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625 DE 06/07/1988
(*) Os textos contidos nesta base de dados têm caráter meramente informativo.
Somente os publicados no Diário Oficial estão aptos à produção de efeitos legais.
D E C R E T A;
CAPÍTULO I
DISPOSIÇOES PRELIMINARES
Art. 1º A Secretaria do Meio Ambiente - SEMA, órgão central do Sistema Estadual para a
preservação e controle do meio ambiente, observada a legislação federal e estadual que disciplina a
matéria, compete formular e executar a política de proteção ambiental, orientando e fiscalizando a
utilização dos recursos naturais.
Parágrafo único. Compete ainda, a Secretaria do Meio Ambiente, estabelecer as diretrizes para o
licenciamento de atividades poluidodoras, visando o controle preventivo de poluição dos
componentes ambientais hídricos do solo, atmosféricos e sonoros.
Art. 2º Ao Conselho Estadual de Controle Ambiental - CECA, observado o que dispõe o Decreto nº
4.146, de 05 de junho de 1987 , compete deliberar, após avaliação técnica da SEMA, sobre o
Estudo e Relatório de Impacto Ambiental, obedecido o que preceitua a norma federal ou cujo
licenciamento exigir avaliação previa de impacto ambiental.
Art. 3º Para a execução das atribuições previstas na Lei nº 90, de 02 de junho de 1980 e neste
Decreto, deverá a Secretaria do Meio Ambiente:
V- estabelecer as áreas em que a ação do Governo, relativa a qualidade ambiental, deva ser
prioritária;
VII - exercer o poder de polícia nos casos de infração de lei de proteção ao meio ambiente e
inobservância de norma ou padrão estabelecido;
convênio com órgãos federais, estaduais ou municipais, que direta ou indiretamente exerçam
atribuições deproteção, conservação e melhoria do meio ambiente, visando a uma
atuação coordenada que resguarde as respectivas áreas de competência.
CAPÍTULO II
DO LICENCIAMENTO
Art. 5º Entende-se por empreendimento cuja atividade e considerada fonte de poluição, estando,
portanto, sujeito a observância do serviço estadual de Licenciamento de Atividades Poluidoras - LAP,
além das constantes na norma federal, as seguintes:
II - os hospitais, clinicas e congêneres, desde que possuam laboratório de analises clinicas, ou leitos
para internamento ou, ainda, realizem cirurgias;
IV - os loteamentos, para quaisquer fins, acima de 100 (cem) hectares, ou, independentemente da
extensão em área, de proteção de mananciais, ou ainda, nas marginais as reservas ecológicas;
Parágrafo único. Os prazos para a concessão das licenças e demais normas, instruções, diretrizes,
bem como outros atos complementares necessários a implantação e funcionamento do LAP serão
fixadas pela Secretaria do Meio Ambiente, após ouvido o Conselho Estadual de Controle Ambiental -
CECA.
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Art. 7º A licença para operação de atividade mencionada no inciso XI do art. 5º deste Decreto,
proceder-se-á através de expedição do Certificado de índice de Fumaça (CIF).
Art. 9º Compete a Secretaria do Meio Ambiente propor ao Conselho Estadual de Controle Ambiental,
a expedição de normas gerais destinadas ao aprimoramento do sistema de fiscalização do
licenciamento previsto neste Decreto.
CAPÍTULO III
DA FISCALIZAÇAO
Art. 10. A fiscalização do cumprimento das normas de proteção e controle da qualidade ambiental
será exercida pela Secretaria do Meio Ambiente, através de agentes credenciados.
Parágrafo único. Para o credenciamento a que se refere este artigo, a Secretaria do Meio Ambiente
observará o disposto no parágrafo único do artigo 3º deste Decreto.
Art. 11. A fiscalização terá, a qualquer tempo, livre acesso aos locais ou ambientes alterados ou em
vias de ser alterado pela atividade humana, podendo, inclusive proceder a inspeção em
equipamentos em talações poluidoras.
Art. 12. Sempre que a fiscalização constatar alterações do meio ambiente nos locais por ela
inspecionados, expedira um "Laudo de Constatação".
Art. 13. Para a execução das medidas corretivas ou antipoluidoras, o técnico ou agente da
fiscalização, após constatada qualquer irregularidade, notificará o responsável pelo empreendimento,
intimando-o a executar medidas de proteção e determinando a paralisação da atividade, dentro de
prazo capaz de ser sanada a falha constatada.
Art. 14. A não execução das medidas de proteção ao meio ambiente determinadas pela Secretaria
do Meio Ambiente e no prazo estabelecido, caracterizará infração e acarretara, ao infrator, as
penalidades previstas no artigo 17 e seus parágrafos da Lei nº 90, de 02 de junho de 1980.
I - o autor material;
II - o mandante; e
Art. 16. Aos infratores dos dispositivos da Lei nº 90, de 02 de junho de 1980, deste Decreto e das
demais normas deles decorrentes, serão aplicadas as seguintes penalidades,sem prejuízo das
combinações cíveis e penais cabíveis:
III - interdição das instalações ou das atividades, salvo nos casos reservados a competência da
União.
