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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

CONHECIMENTOS BÁSICOS SOBRE HIV/SIDA, ESTÁGIOS CLÍNICOS A


TRANSMISSÃO DE HIV, A PREVENÇÃO E TRATAMENTO

Discente: Ana Maria Elisa, Código: 708208493

Nampula, Maio

2021
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

CONHECIMENTOS BÁSICOS SOBRE HIV/SIDA, ESTÁGIOS CLÍNICOS A


TRANSMISSÃO DE HIV, A PREVENÇÃO E TRATAMENTO

Discente: Ana Maria Elisa, Código: 708208493

CURSO: Licenciatura em Ensino de


Administração Pública

CADEIRA: Habilidades de Vida, Saúde


Sexual e Reproductiva, Género e HIV &
SIDA

ANO DE FREQUÊNCIA: 2º ano

Nampula, Maio

2
2021

FOLHA DE FEEDBACK

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota /
Máxima tutor Subtotal

 Capa 0.5

 Índice 0.5
Estrutura Aspectos
 Introdução 0.5
organizacionais
 Discussão 0.5

 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

Contextualização (indicação
clara do problema)
1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0

Metodologia adequada ao 2.0


objecto do trabalho

Articulação e domínio do
Conteúdo
discurso académico (expressão
Análise 2.0
escrita cuidada, coerência/coesão
discussão
textual).

Revisão bibliográfica nacional e


internacional revelantes na área
2.0
de estudo.

Exploração dos dados 2.0

Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0

Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0


gerais letra, paragrafo, espaçamento
entre linhas

Normas APA
6a ed. e citações
Rigor e coerência das citações/ 4.0
e bibliografia
referências bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchido pelo tutor
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Índice
Introdução..........................................................................................................................6

UNIDADE 1. PERSONALIDADE...................................................................................7

Tipos de Temperamento....................................................................................................7

Etapas do desenvolvimento Psicossocial (Erikson)..........................................................9

As principais capacidades Humanas, por Desenvolver...................................................10

Os Pilares da Auto-Estima...............................................................................................12

Psicoterapia para a baixo auto-estima.............................................................................12

Valores – Crenças – atitudes – Comportamentos............................................................12

Ser homem/ser Mulher e a Personalidade: A equidade de Género.................................14

A Equidade de Género.....................................................................................................14

A cultura e o Género........................................................................................................14

Conceito de Cultura.........................................................................................................14

UNIDADE 2. SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA...................................................14

Os pilares da sexualidade................................................................................................15

Orientações e Identidades Sexuais..................................................................................16

Identidades Sexuais.........................................................................................................16

A Sexualidade: O Desenvolvimento Psicológico e Fisiológico......................................16

A Reprodução Humana...................................................................................................16

Modelos de Planeamento Familiar..................................................................................17

Métodos Contraceptivos disponíveis...............................................................................17

As Infecções de Transmissão Sexual (ITSs)...................................................................19

Relações Saudáveis.........................................................................................................21

Direitos Sexuais e Reproductivos....................................................................................21

As principais componentes dos direitos sexuais e reproductivos são:............................21

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UNIDADE 3. CONHECIMENTOS BÁSICOS SOBRE HIV/SIDA.............................22

Epidemia global do HIV/SIDA.......................................................................................22

O HIV/SIDA em Moçambique........................................................................................22

Origem do HIV................................................................................................................22

Factos Clínicos Básicos...................................................................................................23

Estigma............................................................................................................................24

Discriminação..................................................................................................................24

A discriminação pode ser directa ou indirecta................................................................24

Conclusão........................................................................................................................25

Referências Bibliográficas...............................................................................................26

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Introdução
O presente trabalho, é de caracter avaliativo e visa abordar em relação os
Conhecimentos básicos sobre HIV/SIDA, estágios clínicos a transmissão de HIV a
Prevenção e o Tratamento. No entanto, trata-se de conteúdos abordados a partir da
primeira Unidade, referente a Personalidade, tipos de Temperamento, etapas do
desenvolvimento psicossocial segundo Erikson, as Principais capacidades humanas por
desenvolver, os pilares do auto-estima, valores, crenças, atitudes e comportamento, ser
homem, ser mulher e a personalidade de género, a cultura e o género, o conceito de
cultura. Para a segunda Unidade, abordar-se-á os conteúdos relacionados com a Saúde
Sexual e Reproductiva, onde da-se enfase conceituando o sexo, a sexualidade e género,
os pilares da sexualidade. Em seguida desenvolve-se os assuntos da terceira Unidade,
focalizada nos conhecimento básicos sobre o HIV/SIDA, entretanto destaca-se aspectos
como a epidemia Global do HIV/SIDA, o HIV/SIDA em Moçambique, a origem, os
factos Clínicos Básicos, acontecimentos e testagem em Saúde, Prevenção, o tratamento
Anti-Retroviral, Prevenção da Transmissão de Mãe para filho, métodos para um casal
discordante de conceber e para terminar fala do estigma e a discriminação.

