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ENCARTE DE FORMAÇÃO- PARTE DO JORNAL 77 DO ESPAÇO SOCIALISTA

Se em “situações normais” a formação política e teórica obrigação os revolucionários darem uma batalha para que o
já é fundamental, em momentos como o atual ela se torna conjunto da classe se apropriem das nossas ideias e as
imprescindível. Nos apropriar de instrumentos teóricos transformem “em força material”.
adequados para compreender essa realidade vai facilitar a Neste sentido, a partir dessa edição, e com a
tarefa de poder pensar em formas que a modifique em favor contribuição do companheiro Sérgio Lessa, professor da
da classe trabalhadora. UFAL, vamos publicar alguns artigos que visam introduzir
Para nós, mesmo diante de tantas adversidades, essa os leitores (para quem ainda não os tem) aos conceitos
questão tem sido uma preocupação constante. Para além da teóricos de marxistas e do próprio Marx, esperando que
atuação nas mobilizações, nas greves e nas atividades com essa pequena contribuição possamos ajudar nesta
cotidianas do movimeno também colocamos essa tarefa grandiosa tarefa que está colocada para toda a esquerda
como algo importante. revolucionária.
Mas, não pensamos a formação só como tarefa interna, Ressaltamos ainda, que esses artigos têm o objetivo de
pelo contrário, além dela se combinar com a atuação prática, “provocar” e incentivar que companheiras e companheiros
pensamos que podemos contribuir com a formação dos sigam no estudo e se aprofundem nos temas, pois como
ativistas do movimento, aliás, consideramos como uma dissemos, são apenas provocações.

UMA INTRODUÇÃO AO CONCEITO DE CLASSES SOCIAIS


Quando Lenin, em “Um grande (ferramentas, máquinas etc.) e de arte etc. Essas diferenças, contudo,
começo: o heroísmo dos subsistência (alimentos, moradia etc.). não anulam o fato de que o trabalho
trabalhadores na retaguarda” (1) , O trabalho pode ter muitas formas e de coleta impunha os limites e as
afirmou que as classes sociais “se envolver diversos empregos. Por possibilidades de desenvolvimento a
diferenciam pelo lugar que ocupam outro lado, muitos empregos não são estas sociedades: todas se
na estrutura produtiva da sociedade”, trabalho. Veremos como o modo de organizavam em pequenos bandos ou
não dizia qualquer novidade nem foi trabalhar determina como serão as tribos, não tinham classes sociais,
necessário que explicasse, aos leitores, classes sociais. nenhuma delas conheceu o Estado,
o que queria dizer. Nos primeiros nem a família monogâmica (o
anos do século 20, a concepção
O PRIMEIRO TRABALHO: A COLETA patriarcalismo) ou a política.
As sociedades primitivas
predominante entre os
conheceram a primeira forma de
revolucionários era ainda basicamente
ESCRAVOS E SENHORES DE
trabalho: a coleta. Era ainda tão ESCRAVOS
a de Marx e Engels, quando o assunto
primitiva, produzia tão pouco, que As sociedades primitivas foram
eram as classes sociais e suas lutas.
todos tinham que coletar o que substituídas pelas sociedades
O que deter mina as classes
encontravam na natureza. Ou seja, escravistas. As sociedades escravistas
sociais é o modo como a sociedade
esta primeira forma de trabalho possuem uma característica especial:
produz. Determina, até mesmo, se as
obrigava a que todos ocupassem o os seus membros se distinguem pelo
classes sociais irão ou não existir.
mesmo lugar na estrutura produtiva: lugar que ocupam na estr utura
Como tudo na sociedade (por vezes
todos coletavam, todos trabalhavam. produtiva. Agora, a maior parte da
imediatamente, outras vezes,
Não havia, portanto, a diferenciação sociedade trabalha e, a riqueza
indiretamente), também as classes
dos membros da sociedade pelo lugar produzida, se concentra nas mãos de
sociais têm sua origem em como o
que ocupavam na estrutura produtiva. uma minoria de privilegiados, a classe
trabalho se organiza .
