Maputo
2021
Cândido Valdemiro Ucachi
Supervisora:
Maputo
2021
ii
Índice
I. Lista de tabelas
Tabela 1: Dados referentes a idade dos alunos. .................................................................. 27
Tabela 2: Dados referentes a pergunta 1 do pré-teste. ........................................................ 28
Tabela 3: Notas do pré-teste. .............................................................................................. 28
Tabela 4: Notas do pós-teste. .............................................................................................. 29
Tabela 5: Estatística descritiva das notas do pré-teste e do pós-teste. ................................ 31
Tabela 6: Desenvolvimento de competências dos alunos. .................................................. 31
v
2D Bidimensional
3D Tridimensional
ESG Ensino Secundário Geral
GD Geometria Descritiva
INDE Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação
MINED Ministério da Educação
MINEDH Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano
PCESG Programa curricular do Ensino Secundário Geral
PEA Processo de Ensino e Aprendizagem
SNE Sistema Nacional da Educação
SG Simulador Geogebra
TIC's Tecnologias de Informação e Cumunicação
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IV. Declaração
Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações da
minha supervisora, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.
___________________________________
V. Dedicatória
Dedico este trabalho aos meus pais, Valdemiro Titos Agostinho Ucachi (in memoriam) que
sempre sonhou em ver seus filhos formados e Serafina Ivone Geraldo Jalane que de forma
incansável envidou esforços para custear minhas necessidades académicas, a meu segundo pai,
Eugênio Fabião Mondlhane, que Deus me concedeu para receber apoio, incentivo e conselhos,
aos avós, Agostinho Jacinto Ucachi e Celeste Xavier Mfumo, graças a eles nunca me faltou
educação e pão na mesa e devo muito a eles pelas minhas conquistas académicas. Aos meus
irmãos, Agostinho Valdemiro Ucachi, Celeste Valdemiro Ucachi, Martinho Valdemiro Ucachi,
Mónica Mondlhane, Palmira Mondlhane, Laiton Mondlhane, Andraida Baloi e Júnior
Mondlhane, por me apoiarem sempre, espero que este trabalho sirva como um incentivo na vida
académica de todos eles.
ix
VI. Agradecimentos
Em primeiro lugar agradeço a Deus pelo maravilhoso dom da vida, por sempre me perdoar
mesmo sem merecer, por nunca se cansar de iluminar meus caminhos e principalmente por me
proteger das adversidades desta vida e em particular da doença que assola o mundo, Covid-19.
Em segundo lugar, vai o meu agradecimento a minha supervisora MEd. Cacílda Helena Chivai,
por ter sido uma “mãe” na minha vida académica e profissional, fez muito por mim, orientando
e dando balizas para a elaboração desta monografia, pelo que vai o meu muito “Khanimabo”.
Um especial agradecimento ao Prof. Doutor Daniel Dinis da Costa pela oportunidade que me
concedeu. Estendo também o meu agradecimento ao dr. Miguel Guitofo Júnior, pela
disponibilidade imediata que sempre concedeu com o intuito de me dar subsídios para o
andamento desta pesquisa.
Devo aos meus docentes, MEd. José Hoguane, MA. Abdul Magide, MEd. Marcos Muthewuye,
MEd. Rangel Manjate, MEd Amaral Massame, Prof. Doutor Lourenço Cossa, MA. Miguel
Ribeiro, Arq. Ernesto Nhiuane, Eng. Roberto Macaringue e dr. Stélio Peixoto pelos
conhecimentos proporcionados, que se resumem nesta monografia.
A todos meus colegas da turma EV 2017, pela partilha de conhecimentos e em especial ao meu
grupo de estudos e amigos Carla Novela, Eden Eusébio, Sabino Mumguabe pela troca de
experiências, ajuda mútua, conselhos, e apoio incondicional. Também agradeço ao meu colega
de faculdade e amigo Daúdo Lópes por todos momentos académicos construtivos que
passamos.
Devo a minha namorada, Atália Macandja pela força que me deu, por me motivar, por acreditar
em mim, pela ajuda para resolver problemas, pela companhia e tempo que me dedicou. Ao
Padre Anastácio Jorge da Rocha e Silvia Chilengue pelo apoio moral e financeiro quando muito
precisei, a minha colega de trabalho e amiga de coração Analva Sambo pela disponibilidade,
conselhos e ajuda, ao meu vizinho, amigo e Pastor Isaías Chirindza pelos conselhos e
companheirismo durantes as longas horas diárias de elaboração desta monografia.
Aos alunos da turma de desenho da 12ª Classe, da Escola Secundária da Polana, e o Professor
da disciplina de Geometria Descritiva, Jacinto Dengo pela disponibilidade e colaboração
durante o trabalho de campo. E por último o meu muito obrigado a todos, mesmo os que não
citei os nomes, que directa e indirectamente, contribuíram para a realização deste trabalho de
pesquisa.
x
VII. Resumo
O presente estudo sob o tema Simulação de recursos tecnológicos para secção em sólidos
geométricos: Proposta para o II Ciclo do Ensino Secundário Geral (ESG), teve como objectivo
apresentar o Simulador GeoGebra (SG) desenvolvido para smartphones como uma sugestão
metológica para o ensino da Geometria Descritiva (GD). Partindo do princípio de que a
resolução do problema de GD em épura é antecedida da idealização mental ou visualização
espacial, aliar a GD à tecnologia ajuda a ultrapassar esta dificuldade. A questão de investigação
é: Será que o Simulador GeoGebra pode contribuir na compreensão dos conteúdos e resolução
dos problemas de GD.
Com o objectivo de usufruir do potencial tecnológico dos dispositivos muito utilizados
pelos alunos fora da sala de aula, assim como a necessidade de agregar novas tecnologias ao
processo de ensino-aprendizagem (PEA) na GD, a presente pesquisa, teve como principal foco
apresentar o SG desenvolvido para dispositivos móveis como recurso didáctico para o ensino
da GD. A pesquisa foi desenvolvida com alunos da turma de desenho 12ª classe, na Escola
Secundária da Polana, surgindo a partir das dificuldades de aprendizagem dos alunos no que
diz respeito a compreensão dos conceitos abstratos da GD.
