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WELINTON JOSÉ ANTONIOLI

UM TRABALHO DE AMOR

Prioridades pastorais de um puritano

J. Stephen Yuille

Citações do livro: Um Trabalho de Amor:


prioridades pastorais de um puritano, atendendo às
exigências parciais da disciplina de Poimênica,
ministrada pelo Prof. Rev. André Silvério, MDiv.

SEMINÁRIO TEOLÓGICO PRESBITERIANO

REV. JOSÉ MANOEL DA CONCEIÇÃO

SÃO PAULO 2022


TRABALHO

- Declaração de leitura do livro “Um Trabalho de Amor: As Prioridades Pastorais de


um Puritano”, Os Puritanos, 2015.

- Extrair cinco páginas de citações, do livro, que podem ser aplicadas ao ministério
pastoral.

DECLARAÇÃO

Eu Welinton José Antonioli, RG 172395 MEx-ES, aluno no 5° semestre letivo no


Seminário Teológico Presbiteriano “Reverendo José Manoel da Conceição”, declaro a leitura
integral do livro “Um Trabalho de Amor: As Prioridades Pastorais de um Puritano” - J.
Stephen Yuille. Conforme exigências parciais da disciplina de Poimênica, ministrada pelo
Prof. Rev. André Silvério, MDiv. 24/05/2022

CITAÇÕES

- O que é que poderia ser mais importante do que pastorear aqueles que Cristo
comprou com seu sangue? O que poderia ser mais crucial do que tomar conta da noiva de
Cristo? O que é que poderia ser mais essencial do que cuidar do corpo de Cristo?

- O ministério pastoral não é uma escolha de carreira profissional, é um chamado


elevado e santo, pois a igreja encontra-se no centro do eterno propósito de Deus, ela é o
instrumento por meio do qual Deus glorifica a si mesmo neste mundo. Isso torna o ministério
pastoral algo da maior importância.

- Em nossos dias, existe uma confusa percepção que muitos ministros e a própria
igreja tem a respeito do ministério pastoral. A falha consiste em fazer diferença entre sucesso
e excelência, onde o sucesso baseia-se em status. Precisamos entender é que a excelência
encontra-se em marcante contraste com o sucesso, porque ela não é determinada pela posição
social, mas pela fidelidade.

- Paulo aspirou à excelência. Acima de qualquer outra coisa, esforçou-se para


glorificar a Deus. Teve uma a vida que valeu a pena viver, em sua 2ª carta a Timóteo 4.7-8,
ele faz uma descrição tripla do seu ministério: combateu o bom combate, acabou a carreira
(ou corrida) e guardou a fé. O ministério da Palavra é um chamado de importância superior a
todos os outros. Pois por meio do ministério, Deus confia aos homens - devidamente
qualificados e indubitavelmente chamados - a Palavra da reconciliação. É o meio indicado por
Deus para espalhar a sua glória e salvar o seu povo.

- A declaração de que estamos em “trevas” é um conceito que muita gente tem


dificuldade de aceitar, porque a sua cosmovisão se fundamenta na suposição de que a
humanidade é iluminada. Com base nesses avanços tecnológicos, muita gente supõe que
somos iluminados, pois a tecnologia nos dá a impressão de que estamos avançando, quando
na verdade continuamos ainda nas trevas. Nossas trevas são espirituais, já que nossa vida está
alienada de Deus. São intelectuais, uma vez que nossa mente é inclinada ao erro em vez de o
ser para a verdade. São morais, pelo fato de nosso coração ser inclinado ao mal em vez de o
ser para o bem.

- A fé salvífica implica muito mais do que mero assentimento intelectual com o


evangelho, ela envolve, a compreensão da mente com respeito à verdade de Cristo revelada na
Escritura; a apropriação do coração com respeito a Cristo como o remédio perfeito para o
pecado; e a escolha da vontade para receber a Cristo. A fé envolve toda a alma.

- Quando cremos em Cristo, tornamo-nos participantes do Espírito Santo, que nos traz
à comunhão com Deus. Como pastores, proclamamos essas “condições de paz”. Proclamamos
o evangelho - as boas novas de que Deus salva os pecadores da sua ira para sua glória por
meio da morte substitutiva de Cristo.

- No momento da queda de Adão, a humanidade perdeu a imagem de Deus. As


faculdades da alma (entendimento, afeições e vontade), caracterizadas pelo conhecimento,
retidão e santidade constituem a imagem de Deus na humanidade (Ef 4.24; Cl 3.10). Quando
Adão pecou ele perdeu conhecimento, retidão e santidade, e essa perda provocou um impacto
negativo nas aptidões. Desde então, essa tem sido a situação miserável de toda a sua
posteridade. A partir da regeneração, que é a renovação da imagem de Deus, assim as
capacidades da alma são renovadas em conhecimento, justiça e santidade. Como resultado
dessa renovação, passamos a possuir uma nova percepção espiritual. Aceitamos Deus como
nosso “maior bem” e “maior objetivo”.