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UNIDADE 1. PERSONALIDADE
Para TENGLER & LAISSONE (2016, p: 9), “A Personalidade é o que somos, o que
gostamos de ser, fazer e ter, é aquilo que queremos parecer aos outros. A personalidade
desenvolve-se, durante a vida, e é influenciada por factores físicos, psicológicos,
psíquicos, culturais e morais”.

Estes factores interligam-se, dependendo de como o individuo se adapta ao ambiente,


em que a pessoa vive, ao longo do tempo da vida.

São quatro factores apontados pelos antropólogos como determinantes da


formação da personalidade de um individuo:

a) As características biológicas e genéticas dos sistemas neurofisiológicos e


endocrinológico;
b) As características do ambiente natural e social, em que o individuo vive;
c) A cultura, de que o individuo participa;
d) As experiencias biológicas e psicossociais únicas, ou a historia de vida do
individuo.

Tipos de Temperamento

 Os Temperamentos

Conforme TENGLER & LAISSONE (2016, p: 9), “Temperamento designa-se, em


psicologia, um aspecto especial da personalidade, como: as particularidades do
individuo ligadas à sua forma do comportamento. Na essência, temperamento é um
estilo pessoal inerente, uma predisposição natural”.

O filósofo Hipócrates, foi o primeiro a formular uma teoria de temperamento, baseando-


a na teoria dos quatro elementos. Segundo ele, há quatro tipos de temperamento,
conforme predominar, no corpo do individuo, um dos quatro fluidos corporais
(humores). A sua teoria influenciou todo o pensamento ocidental.

WUNDT (1903), definiu duas dimensões do temperamento:

 A intensidade dos movimentos internos (emoções);

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 A velocidade da variação de introvertido (pessoa voltada para dentro ou
fechada) e extrovertido (pessoa voltada para fora, aberta e mais simpática e
acessível).

Os quatro tipos de temperamento de Hipócrates são:

a) Sanguíneo: Características
 Pessoa marcante, que não passa despercebida. O seu espirito é jovial,
apaixonado, alegre e sociável;
 É ágil e rápido, tem muita vitalidade, está sempre animado, gosta do contacto
com a natureza, tem amigos em toda parte. O seu ritmo é rápido, entusiasta,
os movimentos são amplos, dinâmicos e expansivos.
 É um actor nato, exuberante. Tem um espirito positivo, pratico e é alegre.
 É parecido, pelo seu carácter optimista e caloroso. Sempre demostra
amabilidade, mesmo quando não sente nada, podendo até cometer pequenas
mentiras, aumentando ou diminuindo as situações, para parecer ou conseguir
o que deseja.
b) Colérico: Características
 É uma pessoa calorosa, rápida, impulsiva. Zanga-se facilmente;
 Esta pessoa é prática, tem muita força de vontade e é auto-suficiente, e muito
independente;
 Tende a ser determinada e com opiniões fortes, tanto para si como para os
outros, e tende a tentar impô-las.
c) Fleumático: Características
 É uma pessoa calma, tranquila, e raramente fica zangada;
 As pessoas deste temperamento são bem equilibradas;
 O fleumático é frio e é preciso, na tomada de decisões;
 Ele prefere viver numa vida feliz, sem perturbações;
 Pode se dizer que é o melhor temperamento.
d) Melancólico: Características
 É uma pessoa com alto nível de sensibilidade;
 É o mais rico e mais complexo de todos os temperamentos;
 O temperamento Melancólico geralmente faz com que a pessoa seja
dedicada, talentosa e perfecionista.

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É muito raro que uma pessoa tenha as características de um só tipo de temperamento.
As personalidades são complexas. O individuo nasce com determinado temperamento,
mas os factores ambientais podem modificar-lho.

Os factores que podem modificar o temperamento dum individuo são:

 A educação, a alimentação, as doenças, o clima, os acontecimentos, e os outros


factores que causam algumas transformações, nos traços temperamentais.

Etapas do desenvolvimento Psicossocial (Erikson)


Para TENGLER & LAISSONE (2016, p: 9), “O psicanalista e pesquisador do
desenvolvimento psicossocial teuto-americano Erik Erikson não somente argumentava
que era possíveis mudanças pessoais como também mapeou esses estágios. Para
Erikson, a personalidade se desenvolvia pela resolução de tensões entre várias etapas ao
longo da vida”.

1. Confiança x Desconfiança: até 2 anos.

Nesse estágio, o bebê interage com seus cuidadores próximos. Desses primeiros actos
de socialização surge um sentimento de segurança que desenvolverá a confiança nas
pessoas e no ambiente. Os comportamentos de insegurança, desconfiança e ansiedade
seriam efeitos colaterais de negligência nessa fase.

2. Autonomia x Vergonha e Dúvida: entre 2–3 anos.

A fase de aquisição da linguagem coincide com o senso de autonomia. A criança


começa a entender que é um ser social dentre outros e a aprender a manipular objectos.
Ser ela própria é aceitável nesse círculo social desenvolvendo sua autonomia. Contudo,
críticas repressivas tendem a causar sentimentos de dúvida ou vergonha. A vergonha
seria uma raiva de si mesmo pela exposição à censura.

