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Daniel António
Isac António
Docente:
Daniel António
Isac António
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I. INTRODUÇÃO 1
1.1. Contextualização 1
2.1. Historial 2
IV. CONCLUSÃO 28
V. REFERÊNCIAS CITADAS 29
I. Introdução
1.1. Contextualização
1
II. Desenvolvimento teórico
2.1. Historial
Carl Rogers nasceu em Oak Park, Illinois, em 8 de janeiro de 1902, “o filho do meio
de uma família grande e unida, em que o trabalho duro e um cristianismo protestante
extremamente conservador (beirando o fundamentalismo) eram quase igualmente
reverenciados”. Quando Carl estava com 12 anos, sua família mudou-se para uma fazenda
e ele passou a interessar-se pela agricultura científica. Esse interesse pela ciência
acompanhou-o até a faculdade: nos primeiros anos, ele gostava das ciências físicas e
biológicas. Depois de formar-se na Universidade de Wisconsin em 1924, ele frequentou
o Union Theological Seminary na cidade de Nova York, onde foi exposto a um ponto de
vista liberal e filosófico referente à religião. Transferindo-se para o Teachers College da
Universidade de Colúmbia, ele foi influenciado filosoficamente por John Dewey e
apresentado à psicologia clínica por Leta Hollingworth. Obteve seu grau de mestre em
1928 e o doutorado em 1931 pela Colúmbia. Sua primeira experiência prática na
psicologia clínica e na psicoterapia foi como interno no Institute for Child Guidance, que
tinha uma orientação fortemente freudiana. Rogers observou que “a clara
incompatibilidade do pensamento freudiano altamente especulativo do Instituto com as
idéias extremamente estatísticas e thorndikeanas do Teachers College foi agudamente
sentida” (1).
Ainda ativo aos 80 anos, liderava praticas terapeutas como o uso inteligente da
intuição e trocas honestas entre cliente e terapeuta. Uma crença no valor de todos
indivíduos orientou seu trabalho desde início (2). Segundo ele:
2
Aos olhos do mundo psicológico, Carl Rogers é identificado com o método de
psicoterapia que ele criou e desenvolveu. Essa terapia é chamada de não diretiva ou
centrada no cliente (1).
3
acordo com seu self recentemente experienciado. Ele se dá conta de que já não precisa
temer aquilo que a experiência pode conter, mas pode recebê-la livremente como parte
de seu self que está mudando e desenvolvendo-se (3).
2.2.1. O Organismo
O organismo, psicologicamente concebido, é o foco de toda a experiência. A
experiência inclui tudo o que está acontecendo dentro do organismo em qualquer
momento dado e que está potencialmente disponível para a consciência. Essa totalidade
de experiência constitui o campo fenomenal. O campo fenomenal é a estrutura de
referência do indivíduo que só pode ser conhecida pelo próprio indivíduo. “Ele não pode
ser conhecido por outra pessoa exceto pela inferência empática e jamais pode ser
perfeitamente conhecido”. Como o indivíduo se compor: ta depende do campo fenomenal
(realidade subjetiva) e não de condições estimuladoras (realidade externa) (1).
A experiência pode não ser simbolizada corretamente, e, nesse caso, a pessoa vai-se
comportar de modo inadequado. Mas a pessoa tende a comparar suas experiências
simbolizadas com o mundo conforme ele é. Tal testagem da realidade proporciona um
conhecimento confiável do mundo, de modo que ela consegue se comportar
realisticamente. Entretanto, algumas percepções continuam não-testadas ou são
inadequadamente testadas, e isso pode fazer com que a pessoa se comporte de forma
irrealista e inclusive prejudicial para si mesma. Embora Rogers não lidasse com a questão
4
de uma realidade “verdadeira”, está claro que as pessoas precisam ter alguma concepção
de um padrão de realidade externo ou impessoal, pois, de outra forma, elas não poderiam
testar uma imagem interna da realidade, comparando-a a uma imagem “objetiva”. Surge
então a questão de como as pessoas podem diferenciar uma imagem subjetiva que não é
uma representação correta da realidade de uma que é. O que permite às pessoas separar o
fato da ficção em seu mundo subjetivo? Esse é o grande paradoxo da fenomenologia (1).
