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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

CONCEITO DE FÉ

Discente: Ana Maria Elisa, Código: 708208493

Nampula, Maio

2021
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

CONCEITO DE FÉ

Discente: Ana Maria Elisa, Código: 708208493

CURSO: Licenciatura em Ensino de


Administração Pública

CADEIRA: Fundamentos a Teologia Católica

ANO DE FREQUÊNCIA: 2º ano

Nampula, Maio

2021

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FOLHA DE FEEDBACK

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota /
Máxima tutor Subtotal

 Capa 0.5

 Índice 0.5
Estrutura Aspectos
 Introdução 0.5
organizacionais
 Discussão 0.5

 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

Contextualização (indicação
clara do problema)
1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0

Metodologia adequada ao 2.0


objecto do trabalho

Articulação e domínio do
Conteúdo
discurso académico (expressão
Análise 2.0
escrita cuidada, coerência/coesão
discussão
textual).

Revisão bibliográfica nacional e


internacional revelantes na área
2.0
de estudo.

Exploração dos dados 2.0

Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0

Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0


gerais letra, paragrafo, espaçamento
entre linhas

Normas APA
6a ed. e citações
Rigor e coerência das citações/ 4.0
e bibliografia
referências bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchido pelo tutor
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Índice
FÉ......................................................................................................................................7

A Fé Segundo a Sagrada Escritura....................................................................................7

Novo Testamento...............................................................................................................8

A Fé, Segundo os Padres da Igreja....................................................................................8

Santo Agostinho................................................................................................................9

A FÉ SEGUNDO O MAGISTÉRIO DA IGREJA...........................................................9

Catecismo da Igreja Católica.............................................................................................9

Fé Cristã...........................................................................................................................10

Conclusão........................................................................................................................11

Referências Bibliográficas...............................................................................................12

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Introdução

O presente trabalho da cadeira de Fundamentos de Teologia Católica, visa conceituar a


Fé, no entanto, importa referir que para entendemos o conceito de fé, será
necessariamente a busca da etimologia da palavra e em seguida alguns conceitos
relacionados. Portando ao falarmos de revelação, como veremos mais adiante, é
basicamente a resposta que devemos dar à revelação de Deus. Por ser um conceito tão
importante e básico para a teologia, até mesmo para se entender a revelação, conceito
primeiro da ciência teológica, trataremos sobre isso nesse trabalho. Analisando o que se
entendeu por fé durante as principais épocas do cristianismo, buscaremos aqui
compreender o que a Igreja entende por fé. Assim, responderemos a perguntas tais
como: o que é fé? Como esse conceito é tratado nas diferentes épocas da história cristã?
Qual relação entre fé e revelação?

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 Conceito de Fé

Segundo ARBOITH, (2008, p: 16), “etimologicamente, a palavra fé tem origem no


Grego "pistia" que indica a noção de acreditar e no Latim "fides", que remete para uma
atitude de fidelidade”.

O termo “fé” é utilizado para designar o acto de ser firme e fiel a algo. Trata-se
ainda do acto de aceitar algo como firme ou verdadeiro. Fé é uma palavra que
significa "confiança", "crença", "credibilidade". A fé é um sentimento de total
de crença em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência
que comprove a veracidade da proposição em causa. ARBOITH, (2008, p:
12).
Entende-se por fé a convicção, confiança e abandono, que uma pessoa alimenta na sua
relação com Deus. A Fé é sempre uma resposta positiva à iniciativa reveladora de Deus.
Diante dos sinais reveladores da sua presença do ser humano, este é convidado a
responder por uma relação de confiança e fé neste deus que se dá a conhecer. A fé
consiste no estudar a palavra da pregação e para conduzir á obediência; vice-versa, a
obediência é escuta.

A Fé Segundo a Sagrada Escritura


 Antigo Testamento

No Antigo Testamento, o termo “fé” é utilizado basicamente para expressar um


relacionamento interpessoal com Deus. “Crer, de facto, significa, no Antigo
Testamento, entregar-se a Deus (Gn 15,6; Ex 14,31 ; Nm 14,11 ), entregar-se à palavra
salvífica de um Deus que conduz a história e que fez aliança primeiro com os pais e
depois com ‘seu povo’, Israel” (LATOURELLE, 1994, p. 319).
Desde Abraão, a palavra de Deus já trata de crença e de fé. Em Gn 22,1 a fé de Abraão
é testada e esse, além de mostrar uma obediência, expressa também uma confiança
firme em Deus (Gn 22,8-14). Aqui fé, obediência e confiança caminham juntas. O
termo “fé” é utilizado para designar o acto de ser firme e fiel a algo. Trata-se ainda do
acto de aceitar algo como firme ou verdadeiro.

