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Estudante - Lindnoslen Guelnete Costa Pinna

Polo - Valeça

Papel do professor , tutor e aluno na construção do conhecimento na EaD

O Ensino a Distância (EaD) é uma modalidade de ensino e aprendizagem que


permite maior flexibilização para o aluno e professores, tanto do espaço físico
quanto dos recursos pedagógicos utilizados. Existe uma maior flexibilidade da
aprendizagem, pois o ensino a distância possibilita que o aluno estude as matérias
do seu curso a partir das ferramentas que mais se adequem às suas necessidades,
tanto físicas quanto cognitivas (BASSANI; MOLIN, 2021).

O foco da educação a distância é o estudante, objetivando oferecer um ensino


significativo, uma formação de qualidade onde as necessidades acadêmicas sejam
efetivamente satisfeitas por meio de uma seleção eficaz de materiais de estudo que
possam proporcionar “uma aprendizagem significativa por meio de tecnologias
acessíveis e práticas, além da presença dos tutores para prestarem apoio suficiente,
a fim de garantir que os alunos tenham uma boa condição para completarem o
curso” (BASSANI; MOLIN, 2021, p. 118).

Segundo Souza, Franco e Costa (2016, p. 100) o estudante é o principal agente, no


processo de aprendizagem na modalidade EaD, “entendido como ativo e autônomo,
responsável pela construção de seu conhecimento, anteriormente regido quase que
exclusivamente pelo professor”.

Dentre as competências fundamentais necessárias a um estudante online está a de


saber se comunicar de forma adequada eficaz com seus pares, sendo capaz de
criar laços nesta comunidade, bem como envolver-se no trabalho colaborativo. São
considerados indicadores da confiança em ambientes online, entre outros fatores, o
respeito, a honestidade, a afetividade e a empatia (SOUSA; DIAS, 2017).

Para que a comunicação se dê realmente de forma fluida e a contento, são


necessárias regras e padrões que podemos definir como “netiqueta”. Esta palavra é
uma adaptação, para o português, do inglês netiquette e resulta de duas palavras:
internet e etiquette (MANUELITO, 2020).

Por netiqueta (ou “etiqueta na internet”) entendemos um conjunto de orientações ou


“regras” de caráter social, mais ou menos convencionais, que deve nortear o
comportamento e a comunicação em meios digitais, de modo a promover o respeito
e a delicadeza no trato com o outro e a contribuir para a aceitação, integração e
correta atuação de todos na comunidade. Atualmente, na sociedade da informação
em que vivemos, uma parte importante da nossa existência, individual, profissional,
social e cívica, afirma-se na internet, em comunicação e interação com os outros,
através de plataformas tecnológicas digitais e em redes sociais. Ter competências
para comunicar, para se relacionar e para colaborar em rede é, assim, essencial, na
inclusão e afirmação digital dos cidadãos (MANUELITO, 2020).

Todos os profissionais envolvidos na equipe multidisciplinar que compõem um curso


EAD são importantes para o sucesso do programa, no entanto, o papel do tutor é
imprescindível no decorrer do processo de ensino e aprendizagem.

Cabe ao professor-tutor fazer a mediação entre o material a ser estudado além de


estar em contato diário com o aluno, orientando, motivando e gerenciando a
aprendizagem do estudante, contribuindo para que haja uma inter-relação
personalizada e contínua entre todos os atores envolvidos no sistema educativo.
“Ademais, cabe a este profissional realizar o acompanhamento pedagógico e
contribuir para o processo de avaliação sistemática da aprendizagem “(AZEVEDO,
2008, p. 118).

Para Santos e Linhares (2018, p. 98) é necessária uma ruptura entre os “velhos
hábitos tradicionais” onde o estudante precisa se posicionar como sujeito construtor
do seu conhecimento é não somente um mero depósito de informações. Ele precisa
ser responsável pelo seu aprendizado e reconstruir o que aprendeu buscando novas
respostas. Para a teoria construtivista, o aprendiz deve sempre estar engajado na
construção do conhecimento. “É interessante observar que a teoria construtivista se
encaixa de maneira excepcional no modelo de educação a distância, mais
precisamente naqueles cursos que têm como ferramenta fundamental o uso da
internet.”

De acordo com a literatura consultada e com os conhecimentos adquiridos pela


experiência, fica evidenciado que a EaD tem seu espaço cada vez mais garantido
dentro dos meios educativos mundiais.

Primeiramente que o flagelo da COVID-19 nos fez ter que reagir o mais rapidamente
possível a necessidade de cursos à distância. Os cursos presenciais que não
tinham ainda uma plataforma virtual, ficaram completamente parados, como os das
escolas públicas básicas, por exemplo.

Tudo isso nos leva à conclusão de que necessitamos de uma grande reforma é
inclusão das mídias e tecnologias aliadas a educação não como coisas “novas”,
mas como recursos necessários e úteis ao nosso progresso educacional.
BIBLIOGRAFIA

AZEVEDO, A. B. de. Tutoria em EAD para além dos elementos técnicos


ePedagógicos. Palestra apresentada no III Seminário EAD – Ufes – Formação de
professores, tutores e coordenadores de polos para UAB. 22 a 24 set. 2008.

BASSANI, Luciane da Silva; MOLIN, Beatriz Helena Dal. Considerações sobre o


papel do professor-tutor no ensino a distância. Travessias, v.15, n.1, p. 115-125,
2021.

MANUELITO, Helena. Boas práticas de comunicação e comportamento em


ambientes virtuais de aprendizagem: dicas essenciais de netiqueta. Lisboa:
Universidade Aberta, 2020)

SANTOS, Aryane Raysa Araújo; LINHARES, Danilo Moretti Godinho. Reflexões


sobre o papel do professor e do estudante na educação a distância. Cadernos
Cajuína, v.3, n.1, p. 87-99, 2018

SOUSA, Sónia; DIAS, Paulo (2017). “Como cultivar interações confiáveis. Um


esforço para a sustentabilidade da educação aberta e em rede». In Paulo Dias,
Darlinda Moreira e António Quintas Mendes (Coords.), Novos olhares para os
cenários e práticas da educação digital. Educação a Distância e eLearning, N.º 2,
Lisboa: Universidade Aberta, 10-14. Disponível em
http://hdl.handle.net/10400.2/6651

SANTOS, Aryane Raysa Araújo; LINHARES, Danilo Moretti Godinho. Reflexões


sobre o papel do professor e do estudante na educação a distância. Cadernos
Cajuína, v.3, n.1, p. 87-99, 2018

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