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A composição do fundo de maneio está em constante mudança, sendo por isso o fundo
de maneio líquido uma medida sumária e útil do activo e do passivo correntes. Um dos
pontos fortes da medida do fundo de maneio assenta no facto de não ser afectada pelas
variações sazonais ou temporárias dos diversos activos ou passivos correntes. Mas o seu
ponto forte é ao mesmo tempo o seu ponto fraco, pois o valor do fundo de maneio
oculta muitas informações de interesse, em que estão a ser implícitos activos e passivos
de um mesmo modo, com graus diferentes de risco e liquidez.
Descrição geral
As empresas deverão ter uma reserva de segurança de tesouraria, no qual representa o
volume mínimo de disponibilidades necessário para a empresa enfrentar, sem
dificuldades, eventuais atrasos nos recebimentos de clientes e/ou eventuais antecipações
não previstas dos pagamentos aos fornecedores. Assim, a empresa poderá necessitar de
possuir em permanência uma determinada reserva de disponibilidades para evitar
potenciais rupturas de tesouraria no decorrer da sua actividade. Naturalmente que a
reserva de tesouraria dependerá da política de gestão financeira da empresa. Caso a
empresa não possua facilidade de acesso a fundos bancários, deverá manter em
permanência uma reserva de tesouraria. Assim, a previsão das necessidades de fundo de
maneio torna-se importante pelo facto de qualquer empresa na sua actividade poderem
ocorrer lapsos de tempo entre a venda dos seus produtos e a correspondente entrada de
dinheiro. Evidentemente que, nem todas as empresas tem o mesmo tipo de necessidades
de fundo de maneio, dependendo este do ramo de actividade verificando-se
frequentemente a situação de vendas aos clientes a crédito nas empresas de comércio
grossista.
Enquanto que o fundo de maneio está relacionado com as questões de política financeira
da empresa, as necessidades de fundo de maneio estão relacionadas com as questões de
funcionamento e muito ligadas à duração do ciclo de exploração. As necessidades de
fundo de maneio da empresa são, portanto, os montantes de fundos que a empresa
necessita aplicar para poder financiar a sua actividade, tendo que fazer face ao
desfasamento temporal existentes entre as Compras e vendas e as Vendas e
recebimentos. Evidentemente, que as necessidades de fundo de maneio variam em
função da actividade. Existirão períodos em que o nível de actividade aumenta e, como
consequência, aumentam também as necessidades de fundo de maneio, devendo nestes
períodos a empresa efectuar um investimento adicional da sua actividade, a empresa
poderá prescindir de uma parte das necessidades do fundo de maneio ao dispor da
empresa, o que irá equivaler a um desinvestimento.
A gestão destes aspectos é fulcral na maioria das empresa, na medida em que está em
causa a sua solvabilidade, ou seja, a sua capacidade de fazer face aos compromissos
normais da execução à medida que eles vão surgindo. Essa gestão deve nomeadamente
garantir que a transformação dos seus stocks de existências e as suas dívidas de terceiros
se transformam em meios líquidos de tal forma que a empresa tenha sempre meios para
satisfazer as dividas entretanto contraídas à medida que estas se vão vencendo. É
importante que o grau de liquidez (ou seja, a capacidade de transformação em meios
líquidos) do activo circulante seja adequado ao grau de exigibilidade do seu passivo
circulante ou de curto prazo.
-O equilíbrio financeiro está tanto mais assegurado quanto maior for o capital próprio e
menor o alheio. E se, o capital alheio estiver a médio e longo prazo, ou seja, a estrutura
de endividamento é menor, melhor para a empresa, que diminui o seu grau de
exigibilidade;
-Verifica-se tanto mais equilíbrio quanto mais os capitais permanentes cobrirem os
imobilizados e outros activos de carácter permanente, induzindo consequentemente à
análise do fundo de maneio, da liquidez ou, noutra análise, à cobertura do imobilizado;
Uma empresa com uma estrutura financeira equilibrada, função dos diferentes
montantes das origens de fundos e aplicações de fundos e em função dos diferentes
prazos, ela pode satisfazer todas as dívidas que contraiu, em qualquer altura.
1 – O excedente do activo corrente (AC) que cobre o passivo corrente (PC): ---> FM =
AC – PC
2 – A parcela dos capitais permanentes (CP) que excede o activo não corrente (ANC),
sendo que os capitais permanentes são a soma do capital próprio e do passivo não
corrente: ---> FM = CP - ANC.
