquosa? Manual da


Química. Disponível em:
<https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/eletrolise.htm>. Acesso em: 07 de
maio de 2022.

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