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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA ISO
39001
Primeira edição
30.10.2015

Válida a partir de
30.11.2015

Sistemas de gestão da segurança viária (SV) —


Requisitos com orientações para uso
Road traffic safety (RTS) management systems — Requirements with
guidance for use

ICS 03.220.20 ISBN 978-85-07-05876-2

Número de referência
ABNT NBR ISO 39001:2015
45 páginas

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ABNT NBR ISO 39001:2015

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ABNT NBR ISO 39001:2015

Sumário Página

Prefácio Nacional................................................................................................................................vi
Introdução..........................................................................................................................................viii
Escopo..................................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Contexto da organização....................................................................................................8
4.1 Entendimento da organização e seu contexto.................................................................8
4.2 Entendimento das necessidades e expectativas das partes interessadas...................8
4.3 Determinação do escopo do sistema de gestão da SV...................................................8
4.4 Sistema de gestão da SV....................................................................................................8
5 Liderança.............................................................................................................................9
5.1 Liderança e comprometimento..........................................................................................9
5.2 Política................................................................................................................................10
5.3 Funções, responsabilidades e autoridades organizacionais.......................................10
6 Planejamento.....................................................................................................................10
6.1 Generalidades....................................................................................................................10
6.2 Ações para tratar os riscos e oportunidades.................................................................10
6.3 Fatores de desempenho da SV........................................................................................ 11
6.4 Objetivos da SV e planejamento para alcançá-los.........................................................12
7 Suporte...............................................................................................................................13
7.1 Coordenação.....................................................................................................................13
7.2 Recursos............................................................................................................................13
7.3 Competência......................................................................................................................13
7.4 Conscientização................................................................................................................14
7.5 Comunicação.....................................................................................................................14
7.6 Informação documentada.................................................................................................14
7.6.1 Generalidades....................................................................................................................14
7.6.2 Criação e atualização........................................................................................................15
7.6.3 Controle da informação documentada............................................................................15
8 Operação............................................................................................................................15
8.1 Planejamento e controle operacional..............................................................................15
8.2 Prontidão e resposta a emergências...............................................................................16
9 Avaliação de desempenho...............................................................................................16
9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação...............................................................16
9.2 Acidentes de trânsito e outras investigações sobre incidentes de trânsito...............16
9.3 Auditoria interna................................................................................................................17
9.4 Revisão do sistema de gestão.........................................................................................17
10 Melhoria..............................................................................................................................18
10.1 Não conformidade e ação corretiva................................................................................18
10.2 Melhoria contínua..............................................................................................................19
Anexo A (informativo) Orientações sobre o uso desta Norma........................................................20

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A.1 Generalidades....................................................................................................................20
A.2 Referências normativas....................................................................................................21
A.3 Termos e definições..........................................................................................................21
A.4 Contexto da organização..................................................................................................21
A.4.1 Entendimento da organização e seu contexto...............................................................21
A.4.2 Entendimento das necessidades e expectativas das partes interessadas.................22
A.4.3 Determinação do escopo do sistema de gestão............................................................22
A.4.4 Sistema de gestão da SV..................................................................................................22
A.5 Liderança...........................................................................................................................22
A.5.1 Liderança e comprometimento........................................................................................22
A.5.2 Política................................................................................................................................23
A.5.3 Funções, responsabilidades e autoridades organizacionais.......................................23
A.6 Planejamento.....................................................................................................................23
A.6.1 Generalidades....................................................................................................................23
A.6.2 Ações para tratar os riscos e oportunidades.................................................................23
A.6.3 Fatores de desempenho da SV........................................................................................24
A.6.4 Objetivos da SV e planejamento para alcançá-los.........................................................27
A.7 Suporte...............................................................................................................................27
A.7.1 Coordenação.....................................................................................................................27
A.7.2 Recursos............................................................................................................................27
A.7.3 Competência......................................................................................................................28
A.7.4 Conscientização................................................................................................................28
A.7.5 Comunicação.....................................................................................................................28
A.7.6 Informação documentada.................................................................................................28
A.8 Operação............................................................................................................................28
A.8.1 Planejamento e controle operacional..............................................................................28
A.8.2 Preparação e resposta a emergências............................................................................28
A.9 Avaliação de desempenho...............................................................................................29
A.9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação...............................................................29
A.9.2 Investigação sobre acidentes de trânsito e outros incidentes.....................................29
A.9.3 Auditoria interna................................................................................................................29
A.9.4 Revisão do sistema de gestão.........................................................................................29
A.10 Melhoria..............................................................................................................................29
A.11 Diferentes contextos e fatores de desempenho da SV.................................................30
Anexo B (informativo) Trabalho internacional relativo às estruturas de gestão de segurança
viária...................................................................................................................................33
B.1 Generalidades....................................................................................................................33
B.2 Abordagem de Sistema Seguro para SV.........................................................................33
B.3 Trabalho internacional na área de gestão da SV............................................................34
B.4 Relação entre esta Norma e a Estrutura de Gestão de Segurança Viária do WBGRSF.36
Anexo C (informativo) Correspondência entre as ABNT NBR ISO 39001:2015,
ABNT NBR ISO 9001:2008 e ABNT NBR ISO 14001:2004..............................................39
Bibliografia..........................................................................................................................................45

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Figura
Figura B.1 – Estrutura do Sistema de Gestão de Segurança Viária do Fundo para a Segurança
Viária Global do Banco Mundial......................................................................................35

Tabelas
Tabela A.1 – Contexto e fatores de desempenho da SV para diferentes tipos de organizações...30
Tabela B.1 – Relação entre a Estrutura de Gestão de Segurança Viária do WBGRSF e esta
Norma.................................................................................................................................37
Tabela C.1 – Correspondência entre as ABNT NBR ISO 39001:2015, ABNT NBR ISO 9001:2008
e ABNT NBR ISO 14001:2004...........................................................................................39

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Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.

A ABNT NBR ISO 39001 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego (ABNT/CB-016),
pela Comissão de Estudo de Engenharia de Tráfego (CE-016:300.007). O Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 09, de 22.09.2015 a 22.10.2015.

Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO 39001:2012, que
foi elaborada pelo Technical Committee Road traffic safety management systems (ISO/TC 241),
conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Standard specifies requirements for a road traffic safety (RTS) management system to enable an
organization that interacts with the road traffic system to reduce death and serious injuries related to
road traffic crashes which it can influence. The requirements in this Standard include development and
implementation of an appropriate RTS policy, development of RTS objectives and action plans, which
take into account legal and other requirements to which the organization subscribes, and information
about elements and criteria related to RTS that the organization identifies as those which it can control
and those which it can influence.

This Standard is applicable to any organization, regardless of type, size and product or service provided,
that wishes to

a) improve RTS performance,

b) establish, implement, maintain and improve an RTS management system,

c) assure itself of conformity with its stated RTS policy, and

d) demonstrate conformity with this Standard.

This Standard is intended to address RTS management. It is not intended to specify the technical
and quality requirements of transportation products and services (e.g. roads, traffic signs/lights,
automobiles, trams, cargo and passenger transportation services, rescue and emergency services).

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It is not the intent of this Standard to imply uniformity in the structure of RTS management systems or
uniformity of documentation.

RTS is a shared responsibility. This Standard is not intended to exclude road users from their obligations
to comply with the law and behave responsibly. It can support the organization in its efforts to encourage
road users to comply with the law.

All requirements of this Standard are generic.

Where any requirement of this Standard cannot be applied due to the nature of an organization and its
products or services, that requirement can be considered for exclusion, provided the exclusion and the
reason for exclusion are documented.

Where exclusions are made, claims of conformity to this Standard are only acceptable where these
exclusions do not affect the organization’s ability to establish, implement, maintain and improve an
RTS management system successfully.

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Introdução

A segurança viária (SV) é uma preocupação global. Estima-se que a cada ano, nas vias do mundo
inteiro, aproximadamente 1,3 milhão de pessoas morrem e entre 20 milhões e 50 milhões sofrem
lesões, e que este número vem aumentando [10]. Os impactos socioeconômicos e na saúde são
substanciais.

Esta Norma fornece uma ferramenta para auxiliar as organizações a reduzir, e em última instância
eliminar, a incidência e o risco das mortes e lesões graves relacionadas aos acidentes de trânsito.
Este enfoque pode permitir uma utilização mais eficaz, em termos de custo, do sistema viário.