- Como resultado do nosso amor sincero, proclamamos Cristo ao nosso povo,


apresentando “a beleza da sua Pessoa, a excelência dos seus preceitos, e a grandeza do seu
dote”. Essa é a nossa função como pastores, precisamos estar inteiramente convencidos de
que não existe nada que satisfaça mais a alma do que contemplar a Cristo e nossa afeição por
Ele. Precisamos encorajá-los a contemplar a Cristo em suas multiformes funções e relações.
Como Redentor, Ele nos liberta do pecado; Como Mediador, Ele nos reconcilia com Deus;
Como Marido, Ele nos une a si mesmo; Como Pai, Ele cuida de nós; Como Sacerdote, Ele
intercede por nós; Como Pastor, Ele nos dirige e protege; Como Profeta, Ele nos instrui e
ilumina; Como Advogado, Ele nos defende; Como Amigo, Ele nos ama com ternos afetos;
Como Rei, Ele nos governa; Como Fiador, Ele garante nossa herança; Como Rocha, Ele nos
satisfaz.

Em nossos dias, a igreja está envolvida em quatro principais conflitos: O racionalismo,


onde a razão humana é a medida de toda a verdade, e a religião natural é superior à religião
revelada. O encarnacionismo, onde o processo da inspiração se assemelha à encarnação de
Cristo, a Palavra de Deus se apresenta vestida de linguagem e cultura humanas, e algumas de
suas vestimentas estão ligadas a costumes de época e são culturalmente específicas. O
relativismo, onde ponto de vista creem que não é possível conhecer a verdade de forma
absoluta. O misticismo, de acordo com esse ponto de vista, o Espírito Santo fala diretamente
com os indivíduos, eles fazem distinção entre a Palavra e o ministério do Espírito Santo e
seguem de forma incondicional seus próprios pressentimentos, impulsos, intuições e
sentimentos — atrevendo-se a considerá-los como a voz de Deus. Todos esses pontos de vista
servem para corroer a autoridade e suficiência das Escrituras.

- Nós os rejeitamos, declarando unicamente as Escrituras como a Palavra de Deus.


Pois Sua finalidade efetiva é Deus: a “gloriosa e suprema Majestade do céu e da terra”. Sua
finalidade ativa é o Espírito Santo, por meio do qual “os escritores... foram homens
extraordinariamente inspirados”. Sua finalidade instrumental é a provisão de uma “lei
perfeita”, que “nos conduz plenamente em nosso caminho para com Deus, e para com os
homens”. Sua finalidade formal é o incentivo da nossa “mais elevada estima e dos nossos
mais calorosos sentimentos”, por causa da sua “perfeita conformidade com a vontade de
Deus”. E sua finalidade última é “a glória do grande Deus, e a salvação do homem perdido”.

- Com respeito aos pastores, isso é crucial, pois não nos devotamos às Escrituras para
preparar sermões ou escrever livros ou preparar lições para alguma classe. Devotamo-nos às
Escrituras para crescermos. Embora seja importante, o mero conhecimento não é um fim em
si mesmo. Precisamos lembrar que existe uma diferença entre conhecer intelectualmente
(conhecimento teórico, conceitual, investigativo) e conhecer com o coração (conhecimento
prático, afetivo, sensível). Tendo esse desafio como objetivo, precisamos nos aplicar à Palavra
de Deus.
- Quando lemos, esforçamo-nos para evitar dois perigos em potencial. (1) De ler as
Escrituras de forma subjetiva, pessoal: não nos aproximamos delas de forma superficial, em
busca de algum tipo de resposta intuitiva; (2) Evitamos o perigo de uma leitura racional da
Escritura: reconhecemos que ela não é um simples livro-texto, mas é a Palavra de
Deus dirigida ao seu povo.

- Com respeito a nossa “preparação”, esvaziamos o coração de “atitude errada e


preconceito”. Em outras palavras, desfazemo-nos de qualquer coisa que impeça as Escrituras
de entrarem na alma; Com respeito a nossa “postura” enquanto lemos as Escrituras,
colocamo-nos de forma séria na presença de Deus. Depois, aplicamos as Escrituras à nossa
vida; Com respeito ao nosso “comportamento” depois de termos lido as Escrituras, nós
“praticamos”. Obedecemos; respondendo de forma prática ao que as Escrituras ensinam. Isso
é essencial para os pastores. Nosso ministério é configurado pela condição do nosso coração.
Aquilo que governa nosso coração controla nosso ministério. Por essa razão, precisamos
esforçar-nos para nos alimentarmos “com as palavras da fé e da boa doutrina” (1 Tm 4.6).