3. Iniciativa x Culpa: entre 4–5 anos.

Uma vez desenvolvida a autonomia, a criança parte para a iniciativa. Aplica suas
capacidades físicas e mentais para expandir em outras áreas de forma criativa e social.
Amplia sua rede social além da família imediata, alfabetiza-se e desenvolve a
imaginação.

4. Diligência x Inferioridade: entre 6–11 anos.

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A libertação da criatividade é um verdadeiro dique se abre. Surge, então, a necessidade
de controlar a imaginação e direcionar o foco criativo para processos de socialização
formal, principalmente a educação. A industriosidade, a diligência e a perseverança são
recompensantes. Contudo, se há muita cobrança ou inadmissão de falhas, pode surgir
uma desmotivação e sentimento de inferioridade.

5. Identidade x Confusão de Identidade: entre 12 – 18 anos.

Já na adolescência domina a demanda pela identidade. A tensão entre ser diferente e se


conformar às normas de algum grupo para ser aceito gera a crise de identidade.

6. Intimidade x Isolamento: entre 19-40 anos.

Uma vez estabelecida a identidade, a pessoa aproxima-se de outras conforme os valores,


gostos e interesses que em conjunto formam essa mesma identidade. Essa socialização
em faculdades, trabalho ou relacionamento íntimo requer uma identidade forte, “saber o
que quer”. A incompreensão (mútua ou não) de outros sujeitos ou a dificuldade em
forjar relações íntimas podem empurrar a pessoa para o isolamento.

7. Generatividade x Estagnação: entre 40-60 anos.

A socialização adulta anterior pode resultar em uma carreira, família ou amizades


duradouras. Aqui começa uma actividade reflexiva de transmissão dos bastões. É o
tempo de educar seus filhos. Socialmente, é quando se torna comum engajar-se em
causas com uma articulação maior e menos com improvisos ou paixões espontâneas.

8. Integridade x Desespero: entre 60 anos e resto da vida.

É a fase do balanço. A pessoa madura reflete sua vida. Sua história e legado são
avaliados. Quer por arrependimento ou gratidão, a pessoa pode se tornar mais doce.
Quer por revolta ou indiferente, uma pessoa amarga que liga menos para a opinião
alheia. Contudo, se não houver um sentimento de realização, a tendência é ao desespero
e não conformidade com o fim da vida.

As principais capacidades Humanas, por Desenvolver


De acordo com TENGLER & LAISSONE (2016, p: 13), “O ser humano não nasce
perfeito, e deve desenvolver a sua personalidade, durante toda a sua vida. Sublinhamos,
aqui, cinco capacidades humanas”, que consideram importante desenvolver:

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 Domínio sobre a afectividade, Prevalência do Amor, Capacidade de auto reflexão,
de auto-análise, de autocritica e de crítica dos outros, Sentido de responsabilidade
e a Capacidade de adaptação.
a) Domínio sobre a afectividade
 Permite aproveitamento a riqueza da actividade, sem se lhe estar submisso;
 Actua orientado por propósitos bem pensados, claros e assumidos conscientemente:
não hesita em pedir ajuda e orientação, mas, ao mesmo tempo, determina-se de
maneira autónoma;
 Preserva, durante muito tempo, enquanto for necessária a acção, para atingir a
finalidade proposta;
 Supera a sua afectividade espontânea; sabe analisar os factos e as pessoas, de
maneira mais profunda, nos conflitos com outras pessoas, sabe aguentar e superar
situações;
 Hierarquiza valores, colocando em primeiro lugar os que o projectam para fora de
si, em direcção ao outro e, em ultimo lugar, os que se referem directamente a ele
próprio.
b) Prevalência do Amor

Um amor, que se dá aos outros, num processo dinâmico e habitual de interação


interpessoal. Na vida do ser humano, existem diversas etapas, que o vão preparando
para atingir a possibilidade de viver o amor maduro. Todas elas deverão ser vividas em
plenitude. Para chegar ao amor maduro e enriquecedor, devemos percorrer um longo
caminho:

 Na infância: amor receptivo;


 Na Adolescência: treino para o amor;
 Na Juventude: experiencia do amor;
 Na idade adulta: maturidade, a vida do amor.
c) Capacidade de auto reflexão, de auto-análise, de autocritica e de crítica dos
outros

É o dinamismo do aperfeiçoamento e crescimento pessoal. A finalidade da crítica é


análise atenta e objectiva do modo de agir das pessoas e do acontecer, na sociedade. Isto
supõe um processo de identificação de causas, de avaliação de situações e
comportamentos e da procura de novas soluções:

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 Tudo se dirige à formação de uma verdade.
d) Sentido de responsabilidade
 O sentido de responsabilidade é o fruto da vivência. Trata-se de um processo
gradual e progressivo da educação auto consciente. Consequentemente, o adulto
responsável: eficaz no seu agir, consegue normalmente alcançar as finalidades.

e) Capacidade de adaptação
 O adulto maduro tem capacidade de adaptar-se, criticamente, às exigências e
expectativas das pessoas e situações, com que convive.