Esta Norma identifica os elementos de boas práticas de gestão da SV que permitirão que a organização
alcance seus resultados desejados.

Esta Norma aplica-se às organizações públicas e privadas que interagem com o sistema viário.
Ela pode ser utilizada por partes internas e externas, incluindo organismos de certificação, para avaliar
a capacidade da organização em atender aos requisitos.

A experiência em todo o mundo tem demonstrado que grandes reduções de mortes e lesões graves
podem ser alcançadas com a adoção de uma abordagem holística de um Sistema Seguro para
a SV. Isso envolve um enfoque claro e inequívoco nos resultados da SV e nas ações baseadas
em evidências, apoiadas pela capacidade apropriada da gestão organizacional [9] [11] [12]

O governo não pode alcançar estas reduções sozinho. Organizações de todos os tipos e tamanhos,
bem como usuários individuais da via, têm um papel a desempenhar. Ao adotar esta Norma,
as organizações deveriam ser capazes de alcançar:

—— os resultados da SV em níveis que excedam aqueles que podem ser alcançados pelo atendi-
mento às leis e normas, e

—— os seus próprios objetivos e, ao mesmo tempo, contribuir para a obtenção dos objetivos da
sociedade.

O sistema de gestão especificado nesta Norma foca a organização nos seus objetivos e metas da SV
e orienta o planejamento de atividades que concretizará esses objetivos pelo uso de uma abordagem
de um Sistema Seguro para a SV. O Anexo B descreve as categorias de resultados da SV, a abordagem
de um Sistema Seguro e uma estrutura para uma gestão de boas práticas da SV, e mostra como elas
podem ser alinhadas com esta Norma.

O Anexo A provê algumas orientações sobre a implementação desta Norma.

O sistema de gestão da SV pode estar integrado ou ser compatível com outros sistemas de gestão
(ver também Anexo C) e processos dentro da organização.

Esta Norma promove o uso de uma abordagem de processos iterativos (planejar, fazer, checar, agir),
que orientará a organização na entrega dos resultados da SV.

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Sistemas de gestão da segurança viária (SV) — Requisitos com


orientações para uso

1 Escopo
Esta Norma especifica os requisitos para um sistema de gestão de segurança viária (SV), para permitir
que uma organização que interage com o sistema viário reduza as mortes e lesões graves relacionadas
a acidentes de trânsito que ela pode influenciar. Os requisitos desta Norma incluem o desenvolvimento
e a implementação de uma política da SV apropriada, o desenvolvimento de objetivos da SV e os
planos de ação, que levam em consideração requisitos legais e outros requisitos que a organização
adota, e informações sobre elementos e critérios relacionados com a SV que a organização identifica
como aqueles que ela pode controlar e aqueles que ela pode influenciar.

Esta Norma aplica-se a qualquer organização, independentemente do tipo, tamanho e produto ou


serviço provido, que deseje:

 a) melhorar o desempenho da SV,

 b) estabelecer, implementar, manter e melhorar um sistema de gestão da SV,

 c) assegurar-se da conformidade com a sua política da SV declarada, e

 d) demonstrar conformidade com esta Norma.

Esta Norma destina-se a tratar da gestão da SV. Ela não se destina a especificar os requisitos técnicos
e de qualidade de produtos e serviços de transporte (por exemplo, vias, sinalização de trânsito, auto-
móveis, bondes, serviços de transporte de cargas e passageiros, serviços de resgate e emergência).

Não é intenção desta Norma impor uniformidade na estrutura dos sistemas de gestão da SV ou unifor-
midade da documentação.

A SV é uma responsabilidade compartilhada. Esta Norma não se destina a eximir os usuários da via
de cumprir as leis e ter um comportamento responsável. Esta Norma pode auxiliar a organização
em seus esforços para incentivar os usuários da via a cumprir as leis.

Todos os requisitos desta Norma são genéricos.

Quando qualquer requisito desta Norma não puder ser aplicado devido à natureza da organização e
seus produtos ou serviços, este requisito pode ser considerado para exclusão, desde que a exclusão
e a sua respectiva razão sejam documentadas.

Nos casos em que forem efetuadas exclusões, solicitações de conformidade com esta Norma somente
são aceitáveis quando essas exclusões não afetarem a capacidade da organização em estabelecer,
implementar, manter e melhorar um sistema de gestão da SV com sucesso.

2 Referências normativas
Não há referências normativas.

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3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
auditoria
processo (3.27) sistemático, independente e documentado para obter evidência da auditoria
(3.4) e avaliá-la objetivamente para determinar a extensão na qual os critérios da auditoria (3.3)
são atendidos

NOTA 1 Uma auditoria pode ser uma auditoria interna (primeira parte) ou uma auditoria externa (segunda
parte ou terceira parte) e pode ser uma auditoria combinada (combinando duas ou mais disciplinas).

NOTA 2 “Evidência da auditoria” e “critérios da auditoria” são definidos na ABNT NBR ISO 19011.

3.2
auditor
pessoa com competência (3.7) e atributos pessoais demonstrados para conduzir uma auditoria (3.1)

NOTA Os atributos pessoais relevantes para um auditor são descritos na ABNT NBR ISO 19011.

3.3
critérios da auditoria
conjunto de políticas, procedimentos ou requisitos utilizados como uma referência em função da qual
a evidência da auditoria (3.4) é comparada

3.4
evidência da auditoria
registros, declarações de fatos ou outras informações que são relevantes aos critérios da auditoria
(3.3) e verificáveis

3.5
melhor informação disponível
informação disponível à organização que leva em consideração quaisquer limitações de dados ou
modelagem conhecidas, ou a possibilidade de divergência entre os especialistas

NOTA 1 Ela inclui fontes, como evidência, pesquisa científica sobre segurança, experiência, resposta, obser-
vação, previsões e julgamento de especialistas.

NOTA 2 A disponibilidade é dependente dos recursos da organização.

3.6
comprometimento
nível de trabalho e dedicação providos a um sistema de gestão (3.16)

3.7
competência
capacidade de aplicar conhecimentos e habilidades para alcançar os resultados pretendidos

3.8
conformidade
atendimento de um requisito (3.28)

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3.9
melhoria contínua
atividade recorrente para melhorar o desempenho (3.23)

3.10
correção
ação para eliminar uma não conformidade detectada (3.19)

3.11
ação corretiva
ação para eliminar a causa de uma não conformidade (3.19) e evitar a sua recorrência

3.12
morte
perda da vida humana como resultado direto de um acidente de trânsito (3.33)

NOTA Há uma definição internacional amplamente aceita de morte no trânsito que é uma pessoa ou
pessoas mortas ou que morrem dentro de 30 dias como resultado direto de um acidente de trânsito, excluindo
o suicídio. Podem existir outras definições em diferentes países.

3.13
informação documentada
informação requerida a ser controlada e mantida por uma organização (3.21) e o meio na qual ela
está contida

NOTA 1 A informação documentada pode estar em qualquer formato e meio de comunicação, e proveniente
de qualquer fonte.

NOTA 2 A informação documentada pode referir-se:

—— ao sistema de gestão (3.16), incluindo os processos (3.27) relacionados;

—— à informação, criada a fim de que a organização opere (documentação);

—— à evidência dos resultados alcançados (registros).

3.14
eficácia
extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os resultados planejados são alcançados

3.15
parte interessada
pessoa ou organização (3.21) que pode afetar, ser afetada, ou perceber-se de ser afetada por uma
decisão ou atividade

NOTA As partes interessadas podem incluir, porém não estão limitadas a, funcionários, contratantes,
fornecedores, clientes e outras partes terceirizadas afetadas.

3.16
sistema de gestão
conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos de uma organização (3.21), para estabelecer
políticas (3.24) e objetivos (3.20), e processos (3.27) para alcançar esses objetivos

NOTA 1 Um sistema de gestão pode tratar de uma única disciplina ou várias disciplinas.

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NOTA 2 Os elementos do sistema incluem a estrutura da organização, funções e responsabilidades,


planejamento, operação etc.

NOTA 3 O escopo de um sistema de gestão pode incluir toda a organização, funções específicas e idênticas
da organização, seções específicas e identificadas da organização, ou uma ou mais funções entre um grupo
de organizações.