Não havia, por isso, classes sociais. dominante. Para se apropriar da
O trabalho é, para Marx, Engels
Isso não quer dizer que não riqueza produzida pelos escravos, é
e Lenin, diferente de emprego.
houvesse, já, alguma divisão de tarefas indispensável a violência cotidiana .
Trabalho é a atividade que transforma
e que as diferenças biológicas entre Apenas – e tão somente – pela
a natureza nos meios de produção
homens e mulheres, velhos e violência, uma sociedade pode
TRABALHO É A ATIVIDADE QUE crianças, não jogassem algum colocar a riqueza produzida pela
papel na organização das tarefas maioria nas mãos de uma minoria
TRANSFORMA A NATUREZA NOS cotidianas. Todavia, essas
parasita. Para organizar a aplicação
MEIOS DE PRODUÇÃO diferenças não impunham o dessa violência, a classe dominante
(FERRAMENTAS, MÁQUINAS ETC.) poder de um indivíduo sobre o criou o Estado. Este é formado pelo
E DE SUBSISTÊNCIA (ALIMENTOS,
outro. Havia, também, grandes conjunto de burocratas, forças
diferenças entre as tribos e re pressivas (polícia, exército,
MORADIA ETC.). bandos: as línguas, as religiões, a torturadores, carcereiros, espiões etc.)
e funcionários da justiça (legisladores, desaparecida uma, outra tome o seu proprietário de suas ferramentas,
juristas, advogados etc.). lugar. trabalha sempre o mesmo pedaço de
Os funcionários do Estado Babilônia cedeu lugar ao Egito, terra e uma parte de sua produção
auxiliam a classe dominante a este foi deslocado pela Fenícia e, (cerca de 1/5) lhe pertence. Aumentar
expropriar a riqueza produzida pelos principalmente, pela Pérsia. O a sua capacidade produtiva, quer pela
trabalhadores. Na enorme maioria império persa foi contido pelos melhoria das ferramentas, das
dos casos, são assalariados. Tal como gregos; a decadência destes abriu sementes e das técnicas de plantio,
a classe dominante, também os seus espaço para Alexandre da quer pela melhor organização do
auxiliares assalariados vivem da Macedônica, Cartago e, depois, para trabalho, é interesse direto dos servos.
riqueza produzida pelos escravos. Roma. De império a império, as Quanto mais produzissem, maior
Essa será uma das características sociedades escravistas cumpriram o seria o seu 1/5. Ao contrário do
presentes em todas as sociedades de determinado pela sua essência. O escravo que sabotava a produção, o
classe: os assalariados são, em larga trabalho escravo as fez imperialistas, servo tem interesse no aumento da
medida, aliados da classe dominante, expansionistas e, dai, sua trajetória produção. A consequência foi um
a auxiliam a explorar aqueles que comum de expansão seguida por uma desenvolvimento das forças
produzem a riqueza e, em troca, decadência irreversível. produtivas que, nunca, a humanidade
recebem algumas migalhas sob a Ainda que muito diferentes havia antes experimentado. Em
forma de salários. entre si, as sociedades escravistas, sem pouco mais de 3 séculos, o feudalismo
O trabalho escravo determinou exceção, foram compostas de quatro estava dando os seus melhores
o essencial de todas as sociedades classes, essencialmente: camponeses resultados, os feudos se tornaram
escravistas (2) . Como o escravo, livres, escravos, assalariados auxiliares economicamente eficientes, a
independente do quanto produz, fica da classe dominante e senhores de população crescia e o comércio
com o mínimo necessário à sua escravos. As duas primeiras classes começava a dar seus primeiros passos.
sobrevivência, a forma mais comum produziam toda riqueza, as duas Vimos como as sociedades
do escravo se revoltar contra sua últimas parasitavam essa riqueza. escravistas entraram em uma crise
exploração é pela sabotagem. Ele faz Todas as sociedades escravistas eram mortal quando atingiram um dado
de tudo para que a produção seja a imperialistas e viveram ciclos de nível de desenvolvimento. Também
menor possível. Por isso, não há desenvolvimento e decadência. Essas o feudalismo conheceu algo parecido.