A pesquisa foi um estudo de caso do tipo experimental com uma abordagem quantitativa.
Esteve envolvida uma turma de desenho 12ª classe, constituída por 18 alunos, todos do sexo
masculino, estiveram também 2 professores de GD. Foi aplicado um pré-teste, leccionação de
uma aula sobre secção em sólidos geométricos, a apresentação do SG e no final foi aplicado o
pós-teste. O tratamento dos dados colhidos dos respondentes, foi feito com base em SPSS V-
25. Foram comparados os resultados das médias do pré-teste e do pós-teste, e os mesmos
mostraram que os alunos tiveram ganhos significantes no que concerne a resolução dos
problemas da GD quando comparados , indicando isto que o uso do simulador GeoGebra
constituiu uma excelente alternativa para facilitar o PEA da GD.
Palavras-chave: Simuladores, GeoGebra, Geometria Descritiva, Visualização espacial 3D,
Aprendizagem.
xi
VIII. Abstract
The present study under the theme Simulation of technological resources for section on
geometric solids: Proposal for the II Cycle of General Secondary Education (GSE), aimed to
present the GeoGebra Simulator (GS) developed for smartphones as a methodological
suggestion for the teaching of Descriptive Geometry (DG). Assuming that solving the DG
problem in épura is preceded by mental idealization or spatial visualization, combining DG
with technology helps to overcome this difficulty. The research question is: Can the GeoGebra
Simulator contribute in understanding the contents and solving DG problems.
Aiming to take advantage of the technological potential of the devices widely used by students
outside the classroom, as well as the need to add new technologies to the teaching-learning
process (TLP) in DG, the present research, had as main focus to present the SG developed for
mobile devices as a didactic resource for teaching DG. The research was developed with
students of the drawing class 12th grade, in the Polana Secondary School, arising from the
students' learning difficulties regarding the understanding of abstract concepts of DG.
The research was a case study of the experimental type with a quantitative approach. A grade
12 drawing class was involved, consisting of 18 students, all male, there were also 2 DG
teachers. A pre-test was applied, a lesson was taught about section in geometric solids, the GS
presentation and at the end the post-test was applied. The processing of the data collected from
the respondents, was done based on SPSS V-25. The results of the pre-test and post-test
averages were compared, and showed that the students had significant gains in solving the
problems of DG when compared, indicating that the use of the GeoGebra simulator was an
excellent alternative to facilitate the TLP of DG.
Keywords: Simulators, GeoGebra, Descriptive Geometry, 3D Spatial Visualization, Learning.
12
CAPÍTULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO
Este Capítulo apresenta a contextualização do trabalho, a problemática do estudo, os
objectivos geral e específicos, as questões de pesquisa, origem de estudo, a justificativa e a
relevância da pesquisa.
1.1 Introdução
Hoje em dia é mais notória a presença das Tecnologias de Informação e Comunicação
(TICs) à nossa volta, e é totalmente perceptível que facilitam constantemente a vida da
sociedade, assim como trazem mudanças às metodologias do PEA. Segundo RATHEESWARI
(2018) as pessoas reconhecem as TICs como catalizadores de mudança nas “condições de
trabalho, manipulação e troca de informação, métodos de ensino, abordagens de
aprendizagem”. O mesmo raciocínio é compartilhado por KHAN (2020:50) quando defende
que um grupo de pessoas presume TICs como ferramentas de mudança no ambiente de trabalho,
resolvendo e comunicando dados, mudando métodos educacionais incluindo metodologias de
aprendizagem.
A tecnologia pode ser usada a favor do PEA, ajudando deste modo os alunos na
compreessão de diversas áreas de saberes. No contexto atual, o professor que só pensa em
transmitir informação deixa de fazer sentido, uma vez que as necessidades já não são as
mesmas, assim sendo, ele “necessita da articulação das necessidades do contexto social às
práticas pedagógicas. Trata-se de uma articulação que envolve competências relacionadas ao
uso das TICs” (MODELSKI et al., 2019:6), visto que “as TICs ajudam ao professor a apresentar
o seu ensino de forma atractiva” (RATHEESWARI, 2018).
Pode-se verificar a importância do uso das tecnologias e o papel que podem desempenhar
no dinamismo e facilitação do PEA em qualquer área de saberes e em especial na GD, pois a
integração do software de geometria dinâmica pode ser motivador para o aluno. Sugundo
MORAIS (2017: 43) o uso de softwares adequado aos conteúdos a serem lecionados pode ser
“estimulante para os alunos. Ao utilizar uma linguagem mais próxima das novas gerações,
habituadas desde muito cedo a lidar com este tipo de linguagem, o processo educativo será,
naturalmente, muito mais apelativo e aliciante”. É de notar que aliar a GD à tecnologia pode
facilitar muito a questão da visualização espacial e ligação entre o concreto e o abstracto. O
presente trabalho, encontra-se organizado em cinco capítulos, a saber:
1.2 Problematização
“A GD é a ciência de base matemática que estuda a representação gráfica dos elementos do
espaço projetados sobre dois ou mais planos. Deste modo permite a solução de problemas
tridimensionais com o auxílio da geometria plana” (TEIXEIRA et al., 2018:5). Para GORDINO
(2018:11) a GD visa “representar rigorosamente num suporte bidimensional, que pode ser uma
folha de papel ou outro, uma realidade mental tridimensional e, por outro lado, através da
descrição exacta dessa realidade mental, permite também a resolução de problemas gráficos”.
Em função das afirmações supracitados pode se entender a GD como sendo uma área de saberes
que estuda a transposição de obejcto tridimensional (3D) para um suporte bidimensional (2D)
seguindo regras de representação a rigor.
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1.3 Objectivos
1.3.1 Geral
1.3.2 Específicos
1.6. Relevância
Os conhecimentos proporcionados pela GD são fundamentais para a aquisição de habilidades
de visualização espacial, idealização de formas do dia-a-dia no espaço e a capacidade de
resolução dos problemas geométricos. Por tanto, o domínio destes conhecimentos é de elevada
importância para os alunos.