Os Pilares da Auto-Estima
Em psicologia, auto-estima inclui a avaliação subjectiva, que uma pessoa faz de si
mesma, como intrinsecamente positiva ou negativa, em algum grau (SEDIKIDES &
GREGG, 2003).

A auto-estima envolve umas tantas crenças auto significantes (por exemplo, “eu sou
competente ou incompetente) e emoções autossignificantes associadas por exemplo,
triunfo, desespero, orgulho, vergonha. Também encontra expressão no comportamento
(por exemplo: assertividade, temeridade, confiança, cautela).

Psicoterapia para a baixo auto-estima


F. Potreck-Rose e G. Jacob (2006), propõem uma abordagem psicoterapêutica, para
baixa auto-estima, baseada no que elas chamam “Os quatro Pilares da auto-estima”.

1. Auto-aceitação: uma postura positiva, com relação a si mesmo, enquanto


pessoa. Inclui elementos como estar satisfeito e de acordo consigo mesmo, ter
respeito a si próprio, ser um consigo mesmo, e sentir-se em casa, no próprio
corpo;
2. Autoconfiança: uma postura positiva com relação às próprias capacidades e
desempenho. Incluiu saber fazer alguma coisa, de suportar as dificuldades e de
poder prescindir de algo;
3. Competência Social: é a experiencia de ser capaz de fazer contactos.
4. Rede Social: é estar ligado a uma rede de relacionamentos positivos. Inclui uma
relação satisfatória, com o parceiro e com a família.

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Valores – Crenças – atitudes – Comportamentos
 Valores

Os estudos para definição de valor são objecto alvo de diversos autores no campo de
comportamento humano. Bem como os valores humanos, em geral, têm sido objecto de
estudos em duas perspectivas diferentes: a cultural, de natureza sociológica e a
individual, com base psicológica (MEDEIROS et al., 2012).

Segundo VIANA et al. (2014), “consideram os valores humanos como crenças que
dificilmente irá se mudar ao longo da vida do individuo quando o mesmo já está na fase
adulta”.

 Crenças

O substantivo feminino “crença” pode ser rapidamente associado ao verbo crer,


acreditar ou confiar. E os significados literais dessas palavras são facilmente transpostos
para os estudos de psicologia, filosofia e administração. Para este artigo, mais do que o
significado literal de crença, se faz necessário entender quais os impactos das crenças
nos valores e nos comportamentos humano.

Segundo BREEN (1985); BRANT & BORGES (2014), “nenhum comportamento


humano ou de uma organização pode ser entendido por completo sem que suas crenças
sejam consideradas. Assim sendo, o conceito de crença deve ser bem entendido antes de
avançarmos no conteúdo proposto”.

Muitas definições propõem que as crenças são bases de alguns valores, e os valores
guiam o comportamento humano, logo podem influenciar na tomada de decisão.
Segundo Henrique, MONTEIRO e MATOS (2013) “os valores são crenças e objetivos
pessoais bem como são conscientes, e eles guiam o processo decisório para seleção e
avaliação de ações e objetivos”.

 Atitudes

Para THOMAS e ZNANIECKI (1915, citado por LIMA, 2002, p: 188), a atitude é “um
processo de consciência individual que determina actividades reais ou possíveis do
indivíduo no mundo social”.

 Comportamento

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Em geral, usamos a palavra comportamento como um termo genérico aplicado a verbos
de acção quando o sujeito da frase é algum animal, inclusive o homem. O objecto de
estudo da psicologia é o comportamento humano e sua relação com o ambiente em que
ocorre. A psicologia estuda interações (TODOROV, 1989).

Ser homem/ser Mulher e a Personalidade: A equidade de Género


Ser homem ou ser mulher significa muito mais do que possuir os atributosr biológicos e
fisiológicos do “macho” e da “femea”.

As normas de género aprendem-se socialmente. O género refere-se aos papéis do


homem e da mulher, predefinidos, numa determinada sociedade, num certo período de
tempo. As relações de género reflectem concepções de género interiorizadas por
homens (masculinidade – o que significa ser homem numa sociedade) e mulher
(feminidade – o que significa ser mulher numa sociedade).

 A “masculinidade” é o conjunto unitário da identidade, atitudes e


comportamentos considerados masculinos.
 A “Feminidade” é o conjunto da identidade, atitudes e comportamentos
considerados femininos.

A Equidade de Género
Segundo TENGLER & LAISSONE (2016, p: 21), “A Equidade de género significa a
atribuição justa de oportunidades, de benefícios, de recursos e de responsabilidades,
entre homens e mulheres. E pode ser garantida através da boa governação e inclusão’.

A cultura e o Género

 Conceito de Cultura
Segundo TAYLOR (1874), “Cultura é o conjunto de conhecimentos, crenças, artes,
normas morais, e costumes e muitos outros hábitos e capacidades adquiridos pelos
homens, em suas relações como membros da sociedade”.

A Cultura significa o que um grupo particular de pessoas tem em comum. Pensa na


cultura, que te rodeia, e pensa no que se espera de homens e mulheres, que vivem nesta
cultura.