possibilidade de melhorar a características essenciais de todas as Ao atingir seu apogeu, o crescimento
produtividade dos escravos: eles sociedades escravistas decorrem da da população fez com que houvesse
sempre irão sabotar o quanto forma como é nelas organizado o trabalhadores demais nos feudos.
conseguirem. trabalho: o trabalho escravo. Não havia terra nem trabalho para
Dessa impossibilidade em todos. Ao mesmo tempo, o aumento
SERVOS E SENHORES FEUDAIS
aumentar a produtividade do escravo da produção fez com que, aquilo que
De modo semelhante a como o
decorrem duas consequências cada feudo produzia, o fizesse em
trabalho de coleta determinou o
importantíssimas. uma quantidade muito acima de suas
essencial das sociedades primitivas e,
A primeira: o senhor só pode se necessidades. Ou seja, nem todos os
o trabalho escravo, fez o mesmo para
enriquecer se for capaz de explorar feudos produziam trigo, mas os que
as sociedades escravistas, o trabalho
uma quantidade cada vez maior de o faziam produziam mais do que suas
do servo medieval determinou o
escravos. Essa necessidade traz a necessidades; nem todos produziam
essencial das sociedades da Idade
segunda consequência: é preciso a sal de cozinha, mas aqueles que o
Média.
conquista de cada vez mais territórios faziam tinham uma produção maior
Diferente do escravo, o servo é
e cada vez mais povos. Em uma do que seu consumo, e assim por
palavra, as sociedades escravistas são diante. Trabalhadores demais e
impérios expansionistas. Por isso, todas produção em excesso: o feudalismo
as sociedades escravistas necessitam de conheceu a sua grande crise.
exércitos cada vez maiores e o custo Os senhores feudais (o maior
da manutenção desse poderio deles era a Igreja Católica), então,
crescente torna-se, a partir de um expulsaram aqueles trabalhadores de
determinado estágio, muito maior do que não mais necessitavam. Sem
que toda a riqueza produzida pelos terem do que viver, acaram por
escravos. Essa é a causa da crise que descobrir algo, para eles,
marca a decadência de todas as surpreendente – quase mágico. 1 saco
sociedades escravistas - até que, de trigo, em um feudo com muito
trigo, valia, por exemplo, 2 sacos de bombas atômicas, etc.) –
cevada em outro feudo com muita produzem, de fato,
cevada, mas sem trigo. No feudo com apenas mercadorias. A
muito trigo, mas sem cevada, os dois sociedade foi
sacos de cevada (comprados com 1 transformada em uma
saco de trigo) valiam – “enor me coleção de
milagrosamente - 2 ou 3 sacos de mercadorias”.
trigo!! Ou seja, sem plantarem nada, Em outras palavras,
sem produzirem nada, apenas a passagem do
levando os produtos de um lugar para feudalismo ao
o outro, sua riqueza aumentava a cada capitalismo é a passagem
troca. Hoje sabemos que isso é apenas a um novo modo de
a ação da lei da oferta e da procura. trabalho: o trabalho proletário. Tal sociedade, ainda que a burguesia se
Naquela época, essa lei do mercado como o escravo e o servo, o proletário aproprie dessa riqueza e, com uma
já estava em ação, porém era será o responsável pela produção de parte, pague o salário da pequena
desconhecida. Com frequências as toda a riqueza da sociedade; tal como burguesia, o fato de os proletários
coisas são assim na história: fazemos o escravo e o servo, o proletário também serem assalariados gerou
coisas que apenas depois somos realiza o trabalho manual sem o qual uma grande confusão. Pois, como no
capazes de compreender não há transformação da natureza em dia a dia, a luta que se trava é quase
inteiramente. meios de produção e de subsistência sempre pelo aumento do salário,
Foi assim que surgiram a (o essencial à reprodução de qualquer parece que a luta do proletário e da
burguesia e o capital da crise do sociedade). Tal como o escravismo e pequena-burguesia é exatamente a
feudalismo. o feudalismo, também no capitalismo mesma.
a classe dominante é aquela que se Apenas na aparência é a mesma.