- Se quisermos seguir o exemplo de Paulo, devemos de nos livrar de tudo que


põe em risco nosso amor por nosso povo. Um dos perigos mais graves provém da
inveja, se não for reprimida, produz intenções homicidas; Outra é a raiva, pois quando a raiva
é pecaminosa: em sua natureza, causa, objetivo e medida: (1) Em sua natureza, quando é
expressão de orgulho ou frustração; (2) Em sua “causa” quando se baseia num julgamento
errado — uma falsa percepçã; (3) Em seu “objetivo” quando se caracteriza pela perda de
controle; ou seja, ela ultrapassa os limites da razão; (4) Em sua “medida” quando é
desproporcional à sua causa. De forma simples, exageramos na reação.

- Nós só cremos em Cristo quando estamos convictos de que precisamos dele. Mas
como é que isso funciona na pregação? (1) Pregamos a lei, com a finalidade de que ela
produza uma percepção do pecado. Quando pregamos, compelimos o povo a se examinar à
luz da lei de Deus; (2) Pregamos a lei com a finalidade de cultivar uma tristeza para com o
pecado. Como resultado, reconhecemos que não temos virtudes morais adequadas que nos
recomendem a Deus. Então, ficamos cônscios da nossa completa dependência da graça de
Deus.

- Precisamos orar com fé, de acordo com a Palavra de Deus — não sem alguma
promessa e não de forma contrária aos mandamentos. Pois o primeiro ingrediente essencial é
a fé. Crer que já recebemos é orar por obediência para valorizar aquilo que Deus promete. O
segundo é o perdão. Por que é tão importante o perdão? Porque a relutância e a falta de
disposição em perdoar impede o crescimento espiritual e a maturidade, e deixa à mostra um
orgulho profundamente arraigado.

Dentre os vários perigos que põem em risco a igreja de hoje: (1) A visão deísta de
Deus; (2) A visão terapêutica do cristianismo. Em nossa sociedade, a ânsia pela felicidade é
interpretada como se fosse a ânsia pelo eu, o que significa que a personalidade humana
precisa ser descoberta, modificada e cultivada; (3) A visão subjetiva da espiritualidade; (4) A
visão moralista do discipulado. Muitos crêem num Deus que está simplesmente ali quando
necessário, mas não está pessoalmente envolvido em sua vida, e de fato não lhes faz nenhuma
exigência. Se quisermos proteger nosso povo, precisamos alertá-lo a respeito do perigo, sinais
de alerta exercem uma função importante.

- Uma das mais prementes necessidades da igreja é aprender outra vez a prática da
disciplina bíblica na igreja para conseguir cumprir seu chamado de transmitir ao mundo a
santidade de Deus. Pois a disciplina tem três “finalidades” (ou propósitos). A primeira é para
o indivíduo — “seu arrependimento, reforma e salvação”. A segunda é para o mundo — a
preservação do testemunho da igreja diante dos descrentes. A terceira (e principal)
“finalidade” é para a igreja — “sua purificação e defesa”. Em outras palavras, a disciplina na
igreja serve para que os crentes amadureçam na fé. Ela fortalece a igreja para evangelizar e
engajar-se com a cultura. Acima de tudo, ela protege a igreja da deterioração e depravação.

- O ministério pastoral está repleto de desafios, os dois dos mais comuns são:
esterilidade (ausência de resultados) e fecundidade (abundância de resultados). Colocando o
assunto de forma simples, não importa o que aconteça no ministério - fruto ou ausência dele,
crescimento ou falta dele — haveremos de nos deparar com um desses dois desafios. Por que
isso? Como Swinnock explica, a esterilidade leva ao desencorajamento; ao passo que a
fecundidade leva ao orgulho.

- A motivação para esse tipo de vigilância provém da percepção de que


vivemos e servimos na presença de Deus. Precisamos entender o fato que viver na presença
de Deus envolve muito mais do que simplesmente reconhecer que Ele está vendo. Viver na
presença de Deus é possuir um profundo senso da sua majestade e misericórdia. Por causa do
seu amor, o Filho de Deus colocou um véu sobre a sua majestade. Ele deixou de
lado uma coroa gloriosa, andou em nossa carne, e tomou sobre si as nossas
fraquezas.

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