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UNIDADE 2. SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Sexo, Sexualidade e Género

 Sexo

O Sexo é relativo ao lado natural, hereditário, biológico. Diferencia o macho da Femea.


O sexo é fixado pela natureza. O “sexo” inclui tudo que é biologicamente definido ao
ser humano desde o nascimento (pénis, vagina, testículos, útero).

 Sexualidade

A sexualidade refere-se ao lado afectivo, psicológico e sexual de uma pessoa de sexo


feminino ou masculino, ou transgénero ou transsexual. Possui uma abrangência muito
maior, levando à construção dos papéis sexuais esperados para cada membro da
sociedade (homem ou mulher), dentro de um dado grupo social.

 Género

Para TENGLER & LAISSONE (2016, p: 23), “O termo “género” é um conceito que
nos remete á relação entre Mulher e Homem. “Género” podemos entender como
conjunto de características determinadas pela sociedade. Essas características
determinam os papéis e o comportamento que diferenciam o homem da mulher e como
estes se relacionam entre eles”.

Os pilares da sexualidade
Para a OMS, “A sexualidade é uma energia que nos motiva a procurar amor, contacto,
ternura e intimidade; que se integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e
somos tocados; é ser-se sensual e ao mesmo tempo sexual; ela influencia pensamentos,
sentimentos, acções e interacções e, por isso, influencia também a nossa saúde física e
mental”.

Os termos que expressam a nossa sexualidade são:

 Sexo biológico: Macho, intersexual, fêmea: características mensuráveis do


individuo como órgãos, hormônios, cromossomos, intersexual é uma
combinação destas características do Macho e Fêmea;
 Identidade Sexual: Homem, Transsexual, Mulher;
 Expressão de Género ou Papel Sexual: Masculino, Transgenero, Feminino
 Orientação Sexual: Homossexual, Bissexual, Heterossexual;
16
 Praticas Sexuais.

Orientações e Identidades Sexuais


TENGLER & LAISSONE (2016, p: 9), “A orientação heterossexual e considera como
normal e saudável. A orientação Homossexual (lésbica e gay) é considerada como fora
do normal e das regras estabelecidas. Isto tem a ver como o facto de que, durante muito
tempo, se definiu a razão da sexualidade somente na biologia, e não se contemplaram
aspectos psicológicos da sexualidade”.

Identidades Sexuais
 Lésbica, Gay, Transgenero, Transsexual, Bissexual e Interex.

A Sexualidade: O Desenvolvimento Psicológico e Fisiológico


Na espectativa de TENGLER & LAISSONE (2016, p:31), “Na passagem da infância
para a adolescência, o corpo feminino e masculino passa por mudanças, tanto a nível
morfológico, como a nível do desenvolvimento do sistema reprodutor, até atingir a
capacidade de se reproduzir. Estas mudanças são acompanhadas por transformações
psicológicas, que se reflectem no comportamento e no modo de pensar”.

A sexualidade vária de forma significativa ao longo do ciclo de vida, podendo ser


experienciada de forma diferente em função da idade, classe, etnia, capacidade física,
orientação sexual, religião e região (VANCE, 1984 citado por WEEKS, 2003).

E engloba não só factores biológicos ou fisiológicos mas também factores emocionais,


relacionais e sociais.

Sigmund FREUD (1856-1939) deu um inegável contributo à sexologia actual. As suas


formulações teóricas sobre a natureza das preversões sexuais, o desenvolvimento
psicossexual e a importância da sexualidade na psicopatologia e no psiquismo do sujeito
inspiraram muitos autores, estudos e debates na comunidade científica e não só. Para
Foucault foi Freud que criou as condições para que se pudesse falar efectivamente de
sexualidade

A Reprodução Humana
TENGLER & LAISSONE (2016, p: 37), “A Reprodução é o mecanismo que assegura a
perpetuação da espécie. Para o ser humano conseguir reproduzir-se, é necessário que o
corpo esteja preparado e capaz de produzir o filho”.

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Modelos de Planeamento Familiar
Planeamento Familiar é geralmente definido como a necessidade da pessoa e
do casal conseguir, através do recurso a serviços de saúde sexual e reprodutiva,
acesso à informação, medicamentos, contraceptivos e outros, planear o número
de filhos desejados, o espaçamento e a programação dos seus nascimentos,
TENGLER & LAISSONE (2016, p: 39).
Este tópico liga-se maioritariamente ao facto de muitas vezes dentro do casal existem
relações de poder que impossibilitam o planeamento familiar voluntário.

Métodos Contraceptivos disponíveis


TENGLER & LAISSONE (2016, p: 9), “Actualmente, existem vários métodos
contraceptivos, embora nenhum pode ser considerado "o ideal", uma vez que todos têm
vantagens e inconvenientes. Antes de optar por um deles, deve, como já foi dito,
procurar aconselhar-se sobre qual o mais adequado ao seu caso, tendo em conta o grau
de protecção proporcionado, a forma de utilização, as precauções, efeitos secundários”.