Atendendo e considerando que esta pesquisa será feita numa turma do Ensino Secundário Geral
(ESG), poderá trazer inúmeros ganhos aos professores da área da GD, porque os mesmos
poderão implementar a metodologia que a pesquisa apresentada para reduzir o índice de
dificuldades, assim como trazer bons resultados no que concerne ao aproveitamento pedagógico
dos alunos de GD. Esta pesquisa também poderá trazer ganhos ao pesquisador, pois a medida
que vai ganhando mais subsídios no que concerne as metodologias do PEA da GD, terá mais
horizontes abertos na sua actividade de docência da disciplina de Desenho e Geometria
Descritiva. Para o campo académico o desenvolvimento desta pesquisa contribuirá
especificamente nas áreas como a arquitectura, as artes plásticas, a engenharia e o design pois
elas baseiam-se na interpretação, análise e manipulação de formas no espaço.
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Por sua vez AZEVEDO (2019), explica que o GeoGebra pode ser uma ferramenta muito
estimulante nas actividades e que pode favorecer o desenvolvimento de um ensino-
aprendizagem da GD baseado na experimentação e na descoberta, o mesmo foi apresentado por
DE JESUS et al. (2019), ao considerar que a utilização do GeoGebra, promove um ambiente de
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aprendizagem mais interativo e dinâmico, o qual possibilita que o professor ofereça mais
recursos que implemente e facilite o entendimento dos conteúdos, e explica ainda que a
utilização de recursos tecnológicos em sala de aula pode contribuir significativamente no
processo de aprendizagem. BARANOVÁ & KATRENICOVÁ (2019) explicam que a
“integração do software de geometria dinâmica GeoGebra no sistema educativo promove o
desenvolvimento das capacidades espaciais dos estudantes tanto para a área da matemática
assim como da GD”.
2.3.1 Simulador
Simulador é um “modelo digital de um fenômeno real ou hipotético, utilizado para
compreender e prever o comportamento desse fenômeno” (CLARK et al., 2009) citado por
(BRACHO, 2020:109). Para CHIVAI et al. (2021:3299) “as simulações permitem o estudo de
casos sociais ou físicos (sistemas) através da variação das variáveis que definem o
comportamento dos sistemas”
Com recurso a simuladores, os alunos podem de forma fácil criar uma ligação entre o
abstracto e o concreto fazendo simulações que “na educação são um grupo de tecnologias de
apoio ambientes virtuais altamente envolventes, muitas vezes bidimensionais, interactivos”
(LAMB et al., 2018:160). Segundo SHEN et al. (2015) citado por LAMB (2018:4) as
simulações “proporcionam aos estudantes um maior envolvimento no processo de ensino e
aprendizagem”.
2.3.2 Softwares
Software “é um conjunto de informações digitais escrito em uma linguagem de
programação. A linguagem dos programadores também pode ser entendida como uma reunião
coerente de centenas ou milhares de informações” (SILVEIRA, 2018:6). Segundo AURÉLIO
(2018) citado por DOS SANTOS et al. (2021:4) o software é um “programa ou reunião dos
procedimentos e ou instruções que determinam o funcionamento de um computador”, com
auxílio de diversos softwares, pode-se agregar valores ao processo de ensino e aprendizagem,
como refere DOS SANTOS et al. (2021:5) “os softwares são ferramentas que têm muito o que
acrescentar na educação”.
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2.3.3 Smartphones
Smartphone, “palavra inglesa que signica "telefone inteligente", ainda sem correspondente
em português, é um telefone celular, (tele móvel, em portugal) sendo que smart é um termo da
língua inglesa que significa esperto ou inteligente, enquanto que phone significa telefone”
(MAHL, 2019:6-7). Para LAPOLLI (2020) o Smartphone “é um elemento atrativo e instigante
para os alunos de todos os níveis de ensino, e pode ser aproveitado para realizar actividades
práticas em sala de aula”.
utilizando sistemas baseados no conceito de projecção de um ponto num plano a fim de reduzir
as três dimensões espaciais para as duas dimensões do plano”, e BOKAN et al. (2009:221)
considera que a GD “é uma disciplina clássica de geometria que permite a representação de
objectos tridimensionais em duas dimensões, utilizando um conjunto específico de
procedimentos”, DIAS (2015:8) não diverge do conceito do autor acima citado, afirmando que
a GD “é uma disciplina que visa o desenvolvimento do raciocínio espacial, tendo como
finalidade a representação de figuras tridimensionais no plano”.
“Em Moçambique a integração das TICs no ensino não superior está ainda numa fase
embrionária. O acesso à Internet ou ao computador continua a ser uma miragem para muitos
estudantes” (ANTÓNIO & COUTINHO, 2012:108). Contudo deste 1998 o MINED, actual
Ministério da Educação Desenvolvimento Humano (MINEDH) e o Ministério da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior tem levado a cabo diversas iniciativas, entre elas destacam-se,
Projecto SchoolNet Mozambique, NEPAD e Schools Mz, Projecto Um computador por aluno
e MoRENet com o intuito de ultrapassar estas situação, mas verifica-se que as acções não estão
a “produzir os resultados desejados, pois tem-se verificado que os equipamentos informáticos
doados às escolas chegam a ficar obsoletos sem que sejam usados muitas vezes por falta de
capacidade técnica interna para a sua operacionalização” (ANTÓNIO & COUTINHO,
2012:108). Neste contexto para o presente estudo, o autor apresenta uma forma de ultrapassar
esta dificuldade, trazendo um recurso didáctico de fácil manipulação e disponível para
dispositivos de fácil acesso aos alunos.
21
A presente pesquisa é um estudo de caso do tipo experimental uma vez que foi aplicado o
GeoGebra como experimento, e com vista a explorar a abordagem quantitativa visto que houve
a quantificação dos resultados. O estudo de caso “é um método de pesquisa estruturado, que
pode ser aplicado em distintas situações para contribuir com o conhecimento dos fenômenos
individuais ou grupais” (ANDRADE, 2017:2) e a pesquisa experimental ocorre pela
manipulação controlada de “uma ou mais variáveis independentes (causas), com a finalidade
de observar e interpretar as reações e as modificações ocorridas no objecto de pesquisa
(ALMEIDA et al., 2012:24).