BURGUESES, PEQUENO
apropria da riqueza produzida pela De fato, trata-se de lutas muito
BURGUESES E PROLETÁRIOS
classe que trabalha. (Lembre do que distintas. A pequena-burguesia luta
O crescimento do capital vimos no início: trabalho é diferente para que uma maior parte da riqueza
revolucionou toda a humanidade. de emprego.) expropriada do proletariado pela
Entre os séculos 15 e 19, levou à Ainda mais: tal como nas burguesia seja transferida a ela através
formação do mercado mundial, à sociedades de classe do passado, de um aumento dos seus salários. A
transformação das manufaturas em também a burguesia necessita de pequena-burguesia luta, portanto,
indústrias e à substituição da sociedade auxiliares para manter a expropriação pela manutenção da expropriação dos
feudal pela sociedade burguesa. do proletariado. Como no passado, proletários, pela manutenção do
Para o desenvolvimento das esses auxiliares são assalariados. No capitalismo. São essas lutas que Lenin,
classes sociais, a consequência mais escravismo e no feudalismo, esses em O que fazer?, chamava de
decisiva foi o surgimento de uma assalariados eram relativamente economicistas e espontâneas, de
nova forma de trabalho, o trabalho poucos se comparados a hoje; reformistas.
proletário. Assim como o servo exerciam “profissões” distintas Ao contrário, os proletários
produzia mais lucros para a sua classe (feitores de escravos etc.) das que hoje apenas podem se livrar de sua
dominante do que os escravos, o os assalariados exercem. Isso, condição se deixarem de ser
trabalho proletário será uma fonte de contudo, em nada altera o fato de que explorados pela burguesia, ou seja, se
riqueza muito maior para a burguesia. a riqueza que paga seus salários é deixarem de ser os fornecedores da
Os trabalhadores foram convertidos aquela que a burguesia expropriou riqueza que sustenta a burguesia e os
de ser vos em trabalhadores dos proletários. Esses assalariados, seus auxiliares assalariados. O que
proletários que – independente do com distintas profissões e níveis implica na superação do capitalismo.
que produzem (sapatos, tijolos, salariais, Marx, Engels e Lenin Esta é a luta revolucionária, não
denominavam de pequena-burguesia. reformista: isso é o que distingue,
No 18 Brumário de Luis Bonaparte, essencialmente, a luta revolucionária
Marx chama esse conjunto de do proletariado da luta reformista,
assalariados de “classes de por melhores salários da pequena-
transição” (transição entre a burguesia.
burguesia e o proletariado, claro). O fato de os proletários serem
Ainda que o proletário assalariados não os converte em
produza toda a riqueza da pequenos burgueses: são uma classe
social distinta dos demais assalariados essa revolução,
porque ocupam um lugar diferente na superadas. Sem classes O FIM DA SUA EXPLORAÇÃO É O FIM DO
estrutura produtiva. O fato de os sociais, não mais CAPITALISMO . P OR ISSO , ENTRE O
pequeno-burgueses serem haveria o Estado, nem PROLETARIADO E A BURGUESIA HÁ UMA
assalariados não os converte em a família monogâmica
CONTRADIÇÃO QUE NÃO PODE SER RESOLVIDA
proletários: eles não produzem a (o patriarcalismo),
riqueza que sustenta toda a sociedade. nem a propriedade POR QUALQUER AUMENTO DE SALÁRIOS, QUE
Por isso, todas as teorias privada. Esta é a SÓ PODE SER RESOLVIDA PELA REVOLUÇÃO
contemporâneas que afirmam que definição da PROLETÁRIA. ISTO É, UMA REVOLUÇÃO QUE
existem apenas duas classes sociais, sociedade comunista.