Qual é esse teste? Ele consiste em verificar a exatidão da informação recebida, sobre
a qual a hipótese da pessoa se baseia, comparando-a com outras fontes de informação.
Por exemplo, uma pessoa que deseja salgar sua comida depara-se com dois frascos
idênticos, um dos quais contém sal, e o outro, pimenta. A pessoa acredita que o frasco
com os furinhos maiores contém sal, mas, não tendo certeza absoluta, ela vira um
pouquinho do conteúdo nas costas da mão. Se as partículas são brancas em vez de pretas,
a pessoa fica razoavelmente certa de que é sal. Uma pessoa muito cautelosa pode até
provar, pois pode tratar-se de pimenta branca, em vez de sal. O que temos aqui é uma
testagem das idéias da pessoa em comparação com uma variedade de dados sensoriais. O
teste consiste em verificar informações menos certas com conhecimentos mais diretos.
No caso do sal, o teste final é o sabor; um tipo específico de sensação define aquilo como
sal. É claro, o exemplo anterior descreve uma condição ideal. Em muitos casos, a pessoa
aceita suas experiências como representações fiéis da realidade e não as trata como
hipóteses sobre a realidade. Em consequência, a pessoa com frequência termina com uma
série de concepções erradas sobre si mesma e sobre 0 mundo externo: “A pessoa total”,
escreveu Rogers, “é aquela que está completamente aberta aos dados da experiência
interna e aos dados da experiência do mundo externo” (1).
2.2.2. O Self
Uma porção do campo fenomenal gradualmente se diferencia. É o self. O self, ou
autoconceito, denota “a gestalt conceitual organizada e consistente composta por
percepções das características do 'eu' e pelas percepções dos relacionamentos do 'eu' com
os outros € com vários aspectos da vida, juntamente com os valores associados a essas
percepções. É uma gestalt que está disponível à consciência, mas não necessariamente
consciente. É uma gestalt fluida e mutante, um processo, mas em qualquer momento dado
5
é uma entidade especifica” (1). O self, evidentemente, é um dos constructos centrais na
teoria de Rogers, e ele explicou de forma interessante como isso aconteceu:
“Parecia claro que o self era um elemento importante na experiência do cliente, e que
em um sentido curioso sua meta era se tornar esse “self real”. Além do self como ele é
(a estrutura do self), existe um self ideal, que é aquilo que a pessoa gostaria de ser (3).
6
2.4. A dinâmica da personalidade
Segundo Rogers, “o organismo tem uma tendência e uma busca básica - realizar,
manter e melhorar o organismo que experiencia”. A tendência realizadora é seletiva,
prestando atenção apenas àqueles aspectos do ambiente que prometem levar a pessoa
construtivamente na direção da realização e da completude. Por um lado, existe uma única
força motivadora, O impulso auto-realizador; por outro, existe uma única meta de vida,
auto-realizar-se ou ser uma pessoa completa. O modelo de Rogers baseia-se na suposição
de que os organismos têm um motivo fundamental para melhorar (1). Valendo-se de suas
raízes agrícolas, Rogers ofereceu a seguinte analogia:
A tendência realizadora pode, é claro, ser frustrada ou deformada, mas ela não pode
ser destruída sem destruir o organismo. Eu lembro que, na minha infância, o depósito
onde guardávamos o nosso suprimento de batatas para O inverno ficava no porão, mais
de dois metros abaixo de uma pequena janela. As condições eram desfavoráveis, mas as
batatas começavam a brotar - brotos de um branco opaco, completamente diferentes dos
brotos verdes e fortes que surgiam quando as batatas eram plantadas no solo na primavera.