Nesta pesquisa, aplicou-se o método indutivo, uma vez que a mesma parte de factos
particulares e a posterior chegou-se a uma conclusão genérica, ARAGÃO (2017:33) refere que
no método indutivo, “a indução parte de registros menos gerais para enunciados mais gerais,
partir da observação de alguns fatos, a mente humana tende a tirar conclusões gerais e o
argumento indutivo fundamenta-se em premissas”.
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3.3 População
3.4 Amostra
3.5 Procedimentos
Os procedimentos servem para apresentar as fases ou etapas seguidas para o alcance dos
resultados, nesta ordem de ideia, a pesquisa seguiu as seguintes fases: apresentação do pré-teste
(apêndice I), leccionação de uma aula sobre secção em sólidos geométricos pelo autor
(apêndice II), apresentação do SG (apêndice III), apresentação do pós-teste (apêndice IV)
Esteve envolvida uma turma da 12ª classe grupo de desenho, constituída por 18 alunos,
todos do sexo masculino, estiveram também 2 professores de GD. A primeira secção teve dois
momentos, no primeiro foi aplicado um pré-teste aos alunos cujo o objectivo era de saber o
nível de conhecimento sobre o software GeoGebra, o segundo momento foi da leccionação da
aula sobre secção em sólidos geométricos. Esta aula já tinha sido dado pelo professor, mas o
autor optou por leccionar novamente a mesma matéria com o objectivo de fazer uma
recapitulação da mesma. A segunda secção foi da apresentação do GeoGebra aos alunos, onde
tiveram a oportunidade de aprender como manipular e a resolver exercício de forma
tridimensional. Por ultimo foi aplicado o pós-teste onde houve o momento de resolução do
exercício sobre secção de um cone por plano de topo proposto. Após a colecta dos dados, foi
feita a apresentação, discussão e análise dos resultados e por fim comprarados os resultados do
pré-teste e do pós-teste com recurso ao SPSS V-25.
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“Na pesquisa quantitativa pressupõe-se que o fenômeno ou a situação de pesquisa permita que
os dados a ela relacionados são quantificáveis e traduzidos em números, contagens ou algum
tipo de escala métrica. Para sua consecução requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas”
(RAIFUR, 2018:26). Para ESPERÓN (2017:1) “a pesquisa quantitativa é aquela em que se
coletam e analisam dados quantitativos sobre variáveis e ela pode determinar a força de
associação ou correlação entre variáveis”.A pesquisa em questão baseou-se no estudo de caso
do tipo experimental, que é caracterizada por manipular “diretamente variáveis relacionadas
com o objecto de estudo, gerando situações de interferência numa determinada realidade ou
fenômeno vinculado diretamente à realidade, manipulando-se a variável” (TEIXEIRA,
2017:1070).
Foi adoptada a técnica de pesquisa de questionário por inquérito, com recurso a pré-teste e pós-
teste, com o objectivo de coletar os dados e de seguida quantificá-los. A pesquisa objectivava
trabalhar com uma determinada amostra, e os resultados obtidos representam uma realidade
referente a população em questão.
3.6.1 Observação
“Observar é aplicar os sentidos para obter uma determinada informação sobre algum aspecto
da realidade. É mediante o acto intelectual de se observar o fenômeno estudado que se concebe
uma noção real do ser ou ambiente natural, como fonte directa dos dados” (SIMÕES, 2018:50).
Está técnica foi explorada no momento da leccionação da aula sobre secção em sólidos
geométricos.
3.6.2 Questionário
“Questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de
perguntas, que devem ser respondidas por escrito” (LAKATOS & MARCONI, 2003:201). “Um
questionário é por norma aplicado a um conjunto de indivíduos (inquiridos), sobre os quais se
pretende recolher informações (dados) para analisar, interpretar e retirar conclusões, tendo em
vista responder aos objetivos da investigação” (SANTOS & HENRIQUES, 2021:10). Através
desta técnica foi possível submeter os alunos ao pré-teste e pós-teste com vista a colectar dados
através de exercícios práticos e perguntas fechadas assim com apresentar o GeoGebra.
25
3.7.1 Pré-teste
Foi aplicado pré-teste aos alunos (vide o apêndice I). Instrumento usado para de saber o
nível de conhecimento sobre o software GeoGebra. De referir que este instrumento continha
um total de três (3) perguntas fechadas e um exercício prático sobre secção. Os alunos
resolveram o exercício proposto de forma tradicional (sem recurso a nenhum meio tecnológico).
3.7.4 Pós-teste
Na presente pesquisa foi aplicado um pós-teste (vide apêndice IV), o mesmo continha um
total de três (3) perguntas fechadas e um exercício prático sobre secção. Nesta etapa da pesquisa
os alunos resolveram o exercício proposto com recursos ao SG. Este instrumento, foi aplicado
com objectivo de colher informações concernentes a nova metodologia usada para a resolução
26
Para o presente estudo, a recolha dos dados baseou-se no uso do pré-teste e do pós-teste que
foram aplicados a uma amostra de 18 alunos de uma faixa etária compreendida entre os 17 a 22
anos de idade e todos do sexo masculino, de seguida os dados foram compilados e analisados
com recurso ao SPSS versão 25. Com base no teste de Shapiro-Wilk verificou-se a normalidade
dos dados (pré-teste e pós-teste). Seguidamente foram comparadas as médias dos dois testes
para verificar se há diferença estatisticamente significativa no que diz respeito à média com
recurso ao teste “t” de Student, com nível de significância a 5% (p ≤ 0,05).
27
Idade
Idade
Frequência Porcentagem Porcentagem Porcentagem
válida acumulativa
Válido 17 4 22,2 22,2 22,2
18 7 38,9 38,9 61,1
19 4 22,2 22,2 83,3
20 2 11,1 11,1 94,4
21 1 5,6 5,6 100,0
Total 18 100,0 100,0
Tabela 1: Dados referentes a idade dos alunos.