Isaías afirma que aquele que crê, não deve se inquietar (Is 28,16). A finalidade da fé
pedida por Isaías mostra que fé é uma total sujeição a IAHWEH, uma renúncia aos
recursos seculares e materiais, uma procura de segurança somente na vontade salvadora
de Deus” (MACKENZIE, 1 983, p. 34).

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Fé e confiança unem-se necessariamente. Não é tão intelectual o conceito de fé no
Antigo Testamento, como temos hoje, mas entra num âmbito da vontade e do
sentimento do homem, esse que pela sua fé confia nas promessas de Deus, que é fiel em
Sua Aliança.

Novo Testamento
Devido a seu caráter interpessoal, esta fé é naturalmente semelhante à do
Antigo Testamento. É respectivamente confiança e entrega a Deus, presente na
palavra e na acção de Jesus. Obediência que torna o crente semelhante ao
crucificado ressuscitado e que dá o Espírito dos filhos de Deus, adesão ao
testemunho do Pai e do Filho, LATOURELLE, (1994, p. 319).
No Novo Testamento a fé é tratada de várias maneiras. Nos evangelhos sinóticos
encontramos como tema central a pessoa histórica de Jesus. Aqui o Senhor anuncia a
chegada do Reino de Deus, e pede, em resposta, a fé daqueles que o ouvem (cf. Mc
1,15), aceitando, assim, o plano de Deus e, a partir disso, serem herdeiros e partícipes
desse Reino eterno.

Pois mostram que o encontro pessoal e directo com ele é fonte de


conhecimento da própria existência pessoal. Para conhecer Deus e nele crer,
deve-se conhecer primeiro aquele que foi enviado por ele, e nele crer. É preciso
a ele entregar-se e abandonar-se como as crianças, que conhecem muito mais
por via intuitiva do que por especulações do intelecto (Mt 18,1 -6)
(FISICHELLA, 2000, p: 94).
Apresenta-se o encontro pessoal com Cristo como algo importantíssimo, onde a própria
pessoa se conhece e chega a definir sua existência. Ao encontrar-se, ela aproxima-se de
Cristo, o qual revela, posteriormente, o Pai. Em relação a esse acontecimento, espera-se
uma resposta e um abandono confiante, da mesma forma que uma criança faz com
quem ama.

Essa fé que Jesus pede a seus seguidores é algo radical e libertador, capaz de curar o
coração, o corpo e a alma dos fiéis. Jesus era aquele que anunciava a necessidade de
crer nesse Reino que Ele próprio veio instaurar, um Reino de amor e de paz, capaz de
transformar a vida daquele que a ele aderir (cf. Mc 9,23).

A Fé, Segundo os Padres da Igreja


2.1 Patrística

Segundo ARBOITH, (2008, p: 10), “Os padres e autores cristãos dos primeiros séculos,
da era a que chamamos “patrística”, ocupavam-se principalmente com questões acerca

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da natureza da fé, ou seja, unindo a doutrina bíblica com a reflexão sobre o que é ser
cristão, conversão e as consequências da fé. A fé era relacionada com a caridade, o
testemunho, a pertença à Igreja, o conhecimento, entre outros. Isso tudo chamamos de
“Teologia da fé”.

Santo Agostinho
Santo Agostinho, em sua doutrina, apresenta-nos a fé como algo fundamental, visto que,
em primeiro lugar, fala dela a partir de sua própria experiência, de uma forma viva e
profunda. Também porque trata da relação entre a fé e o conhecimento do homem. E
ainda porque fala do caráter gratuito da fé. Nesse sentido, comentam Feiner e Loehrer:

Fé é o mesmo que pensar com assentimento. Na fé o homem encontra-se com Deus.


Assim desaparece a inquietação de seu coração e, da mesma forma, a inquietação
existente no homem de conhecer. A fé permite uma maior intelecção da realidade, pois
legitima a inteligência, mostrando que é racional confiar no testemunho de outro sujeito.

