A União Europeia está enfrentando desafios sem precedentes devido à pandemia de COVID-19 e à invasão russa da Ucrânia. Isso destacou a necessidade de autonomia estratégica da UE em áreas como energia, defesa e tecnologia digital para proteger seus cidadãos e valores fundamentais. Ao mesmo tempo, a UE deve manter sua abertura e cooperação com parceiros que compartilham os mesmos princípios.
A União Europeia está enfrentando desafios sem precedentes devido à pandemia de COVID-19 e à invasão russa da Ucrânia. Isso destacou a necessidade de autonomia estratégica da UE em áreas como energia, defesa e tecnologia digital para proteger seus cidadãos e valores fundamentais. Ao mesmo tempo, a UE deve manter sua abertura e cooperação com parceiros que compartilham os mesmos princípios.
A União Europeia está enfrentando desafios sem precedentes devido à pandemia de COVID-19 e à invasão russa da Ucrânia. Isso destacou a necessidade de autonomia estratégica da UE em áreas como energia, defesa e tecnologia digital para proteger seus cidadãos e valores fundamentais. Ao mesmo tempo, a UE deve manter sua abertura e cooperação com parceiros que compartilham os mesmos princípios.
Na aula de segunda feira (dia 16/05) após ouvirmos a síntese do Laurant
debruçamo-nos sobre o Hedonismo de Mill.
Ainda que possamos discordar da forma como ele a justifica, as suas ideias merecem ser examinadas por si mesmas. Assim para compreendermos melhor a teoria do valor de Mill é fundamental perceber o que este entende pelo termo felicidade ou (bem-estar). Nas suas palavras: “Por felicidade, entende-se o prazer e a ausência de dor; pelo contrário, infelicidade entende-se a dor e a privação do prazer.” Deste modo podemos considerar que Mill é um hedonista. Então e o que é o hedonismo? -O hedonismo é a perspetiva de que apenas o prazer e a ausência de dor têm valor intrínseco.
Após sabermos o que é o hedonismo debruçamo-nos sobre:
O hedonismo quantitativo de Bentham e o hedonismo qualitativo de Mill. Hedonismo quantitativo de Bentham. De acordo com esta perspetiva, para calcular a felicidade, ou bem-estar, causada por uma dada ação, temos de ver como ela afeta cada um dos indivíduos envolvidos, subtraindo a quantidade de dor à quantidade de prazer que ela provoca. Essas quantidades seriam calculadas com base na sua intensidade e duração. Por exemplo: Benthan diria, por exemplo, que uma dolorosa visita ao dentista poderia ainda assim revelar-se a coisa certa a fazer, desde que a dor intensa, mas de curta duração, provocada por essa experiência fosse suplantada por um bem-estar futuro bastante prolongado no tempo. Mill concordava apenas parcialmente com o seu antecessor. Na sua opinião, além da quantidade de prazeres era fundamental ter em conta a sua qualidade. Isto significa que, contrariamente ao seu antecessor, Mill defendeu uma versão qualitativa de hedonismo. Segundo Mill, existem prazeres qualitativamente superiores a outros, ou seja, há prazeres intrinsecamente melhores do que outros. Na sua opinião, os prazeres superiores correspondem aos prazeres intelectuais/espirituais, ou seja, correspondem à satisfação das nossas necessidades mentais/espirituais, como a fruição da beleza, do conhecimento, da amizade e do amor. Por outro lado, os prazeres inferiores correspondem aos prazeres corporais, ou seja, correspondem à satisfação das nossas necessidades primárias, como a comida, a água e o sexo. Depois lemos um texto em que a ideia chave era: Os prazeres espirituais são qualitativamente melhores do que os corporais. Mill argumenta ainda que é melhor ser um ser humano insatisfeito do que um porco satisfeito. Ou seja, Mill argumenta que quem quer que tenha a experiência tanto de prazeres intelectuais/espirituais como de prazeres corporais não trocaria a oportunidade de fruir dos primeiros por nenhuma quantidade imaginável dos segundos. Ora, isso indica que os prazeres intelectuais/espirituais são qualitativamente superiores aos prazeres corporais e, por conseguinte, devemos dar-lhes preferência, recusando-nos a trocá-los por uma quantidade idêntica, ou mesmo maior, de prazeres corporais. Por exemplo, se tivéssemos de escolher entre comer doces ou ler um livro, Mill defende que o prazer proporcionado pela experiência de ler um livro é de uma qualidade superior e, por isso, deve ser preferido, quando comparado com o prazer proporcionado pela experiência de comer doces. Depois analisamos o Laboratório mental da página 200 em que se perguntava se é preferível ser um ser humano com alguma insatisfação ou uma ostra plenamente satisfeita e com uma vida bastante longa. A opinião da maioria era que é preferível ser um ser humano mesmo com algumas insatisfações. Que é a mesma opinião de Mill. Fizemos o agora pensa da página 201. Depois vimos o porquê de a ética de Mill ser considerada Consequencialista. E então é assim considerada porque defende que o valor moral de uma ação depende das suas consequências. É boa a ação que tem boas consequências ou, dadas as circunstâncias, melhores consequências do que ações alternativas. A ação é avaliada pelas suas consequências e o motivo ou a intenção não são decisivos porque se referem ao caracter do agente e não à ação em si mesma.