1. Métodos físicos ou de barreira


 Diafragma
 Preservativo masculino
 Preservativo feminino
 Espermicida
2. Métodos hormonais
 Anel vaginal
 Implante subcutâneo
 Injectáveis
 Orais
3. Métodos intra-uterinos
 DIU
4. Métodos cirúrgicos
 Laqueação das trompas
 Vasectomia
5. Métodos naturais/comportamentais
 Calendário – Ogino-Knaus
 Temperatura basal
 Muco cervical – Billings

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 Sinto-térmico
 Coito interrompido

6. Contracepção de emergência

a) Métodos físicos ou de barreira

 Diafragma, consiste numa membrana de borracha flexível reforçada na


extremidade livre com um aro metálico, o qual mantém o seu contorno circular,
devendo ser colocado no fundo da vagina, de modo a revestir o cérvix e impedir
a entrada no útero do sémen proveniente da ejaculação.
 Preservativo Masculino consiste numa membrana cilíndrica de látex que deve
ser colocada sobre o pénis em erecção, de modo a revesti-lo e a reter no seu
interior o sémen emitido na ejaculação.
 Preservativo Feminino, consiste numa espécie de bolsa cilíndrica de
poliuretano que deve ser introduzida na vagina, de modo a reter no seu interior o
sémen emitido na ejaculação.
 Espermicida, são agentes químicos utilizados para desactivar os
espermatozóides presentes na vagina antes que penetrem no útero.

b) Métodos hormonais

 Anel Vaginal
 Implante subcutâneo
 Injectáveis
 Adesivo
 Orais
 Pílulas combinadas
 . Minipílulas
c) Métodos intra-uterinos
 DIU
d) Métodos cirúrgicos
 Laqueação de trompas
 Vasectomia
e) Métodos naturais/comportamentais 
 Método do calendário (método de Ogino-Knaus)

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 Método da temperatura basal
 Método de muco cervical (método de Billings)
f) Contracepção de emergência

Saúde Sexual e Reprodutiva

 Saúde Sexual

A Saúde Sexual refere-se às áreas da medicina envolvidas com a reprodução humana e


comportamento sexual, as doenças sexualmente transmissíveis, os métodos
contraceptivos, anticonceptivos.

A finalidade da saúde sexual é a melhoria da qualidade de vida e das relações pessoais,


não o mero aconselhamento e assistência relativos à reprodução e às doenças
sexualmente transmissíveis.

 Saúde Reprodutiva

Saúde Reprodutiva é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, em todas


as matérias concernentes ao sistema reprodutivo, suas funções e processos, e não
simples ausência de doenças ou enfermidades.

A saúde sexual e Reprodutiva, diz respeito ao bem-estar emocional, através de uma


vivência sexual prazerosa, à relação respeitosa conjugal, e à autodeterminação, na
vivência da sexualidade.

As Infecções de Transmissão Sexual (ITSs)


TENGLER & LAISSONE (2016, p: 47), “As infecções de transmissão sexual (ITS) são
doenças causadas por micróbios que se transmitem por contacto sexual. Estas infecções
podem ter consequências graves se não forem tratadas correctamente. A infecção pode
se disseminar para os parceiros sexuais trazendo consequências graves para a família.

As Infecções de Trasmissão Sexual são doenças que se transmitem através do contacto


sexual pela boca (boca no órgão sexual masculino ou feminino), pela penetração do
pénis na vagina ou pela penetração do pénis no ânus, sem protecção.

As ITS são também a porta de entrada do HIV. Por isso, para prevenir o HIV e SIDA, é
muito importante prevenir e tratar as ITS. Uma pessoa pode ter ao mesmo tempo mais
do que uma ITS. As ITS podem ser curáveis e não curáveis. As infecções curáveis mais

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conhecidas são a gonorreia e a sífilis. Entre as não curáveis temos o HIV e SIDA, mas
também o herpes e os condilomas.

ITS é a designação dada a todas as infecções transmitidas principalmente através do


contacto sexual durante a relação oral, vaginal ou anal sem protecção. São doenças
venéreas. Essas doenças são causadas por micróbios (vírus, bactérias, protozoários e
fungos).

Sintomas

 Comichão e dor ao urinar ou durante o acto sexual;


 Corrimento com cor diferente ou mau cheiro;
 Pûs na vagina pénis;
 Feridas nos órgãos genitais;
 Dor no baixo-ventre
 Comichão nos órgãos genitais

Modos de Transmissão

 Transfusão de sangue contaminado;


 Contacto sexual pela boca, vagina ou ânus, sem protecção;
 Utilização de instrumentos cortantes não esterilizados.

Consequências das ITS

 Infertilidade;
 Abortos frequentes;
 Partos prematuros (crianças que nascem antes dos 9 meses);
 Dor que não passa na parte baixa da barriga;
 Gravidez fora do útero;
 Cancro no útero, trompas ou ovários
 Cegueira, atraso mental e feridas na pele.

Medidas de prevenção das ITS

 Uso de preservativo;
 Retardar o início das relações sexuais;
 Fidelidade mútua;

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 Evitar ter muitos parceiros

Relações Saudáveis
As relações saudáveis têm quatro pilares básicos: amor, confiança, respeito e
consentimento. As bases sustem-se, por um contracto implícito, e por regras tácitas e
explícitas, que ajudam a firmar esta união, TENGLER & LAISSONE (2016, p: 54).