A FÉ SEGUNDO O MAGISTÉRIO DA IGREJA


 Concílio Vaticano II

O Concílio Vaticano II (1 962-1 965) trata de fé em muitos pontos de sua doutrina,


porém não trata do conceito de fé em si, mas a relação dele com outras realidades. Por
exemplo: fé e cultura (GS 57-59); eficácia frente ao ateísmo (GS 21); papel da fé na
evangelização (LG 23; AG 36).

A obediência da fé é expressa na constituição como um ato de entrega total do


homem a Deus. Com sua totalidade o homem adere às verdades reveladas e conduz sua
vivência para o que se exige no plano salvífico de Deus. O homem entrega-se por
completo ao plano do Senhor.

Catecismo da Igreja Católica


Conforme o Catecismo da Igreja, citado por ARBOITH, (2008, p: 12), afirma:

 Pela fé, o homem submete completamente sua inteligência e sua vontade a Deus.
Com todo o seu ser, o homem dá seu assentimento a Deus revelador. A Sagrada
Escritura denomina “obediência da fé” esta resposta do homem ao Deus que
revela (CIC 143).

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O Catecismo segue a mesma doutrina do Vaticano II. Fé é a resposta à revelação
de Deus e só se presta a Ele e à Sua palavra. O homem, ao crer no que foi revelado por
Deus, entrega-se totalmente à essa palavra divina, ou seja, toda sua vontade e
inteligência é entregue nas mãos de Deus que se revela. Fé é a adesão completa do ser à
revelação. É um ato pessoal do homem, mas também eclesial, ou seja, é propriedade de
toda Igreja.

Fé Cristã
A fé cristã implica crer na Bíblia Sagrada, na palavra de Deus, e em todos os
ensinamentos pregados por Jesus Cristo, o enviado de Deus. Na Bíblia há inúmeras
referências ao comportamento do cristão que age com fé. Uma das frases sobre o tema
afirma que "a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas
que não se vê em". (Hebreus 11:1).

A fé é uma submissão livre do homem à palavra de Deus. Igualmente ao Concílio


Vaticano II aqui se vê novamente a necessidade do ato de crer, ser livre. Essa resposta
do homem à Revelação deve ser um ato que parta de sua liberdade. A partir disso
submete toda sua vontade e dirige sua intelectualidade às verdades que Deus revelou.

Ter fé implica uma atitude contrária à dúvida e está intimamente ligada à confiança. Em
algumas situações, como problemas emocionais ou físicos, ter fé significa ter esperança
de algo vai mudar de forma positiva, para melhor.

No contexto religioso, a fé é uma virtude daqueles que aceitam como verdade absoluta
os princípios difundidos por sua religião. Ter fé em Deus é acreditar na sua existência e
na sua onisciência. A fé é também sinônimo de religião ou culto. Por exemplo, quando
falamos da fé cristã ou da fé islâmica

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Conclusão
Ter fé é crer firmemente em algo, sem ter em mãos nenhuma evidência de que seja
verdadeiro ou real o objecto da crença, a palavra fé pode ser entendida como acreditar,
confiar. A fé não demanda provas materiais, pode surgir sem nenhum motivo aparente,
estar ligada a razões ideológicas, emocionais, religiosas, ou a outra razão qualquer. A fé
pode ser cega, nascida da confiança irracional em algo ou alguém, e dentro de uma
religião como, por exemplo, o catolicismo, ser baseada em dogmas diretrizes
estabelecidas pela Igreja, nas quais os fiéis crê em sem que o clero necessite dar maiores
explicações. Ela também pode ser raciocinada, como no Espiritismo, que caminha junto
à Ciência e à Filosofia, portanto, segundo esta doutrina, razão e sentimento devem se
unir para construir uma crença nascida do conhecimento, uma vez que a fé não surge
por um milagre no interior do homem, mas é edificada, porém também aqui não se foge
da necessidade da confiança e de algumas certezas instintivas.

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Referências Bibliográficas
Catecismo da Igreja Católica: edição típica vaticana. São Paulo: Loyola, 2000.

FISICHELLA, Rino. Introdução à Teologia Fundamental. Tradução de João Paixão


Netto. São Paulo: Loyola, 2000.

ATOURELLE, René; FISICHELLA, Rino. Dicionário de Teologia Fundamental.


Tradução de Luiz João Baraúna. Petrópolis: Vozes; Aparecida: santuário, 1994.

ARBOITH, Felipe Barrozo, O Conceito de Fé na Teologia Fundamental Cristã,


Revista Eletrônica Theologia Faculdade Palotina – FAPAS, Volume 2, No.1 2008.

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