As necessidades em fundo de maneio. A tesouraria líquida
As necessidades em fundo de maneio (NFM) estão relacionadas às necessidades de
financiamento do ciclo de exploração. Essas últimas exigem vários meios financeiros
para executar os pagamentos das despesas operacionais, antes de se obter os
recebimentos dos clientes: pagamento a fornecedores de matérias-primas, mercadorias e
outros materiais, pagamento ao pessoal e pagamento de fornecimentos e serviços
externos. O ciclo de exploração está relacionado com o facto de a empresa apresentar ou
não sazonalidade. A sobreposição dos ciclos faz com que o financiamento do ciclo
tenha carácter permanente; nas actividades sazonais, ao haver uma necessidade de
financiamento num ciclo não significa que seja uma necessidade permanente. Assim
sendo, as necessidades de fundo de maneio subdividem-se em necessidades estruturais,
fruto da actividade normal da empresa, ou temporárias, fruto de factores sazonais ou
conjunturais.
O nível das necessidades depende do sector em que a empresa actua, das práticas de
gestão do negócio, da tecnologia utilizada, do volume de negócios e da gestão global ao
nível do ciclo de exploração:
Por tudo isto, as NFM são um meio de avaliação financeira dos esforços da gestão
operacional, sendo que, em termos de cálculo, se definem pelo saldo das contas relativas
ao ciclo de exploração tais como compra, produção e distribuição. Resultam da
diferença entre as Necessidades Cíclicas e os Recursos Cíclicos.
Pode dizer-se que a tesouraria líquida da empresa não é afectada por decisões
financeiras a curto prazo e permite evidenciar a complexidade das relações na tomada
de decisão que conduz ao equilíbrio ou desequilíbrio financeiro.
Pode afirmar-se que a tesouraria líquida fornece informações sobre a situação liquidez e
permite mostrar que o equilíbrio financeiro é o resultado da política estratégica, fundo
de maneio funcional, e a política de gestão operacional, necessidades de fundo de
maneio. É ainda de vital importância, a análise da tesouraria liquida, pois permite medir
o risco que a empresa está a assumir e face a este risco, gerir as políticas da mesma.
O fundo de maneio é utilizado pelos credores para analisar o risco financeiro numa
perspectiva de curto prazo, ao longo do tempo deixou de ter importância como
indicador de gestão, não quer dizer que se pode ignorar o nível e a natureza da
actividade da empresa, rendibilidade e a tesouraria de exploração, factores importantes
para o equilíbrio financeiro a curto prazo. A evolução a curto prazo do auto
financiamento e o nível estrutura das aplicações de fundos são muito importantes para a
validade da apreciação estática do fundo de maneio, grandes variações destes
provocarão problemas de liquidez não detectáveis através da analise do fundo de
maneio existente em certo e determinado tempo.
Estratégias de Financiamento
Se, por um lado, o princípio do equilíbrio financeiro conduz a que se aconselhe que o
activo económico permanentes seja financiado pelos capitais permanentes e o activo
económico temporário por endividamento líquido a curto prazo, por outro lado, a
tomada em consideração de outros factores, como os objectivos globais da empresa, a
aversão do decisor ao risco ou a situação e previsão de evolução do meio ambiente
económico - financeiro, poderá aconselhar outro princípio de financiamento. Estratégia
Ortodoxa: É utilizado, neste tipo de estratégia, o princípio tradicional de que o activo
económico de carácter permanente deve ser financiado pelos capitais permanentes
(CP=AEP), enquanto os activos temporários devem ser financiados com capitais de
curto prazo. Com essa estratégia, a tesouraria líquida será nula na baixa do ciclo de
exploração e negativa em qualquer outra altura (TRL≤0). Conclui-se que (TRL≥0) é um
indicador de equilíbrio financeiro, mas TRL<0 não é imediatamente sinónimo de
desequilíbrio financeiro. Estratégia Defensiva: É fundamental, em qualquer estratégia
financeira, uma adequação entre os momentos de exigibilidade dos passivos e de
liquidez dos activos. Dessa forma, face à situação ambiental da empresa, aos objectivos
de segurança que esta persegue, ou ainda ao carácter de personalidade dos seus gestores,
pode procurar-se uma minimização daquele risco, financiando parte das necessidades
temporárias com capitais permanentes. Com essa estratégia, os capitais permanentes são
superiores ao activo económico permanente (CP>AEP), resultando, por isso, períodos
de excesso de tesouraria (TRL>0) e período de défice da mesma(TRL<0). Nesse caso,
tem-se Tesouraria líquida positiva durante todo ciclo de exploração e nula na parte alta
do mesmo (TRL≥0).Portanto essa estratégia financeira conduz a que haja períodos de
excessos de tesouraria e períodos de défice de modo a rendibilidade dos capitais.