3.17
medição
processo (3.27) para determinar um valor

3.18
monitoramento
determinação do estado de um sistema, um processo (3.27) ou uma atividade

NOTA Para determinar o estado, pode haver uma necessidade de verificar, supervisionar ou observar
criticamente.

3.19
não conformidade
não atendimento de um requisito (3.28)

3.20
objetivo
resultado a ser alcançado

NOTA 1 Um objetivo pode ser estratégico, tático ou operacional.

NOTA 2 Os objetivos podem relacionar-se a diferentes disciplinas (como objetivos financeiros, de saúde
e segurança e ambientais) e podem aplicar-se em diferentes níveis [como estratégico, de toda a organização,
projeto, produto e processo (3.27)].

NOTA 3 Um objetivo pode ser expresso de outras formas, por exemplo, como um resultado pretendido,
uma finalidade, um critério operacional, como um objetivo da SV ou pelo uso de outras palavras com signifi-
cado similar (por exemplo, propósito, finalidade ou meta).

NOTA 4 No contexto dos sistemas de gestão da SV, seus objetivos são definidos pela organização, compa-
tíveis com a política da SV, para alcançar resultados específicos.

3.21
organização
pessoa ou grupo de pessoas que tem suas próprias funções com responsabilidades, autoridade
e relações para alcançar seus objetivos (3.20)

NOTA O conceito de organização inclui, porém não está limitado a, autônomo, corporação, empresa,
autoridade, consórcio, entidade filantrópica ou instituição, ou parte ou combinação desses, seja incorporada
ou não, pública ou privada.

3.22
terceirizar
fazer um acordo onde uma organização (3.21) externa realiza parte de uma função ou processo
(3.27) da organização

NOTA Uma organização externa está fora do escopo do sistema de gestão (3.16), embora a função
ou processo terceirizado esteja dentro do escopo.

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3.23
desempenho
resultado mensurável

NOTA 1 O desempenho pode referir-se a resultados quantitativos ou qualitativos.

NOTA 2 O desempenho pode referir-se à gestão das atividades, processos (3.27), produtos (incluindo
serviços), sistemas ou organizações (3.21).

3.24
política
intenções e direcionamento de uma organização (3.21) formalmente expressos por sua alta
administração (3.45)

NOTA A política da SV provê uma estrutura para ação e para definição de objetivos (3.20) e metas da
SV (3.43).

3.25
ação preventiva
ação para eliminar a causa de uma não conformidade (3.19) potencial

3.26
procedimento
forma especificada de realizar uma atividade ou um processo (3.27)

3.27
processo
conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transforma insumos (entradas) em produtos
(saídas)

3.28
requisito
necessidade ou expectativa que é declarada, geralmente implícita ou obrigatória

NOTA 1 “Geralmente implícita” significa que é uma prática costumeira ou usual para a organização e as
partes interessadas e que a necessidade ou expectativa sob consideração está implícita.

NOTA 2 Um requisito especificado é um requisito declarado, por exemplo, informação documentada.

3.29
risco
efeito da incerteza
NOTA 1 Um efeito é um desvio do esperado – positivo ou negativo.

NOTA 2 A incerteza é o estado, mesmo que parcial, da deficiência de informação relacionada com
entendimento ou conhecimento de um evento, sua consequência ou probabilidade.

NOTA 3 O risco é muitas vezes caracterizado por referência a eventos em potencial (conforme definido
no ABNT ISO Guia 73:2009, 3.5.1.3) e consequências (conforme definido no ABNT ISO Guia 73:2009,
3.6.1.3), ou uma combinação destes. Nesta Norma, o risco relacionado a SV refere-se a acidentes (eventos)
e mortes e lesões graves (consequências).

NOTA 4 O risco é muitas vezes expresso em termos de uma combinação das consequências de um evento
(incluindo alterações nas circunstâncias) e da probabilidade (conforme definido no ABNT ISO Guia 73:2009,
3.6.1.1) associada à ocorrência.

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3.30
via
superfície que veículos e pessoas utilizam para deslocamento, incluindo a área adjacente

NOTA As ferrovias estão incluídas no caso de passagens de nível de linha férrea ou linhas de bonde que
operam em vias.

3.31
malha viária
sistema de vias (3.30) em uma determinada área

3.32
tráfego na via
uso motorizado e não motorizado da via (3.30)

3.33
acidente de trânsito
colisão ou outro impacto em uma via (3.30), provocando morte (3.12), lesão ou danos

NOTA Nesta Norma, o enfoque para as organizações (3.21) está na prevenção das mortes e lesões
graves (3.44) decorrentes dos acidentes de trânsito em longo prazo e melhorias específicas nesse ínterim.

3.34
incidente de trânsito
ocorrência decorrente de uma falha de um componente ou fatores contribuintes externos do sistema
viário (3.36)

NOTA 1 Os incidentes incluem, porém não estão limitados a, acidentes de trânsito (3.33) e quase
acidentes.

NOTA 2 Os exemplos de componentes em que a falha pode provocar incidentes incluem os usuários na
via (3.37), veículos, vias (3.30) ou fatores contribuintes externos imprevistos, como relâmpagos ou animais.

3.35
segurança viária
SV
condições e fatores relacionados a acidentes de trânsito (3.33) e outros incidentes de trânsito
(3.34) que têm um impacto, ou têm o potencial de ter um impacto, sobre a morte ou lesão grave de
usuários na via (3.37)

3.36
sistema viário
via (3.30), os veículos, o sistema médico de emergência, os usuários na via (3.37) e as suas interações

3.37
usuário na via
qualquer pessoa na via (3.30)

3.38
deficiência da SV
surgimento de condições e fatores relacionados ao sistema viário (3.36), identificados como causas
de acidentes de trânsito (3.33) e incidentes de trânsito (3.34), que levam, ou têm o potencial
de levar, à morte e a lesões graves de usuários na via (3.37)

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3.39
ação corretiva da SV
ação para eliminar a causa de acidentes de trânsito (3.33)

3.40
desempenho da SV
resultados mensuráveis da gestão de uma organização (3.21) e de sua contribuição à SV (3.35)

NOTA No contexto dos sistemas de gestão da SV, os resultados podem ser medidos em relação à polí-
tica (3.24) da SV da organização (3.21), objetivos (3.20), metas (3.43) e outros requisitos de desempenho
da SV.

3.41
fator de desempenho da SV
fator, elemento e critério mensuráveis que contribuem à SV (3.35) no qual a organização (3.21) pode
influenciar e que permite que a organização determine os impactos em SV

NOTA Ele permite que uma organização (3.21), incluindo os seus contratantes e subcontratantes,
determine alterações no desempenho (3.23) da SV. Ele é um elemento concreto e mensurável de atividade
da organização, que será utilizado para rastrear o desempenho ao longo do tempo.

3.42
ação preventiva da SV
ação para reduzir ou eliminar o risco (3.29) de acidentes de trânsito (3.33)

3.43
meta da SV
desempenho (3.23) detalhado a ser alcançado, compatível com a política (3.24) e objetivos (3.20) da
SV que uma organização (3.21) aplica a si mesma ou em conjunto com as partes interessadas (3.15)

3.44
lesão grave
lesão com um impacto na saúde a longo prazo ou dano de maior gravidade provocada ao corpo
de uma pessoa ou de suas funções, decorrente de um acidente de trânsito (3.33)

NOTA Em vários países, diferentes definições de lesão grave estão em uso com base na duração da inter-
nação de uma pessoa ferida. A gravidade também pode ser baseada em diagnóstico médico ou invalidez,
como consequência de um acidente de trânsito. Podem existir outras definições em diferentes países.

3.45
alta administração
pessoa ou grupo de pessoas que dirige e controla uma organização (3.21) no mais alto nível

NOTA 1 A alta administração tem o poder de delegar autoridade e prover recursos dentro da organização.

NOTA 2 Se o escopo do sistema de gestão (3.16) abranger somente parte de uma organização, então,
a alta administração refere-se àqueles que dirigem e controlam essa parte da organização.

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4 Contexto da organização
4.1 Entendimento da organização e seu contexto

A organização deve determinar as questões externas e internas que são relevantes à sua finalidade
e que afetam a sua capacidade de alcançar o(s) resultado(s) pretendido(s) do seu sistema de gestão
da SV.

A organização deve:

—— identificar o seu papel no sistema viário;

—— identificar os processos, atividades associadas e funções da organização que podem ter um


impacto em SV;

—— determinar a sequência e a interação desses processos, atividades e funções.