Mas esses brotos tristes, esguios, cresciam 60 ou 90 centímetros buscando a luz distante
da janela. Os brotos, em seu crescimento bizarro e inútil, eram uma espécie de expressão
desesperada da tendência direcional que estou descrevendo. Eles jamais se tornariam
plantas, nunca amadureceriam, nunca realizariam seu verdadeiro potencial. Mas, nas
circunstâncias mais adversas, eles lutavam para existir. Ao tratar clientes cujas vidas
foram terrivelmente deformadas . . . eu penso frequentemente nesses brotos de batata. As
condições em que essas pessoas se desenvolveram foram tão desfavoráveis que suas vidas
muitas vezes parecem anormais, deformadas, quase inumanas. Entretanto, podemos
confiar que nelas existe a tendência direcional” (1).
7
melhoras no cliente (1). Ao endossar a tendência realizadora, Rogers (1) foi levado à
interessante posição de rejeitar constructos motivacionais específicos. Ele escreveu:
8
Rogers escreveu que “o comportamento é basicamente a tentativa intencional do
organismo de satisfazer suas necessidades conforme experienciadas, no campo conforme
percebido”. Essa proposição, referindo-se, como se refere, a “necessidades” no plural,
não contradiz a noção de um motivo único. Embora existam muitas necessidades, todas
elas são subservientes à tendência básica do organismo de manter-se e de melhorar (1).
9
2.5. O desenvolvimento da personalidade
Como resultado dessa punição, ele é levado a revisar sua autoimagem e seus valores
de uma das seguintes maneiras: (a) “Eu sou um menino mau.” (b) “Meus pais não gostam
de mim” ou (c) “Eu não gosto de implicar com a minha irmã”. Cada uma dessas auto-
atitudes pode conter uma distorção da verdade. Vamos supor que ele adote a atitude de
“Eu não gosto de implicar com a minha irmã”, negando assim seus reais sentimentos. À
negação não significa que os sentimentos deixaram de existir; eles ainda influenciarão
10
seu comportamento de várias maneiras, mesmo que não sejam conscientes. Então existirá
um conflito entre os valores conscientes introjetados e espúrios e os inconscientes
genuínos. Se cada vez mais dos valores “verdadeiros” da pessoa forem substituídos por
valores tirados ou tomados emprestados de outros, ainda que sejam percebidos como
sendo da própria pessoa. O self tornar-se-á uma casa dividida contra si mesmo. Essa
pessoa vai sentir-se tensa, desconfortável e esquisita. Ela vai sentir como se não soubesse
realmente quem é e o que quer. Então, durante a infância, o autoconceito se torna cada
vez mais distorcido devido às avaliações dos outros. Consequentemente, uma experiência
organísmica que está em desacordo com esse autoconceito distorcido é sentida como uma
ameaça e evoca ansiedade. Para proteger a integridade do autoconceito, essas
experiências ameaçadoras têm negada a simbolização ou recebem uma simbolização
distorcida (6).
Negar uma experiência não é o mesmo que ignorá-la. Negar significa falsificar a
realidade, dizendo que ela não existe ou percebendo-a de maneira distorcida. As pessoas
podem negar seus sentimentos agressivos porque eles são inconsistentes com a imagem
que têm de si mesmas como pacíficas e amigáveis. Nesse caso, os sentimentos negados
podem se expressar por meio de uma simbolização distorcida, por exemplo, sendo
projetados em outras pessoas. Rogers salientou que as pessoas muitas vezes mantêm e
destacam firmemente uma auto-imagem que discorda totalmente da realidade. A pessoa
que sente que não vale nada vai excluir da consciência as evidências que contradizem
essa imagem ou vai reinterpretar as evidências para torná-las congruentes com seu senso
de inutilidade. Por exemplo, alguém que seu senso de inutilidade. Por exemplo, alguém
que recebe uma promoção no trabalho dirá que “o patrão ficou com pena de mim” ou “eu
não mereço isso”. Algumas pessoas podem inclusive sair-se mal nessa nova posição para
provar a si mesmas e ao mundo que elas não prestam (7).