De acordo com a tabela 1, podemos verificar que a idade varia dos 17 aos 21 anos de idade,
sendo que a maior percentagem de 38,9 é referente aos alunos com 18 anos e a menor
percentagem que é de 5,6 que representa 1 aluno da turma com maior idade.
Sexo
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem
Válido válida acumulativa
Nota do pré-teste
Nota do Pré-teste
Frequência Porcentagem Porcentagem Porcentagem
válida acumulativa
Válido 6 1 5,6 5,6 5,6
7 2 11,1 11,1 16,7
8 3 16,7 16,7 33,3
9 4 22,2 22,2 55,6
10 3 16,7 16,7 72,2
11 3 16,7 16,7 88,9
12 2 11,1 11,1 100,0
Total 18 100,0 100,0
Tabela 3: Notas do pré-teste.
Na tabela 3, no tocante a nota do pré-teste, verifica-se que 22,2% dos alunos tiveram 9 valores,
percentagem esta que representa o maior número de alunos, e apenas 1 aluno obteve a nota de
6 valores que representa 5,6% dos alunos, mais ainda, 2 alunos tiveram 7 valores, 3 tiveram 8
valores, outros 3 tiveram 10 valores e por fim 3 como 11 valores.
29
Nota do pós-teste
Nota_pós_teste
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem
válida acumulativa
Válido 14 2 11,1 11,1 11,1
16 4 22,2 22,2 33,3
17 6 33,3 33,3 66,7
18 4 22,2 22,2 88,9
19 2 11,1 11,1 100,0
Total 18 100,0 100,0
Tabela 4: Notas do pós-teste.
A tabela 4 indica que, na nota do pós-teste, 33,3% dos alunos tiveram 17 valores,
percentagem esta que representa o maior número de alunos, e apenas 2 aluno obtiveram 14
30
valores que representa a mínima nota com 11,1% dos alunos, mais ainda, 4 alunos tiveram 16
valores, mais 4 tiveram 18 valores e por fim 2 com 19 valores correspondente a máxima nota.
A resolução do exercício proposto no pós-teste, foi realizado com recurso a GeoGebra, com
o intuito de aplicar novas metodologias na resolução dos exercícios, uma vez que é necessário
que antes que se resolva o exercício no plano de desenho, o mesmo seja resolvido de forma
tridimensional. DE CAMPOS (2012:24) refere que em GD “é necessário primeiro resolver um
problema de geometria tridimensional antes que a mão possa executar as operações que
conduzem à solução gráfica do problema”. De frisar que o exercício foi resolvido usando o SG
disponível para smartphones. Os alunos estiveram mais motivados e tiveram boas notas, uma
vez que o uso de “softwares adequado à matéria a lecionar pode ser estimulante para os alunos”
(MORAIS, 2017:43) e podem trazer “desenvolvimento de novas práticas educativas que
melhoram os processos de ensino-aprendizagem de estudantes” (CARRANZA, 2007) citado
por (CARRIÓN-MARTÍNEZ et al., 2020:2).
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Estatísticas
Nota_Pré_teste Nota_pós_teste
Válido 18 18
N
Omisso 0 0
Média 9,28 16,89
Mediana 9,00 17,00
Moda 9 17
Variância 3,036 1,987
Mínimo 6 14
Máximo 12 19
Soma 167 304
Tabela 5: Estatística descritiva das notas do pré-teste e do pós-teste.
Os dados da tabela 5 mostram que a média, a mediana, a moda, a nota mínima e máxima
apresentam se mais elevadas no pós-teste comparando com as notas do pré-teste, isso significa
que os alunos tiveram melhores resultados após terem resolvido o exercício com recurso ao SG.
DE JESUS et al. (2019), defende que a utilização do GeoGebra, promove um ambiente de
aprendizagem mais interativo e dinâmico, o qual possibilita que o professor ofereça mais
recursos que implementem e facilitem o entendimento dos conteúdos.
Com este resultado, pode se concluir que os alunos após terem feito o pós-teste apresentaram
maior desenvolvimento de competências na representação do exercício proposto onde tiveram
a oportunidade de resolver com recurso ao GeoGebra, comparado ao momento que fizeram o
exercício do pré-teste, este que foi resolvido manualmente e sem recurso tecnológico. Estes
resultados corroboram com CHAVES (2019), visto que em sua dissertação de mestrado fez um
estudo sobre a interatividade do GeoGebra como auxílio da compreensão da trigonometria,
onde comparadas as médias do pré-teste e do pós-teste, concluiu-se que os alunos apresentaram
ganhos na aprendizagem de 66,22%.
DE JESUS et al. (2019:145) afirma que “quando estudamos geometria descritiva, sem o uso
do Geogebra, percebe-se a dificuldade em organizar e visualizar o que está sendo solicitado
pelo professor, assim, acaba provocando desinteresse e insucesso do aluno”. BARANOVÁ &
KATRENICOVÁ (2019) explicam que a “integração do software de geometria dinâmica
GeoGebra no sistema educativo promove o desenvolvimento das capacidades espaciais dos
estudantes tanto para a área da matemática assim como da GD”.
.
33
Após o desenvolvimento deste trabalho, que tinha como objectivo principal, apresentar o
Simulador GeoGebra desenvolvido para smartphones como uma sugestão metodológica no
ensino da GD, foi possível constatar que:
O não uso de metodologias que capacitem o aluno a ter visão espacial ou ligação do concreto
com o abstrato é um dos factores que contribue para que os alunos considerem a GD difícil,
uma vez que enfrentam inúmeras dificuldades na resolução de exercícios;
Conciliar a GD as TICs, é uma questão muito pertinente pois ajuda a dinamizar o PEA,
criando mais interesse e motivação nos alunos;
O uso do software GeoGebra contribui significativamente na compreensão dos conceitos
abstratos de GD por parte dos alunos, assim como ajuda o professor a dinamizar as aulas;
O smartphone é um recurso didáctica capaz de suportar diversos aplicativos de Geometria
dinâmica podendo deste modo possibilitar que todos alunos possam manipular diversas situação
durante as aulas e principalmente na resolução de exercícios de GD.