4.2 Entendimento das necessidades e expectativas das partes interessadas

A organização deve determinar:

—— as partes interessadas que são relevantes ao sistema de gestão da SV;

—— os requisitos dessas partes interessadas;

—— os requisitos legais e outros requisitos relacionados em SV que a organização adota.

4.3 Determinação do escopo do sistema de gestão da SV

A organização deve determinar os limites e a aplicabilidade do sistema de gestão da SV para estabe-


lecer o seu escopo.

Ao determinar esse escopo, a organização deve considerar, especificamente,

—— as questões externas e internas referidas em 4.1,

—— os requisitos referidos em 4.2, e

—— os requisitos de planejamento referidos na Seção 6.

A organização deve determinar o resultado pretendido de seu sistema de gestão da SV que deve
incluir a redução, e finalmente a eliminação, do número de mortes e lesões graves nos acidentes
de trânsito que ela pode influenciar.

O escopo deve estar disponível como informação documentada.

4.4 Sistema de gestão da SV

A organização deve estabelecer, implementar, manter e melhorar continuamente um sistema de gestão


da SV, incluindo os processos necessários e suas interações, de acordo com os requisitos desta
Norma.

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5 Liderança
5.1 Liderança e comprometimento

A alta administração deve demonstrar liderança e comprometimento com relação ao sistema de gestão
da SV:

—— assegurando que a política e os objetivos da SV sejam estabelecidos e compatíveis com a diretriz


estratégica da organização;

—— assegurando a integração dos requisitos do sistema de gestão da SV nos processos de negócio


da organização;

—— assegurando que os recursos necessários para o sistema de gestão da SV estejam disponíveis;

—— adotando a eliminação das mortes e lesões graves em acidentes de trânsito como o objetivo da
SV de longo prazo, bem como decidindo sobre os resultados da SV a serem alcançados nesse
ínterim;

—— trabalhando em parceria e colaboração com as partes interessadas no desenvolvimento de contri-


buições para um sistema viário seguro para alcançar o(s) objetivo(s) estabelecido(s) da SV;

—— assegurando que a organização adote uma abordagem de processo para alcançar os resultados
desejados da SV para garantir que exista processos transparentes e o engajamento apropriado
em todos os níveis relevantes da organização;

—— priorizando ações estratégicas e selecionando linhas de ação específicas com base na melhor
informação disponível para alcançar os resultados pretendidos do sistema de gestão da SV;

—— comunicando a importância de uma gestão da SV eficaz e em conformidade com os requisitos


do sistema de gestão da SV;

—— provendo os recursos para estabelecer, implementar, manter e melhorar continuamente o sistema


de gestão da SV;

—— assegurando que o sistema de gestão da SV atinja seus resultados pretendidos, focando os resul-
tados da SV;

—— assegurando que a importância do atendimento às leis aplicáveis para alcançar o resultado


pretendido do sistema de gestão da SV seja comunicada a todo o pessoal relevante dentro da
organização;

—— gerindo e promovendo pessoas para contribuir para a eficácia do sistema de gestão da SV;

—— provendo a melhoria contínua;

—— apoiando outras funções de gestão relevantes para demonstrar liderança que se aplica às suas
áreas de responsabilidade.

NOTA A referência ao termo “negócio”, nesta Norma, destina-se a ser interpretada amplamente para
significar aquelas atividades que são fundamentais à finalidade da existência da organização.

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5.2 Política

A alta administração deve estabelecer uma política da SV que:

 a) seja apropriada à finalidade da organização;

 b) forneça uma estrutura para estabelecer objetivos e metas da SV;

 c) inclua um comprometimento para atender aos requisitos aplicáveis;

 d) inclua um comprometimento à melhoria contínua do sistema de gestão da SV.

A política deve:

—— estar disponível como informação documentada;

—— ser comunicada dentro da organização;

—— estar disponível às partes interessadas, conforme apropriado.

5.3 Funções, responsabilidades e autoridades organizacionais

A alta administração deve assegurar que as responsabilidades e autoridades para funções relevantes
sejam atribuídas e comunicadas dentro da organização.

A alta administração deve atribuir a responsabilidade e autoridade para:

 a) assegurar que o sistema de gestão da SV esteja de acordo com os requisitos desta Norma;

 b) reportar sobre o desempenho do sistema de gestão da SV à alta administração, incluindo reco-
mendações para melhoria.

6 Planejamento
6.1 Generalidades
A organização deve seguir um processo que revise o seu desempenho atual da SV, determine os
riscos e oportunidades, selecione os fatores de desempenho da SV a serem trabalhados, analise o
que ela pode alcançar ao longo do tempo e defina objetivos e metas da SV apropriados e os planos
para alcançá-los.

A revisão do desempenho atual da SV deve levar em consideração o contexto da organização


(ver Seção 4) e sua liderança (ver Seção 5), com referência específica aos processos, atividades
associadas e funções da organização que podem ter um impacto sobre SV. O desempenho atual da
SV deve ser quantificado onde for possível e a avaliação efetuada dos futuros impactos prováveis,
de acordo com os fatores relevantes de desempenho da SV.

6.2 Ações para tratar os riscos e oportunidades


Ao planejar o sistema de gestão da SV, a organização deve considerar as questões referidas em 4.1
e os requisitos referidos em 4.2, e determinar os riscos e oportunidades que precisam ser abordados
para:

—— assegurar que o sistema de gestão da SV possa alcançar o(s) resultado(s) pretendido(s);

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—— evitar ou reduzir efeitos indesejados;

—— alcançar a melhoria contínua.

A organização deve planejar

 a) ações para tratar esses riscos e oportunidades;

 b) como:

—— integrar e implementar essas ações em seus processos do sistema de gestão da SV;

—— avaliar a eficácia dessas ações.

6.3 Fatores de desempenho da SV

A organização deve identificar para uso os fatores de exposição ao risco, os resultados de fatores finais
de segurança e os resultados de fatores intermediários de segurança, dependendo do seu contexto
(ver Seção 4), dos riscos e oportunidades que ela identificou e conforme os fatores de desempenho
da SV da lista a seguir:

 a) Fatores de exposição ao risco:

—— distância percorrida e volume de tráfego viário, inclusive tipo de veículo e usuário na via, influen-
ciados ou não influenciados pela organização;

—— volume do produto e/ou serviço provido pela organização.

 b) Resultados de fatores finais de segurança, por exemplo, o número de mortes e lesões graves.

 c) Resultados de fatores intermediários de segurança: esses resultados estão relacionados ao


planejamento, projeto e uso seguros da malha viária e dos produtos e serviços dentro dela,
as condições de entrada e saída desses produtos, serviços e usuários, bem como a recuperação
e reabilitação das vítimas de acidentes de trânsito:

—— projeto e velocidade segura da via, especialmente considerando a separação (tráfego em


sentido contrário e usuários vulneráveis na via), áreas laterais e projeto de cruzamentos;

—— uso de vias apropriadas, dependendo do tipo de veículo, usuário, tipo de carga e equipamento;

—— uso de equipamentos de segurança pessoal, especialmente considerando os cintos de segu-


rança, sistemas de retenção para crianças, capacetes para ciclistas e motociclistas, e os meios
para ver e ser visto;

—— utilização de uma velocidade de condução segura, também considerando o tipo de veículo


e as condições de tráfego e clima;

—— bom estado de saúde dos condutores, especialmente considerando a fadiga, distração,


álcool e drogas;

—— planejamento seguro do percurso, incluindo consideração da necessidade de viajar, a quan-


tidade e o modo da viagem e a escolha da rota, veículo e condutor;

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—— segurança dos veículos, especialmente considerando a proteção dos ocupantes, proteção


de outros usuários na via (vulneráveis, bem como ocupantes de outros veículos), evitação
e atenuação de acidentes de trânsito, inspeção veicular, capacidade de carga do veículo
e segurança das cargas dentro e fora do veículo;

—— autorização apropriada para conduzir a classe de veículos que estão sendo conduzidos;

—— remoção de veículos em más condições e de condutores incapacitados da malha viária;

—— resposta pós-acidente e primeiros socorros, preparação para emergências e recuperação


e reabilitação pós-acidente.