Como podemos negar uma ameaça à auto-imagem sem primeiro termo consciência
da ameaça?
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seja capaz de identificar a causa da perturbação. Os sentimentos de ansiedade evocam 0
mecanismo da negação, que impede que a experiência ameaçadora se torne consciente. A
brecha entre o self e o organismo não só resulta em defensividade e distorção, mas
também afeta as relações da pessoa com os outros. As pessoas defensivas tendem a sentir-
se hostis em relação àquelas cujo comportamento, aos seus olhos, representa seus próprios
sentimentos negados (7).
Como podemos corrigir essa brecha entre o self é o organismo e entre o self e os
outros? Rogers apresentou as três seguintes proposições.
12
Consequentemente, os relacionamentos sociais vão melhorar e a incidência de conflito
social vai diminuir Rogers acreditava que as implicações sociais dessa proposição “são
tantas que estimulam a imaginação”. Esta pode ser inclusive a chave para uma eventual
abolição da discórdia internacional (1).
“É, portanto, devido às percepções distorcidas decorrentes das condições de valor que
o indivíduo se afasta da integração que caracteriza seu estado de bebé . . . Essa, em nossa
opinião, é a alienação básica do homem. Ele não foi fiel a si mesmo, à sua valoração da
experiência organismica natural, mas, para preservar a consideração positiva dos outros,
ele passou a falsificar alguns dos valores que experiencia e a percebê-los apenas em
termos baseados no seu valor para os outros. Entretanto, essa não foi uma escolha
consciente, mas um desenvolvimento natural - trágico - no período de bebê, O caminho
do desenvolvimento para a maturidade psicológica, o caminho da terapia, é desfazer tal
alienação no funcionamento do homem, dissolver as condições de valor, conseguir um
13
self congruente com a experiência e restaurar um processo de valoração organiísmico
unificado como o regulador do comportamento” (1).
14
comportamentos verdadeiramente satisfatórios”. À medida que se torna mais aberta a
todas as suas experiências, ela é capaz de fazer aquilo que “sente vontade” de fazer, não
de uma maneira hostil ou arrogante, mas de maneira confiante. Em essência, tal pessoa
está aberta aos seus sentimentos € livre de defesas. Ela é livre para agir de acordo com
suas inclinações, porque pode aceitar as consequências e pode corrigi-las se não forem
satisfatórias (1).
Ao concluir esse relato dos principais aspectos da teoria de Rogers, o leitor poderia
perguntar-se por que ela se chama “centrada na pessoa” e não “centrada no organismo”.
À resposta é bastante simples. Em um indivíduo com funcionamento pleno, & pessoa é o
organismo. Em outras palavras, não faz diferença como ela é chamada. Prefere-se
“pessoa” porque envolve uma conotação mais psicológica. A pessoa é O organismo que
experiencia, Pessoa € self também coincidem quando o self é completamente congruente
com o organismo. Tudo se reduz a isso: O organismo, um sistema vivo, holístico, que se
desenvolve, é a realidade psicológica básica. Qualquer desvio dessa realidade ameaça a
integridade da pessoa (1).
16
desaprovadoras ou ambivalentes e que, à medida que 0 aconselhamento prosseguia,
ocorriam flutuações na auto-aprovação, com crescente ambivalência. Na conclusão do
aconselhamento, os clientes avaliados como tendo melhorado estavam fazendo um
número preponderante de declarações de auto-aprovação, enquanto os que não tinham
melhorado ainda estavam ambivalentes e desaprovadores em relação a si mesmos (1).
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auto-aceitação está associada à aceitação dos outros, embora ela ache que a maioria dos
estudos tem sérias falhas que tornam equívocos os achados (1).
18
Estágio 4. Paralelo e simultâneo, o relacionamento como um contexto da terapia.