TERMINE COM A EXPLORAÇÃO DO
uma que paga salários e outra que Em terceiro
recebe, não passam de um grande lugar, tal como o fim PROLETARIADO PELA BURGUESIA.
engodo. No fundo, quer seus autores dos escravos e dos servos foi também classe do presente?
assim o queiram ou não, servem à o desaparecimento das suas classes 3) se os escravos e os servos não
burguesia ao afir marem que a dominantes, o proletariado apenas será eram classe revolucionária, porque o
revolução não seria mais proletária – extinto da história com o fim da proletariado é a classe revolucionária
pois, alegam, o proletariado teria sido burguesia. Não faz qualquer sentido dos nossos dias? Por que não foram
substituído pelos assalariados em geral. (como fazem hoje importantes os servos, mas os burgueses, que
TRÊS CONSEQUÊNCIAS intelectuais e correntes políticas) falar compuseram a classe revolucionária
Do trabalho proletário do fim do proletariado sem falar, na transição do feudalismo ao
decorrem algumas importantes também, do fim da burguesia. Essas capitalismo?
consequências para as lutas de classe duas classes apenas existem na
(1) Lenin, Collected Works, Moscou,
dos nossos dias. contraposição de uma com a outra.
1965, vol. 29, pg. 421.
Em primeiro lugar, a luta mais As classes sociais, portanto, são (2) Não confundir com as sociedades
radical dos pequeno-burgueses não gr upos de indivíduos que se escravistas as sociedades capitalistas que
pode ir além da luta pela elevação dos diferenciam pelo lugar que ocupam na empregaram o trabalho escravo nas suas
seus salários. A razão, nós já vimos: a estr utura produtiva. A estrutura colônias, como aconteceu no Brasil, na
pequena burguesia, tal como a produtiva é determinada pelo trabalho. América Latina e em várias outras partes
burguesia, vive da riqueza produzida A coleta, a primeira forma de trabalho, do mundo, a partir de 1400 ou 1500.
pelo proletariado. Por isso, a está na base das sociedades primitivas,
sem classes. O trabalho do escravo é a DICAS PARA ESTUDO:
contradição entre a pequena
Dos textos de Marx e Engels, para
burguesia e a burguesia pode ser base para a sociedade escravista, com
nosso tema, os mais importantes são
administrada por um acordo ao redor os senhores de escravos e os escravos. A ideologia alemã (a primeira parte), o
do aumento dos salários. Na base da sociedade feudal temos o Manifesto Comunista, Salário Preço e
Em segundo lugar, que entre a trabalho do servo que dá origem aos Lucro e O 18 Brumário de Luis Bonaparte.
burguesia e a pequena burguesia, de senhores feudais e os servos. E o (Em geral, as traduções de Marx e
um lado e, de outro, o proletariado, há trabalho proletário é a base da Engels da Expressão Popular são
uma contradição muito diferente: os sociedade dos nossos dias, composta superiores às da Boitempo.) Do
proletários apenas podem deixar sua essencialmente por burgueses, debate contemporâneo, na defesa de
condição de explorados com o fim do pequeno-burgueses e proletários. que todos os assalariados fariam parte
capitalismo. O fim da sua exploração Várias questões sobre as classes de uma mesma classe e o proletariado
sociais que ficarão para os próximos teria desaparecido enquanto tal, os
é o fim do capitalismo. Por isso, entre
dois textos mais importantes são o de
o proletariado e a burguesia há uma artigos. 1) se a sociedade primitiva era
Braverman Trabalho e Capitalismo
contradição que não pode ser resolvida igualitária e muito mais justa que as Monopolista e o de Ricardo Antunes,
por qualquer aumento de salários, que sociedades de classe, por que as Os sentidos do trabalho. Na posição
só pode ser resolvida pela revolução classes sociais hoje predominam em oposta, defendendo que o
proletária. Isto é, uma revolução que todo o planeta e, as sociedades proletariado e os assalariados
termine com a exploração do igualitárias, desapareceram? compõem distintas classes sociais e o
proletariado pela burguesia. Uma 2) como, na sociedade burguesa, proletariado continua sendo a classe
revolução que coloque todos a os trabalhadores assalariados se revolucionária, temos de Ivo Tonet e
trabalhar e, desde modo, que os seres diferenciam entre si e, por outro lado, de Sergio Lessa, Proletariado e Sujeito
humanos não mais se diferenciem pelo quais as diferenças no interior do Revolucionário (publicado pelo Instituto
proletariado? Qual a importância Lukács) e, do último, Trabalho e
lugar que ocupam na estr utura
proletariado no capitalismo contemporâneo.
produtiva: as classes sociais seriam, por dessas diferenças para as lutas de
(Ed. Cortez)

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