A organização deve desenvolver fatores de desempenho da SV adicionais, quando os fatores


mencionados acima tiverem relevância insuficiente. Os fatores de desempenho da SV adicionais devem
ser desenvolvidos investigando os incidentes de trânsito relevantes e identificando as deficiências
da SV.

Com base nos fatores de desempenho da SV, a organização deve especificar elementos e critérios
em detalhes apropriados para determinar, monitorar e medir os objetivos e metas da SV. A organi-
zação deve documentar esta informação e mantê-la atualizada.

EXEMPLO O uso de cinto de segurança representa o elemento e o critério em relação ao fator de desem-
penho da SV denominado “uso de equipamento de segurança pessoal”. Para o fator de desempenho de
SV denominado “segurança do veículo”, uma classificação de segurança do consumidor representa o
elemento, e o nível de classificação representa o critério.

NOTA Orientações sobre o uso dos fatores de desempenho da SV por diferentes tipos de organizações
são providas em A.11.

6.4 Objetivos da SV e planejamento para alcançá-los

A organização deve estabelecer objetivos da SV nas funções e níveis relevantes.

Os objetivos da SV devem:

—— ser consistentes com a política da SV;

—— ser mensuráveis (se praticável);

—— levar em consideração os requisitos aplicáveis;

—— ser monitorados;

—— ser comunicados;

—— ser atualizados, quando apropriado.

A organização deve reter a informação documentada sobre os objetivos e as metas da SV.

Ao estabelecer e revisar os seus objetivos e metas da SV, a organização deve levar em consideração
os seus riscos e oportunidades descritos em 6.2, seus fatores de desempenho da SV descritos em
6.3 e elemento e critérios descritos em 6.3, bem como levar em consideração a sua capacidade de
gestão. Ela também deve considerar as suas opções tecnológicas, os seus requisitos financeiros,
operacionais e de negócios, e os pontos de vista das partes interessadas.

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Ao planejar como alcançar os seus objetivos e metas da SV, a organização deve determinar:

—— o que será feito;

—— quais recursos serão requeridos;

—— quem será responsável;

—— quando deve ser concluído;

—— como os resultados serão avaliados.

Os planos de ação devem ser documentados e revisados, conforme necessário.

NOTA 1 Em A.6.3 é apresentado um exemplo de uma hierarquia de metas da SV.

NOTA 2 O tipo de medição para quaisquer objetivos e metas da SV pode ser identificado com base nos
fatores de desempenho da SV e nos elementos e critérios descritos em 6.3, bem como nas saídas da
organização.

7 Suporte
7.1 Coordenação

A organização deve coordenar com os níveis e funções relevantes da organização (incluindo o enga-
jamento dos funcionários, em geral) e as partes interessadas para realizar os benefícios potenciais de
suas ações relativas em SV. Ela deve assegurar que haja consulta e coordenação internas e externas
de suas atividades designadas para alcançar o(s) objetivo(s) e metas da SV estabelecidos.

7.2 Recursos
A organização deve determinar e prover os recursos e a alocação da estrutura necessários para o
estabelecimento, implementação, manutenção e melhoria contínua do sistema de gestão da SV para
alcançar o(s) objetivo(s) e metas da SV estabelecidos.
NOTA Os recursos incluem recursos humanos e habilidades especializadas, infraestrutura organiza-
cional, tecnologia e recursos financeiros.

7.3 Competência
A organização deve:

—— determinar a competência necessária da(s) pessoa(s) que faz(em) o trabalho sob seu controle,
que afete o seu desempenho da SV;

—— assegurar que essas pessoas sejam competentes com base em educação, treinamento ou expe-
riência apropriados;

—— quando aplicável, tomar medidas para adquirir a competência necessária e avaliar a eficácia das
medidas tomadas;

—— reter informação documentada apropriada como evidência da competência.


NOTA As ações aplicáveis podem incluir, por exemplo, treinamento, ensino ou remanejamento de pessoas
atualmente empregadas, ou a contratação de pessoas competentes.

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7.4 Conscientização

As pessoas que fazem o trabalho sob o controle da organização e as que são afetadas ou afetam a
SV em seu trabalho, devem estar cientes:

—— da política da SV;

—— da sua contribuição para a eficácia do sistema de gestão da SV, incluindo os benefícios da


melhoria do desempenho da SV;

—— das implicações da não conformidade com os requisitos do sistema de gestão da SV;

—— das informações e lições aprendidas sobre os mais relevantes incidentes de trânsito que são
conhecidos pela organização.

7.5 Comunicação

A organização deve determinar a necessidade para comunicações internas e externas relevantes


ao sistema de gestão da SV, incluindo:

—— o que comunicar;

—— quando comunicar;

—— para quem comunicar.

A organização deve estabelecer, implementar e manter um processo de comunicação considerando


os seus vários níveis e funções e as partes interessadas.

A organização deve apoiar a melhoria contínua de desempenho da SV, engajando e promovendo entre
suas partes interessadas internas e externas, conforme apropriado, a necessidade de um enfoque
de longo prazo nos resultados da SV e os meios pelos quais eles podem ser alcançados.

7.6 Informação documentada

7.6.1 Generalidades

O sistema de gestão da SV da organização deve incluir:

—— informação documentada requerida por esta Norma;

—— informação documentada determinada pela organização como sendo necessária para a eficácia
do sistema de gestão da SV.

NOTA A extensão da informação documentada para um sistema de gestão da SV pode diferir de uma
organização para outra devido:

—— ao tamanho da organização e seu tipo de atividades, processos, produtos e serviços,

—— à complexidade dos processos e suas interações, e

—— à competência das pessoas.

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7.6.2 Criação e atualização

Ao criar e atualizar a informação documentada, a organização deve assegurar:

—— identificação e descrição apropriadas (por exemplo, um título, data, autor ou número de referência);

—— um formato apropriado (por exemplo, idioma, versão do software, gráficos) e meio de comunicação
(por exemplo, papel, eletrônico);

—— revisão e aprovação apropriadas para a sustentabilidade e adequação.

7.6.3 Controle da informação documentada

A informação documentada requerida pelo sistema de gestão da SV e por esta Norma deve ser contro-
lada para assegurar que ela:

—— esteja disponível e seja adequada para uso, onde e quando ela for necessária;

—— seja apropriadamente protegida (por exemplo, perda da confidencialidade, uso impróprio ou


perda da integridade).

Para o controle da informação documentada, a organização deve tratar as seguintes atividades,


conforme aplicável:

—— distribuição, acesso, recuperação e uso;

—— armazenamento e conservação, incluindo a conservação da legibilidade;

—— controle de alterações (por exemplo, controle da versão);

—— retenção e descarte.

A informação documentada de origem externa determinada pela organização a ser necessária para
o planejamento e operação do sistema de gestão da SV deve ser identificada e controlada conforme
apropriado.

NOTA O acesso implica uma decisão sobre a permissão para somente visualizar a informação documen-
tada ou a permissão e autoridade para visualizar e alterar a informação documentada etc.

8 Operação
8.1 Planejamento e controle operacional

A organização deve determinar, planejar, implementar e controlar os processos para atender aos requi-
sitos e implementar as ações determinadas em 6.2, para tratar dos fatores de desempenho da SV
identificados em 6.3 e os objetivos e metas da SV descritos em 6.4:

—— estabelecendo critérios para os processos;

—— implementando controle dos processos de acordo com os critérios;

—— mantendo a informação documentada até o ponto necessário para ter a confiança de que os
processos foram realizados conforme o planejado.

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A organização deve controlar as alterações planejadas e revisar as consequências das alterações não
pretendidas, tomando medidas para atenuar quaisquer efeitos adversos, conforme necessário.

A organização deve assegurar que os processos terceirizados estejam controlados.

8.2 Prontidão e resposta a emergências

A organização deve responder às mortes e às lesões graves provocadas por acidentes de trânsito ou
por outros incidentes de trânsito nos quais a organização esteja efetivamente envolvida e, onde for
exequível, deve evitar ou atenuar os impactos adversos associados na SV.

A organização deve revisar periodicamente e, quando necessário, rever a sua condição de prontidão
para as mortes e lesões graves provocadas por acidentes ou por outros incidentes de trânsito nos
quais a organização esteja efetivamente envolvida, e os procedimentos de resposta, particularmente,
após essas ocorrências de mortes e lesões graves.

A organização também deve simular periodicamente esses procedimentos, quando aplicável.