Pelo que conclui-se que:
O uso devido do software GeoGebra torna o processo de ensino e aprendizagem da GD mais
dinâmica e atractiva, facto este que pode contribuir na redução do elevado índice de
dificuldades apresentadas pelos alunos;
O smartphone é uma TIC alternativa que suporte softweres de geometria dinâmica, desde
que se faça o uso correcto na sala de aulas;
O software GeoGebra trás vantagens no desenvolvimento de competências dos alunos
promovendo uma aprendizagem dinâmica e rompendo com o facto dos alunos resolverem os
exercícios de forma mecânica, seguindo passos apresentados pelo professor durante as aula sem
sequer saber no concreto o que se está a resolver.
5.3 Recomendações
Recomenda-se:
a) Aos professores
Que durante a resolução dos exercícios práticos, expliquem aos alunos que devem resolver
os mesmos no concreto e só depois no abstracto;
b) Aos alunos
Que usem o smartphone como um meio que possa ajudá-los a dinamizar seus estudos;
Que recomendem o GeoGebra assim como outros softwares de geometria dinâmica como meios
metodológicos que possa contribuir na compressão dos conteúdos durante a leccionação da
disciplina de Desenho e Geometria Descritiva.
Os conhecimentos obtidos com esta monografia abrem espaço para estudos futuros, tais
como:
b) Análise dos factores que contribuem para o não uso de meios de ensino por parte dos
professores de Geometria Descritiva.
6 Referencias bibliográficas
ALMEIDA, J. B.o. et al. Manual de elaboração do projeto para trabalho de conclusão de
curso. NUCAP – Núcleo de apoio a pesquisa da coordenação do curso de nutrição da
Faculdade São Lucas, São Lucas, Universidade de São Lucas, 2012.
ALVES, D. M. C.. Prática de ensino supervisionada, geometria descritiva A 10º ano, oficina
de artes 12º ano, programas de geometria dinâmica, novas metodologias de ensino-
aprendizagem.Universidade da Beira Interior, 2012.
ANTÓNIO, G. L.; COUTINHO, C. P.. A integração curricular das tic no sistema de ensino
em moçambique: iniciativas em curs. In:II Congresso Internacional TIC e Educação.
Portugal, Universidade do Minho, 2012. pp. 108-124
BOKAN, N.; LJUCOVIC, M.; VUKMIROVIC, S.. Journal for Geometry and Graphics.
[online] Disponível na Internet via correio electrónico: vsrdjan@matf.bg.ac.rs. V. 13, n. 2. 16
de Novembro de 2009.
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Matemática no Ensino Médio: um mapeamento de produções brasileiras., Brasil, 2021
GALVÃO, M. C. B.; PLUYE, P.; RICARTE, I. L. M.. Métodos de pesquisa mistos e revisões
de literatura mistas: conceitos, construção e critérios de avaliação. [online] Disponível na
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https://metodologia.ceie-br.org/wp-content/uploads/2019/06/livro1_cap4.pdf. Arquivo
capturado em 16 de Julho de 2021
MAHL, M. A. V. D.. O uso do smartphone em sala de aula como recurso pedagógico. Três
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Universidade Federal de Santa Maria, 2019.
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utilização em contextos educativos. Lisboa, Universidade Aberta, 2021. 37p
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estudo dos vetores. Licenciatura em Matemática. Departamento De Ciências Exatas, Rio
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TEIXEIRA, P. M. M.; MEGID NETO, J.. Uma proposta de tipologia para pesquisas de
natureza interventiva. Ciência & Educação (Bauru) [online] Disponível na Internet via:
https://doi.org/10.1590/1516-731320170040013. V. 23, n. 4, p. 1055-1076, Oct-Dec 2017.
APÊNDICES
I. Pré-teste
Dados de Identificação
Sexo _____
Idade _____
Profissão ___________________________________________________
Questões
Obrigado!
II. Plano de aula
Escola Secundária da Polana
PLANO DE AULA N° 01
Disciplina: Desenho e Geometria Descritiva 12ª Classe Lição: 1 e 2 Duração: 90 Min Data: 26/04 à 29/04/2021
Professor: Cândido Valdemiro Ucachi Período: Diurno I Trimestre II Ciclo Tipo de aula: Introdutória
Unidade Temática: Secção e Sólidos Tema: Secções produzidas em pirâmides, prismas, cones e cilindros.
Sumário: Representação das Projecções e da verdadeira grandeza (VG) da secção produzida em pirâmides, prismas, cones e cilindros por planos
de nível (PN)
Objectivo geral: no final desta aula, o aluno deve saber determinar a secção produzida em pirâmides, prismas, cones e cilindros por planos de
nível.
Objectivos específicos: o aluno deve ser capaz de:
1. Cognitivos 2. Psicomotor 3. Afectivos
Entender a secção e a VG produzida em pirâmides; Representar as projecções da secção de Cn e Cl; Criar gosto pelo estudo de secções;
Entender a secção e a VG produzida em prismas; Representar as projecções da secção de Prd e Prm; Observar com análise crítica;
Entender a secção e a VG produzida em cones; Desenhar as projecções da VG da secção do Cn e Cl; Apreciar e avaliar as secções;
Entender a secção e a VG produzida em cilindros; Desenhar as projecções da VG da secção do Prd e Prm; Obter novas ideias sobre secções; e
Distinguir a secção de pirâmides, prismas, cones e Resolver exercícios sobre secção com outros planos. Aplicar as regras de representação.
cilindros;
Pré-requisitos: para que esta aula seja bem assimilada, os alunos devem possuir os seguintes conhecimentos: noções básicas de construção de
sólidos geométricos e conhecimento de diferentes posições dos planos no espaço.
Sugestões metodológicas: o professor juntamente com os alunos, poderão usar elementos recicláveis como latas e papelão para a demonstração
de cilindro e cone respectivamente. Também poderá levar painéis 2D e maquetas 3D.
Bibliografia:
CAMUNDINO, Vasco Filipe. Desenho e Geometria Descritiva 12.ª Classe. 2. ed. Maputo, Texto Editores, 2010.
SANT'ANA, M. Stella e GOMES, M. Berta Gonçalves. Geometria Descritiva. Porto, Porto Editores, Porto, Porto Editores, 1997.