O padrão da maior felicidade não se refere apenas à maior felicidade do
próprio agente, mas sim à maior felicidade geral, ou seja, à felicidade de todos os seres sencientes (incluindo animais não- humanos) afetados pela nossa ação. Isto significa que, para Mill, sacrificar o bem pessoal tem sentido, se, e só se, aumentar a quantidade total de felicidade. O utilitarismo de Mill defende que a ação correta é aquela que mais promove o bem-estar agregado isto é, aquela que corresponde a um maior total de bem- estar depois de descontar a dor à soma do prazer de todos os envolvidos, independentemente da forma como esse bem-estar se encontra distribuído pelos diferentes indivíduos. Portanto, o utilitarismo de Mill é uma teoria agregacionista. Uma teoria é agregacionista se, e só se, considera que um determinado estado de coisas é melhor do que outro, no caso de ter um maior total de bem, independentemente da forma como este se encontra distribuído. Mill destaca ainda que outra coisa que não é importante para o cálculo da maior felicidade é a espécie a que pertencem os indivíduos afetados pelas nossas ações. Ou seja, o fim último da ação humana é garantir a todos os seres sencientes uma existência recheada de prazeres e livre de dores (incluindo os animais não-humanos). Depois fizemos o Agora pensa da página 204. Para Mill, mentir, por exemplo, é normalmente incorreto – porque mentir provoca mais infelicidade se minimiza do que felicidade ou aumenta Mas mentir é sempre incorreto? Mill responde que não. Considera que em determinadas situações mentir pode ser a ação correta, desde que ao mentir se esteja a maximizar a felicidade. Uma mesma ação pode ser incorreta numa determinada situação e correta noutra, o que faz com que não existam deveres absolutos - ao contrário do que Kant defende. Resta acrescentar que, apesar de encarar o princípio da utilidade (ou da maior felicidade) como fundamento de toda a moralidade, Mill não pensava que deveríamos orientar toda a nossa conduta diretamente por esse princípio. Frequentemente, não há tempo, antes de uma dada ação, para calcular e avaliar os efeitos que esta terá na felicidade geral. Contudo, isso não significa que a ética utilitarista se revela incapaz de fornecer qualquer orientação prática para a nossa conduta. A humanidade tem vindo a aprender por experiência a tendência que certas ações têm para produzir felicidade, ou infelicidade e, com base nisso, podemos adotar certos princípios secundários e utilizá-los como guias para a nossa conduta. Por exemplo, quando alguém se sente tentado a roubar, ou a matar, não é como se tivesse de considerar pela primeira vez se o roubo ou o homicídio são benéficos ou prejudiciais para a felicidade humana. Dada a tendência geral dessas ações para produzir mais infelicidade do que felicidade, podemos assumir como regra geral que não devemos roubar, nem devemos matar ninguém. Contudo, estes princípios secundários não devem ser encarados como regras morais absolutas, que devemos respeitar em toda e qualquer situação. Desde logo, porque as peculiaridades de cada circunstância assim o exigem. No caso de dois princípios fornecerem recomendações contraditórias, por exemplo, temos de recorrer ao princípio da utilidade (ou da maior felicidade) para saber qual delas deverá prevalecer sobre a outra. Sem poder recorrer ao padrão da utilidade, qualquer teoria moral tornar-se-ia incapaz de nos orientar nestes casos. Para Mill o fim- a felicidade geral- justifica frequentemente os meios. Na teoria utilitarista, há um primado dos fins da ação em relação aos meios. Para Mill, é suficiente que a felicidade produzida com a ação seja superior ao sofrimento eventualmente provocado com a sua realização para que a ação tenha valor moral. É neste sentido que há um primado dos fins da ação (da maximização da felicidade para o maior número) sobre os meios mesmo que a ação produza sofrimento a algumas pessoas). Por último a diferença entre o egoísmo e o utilitarismo. EGOÍSMO 1. Teoria consequencialista - uma ação é boa ou má consoante satisfaz ou não os nossos próprios interesses. UTILTARISMO 1. Teoria consequencialista - uma ação é boa ou má consoante satisfaz ou não os interesses do agente e também das pessoas a quem a ação diz respeito.