9 Avaliação de desempenho
9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação

Em relação ao sistema de gestão da SV, a organização deve determinar:

—— quais necessidades devem ser monitoradas e medidas;

—— os métodos para acompanhamento, medição, análise e avaliação, conforme aplicável, para asse-
gurar resultados válidos;

—— quando o monitoramento e a medição devem ser realizados;

—— quando os resultados do monitoramento e medição devem ser analisados e avaliados.

A organização deve reter a informação documentada apropriada como evidência dos resultados.

A organização deve avaliar o desempenho e a eficácia do sistema de gestão da SV.

A organização deve estabelecer, implementar e manter um processo para avaliar periodicamente


a conformidade com os requisitos legais aplicáveis da SV e outros requisitos da SV aos quais a orga-
nização adota.

9.2 Acidentes de trânsito e outras investigações sobre incidentes de trânsito

A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para registrar, investigar e


analisar aqueles acidentes de trânsito e outros incidentes nos quais ela esteja envolvida que levem,
ou tenham o potencial de levar, à morte e lesões graves de usuários na via, a fim de:

 a) determinar os fatores essenciais que ela pode controlar e/ou influenciar e que podem estar
provocando ou contribuindo para a ocorrência desses incidentes;

 b) identificar a necessidade para ação corretiva da SV;

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a) identificar oportunidades para ação preventiva da SV.

As investigações devem ser realizadas em tempo hábil.

Qualquer necessidade identificada para ação corretiva da SV ou oportunidades para ação preventiva
da SV devem ser tratadas de acordo com as partes relevantes da Seção 10.

Os resultados das investigações de acidentes e incidentes de trânsito devem ser documentados e


mantidos.

9.3 Auditoria interna

A organização deve realizar auditorias internas em intervalos planejados para prover informações,
verificando se o sistema de gestão da SV:

a) atende aos:

 requisitos da própria organização para seu sistema de gestão da SV;

 requisitos desta norma;

b) é efetivamente implementado e mantido.

A organização deve:

 planejar, estabelecer, implementar e manter programas de auditoria, incluindo a frequência,


métodos, responsabilidades, requisitos de planejamento e relatórios. Os programas de
auditoria devem levar em consideração a importância dos processos afins e os resultados
de auditorias anteriores;

 definir os critérios da auditoria e o escopo para cada auditoria;

 selecionar auditores e realizar auditorias para assegurar a objetividade e a imparcialidade do


processo de auditoria;

 assegurar que os resultados das auditorias sejam reportados à gestão competente;

 reter a informação documentada como evidência da implementação do programa de auditoria


e os resultados da auditoria.

9.4 Revisão do sistema de gestão

A alta administração deve revisar o sistema de gestão da SV da organização, em intervalos planejados,


para assegurar a sua contínua conformidade, adequação e eficácia em alcançar os objetivos e
metas da SV estabelecidos. Ao estabelecer o seu sistema de gestão da SV ou após a sua revisão, a
organização deve identificar e analisar as principais questões que precisam ser tratadas através do
sistema de gestão, a fim de melhorar o desempenho da SV da organização nesse ínterim e a longo
prazo.

A revisão do sistema de gestão deve incluir consideração:

a) da situação das ações de revisões anteriores;

b) de alterações em questões externas e internas que sejam relevantes ao sistema de gestão da SV;

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 c) de informações sobre o desempenho da SV, incluindo as tendências

—— em não conformidades e ações corretivas,

—— no monitoramento, análise da medição e avaliação de resultados, incluindo a extensão na


qual os objetivos e metas da SV foram atendidos, e

—— nos resultados das auditorias e avaliações de conformidade com requisitos legais e outros
requisitos que a organização adota;

 d) de oportunidades para melhoria contínua, incluindo consideração de novas tecnologias;

 e) de comunicação(ões) relevante(s) das partes interessadas, incluindo reclamações;

 f) de investigações sobre acidentes e outros incidentes de trânsito.

As saídas da revisão pela administração devem incluir decisões relacionadas às oportunidades de


melhoria contínua, alcançando os resultados da SV e qualquer necessidade de alterações no sistema
de gestão da SV.

A organização deve reter a informação documentada como evidência dos resultados das revisões do
sistema de gestão.

10 Melhoria
10.1 Não conformidade e ação corretiva

Quando uma não conformidade com os requisitos do sistema de gestão da SV ocorre, a organização
deve:

 a) reagir à não conformidade e, conforme aplicável,

—— tomar medidas para controlar e corrigi-la, e

—— tratar das consequências;

 b) avaliar a necessidade de medidas para eliminar as causas da não conformidade, a fim de que ela
não se repita ou ocorra em outra parte,

—— revisando a não conformidade,

—— determinando as causas da não conformidade, e

—— determinando se existem não conformidades similares, ou que potencialmente poderiam


ocorrer;

 c) implementar qualquer ação necessária;

 d) revisar a eficácia de qualquer ação corretiva tomada;

 e) efetuar alterações no sistema de gestão da SV, se necessário.

As ações corretivas devem ser apropriadas aos efeitos das não conformidades encontradas.

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A organização deve reter a informação documentada como evidência

—— da natureza das não conformidades e quaisquer ações subsequentes tomadas, e

—— dos resultados de qualquer ação corretiva.

10.2 Melhoria contínua

A organização deve melhorar continuamente a conformidade, adequação e eficácia do sistema de


gestão da SV.

NOTA Isto pode ser conseguido através do uso da política, objetivos e metas da SV, resultados das
auditorias, análise de eventos monitorados, ações corretivas e preventivas e revisão pela administração.

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Anexo A
(informativo)

Orientações sobre o uso desta Norma

A.1 Generalidades
Este anexo é estritamente informativo e destina-se a prover uma interpretação clara dos requisitos
nas Seções 4 a 10 desta Norma. Esta informação não se destina a adicionar, remover ou modificar os
requisitos das Seções 4 a 10.

Uma gestão da SV de boas práticas requer uma abordagem sistemática, incluindo a capacidade
apropriada para as funções e processos de gestão principais necessários para entregar uma ação
efetiva para alcançar os resultados da SV desejados [11] [12]. A implementação bem-sucedida de um
sistema de gestão da SV depende de comprometimento de todas as pessoas que trabalham para a
organização ou em seu nome, desde a administração estratégica até o pessoal operacional. Esse
comprometimento começa nos níveis mais altos da administração. A implementação de um sistema
de gestão da SV especificado por esta Norma destina-se a resultar no desempenho melhorado da
SV e promover uma abordagem do Sistema Seguro, conforme descrito no Anexo B. O sistema de
gestão da SV é baseado na metodologia de Plan-Do-Check-Act (Planejar-Fazer-Checar-Agir), que
é uma abordagem cíclica que requer uma forte liderança e comprometimento da alta administração
(ver Seção 5).

A velocidade, extensão e prazo deste processo de melhoria contínua são determinados pela organi-
zação, considerando as circunstâncias econômicas e outras circunstâncias.

 a) Etapa 1: Planejar

—— Identificar o impacto que a organização pode ter sobre SV, mapear esse impacto entre todas
as partes interessadas e determinar o escopo organizacional de um sistema de gestão da SV
com referência às necessidades identificadas em todo o processo de planejamento (ver Seção 4).

—— Estabelecer o comprometimento da liderança, entre outras ações, adotando uma visão de longo
prazo para eliminar as mortes e lesões graves a serem alcançadas por metas da SV incrementais
e uma estratégia ou abordagem para a sua realização, e provendo recursos para estabelecer,
implementar, manter e melhorar continuamente o sistema de gestão da SV para esses fins.
Estabelecer, documentar e comunicar a política da SV, atribuir funções, responsabilidades e auto-
ridades organizacionais (ver Seção 5).