Existe uma diferença entre a técnica-Q de Stephenson e a base lógica sobre a qual ela
repousa, que Stephenson chama de metodologia-Q. As hipóteses lógicas são derivadas da
teoria pela metodologia-Q, e tais hipóteses podem então ser testadas pela técnica-Q.
Entretanto, O investigador pode empregar a técnica Q sem usar a metodologia-Q. É isso
o que Rogers e seus associados fizeram. A diferença entre o tipo de pesquisa estimulado
por Stephenson e aquela realizada sob a influência de Rogers aparece claramente quando
comparamos os estudos de Nunnally (1955), um aluno de Stephenson, com os de Butler
e Haigh (1954), alunos de Rogers. Eles investigaram as mudanças nas autoconcepções
antes e depois da terapia. Ao planejar seu experimento, Nunnally usou & metodologia-Q
e todo o complemento de técnicas-Q, incluindo análise fatorial, ao passo que Butler e
Haigh usaram apenas a classificação-Q e as correlações interpessoais. Além disso,
Nunnally empregou um caso único, como Stephenson recomenda, e Butler e Haigh
empregaram vários casos (1).
O que é a técnica-Q
Podem ser feitas classificações não apenas de como as pessoas se vêem no momento,
mas também de como elas gostariam de ser, a chamada classificação ideal, de como elas
eram aos 15 anos de idade, de como suas mães as vêem, e assim por diante. Pode haver
tantas classificações ou variáveis diferentes, como são chamadas, quantas O investigador
resolver usar. Bowdlear (1955), por exemplo, usou 25 classificações em seu estudo de
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um paciente epiléptico em terapia. Os resultados desse planejamento multivariado podem
ser analisados por métodos correlacionais, da análise fatorial e da análise da variância (1).
Os itens para uma classificação-Q podem ser reunidos de várias maneiras. Eles podem
ser formulados de modo & conformar-se a uma teoria específica da personalidade, e
Stephenson apresenta muitos exemplos em seu livro (1953), ou podem ser selecionados
de uma população de itens obtidos de protocolos terapêuticos, de autodiscricao, de
inventário personalidade e assim por diante (1).
Para ilustrar como Rogers e seus associados usaram a técnica-Q, vamos examinar o
estudo realizado por Butler e Haigh (1954). Esses investigadores queriam testar a
suposição de que as pessoas que buscam aconselhamento estão insatisfeitas consigo
mesmas e que, após um aconselhamento bem-sucedido, sua insatisfação será menor (1).
Classificação ideal: Agora classifique estes cartões para descrever sua pessoa ideal
- a pessoa que você realmente gostaria de ser (1).
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de 0,34, um aumento significativo em relação à média anterior ao aconselhamento,
embora ainda inferior à correlação do grupo de controle. O grupo de controle também foi
retestado após um intervalo de tempo equivalente ao do grupo de clientes, e sua correlação
média de ideal de self não mudou. Um outro grupo que buscara terapia, mas fora
solicitado a esperar 60 dias antes de começar 0 tratamento, não mostrou nenhuma
mudança em suas correlações de ideal de self durante o período de espera (1).
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Poderíamos pensar que esses diferentes padrões de mudança estão relacionados à
melhora evidenciada durante a terapia. Esse não é o caso. Quando os sujeitos foram
divididos em um grupo melhorado e um grupo não-melhorado, conforme a avaliação de
conselheiros e protocolos de testes projetivos, os dois grupos não diferiam em suas
correlações de ideal de self no término do aconselhamento, embora na época da
administração das classificações-Q no seguimento o grupo melhorado tendesse a
apresentar correlações um pouco mais altas. Butler e Haigh explicaram o fracasso em
encontrar uma relação entre correlações de ideal de self e melhora em termos do que eles
chamam de “classificações defensivas”. Uma classificação defensiva é aquela em que as
pessoas dão uma imagem distorcida de si mesmas, para parecer que são mais bem-
ajustadas do que realmente são. Por exemplo, em um outro estudo, a maior correlação de
ideal de self encontrada, um 0,90 extremamente elevado, foi obtida por uma pessoa que
era claramente patológica (1).