Parágrafo único. A critério da Secretaria do Meio Ambiente poderá ser imposta multa diária, que
será devida até que o infrator adote medidas especificas que façam cessar a irregularidade.
Art. 17. Para efeito de aplicação das multas a que se refere o inciso I do artigo anterior, a Secretaria
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do Meio Ambiente fixará o seu valor, observado o disposto neste artigo e tendo em conta a natureza
da infração, o tipo de atividade, o porte e a localização do empreendimento:
I - iniciar instalação de qualquer atividade real ou potencialmente poluidora, sem possuir licença, ou
em desacordo com a mesma, quando concedida:
d) com duas ou mais agravantes - de 701 (setecentas e uma; a 1.000 (uma mil) UFERMS.
d) com duas ou mais agravantes - de 701 (setecentas e uma), a 1000 (uma mil) UFERMS.
III - Testar instalações ou equipamentos sem licença ou em desacordo com a mesma, quando
concedida:
d) com duas ou mais agravantes - de 701 (setecentas e uma) a 1.000 (uma mil) UFERMS.
d) com duas ou mais agravantes - de 701 (setecentas e uma) a 1.000 (uma mil) UFERMS
V- Impedir ou cercear a fiscalização; sonegar dados ou informações, bem como presta-la de forma
falsa ou modificada; desacatar ou desrespeitar agente da fiscalização; sonegar ou não fornecer, no
prazo estabelecido, informações para a formação ou a atualização do cadastro, ou fornece-las em
desacordo com a realidade:
d) com duas ou mais agravantes - de 701 (setecentas e uma) a 1.000 (uma mil) UFERMS.
VII - Causar poluição no ar por lançamento de resíduos gasosos ou materiais particulares ou, ainda,
substâncias tóxicas:
d) com duas ou mais agravantes - de 701 (setecentas e uma) a 1.000 (uma mil) UFERMS.
IX - Causar a poluição da água por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou substâncias tóxicas,
bem como de mananciais destinados ao abastecimento de água potável:
d) com duas ou mais agravantes - de 701 (setecentas e uma) a 1.000 (uma mil) UFERMS.
XI - não-cumprimento de Notificação:
a) multa de 01 (uma) a 500 (quinhentas) UFERMS e na reincidência aplica-se o dobro do que foi
anteriormente fixada.
d) com duas ou mais agravantes - de 701 (setecentas e uma) a 1.000 (uma mil) UFERMS.
a) reincidência especifica;
Art. 18. As multas previstas neste Decreto serão recolhidas pelo infrator, ao Tesouro do Estado,
através da rede bancaria, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento da
comunicação para seu recolhimento, sob pena de inscrição na dívida ativa.
Art. 19. Constatada a infração, será lavrado, pelo agente da fiscalização, o respectivo Auto que
passará a ser peça inicial do processo administrativo.
Art. 20. O autuado terá 15 (quinze) dias, a contar da data do recebimento do Auto de Infração, para
apresentar defesa endereçada ao Secretário de Estado do Meio Ambiente.
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Parágrafo único. O autuado tomará ciência do Auto de Infração pessoalmente, por seu
representante legal ou proposto, ou por carta registrada, com Aviso de Recebimento - AR.
Art. 21. da decisão da Secretaria do Meio Ambiente, relativa aplicação de multa caberá recurso ao
Conselho Estadual de Controle Ambiental, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do recebimento,
pelo infrator, da comunicação da referida decisão.
Parágrafo único. O recurso será dirigido ao Presidente do Conselho Estadual de Controle Ambiental,
e não será reconhecido se desacompanhado de comprovante de recolhimento da multa arbitrada.
Art. 22. Cabe ao Conselho Estadual de Controle Ambiental suspender as atividades que
prejudicarem o meio ambiente, só permitindo seu restabelecimento após a cessação de anormalidade
constatada pela Secretaria do Meio Ambiente e que deu causa a suspensão.
Art. 23. Compete ao Governador do Estado determinar providencias com vistas a interdição de
empreendimento cuja atividade seja considerada fonte de poluição.
Parágrafo único. A proposta de interdição será encaminhada pelo Conselho Estadual de Controle
Ambiental, devidamente instruída com parecer técnico emitido pela Secretaria do meio Ambiente.
Art. 24. A suspensão da interdição ocorrerá por ato do Governador do Estado, verificada a satisfação
das condições de funcionamento nos termos exigidos pela Secretaria do Meio Ambiente.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇOES FINAIS
Art. 26. O Conselho Estadual de Controle Ambiental, nos limites de sua competência, poderá baixar
as deliberações que julgar necessárias ao cumprimento deste Decreto.
Art. 27. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação; revogado o Decreto nº 599, de
26 de agosto de 1980 e demais disposições em contrário.
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