—— Determinar os riscos e oportunidades através da avaliação do desempenho atual, sempre que


possível, e trabalhar com cada um dos fatores de desempenho da SV para estabelecer aqueles
que são relevantes para a organização e mais importantes para a melhoria da SV. Definir objetivos
e metas da SV (mensuráveis, se aplicável) para cada fator de desempenho da SV prioritário,
levando em consideração as necessidades da capacidade de gestão da SV, e desenvolver planos
de ação (ver Seção 6).

 b) Etapa 2: Fazer

—— Implementar e operar o sistema de gestão da SV e assegurar que seja provida capacidade


suficiente para o desenvolvimento das funções principais do sistema, a fim de permitir que

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as ações identificadas sejam realizadas e assegurar que os objetivos e metas da SV sejam


atendidos, seguindo as etapas nas Seções 7 e 8.

 c) Etapa 3: Checar

—— Monitorar e avaliar o desempenho da SV, realizar auditorias internas e revisões periódicas do


sistema de gestão da SV para identificar oportunidades de melhoria contínua, alcançando os
resultados da SV e alterações necessárias no sistema de gestão da SV, seguindo as etapas na
Seção 9.

 d) Etapa 4: Agir

—— Melhorar continuamente o sistema de gestão da SV após a revisão de desempenho da SV em


relação aos objetivos e metas da SV, desempenho do sistema de gestão da SV, deficiências e
não conformidades e identificação de ação corretiva e oportunidades de ação preventiva, com a
finalidade de reduzir a incidência e o risco de mortes e lesões graves em acidentes de trânsito
(ver Seção 10).

A.2 Referências normativas


Nenhuma orientação é recomendada.

A.3 Termos e definições


Nenhuma orientação é recomendada.

A.4 Contexto da organização


Uma revisão da situação inicial estabelece a posição atual da organização em relação à SV. A revisão
considera todos os fatores relevantes para o estabelecimento do sistema de gestão da SV, incluindo
os resultados desejados pela organização, como são alcançados e quem é responsável por eles.

As ferramentas e os métodos para a realização de uma revisão podem incluir listas de verificação,
entrevistas, pesquisas, inspeção e medição diretas, resultados de auditorias anteriores ou outras
avaliações e revisões.

A.4.1 Entendimento da organização e seu contexto


O contexto da SV pode ser descrito pelas interações entre quatro componentes, ou seja, vias, veículos
nessas vias, uso das vias e veículos, e resposta a emergências, tratamento de traumatismos e
reabilitação. Cada um desses componentes é controlado e/ou influenciado por muitas organizações
que, em última instância, afetam a SV. O impacto da organização sobre SV depende da natureza das
atividades, produtos e serviços da organização e do local e das condições onde eles funcionam, bem
como da eficácia do seu sistema de gestão da SV.

Os exemplos de atividades dentro das organizações, públicas e privadas, grandes e pequenas, que
podem envolver SV são listados abaixo. A maioria dos fatores de desempenho da SV é relevante a
todas as organizações, embora o seu significado varie entre elas.

 a) Uso do sistema viário por funcionários para ir e retornar do trabalho, ou em serviço, em veículos
públicos ou privados, como passageiro ou condutor, e caminhando ou andando de bicicleta.

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 b) Transporte de mercadorias e passageiros no sistema viário realizado pela organização, ou


contratado por outras organizações.

 c) Atividades que geram tráfego nos locais controlados ou influenciados pela organização, como
supermercados, escolas e locais com muitos visitantes.

 d) Fornecimeto de serviço e produtos para o sistema viário, como serviço de transporte, gestão,
planejamento, projeto, construção e manutenção da infraestrutura, veículos e produtos afins,
atendimento médico a emergências, tratamento de traumatismos, reabilitação e atividades de
regulamentação e fiscalização.

Embora algumas organizações tenham somente um pequeno número de processos vinculados


a questões da SV, esses podem ser muito importantes na redução de mortes e lesões graves.
É, portanto, importante identificar as necessidades de transporte e o nível de exposição ao risco para
usuários motorizados e não motorizados. As questões externas específicas podem ser reconhecidas
pela ocorrência de acidentes de trânsito ou reclamações de terceiros. As questões internas podem
ser reconhecidas pela ocorrência de quase acidentes ou desvios dos procedimentos documentados.

A.4.2 Entendimento das necessidades e expectativas das partes interessadas

A maioria das atividades e funções (processos) na organização pode ser controlada pela própria
organização. Entretanto, a redução de mortes e lesões graves depende da combinação e interação
de atividades com outras organizações e usuários na via. Portanto, a organização deve identificar as
partes interessadas na sua esfera de influência, a fim de comunicar, consultar e coordenar com elas
quem são mais relevantes para a redução de mortes e lesões graves.

A.4.3 Determinação do escopo do sistema de gestão


Uma organização pode escolher implementar esta Norma com relação a toda a organização ou a
unidades de operação específicas da organização. Convém que a organização defina e documente o
escopo do seu sistema de gestão da SV, particularmente as partes da organização em que o sistema
se aplica, se não for toda a organização. Uma vez que o escopo é definido, todas as atividades,
produtos e serviços da organização dentro desse escopo precisam ser incluídos no sistema de gestão
da SV. A credibilidade do sistema de gestão da SV depende de quais partes da organização estão
incluídas e as razões documentadas para qualquer exclusão.

A.4.4 Sistema de gestão da SV


Nenhuma orientação é recomendada.

A.5 Liderança

A.5.1 Liderança e comprometimento


Um alto nível de comprometimento demonstrado pela alta administração é crítico para o sucesso na
gestão da SV. Isto porque é relativamente fácil considerar que a tarefa de gestão da SV tenha sido
concluída através de atividades de nível relativamente simples (por exemplo, publicando instruções
de segurança ou que requeiram treinamento de segurança) ou responder rapidamente a incidentes,
em vez de tratar da eliminação das mortes e lesões graves.

A liderança da alta administração pode ser demonstrada, por exemplo, motivando e capacitando as
pessoas a contribuírem para a eficácia do sistema de gestão da SV; reforçando a responsabilidade

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organizacional para os resultados; criando e mantendo um ambiente interno no qual as pessoas


possam estar totalmente engajadas em atingir os objetivos da SV da organização e liderando pelo
exemplo.

A.5.2 Política
Tendo considerado o contexto da SV e as implicações gerais para a organização na sua contribuição,
buscando eliminar as mortes e as lesões graves, uma política da SV precisa ser desenvolvida.
A política da SV provê a estrutura para estabelecer os objetivos e metas da SV e orienta a implementação
e a melhoria de um sistema de gestão da SV da organização, de modo que ele possa melhorar
continuamente o seu desempenho. Nas boas práticas, esta política reflete o comprometimento da
alta administração para eliminar as mortes e as lesões graves, a fim de atender aos requisitos legais
aplicáveis e outros requisitos, e para a melhoria contínua. A política da SV é também suficientemente
clara para ser entendida pelas partes interessadas internas e externas, é periodicamente revisada
e reavaliada para refletir as alterações nas condições e informações, e tem um escopo claramente
identificável que reflita as circunstâncias específicas da organização.

A política da SV pode ser vinculada a outros documentos de política da organização e, idealmente,


ser consistente com as suas políticas globais de negócios e com suas políticas para outras disciplinas
de gestão (como gestão da qualidade, segurança e saúde ocupacional ou gestão ambiental), além
do atendimento aos requisitos legais e normas do setor. Nas boas práticas, a política é comunicada
de tal forma que demonstre o comprometimento da alta administração e da organização da SV,
aumente a conscientização dos comprometimentos assumidos na declaração da política, explique por
que o sistema de gestão da SV é estabelecido e mantido, motive as pessoas e oriente o entendimento
das suas responsabilidades e obrigações da SV.

A.5.3 Funções, responsabilidades e autoridades organizacionais


A implementação bem-sucedida de um sistema de gestão da SV implica a capacitação competente e
responsável em desenvolver as funções e processos principais de gestão necessários para produzir
resultados da SV desejados. Cabe à alta administração designar um ou mais representantes específicos
da administração com responsabilidade e autoridade definidas para a implementação do sistema de
gestão da SV. É importante que as principais funções e responsabilidades do sistema de gestão da
SV sejam bem definidas e comunicadas a todas as pessoas que trabalham para a organização ou em
nome dela.

A.6 Planejamento

A.6.1 Generalidades
Nenhuma orientação é recomendada.

A.6.2 Ações para tratar os riscos e oportunidades


Ações efetivas sobre os riscos e oportunidades identificados reduzirão as mortes e as lesões graves
nos acidentes de trânsito e, assim, reduzirão os custos para a organização e aumentarão o tempo e os
recursos disponíveis para a atividade produtiva. Também tenderão a aumentar a confiança das partes
interessadas na organização. Os exemplos dos diferentes riscos e oportunidades são alta porcentagem
de usuários idosos, convivência de usuários motorizados e não motorizados, altos volumes de tráfego
nas principais rotas, exigência rigorosa no atendimento ao prazo de entrega aos clientes, atividade
de segurança viária em diferentes regiões, nível de cumprimento das principais regras de segurança
e qualidade da infraestrutura viária, frota de veículos e sistema médico de emergência.