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a minimizar a importância dos comportamentos defensivos. Ele supunha que a maioria
deles consistia em um engano intencional por parte do cliente para salvar as aparências.
Essa visão contrasta nitidamente com a teoria psicanalítica dos mecanismos de defesa,
que supõe que eles operam inconscientemente (1).
Um outro estudo em que uma medida de defensividade estava correlacionada & auto-
atitudes e à avaliação da personalidade por observadores externos foi realizado por
Chodorkoff (1954). Chodorkoff obteve auto-relatos de 30 estudantes universitários,
fazendo-os classificar 125 itens em 13 pilhas, dos mais característicos aos menos
característicos. Quatro juízes que tinham acesso a informações biográficas, a protocolos
de Rorschach e um resumo dos escores no Rorschach, a dados de teste de associação de
palavras e protocolos do Teste de Apercepção Temática (TAT) fizeram uma
classificação-Q para cada sujeito, usando os mesmos 125 itens. Uma medida da defesa
perceptual foi obtida, expondo-se palavras ameaçadoras € neutras, começando com uma
exposição subliminar € aumentando-a gradualmente até O sujeito ser capaz de reconhecer
todas as palavras. As medidas da defesa perceptual foram calculadas, encontrando-se a
diferença entre os limiares de reconhecimento para as palavras neutras € os limiares para
as palavras ameaçadoras (1).
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Chodorkoff estava interessado em testar as seguintes hipóteses: (1) quanto maior a
concordância entre a autodescrição da pessoa e a descrição da pessoa pelos outros, menos
defesa perceptual ela manifestará; (2) quanto maior a concordância entre a autodescrição
da pessoa e uma avaliação feita por juízes, mais adequado será o ajustamento pessoal do
indivíduo; e (3) quanto mais adequado o ajustamento pessoal, menos defesa perceptual a
pessoa vai demonstrar. Foram empregadas duas medidas de ajustamento: (1) a lista de
verificação Munroe Inspection Rorschach e (2) as avaliações feitas por juízes em 11
escalas de ajusta avaliações feitas por juízes em 11 escalas de ajustamento (1).
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III. Discussão do grupo
Segundo (Além do self como ele é “a estrutura do self”, existe um self ideal, que é
aquilo que a pessoa gostaria de ser), Roger tem muita razão neste sentido, nos nascemos
com um ID específico, porem o ego e superego são adquiridos, o ego é uma negação do
ID em busca da melhoria daquilo que já somos e queremos ser, que é o ideal, o desejado,
por exemplo, existem personalidades em nossa sociedade que tem uma conduta
comportamental que lhe predispõe a cometer certos erros que são advertidos das mesmos,
este individuo consente com a advertência e tenta melhorar ou escapar deste
predisposição, ou mesmo em há comportamentos e tendências comportamentais que
percebemos que não é ideal, e tentamos driblar afim de melhorar rumo a um self
satisfatório. Na práctica nos somos o que idealizamos ser, e esculpindo a nos mesmo para
que sejamos exactamente o que queremos, podemos cogitar o seguinte, com o
aparecimento e globalização da internet, muita gente posta o que tem de melhor ou o que
deseja ter, mas assumindo ter e gozar, isto se chama self ideal, enquanto por detrás das
camêras são a verdade self que raras vezes abrimos ao mundo, de forma mais catastrófica
catapultamos e hibernamos o nosso self em nossas mentes e dia-pós-dia se esforçamos
em ser ideal do que sermos nos, um rosto lindo, parecer feliz, a competição de quem e
melhor do que outro, entre outros exemplos que podemos cogitar na sociedade.
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IV. Conclusão
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V. Referências citadas
5. Skinner BF. Ciência e comportamento humano. São Paulo, Brasil. Martins Fontes
Editora; 2000.
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