Estratégia Agressiva: O endividamento a longo prazo é, normalmente, mais oneroso do
que o de curto prazo. Há por isso, toda a conveniência, do ponto de vista da
rendibilidade, em dar, na estrutura financeira, preferência aos empréstimos de curto
prazo. Essa estratégia conduz a que parte dos activos económicos permanentes sejam
financiados por endividamento liquido a curto prazo, garantindo - se no mínimo o
financiamento do activo fixo com capital permanente, isto é, um fundo de maneio meio
positivo. Nessa estratégia, a tesouraria líquida será continuamente negativa (TRL<0),
mas os capitais permanentes são suficientes para financiar o activo fixo (CP>AF).Está é
uma posição não conservadora e altamente agressiva. Estratégia Arriscada: A empresa
entra numa zona de risco elevado quando os capitais permanentes são insuficientes para
financiar o activo fixo (CP<AF) e, em simultâneo, apresenta tesouraria líquida negativa
(TRL<0). Neste caso, a sua capacidade negocial é reduzida e a diversificação de fontes
de financiamento praticamente impossível, sendo, pelo contrário, natural uma
concentração das mesma face à recusa dos credores em renovar os débitos.
Solução
Quando uma empresa apresenta um Fundo de Maneio excessivo, superior àquele que
lhe é exigido pelas suas condições normais de funcionalidade, está em presença de um
excesso de segurança, o que será o mesmo que dizer que a empresa gera liquidez a um
ritmo superior ao da regularidade das suas exigibilidades, está na presença de capitais
que não estão a ser aproveitados quer porque se incorreu em financiamentos
desnecessários e, consequentemente, se está a suportar, erradamente, o custo desse
financiamento. Como qualquer investimento implica um financiamento, sempre que a
empresa tenha um excesso de meios líquidos está em presença de um mau investimento
porque é traduzido numa diminuição da taxa de rentabilidade.
Solução
Capital de giro
O Capital de giro (CDG) é o recurso utilizado para sustentar as operações do dia-a-dia
da empresa, ou seja, é o capital disponível para condução normal dos negócios da
empresa. Ele necessita de recursos para seu financiamento, ou seja, quanto maior for seu
valor, maior a necessidade de financiamento, seja com recursos próprios, seja com
recursos de terceiros.
Um ponto importante da administração eficiente do capital de giro é seu impacto no
fluxo de caixa da empresa. O volume de capital de giro utilizado por uma empresa
depende de seu volume de venda, política de crédito e do nível de estoque mantido.
Redução de vendas
Crescimento da inadimplência
Aumento das despesas financeiras
Aumento de custos
Desperdícios de natureza operacional
CGL positivo: Neste caso, identificamos que a empresa esta com Superávit de capital
de giro.
CGL negativo: Neste caso, identificamos que a empresa esta com deficiência em seu
capital de giro, significando que parte de seu ativo não circulante (permanente) esta
sendo financiada com seus passivos a curto prazo, denotando um quadro de risco.
Quanto maior for o CGL da empresa, menor será seu risco de insolvência, porém, um
CGL muito alto significa que expressivos fundos de longo prazo estão financiando parte
dos ativos circulantes, como os custos destes recursos são sempre mais elevados, isto
pode se tornar um problema financeiro para a instituição.
O NCG esta diretamente ligado ao ciclo de caixa da empresa. Quando o ciclo de caixa é
longo, a necessidade de capital de giro é maior e vice-versa. Assim, a redução do ciclo
de caixa - em resumo, significa receber mais cedo e pagar mais tarde - deve ser uma
meta da administração financeira. Entretanto, a redução do ciclo de caixa requer a
adoção de medidas de natureza operacional, envolvendo o encurtamento dos prazos de
estocagem, produção, operação e vendas.
Exemplo
Um mercado consumidor absorve, mensalmente, o valor de R$ 100 mil em um
determinado produto. Uma empresa “XYZ Ltda” compra este produto mensalmente ao
preço de custo de R$ 50 mil e as revende por R$ 100 mil. Com o lucro de R$ 50 mil a
empresa readquire novas peças pelo mesmo preço de custo e as revende pelo mesmo
preço de revenda. Caso este seja um mundo ideal sem variações, o capital de giro desta
empresa será de R$ 50 mil.
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Bibliografia
«Capital de Giro». Open Publishing. 14 de janeiro 2011
«NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO E OS PRAZOS DE ROTAÇÃO» (PDF).
Open Publishing. 14 de janeiro 2011
«Vídeo aula sobre Capital de Giro»
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Capital_de_giro