GALRINHO, António. Manual de Geometria Descritiva. 2. ed. Grafismo, 2012.
- Dá exercícios - Passa os
práticos; exercícios no
20ʹ Domínio Elaboraçã Exercícios de caderno; Quadro, giz,
E o conjunta aplicação - Orienta a sua - Ouve a orientação livro do
Consolidaçã E (Anexo 4) execução; do professor; professor,
o
Trabalho - Ordena os alunos -Resolve os matérias de
Independe para a sua exercícios. desenho.
nte resolução.
- Orienta a - Faz a correcção
resolução dos dos exercícios no
Controle Elaboraçã Correcção dos exercícios no quadro Quadro, giz,
15ʹ E o conjunta exercícios de quadro; livro do O aluno só vai ao
Avaliação E aplicação - Dá sugestões caso - Fica atentas as professor quadro caso o
Trabalho (Anexo 5) houver alguma sugestões do material de professor ordene.
Independe dificuldade na professor; desenho.
nte resolução;
- Participa na -rectificando erros
resolução no caso existam.
quadro.
Marcação do - Marca o TPC; - Escreve o TPC;
Trabalho TPC - Faz antevisão e - Ouve a antevisão e Caderno, lápis, Sempre que a aula
Independe (Anexo 6) explica o que as recomendações livro do terminar deve-se
5ʹ nte Antevisão e devem trazer na do professor; professor, organizar a sala e
Conclusão e
E recomendações aula subsequente; - Organiza a sala e material de arrumar o material.
organização
Elaboraçã da próxima aula - Orienta a arruma o material. limpeza.
final
o conjunta organização da sala
e arrumação do
material.
Anexo 1
Motivação
Alunos: sim professor. É um Pepino. Por acaso o professor quer fazer salada na aula?
Professor: pois é. Engraçado, mas não estou para fazer salada, apenas quero cortar.
Professor: quero mostrar-vos diferentes cortes fazíveis neste pepino (e o que contém no seu interior) e que podem ser aplicados para objectos do
nosso quotidiano também.
Professor: É muito interessante mesmo. Quando corto desta forma, obtemos uma certa superfície comum entre o pepino e a faca. Quem sabe como
designa-se?
Alunos: silêncio…
Hoje falaremos da secção produzida em pirâmides, prismas, cones e cilindros por planos de nível
Anexo 2
Representação das Projecções e da verdadeira grandeza (VG) da secção produzida em pirâmides, prismas, cones e cilindros por planos de nível
(PN)
Introdução
A condição necessária para que um plano determine a secção num sólido geométrico é intersectá-lo, ou seja, a secção em sólidos geométricos
ocorre quando há algo em comum entre um plano secante e o sólido geométrico.
Secção é o nome da figura que resulta do corte num sólido provocado por um plano qualquer.
Sólido truncado é a parte do solido resultante da secção, isto é a parte compreendida entre o plano secante e a base ou o vértice.
Nos nossos desenhos a figura de secção, os seus contornos serão apresentados a traço grosso e seu interior será tracejado (conjunto de linhas
paralelas que matem a mesma distancia de separação entre si e que também matem a mesma espessura)
Secção em pirâmides e prismas (Secções piramidais ou prismáticas): As secções adquirem formas diferentes consoante a posição do plano. Em
pirâmides e em prismas as secções são sempre polígonos.
Secção em cones
Recordar que as secções produzidas por planos em superfícies cónicas são conhecidas por secções cónicas que originam diferentes tipos de figuras
planas. Conforme a posição do plano secante em relação a superfície cónica, podemos obter vários tipos de curvas cónicas, mas isso só acontece
numa situação em que o plano secante não contém o vértice da superfície cónica.
Secção em cilindros
De recordar que nos cilindros podemos obter diversas secções conforme vimos nas aulas anteriores. São elas: a circunferência, que resulta do
corte feito por um plano paralelo às bases; elipse, que resulta de um plano oblíquo às bases; quadrilátero, provocado por um plano paralelo às
geratrizes e segmento de elipse em que o plano secante corta uma das bases; daqui resulta uma secção formada por um arco de elipse e um
segmento de reta. Há ainda a possibilidade de o plano corta ambas as bases, ficando a secção formada por dois segmentos de reta e dois arcos de
elipse.
Representação das Projecções e da verdadeira grandeza (VG) da secção produzida em pirâmide por plano de nível (PN)
Pirâmide quadrangular de base de nível
1° Passo: 2° Passo:
marca a medida do plano secante que
É dada uma pirâmide recta segundo
nos foi dado para seccionar o sólido.
os dados supracitados que será Marcaremos 4cm de cota. São
seccionada por um plano Horizontal. determinados todos pontos de intersecção
entre o sólido e o plano horizontal. O
plano secante atravessa o sólido na aresta
DၷVၷ onde deu-se o nome de 1'', de
Para determinar as projeções horizontais Neste passo faremos a união de todos os Esta é parte final, onde fazemos o
destes pontos, uma vez que se trata de pontos determinados que nos dão origem tracejado na figura de secção e de
segmentos de perfil, precisamos rebater os a figura de secção almejada. seguida desprezamos uma parte do
mesmos. Rebatendo da projeção vertical solido e consideramos a outra (Sólido
para a horizontal o ponto V e o ponto A, Truncado), e traçamos a traço grosso e
unimos Vr e Ar e fazendo o contra fazemos os acabamentos finais.
rebatimento, facilmente achamos o ponto 2'
e fazemos o mesmo procedimento para
achar o ponto 4'.°
Representação das Projecções e da verdadeira grandeza (VG) da secção produzida no cone por plano de nível (PN)
Cone de revolução de base de nível
Quando o plano secante é paralelo ao plano da base do cone de revolução, o resultado será uma circunferência.
Determinaremos a secção produzida num cone de revolução de base de nível, por um plano também de nível. O centro da figura de secção situa-
se no ponto de intersecção entre o plano secante e o eixo do cone que neste caso é vertical.
Neste caso, precisamos apenas determinar o centro da figura de secção e facilmente determinaremos a secção resultante.