As pessoas esquecem-se de algo fundamental de algo fundamental: as escolhas da nossa


vida são feitas diariamente. O que têm um casamento feliz sabem que a conquista deve
ser diária. Apesar do Desgaste, que ocorre, no quotidiano, conseguem manter
entendimento e companheirismo.

A união Saudável tem uma chave, que é a admiração. Admirar o seu par é pré-requisito
da conquista. Se não admira o seu par, deve repensar a sua escolha. Casais felizes são
aqueles cuja relação é um crescimento mútuo.

Direitos Sexuais e Reproductivos


Segundo TENGLER & LAISSONE (2016, p: 55), “Os direitos sexuais e reproductivos,
referem-se ao direito de desfrutar de uma sexualidade saudável de prazer. É essencial,
pressupõem a escolha livre, autónoma e responsável, promovendo assim o respeito
mútuo, nas relações”.

As principais componentes dos direitos sexuais e reproductivos são:


 Igualdade e equidade: entre homens e mulheres, a fim de permitir que os
indivíduos façam escolhas livres e esclarecidas, em todas as esferas da vida, sem
estarem sujeitos a qualquer discriminação fundada no sexo;
 Saúde reproductiva e sexual: como uma componente de saúde em geral, ao
longo do ciclo de vida;
 Tomada de Decisão: quanto à reprodução, incluindo a escolha voluntaria,
quanto ao casamento, à formação da família, à determinação do número de
filhos e ao direito de ter acesso à informação e aos meios necessários para
exercer uma escolha voluntaria;
 Segurança sexual e reproductiva: não sujeição à violência sexual e à coerência
sexual.

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UNIDADE 3. CONHECIMENTOS BÁSICOS SOBRE HIV/SIDA

Epidemia global do HIV/SIDA


Deste a descoberta do SIDA, em 1981, mais de 60 milhões de pessoas foram infectadas
pelo HIV, e estima-se que cerca de 30 milhões de pessoas perderam a vida.

Segundo a ONUSIDA (2014), em 2013 o SIDA tirou cerca de 1.5 milhos de vidas, a
nível mundial.

A mortalidade e as novas Infecções estão a diminuir no mundo, mas o numero de


pessoas a viverem com HIV está a aumentar, devido ao tratamento e à mais longa
esperança de vida as pessoas a viverem com HIV. A nível mundial, o número de
pessoas a viverem, actualmente, com o vírus é de aproximadamente 35 milhões.

O HIV/SIDA em Moçambique
Conforme TENGLER & LAISSONE (2016, p: 59), “O primeiro caso de HIV, em
Moçambique, foi diagnosticado, em 1986, na província de Cabo Delgado, na cidade de
Pemba. Ainda nesse ano, nasceu uma forma de controlo epidemiológico do HIV, com
base nas consultas pré-natais”.

Desde 1986, o número de casos tem vindo a crescer rapidamente. Até finais de 1992,
tinha sido registado um total cumulativo de 662 casos de SIDA, para cerca de 1.35
milhões em 2002, respectivamente. Em 2014, aproximadamente 1.5 milhões de pessoas
viveram com VIH; 200.000 das crianças (CNCS, 2014).

As estimadas de prevalência do HIV mostram que a epidemia está estável. Mesmo


assim, Moçambique pertence aos dez países com a prevalência de HIV mais alta do
mundo.

Origem do HIV
Os primeiros sinais de uma nova doença fatal, que, mais tarde, ficou conhecida
como SIDA, foram observados nos Estados Unidos da América, em 1981. O
HIV foi isolado cientificamente, no laboratório, em 1983. Inicialmente, essa
doença foi observada principalmente em homens homossexuais. Isto levou ao
equivoco de que o SIDA era uma doença apenas de homens gays. E seguiu-se
uma nova onda de preconceitos e descriminação contra gays e lésbicas,
TENGLER & LAISSONE (2016, p: 61).

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Factos Clínicos Básicos
Para TENGLER & LAISSONE (2016, p: 62), “A infecção pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV) é uma infecção viral que destrói progressivamente
certos glóbulos brancos do sangue e pode provocar a síndrome da imunodeficiência
adquirida (AIDS).

Diagnóstico

 Testes para detectar anticorpos ao vírus HIV em uma amostra de sangue ou


saliva
 Testes para detectar RNA do HIV em uma amostra de sangue

O diagnóstico precoce de infecção por HIV é importante, pois possibilita o tratamento


precoce. O tratamento permite às pessoas infectadas viverem mais, serem mais
saudáveis e ficarem menos propensas a transmitir o HIV para outras pessoas.

Os médicos geralmente perguntam sobre factores de risco para a infecção por HIV (tais
como possível exposição no local de trabalho, actividades sexuais de alto risco e uso de
drogas ilícitas injetáveis) e sobre sintomas (tais como fadiga, erupções cutâneas e perda
de peso).