Anexo 3
Exercícios de aplicação
1- Represente um prisma hexagonal recto, de bases de frente, tendo a base de menor afastamento como centro o ponto O(2;5) e duas arestas da
base são fronto-horizantais. A altura do prisma e de 7cm.
- Represente a secção provocada no prisma por um plano frontal 𝝅 que dista 5cm do PFP.
2- Represente um cilindro, de bases de frente, tendo a base de menor afastamento como centro o ponto O(2;5) e A altura do prisma e de 7cm.
- Represente a secção provocada no prisma por um plano frontal 𝝅 que dista 5cm do PFP.
Anexo 4
1- Represente um prisma hexagonal recto, de bases de frente, tendo a base de menor afastamento como centro o ponto O(2;5) e duas arestas da
base são fronto-horizantais. A altura do prisma e de 7cm.
- Represente a secção provocada no sólido por um plano de nível com 7,5cm de cota.
Anexo 6
Resolução do TPC
III. Guião Geogebra
Representação em 2D
Figura 1: Representação do solido seccionado Figura 2: Representação da verdadeira grandeza da secção produzida
pelo plano de Topo pelo plano secante
1˚ Passo
novamente a ícone Configurações para voltar a tela inicial (ver figura 5).
Figura 4: opção Mostrar Plano desabilitada Figura 5: tela inicial
Para colocar planos de projeção, selecione o ícone MAIS , depois pressionasse o ícone
2˚ Passo
Para colocar o sólido geométrico (Cone de revolução) vamos antes selecione o ícone Recta
Seleciona o ícone Cone , como sempre, seguidamente no rodapé de sua tela, aparecerá a
seguinte informação: selecione dois pontos (o segundo é o vértice) e em seguida introduza
o raio. De seguida marca um ponto (o primeiro) na intersecção entre o semieixo de cor verde e
a recta de cor preta determinada no passo anterior e marca um ponto (o segundo, que
corresponde ao vértice do cone) na recta de cor preta com um valor de cota qualquer, depois
disso, será solicitado o valor do raio (pode colocar 2.5) (ver figura 9), feito isso
automaticamente surgirá o um cone de revolução (ver figura 10), assente no plano horizontal
de projeção.
Figura 9: colocação do valor do raio Figura 10: Cone de Revolução
3˚ Passo
Para tal, selecione o ícone Vista de Frente , no rodapé de sua tela, aparecerá a seguinte
informação: Permite a vista de frente do objecto selecionado. Feito isso, vamos selecionar o
plano horizontal de projecção e automaticamente a tela apresentará a projecção horizontal do
cone (ver figura 11), o mesmo acontecerá para a vista frontal, basta apenas selecionar o plano
frontal de projeção automaticamente a tela apresentará a projecção frontal do cone (ver figura
12).
Figura 11: Projecção horizontal do Cone Figura 12: Projecção frontal do cone
Nas imagens a cima foi marcado o ponto D, por onde passará o Plano Secante.
Para marcar o ponto D, seleciona o ícone Novo Ponto e marcar a direita do cone no eixo
de cor vermelha que representa a linha de terra (LT), de seguida vamos determinar uma nova
reta que passa pelo pondo D, para tal primeiro coloca a visualização 3D novamente, bastando
4˚ Passo
Coloca o Plano secante utilizando o ícone Plano (ponto, ponto, ponto) , o que significa
que serão necessários de três (3) pontos para determinar o plano secante.
Seleciona o ícone Plano (ponto, ponto, ponto) de seguida aparecerá no rodapé da tela a
seguinte informação: Selecione três pontos. Depois seleciona o ponto D, de seguida o ponto
E de intersecção entre o cone e a recta que contém o ponto D e por fim um ponto F qualquer
no cone (ver figura 14)
Figura 14: Plano secante de tepo.
5˚ Passo
NOTA: este processo funciona para qualquer obejcto, assim que selecioná-lo terá estas opções
de edição. Depois de edição, pressione a tela para voltar a normalidade.
Veja o processo de mudança da cor do plano nas figuras 15 a), 15 b) e 15 c)
Para visualizar a projecção do Plano secante, seleciona o ícone Vista de Frente de e seguir
as orientações iniciais do 3° passo.
Com um dedo sobre a tela e fazendo movimentos leves sem soltar é possível visualizar o cone
em diversos ângulos.
Com um dedo sobre a tela e fazendo um movimento e depois soltar, dependendo do sentido
giratório feito, os objectos poderão girar sem parar lentamente (permitindo uma visão geral do
trabalho). Se quiser que pare de girar basta apenas, tocar na tela.
6˚ Passo
Uma vez determinadas as projeccoes do Cone e do Plano secante de topo, vamos agora
determinar a figura de secção assim como sua verdadeira grandeza, visto que o plano de topo
não nos permite observar os objectos que a ele pertencem na verdadeira grandeza.
Figura 16: figura de secção de cor azul Figura 17: tela maximizada
7˚ Passo
Para a visualização das projecções da figura de secção resultante da intersecção entre o cone de
revolução e o plano de topo, seleciona o ícone Vista de Frente, seleciona o ícone Vista de
Figura 18: projecção horizontal da secção Figura 19: projecção frontal da secção
8˚ Passo:
Fim, Obrigado.
IV. PóS-teste
Dados de Identificação
Sexo _____
Idade _____
Profissão ___________________________________________________
Questões
Obrigado
I. Teste de normalidade dos dados
Pré-teste
Testes de Normalidade
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Estatística df Sig. Estatística df Sig.
*
Nota_Pré_teste ,119 18 ,200 ,959 18 ,585
*. Este é um limite inferior da significância verdadeira.
a. Correlação de Significância de Lilliefors
Pós-teste
Testes de Normalidade
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Estatística df Sig. Estatística df Sig.
Nota_pós_teste ,198 18 ,060 ,910 18 ,085
a. Correlação de Significância de Lilliefors
Codificação de variável
Rótulo Valor
Sim 0
Não 1
II. Leccionação da aula
III. Apresentação do Simulador Geogebra
IV. Credencial das práticas pedagógicas
V. Credencial do trabalho de campo