Tratamento

O tratamento com medicamentos antirretrovirais é recomendado para quase


todas as pessoas com infecção por HIV, pois, sem tratamento, ela poderá levar
a complicações sérias e também porque foram desenvolvidos medicamentos
mais novos e menos tóxicos. Para a maioria das pessoas, o tratamento precoce
tem os melhores resultados. As pesquisas mostraram que as pessoas que são
prontamente tratadas com medicamentos antirretrovirais têm menos
probabilidade de desenvolver complicações relacionadas à AIDS e de morrer
em consequência delas. TENGLER & LAISSONE (2016, p: 70).
O tratamento não consegue eliminar o vírus do organismo, embora o nível de HIV
muitas vezes diminua tanto que não é possível detectá-lo no sangue ou em outros
líquidos ou tecidos. Os objetivos do tratamento são

 Reduzir o HIV a um nível indetectável


 Restaurar a contagem de CD4 ao normal

Se o tratamento parar, o nível de HIV aumenta e a contagem de CD4 começa a cair.


Portanto, as pessoas precisam tomar medicamentos antirretrovirais por toda a vida.

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 Medicamentos antirretrovirais
 Medicamentos para prevenir infecções oportunistas
 Medicamentos para aliviar os sintomas

Estigma
Segundo TENGLER & LAISSONE (2016), “O estigma refere-se, de uma forma geral, a
atitudes sociais negativas dirigidas a pessoas que vivem ou estão associadas ao HIV. O
estigma relacionado com o HIV é alimentado pelo receio e ignorância relativamente aos
modos de transmissão assim como as perspetivas culturais que associam o HIV a
comportamentos “imorais”.

Discriminação
TENGLER & LAISSONE (2016), “Contrariamente ao estigma, a discriminação
geralmente toma a forma de um acto ou de uma omissão. Pode ser uma acção deliberada
como a decisão de um empregador recusar empregar ou cessar a relacção de trabalho
com um trabalhador com base no seu estatuto real ou suposto de HIV”.

 pode ser a exclusão de um determinado grupo de uma prestação ligada ao


trabalho, como uma oportunidade de formação ou o acesso a regimes de
segurança no trabalho.

A discriminação pode ser directa ou indirecta.


 Existe discriminação directa, quando uma pessoa, numa situação comparável,
é tratada menos favoravelmente com base no seu estatuto HIV real ou suposto.
 Discriminação Indirecta, quando uma disposição ou prática aparentemente
neutra coloca alguém numa situação de desvantagem em comparação com outras
pessoas, sem uma base razoável para a diferença de tratamento.

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Conclusão
Ao longo da efectivação do trabalho percebeu-se A Personalidade é o que somos, o que
gostamos de ser, fazer e ter, é aquilo que queremos parecer aos outros. A personalidade
desenvolve-se, durante a vida, e é influenciada por factores físicos, psicológicos,
psíquicos, culturais e morais. No entanto, falar de Temperamento designa-se, em
psicologia, um aspecto especial da personalidade, como: as particularidades do
individuo ligadas à sua forma do comportamento. Na essência, temperamento é um
estilo pessoal inerente, uma predisposição natural. Obviamente tratando do HIV
compreendeu-se que o primeiro caso de HIV, em Moçambique, foi diagnosticado, em
1986, na província de Cabo Delgado, na cidade de Pemba. Ainda nesse ano, nasceu uma
forma de controlo epidemiológico do HIV, com base nas consultas pré-natais. E
também, se falarmos de o estigma refere-se, de uma forma geral, a atitudes sociais
negativas dirigidas a pessoas que vivem ou estão associadas ao HIV. O estigma
relacionado com o HIV é alimentado pelo receio e ignorância relativamente aos modos
de transmissão assim como as perspetivas culturais que associam o HIV a
comportamentos “imorais.

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Referências Bibliográficas
VIANA, L. C., SILVA, C. M., VIEIRA, K. C., VIANA, M. F., & VILAS Boas, L. H.
Valores pessoais envolvidos na escolha de um curso superior, Brasil, 2014.

Medeiros, E. D., Gouveia, V. V., Gusmão, E. É., Milfont, T. L., Fonseca, P. N., &
Aquino, T. A. Teoria funcionalista dos valores humanos, São Paulo, 2012.

BRANT, S. R., & BORGES-Andrade, J. E. Crenças no contexto do trabalho:


características da pesquisa nacional e estrangeira. Revista de Psicologia: Organização
e Trabalho, 2014.

LIMA, L. P. Atitudes: Estrutura e Mudança. In J. Vala, & M. B. Monteiro (Eds.),


Psicologia Social, 5ªed. Lisboa, 2002.

TODOROV, J. C., & MOREIRA, M. B. Psicologia, comportamento, processos e


interações. Psicologia: Reflexão e Crítica, Brasil, 2009.

TENGLER, Hemma & LAISSONE, Pe Elton, Habilidades de Vida, Saude Sexual e


Reproductiva, Genero e HIV e SIDA, Manual de Licenciatura em Ensino de
Administração Publica, UCM, s/d. Beira, Moçambique, 2016.

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