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A.6.3 Fatores de desempenho da SV

Os fatores de desempenho da SV descrevem os diferentes elementos de segurança viária que as


organizações precisam considerar em seu sistema de gestão da SV. Os fatores de desempenho da
SV identificados nesta Norma são gerais e utilizáveis para a maioria das organizações e situações,
são orientados aos problemas ou soluções da SV conhecidos e possuem uma base de evidências.
A organização considera todos os seguintes fatores de desempenho e os prioriza com base no
contexto da organização.

 a) Fatores de exposição ao risco: a organização é requerida a considerar a extensão que ela enfrenta
à exposição aos riscos de segurança dentro do sistema viário e coletar dados sobre esses riscos.
Os fatores de exposição ao risco podem tomar uma variedade de formas, incluindo o volume de
tráfego dentro de uma determinada área que seja relevante para a organização, ou o volume de
viagens que são realizadas por membros da organização, ou o volume de produtos e serviços.
Os riscos de segurança podem ser aumentados ou reduzidos, dependendo do tipo de usuários
que estão envolvidos ou outros fatores sobre esses usuários, como seus históricos de condução.
Os riscos de segurança também podem ser aumentados ou reduzidos, dependendo do tipo
de veículo ou modo de transporte que é utilizado. O entendimento da extensão de exposição
aos riscos de segurança fornece às organizações informações tangíveis sobre quais fatores
de desempenho convém que elas priorizem.

 b) Fatores de resultados finais de segurança: as boas práticas incluem a consideração da extensão
das lesões fatais e graves de acidentes de trânsito, dos custos humanos e econômicos do
traumatismo resultante e a coleta de dados dessas lesões. Além de considerar a lesão física,
os fatores de resultados finais de segurança podem tratar das perdas relacionadas exclusivamente
à organização, por meio da perda de produtividade ou custos externos adicionais, ou relacionadas
às perdas socioeconômicas mais amplas, como dor e sofrimento, recuperação, tratamento e
reabilitação do ser humano ou retificação de serviços. O entendimento da extensão dos custos
humanos e econômicos fornece às organizações informações tangíveis sobre os benefícios e a
eficácia nos custos disponíveis a partir da melhoria em SV.

 c) Fatores de resultados intermediários de segurança: o sistema viário é um sistema aberto e


complexo, com muitos atores e responsabilidades compartilhadas. Os acidentes de trânsito que
resultam em mortes ou lesões graves são raros e a distância no tempo e espaço entre a ação
e a melhoria potencial pode ser grande. Enquanto os fatores de exposição ao risco e os fatores
de resultados finais de segurança precisam ser monitorados continuamente, os fatores de
resultados intermediários de segurança (que tenham relação de casualidade com os fatores
de resultados finais de segurança) precisam de mais atenção. Os resultados intermediários
de segurança são medidas de intervenções que são conhecidas para melhorar o desempenho
da SV final, como a redução da velocidade no trânsito ou a melhoria do nível da classificação
de segurança (por exemplo, Programa de Avaliação de Novos Veículos) da frota de veículos.
Melhorias sistemáticas podem ser alcançadas focando, medindo e acompanhando os fatores
intermediários que mais melhorarão o desempenho da SV.

Convém que as organizações identifiquem para aplicação os fatores de resultados intermediários


de segurança da seguinte lista, dependendo do seu respectivo contexto:

 1) Projeto e velocidade segura da via, especialmente considerando a separação (tráfego em


sentido contrário e usuários vulneráveis na via), áreas lindeiras e projeto de interseções

As normas, regras e diretrizes e as disposições de conformidade abrangem o planejamento,


projeto, construção, uso, operação e manutenção seguros da malha viária. Os tratamentos
comprovadamente eficazes e inovadores que atendem aos requisitos do Sistema Seguro

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estão aumentando cada vez mais, informando as políticas e os planos de engenharia


em segurança, apoiados por novas ferramentas para auxiliar na avaliação da qualidade
da segurança de infraestrutura viária. Todas as rodovias e ruas com funções de fluxo de
passagem, de distribuição e de acesso possuem diferentes funcionalidades e requisitos
de segurança. Altos níveis de segurança podem ser atendidos pelo alcance de uma boa
correspondência entre a função da via, os limites seguros de velocidade e sua observância,
projeto e leiaute. As questões típicas incluem a separação do tráfego em sentido contrário
de alto volume em vias de alto volume e de alta velocidade para evitar colisões frontais
e provendo proteção lateral contra colisões, em caso de saída de pista; adotando velocidades
seguras nas interseções para reduzir as colisões laterais e adotando velocidades seguras
nas rodovias e ruas com uso misto onde a separação de veículos automotores e usuários
vulneráveis na via seja difícil. Em muitos países, há uma diferença significativa entre o nível
de segurança da via e o limite legal de velocidade. As organizações podem considerar a
imposição de limites mais baixos de velocidade.

 2) Uso de vias apropriadas, dependendo do tipo de veículo, usuário, tipo de carga e equipamento

Para alguns tipos de veículos e equipamentos (ou aqueles que transportam cargas espe-
cíficas, como produtos perigosos), o acesso a alguns tipos de via é inadequado, e convém
que o uso e a seleção do tipo de via sejam definidos adequadamente.

 3) Uso de equipamentos de segurança pessoal, especialmente considerando os cintos de


segurança, sistemas de retenção para crianças, capacetes para ciclistas e motociclistas, e
os meios para ver e ser visto

Os equipamentos de segurança pessoal, como cintos de segurança, capacetes para ciclistas


e motociclistas contra colisão, auxílios de visibilidade, roupas de proteção para motociclistas
e equipamentos de segurança especiais para crianças são necessários para complementar
o nível de segurança inerente ao sistema viário. O uso seguro não depende somente
do usuário/condutor e do atendimento das principais regras de segurança sujeitas à fiscali-
zação, mas também do reforço da gestão e equipamentos de suporte ao condutor (por exemplo,
lembretes no uso do cinto de segurança).

 4) Utilizando uma velocidade de condução segura, também considerando o tipo de veículo
e as condições de tráfego e clima

A velocidade de condução insegura é o principal problema de segurança viária. Além da enge-


nharia e de medidas combinadas de comunicação e de fiscalização, pode ser aplicado um
conjunto de tecnologias para auxiliar o condutor no atendimento dos limites de velocidade
estabelecidos, incluindo equipamentos para fiscalização de velocidade e sistemas de apoio
ao condutor, como limitadores de velocidade e monitoramento do condutor dentro do veículo.
A adaptação às situações de clima e tráfego e, geralmente, a operação dentro das leis de
trânsito são pré-requisitos.

 5) O bom estado de saúde dos condutores, especialmente considerando a fadiga, distração,
álcool e drogas

Uma grande proporção dos acidentes de trânsito resulta da condução prejudicada, especial-
mente pela fadiga, distração, álcool e drogas. Em muitos países, os requisitos legais e outros
requisitos proveem uma estrutura para auxiliar a gestão desses problemas. Os sistemas
de apoio ao condutor, como dispositivos de travamento da ignição que evitam a condução
sob efeito de álcool, estão cada vez mais sendo utilizados. O monitoramento e o registro
do uso de veículos comerciais e horas de trabalho dos condutores também proveem ferra-
mentas de gestão úteis.

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 6) Planejamento seguro do percurso, incluindo consideração da necessidade de viajar, a quan-


tidade e o modo da viagem e a escolha da rota, veículo e condutor

O planejamento do percurso pode ter um impacto crítico sobre ciclistas e motociclistas.


As considerações importantes são, se a viagem for necessária (por exemplo, a telecomuni-
cação pode ser igualmente eficaz), quais modos de transporte (pedestre, veículo particular,
transporte público) são os mais seguros e mais adequados para cada percurso, e quais rotas
são as mais seguras e mais apropriadas. A assistência está disponível a partir de programas
do consumidor (como, programas de avaliação da via que avalia sistematicamente a segu-
rança de diferentes vias) ou planejadores de percursos.

 7) Segurança dos veículos, especialmente considerando a proteção dos ocupantes, proteção
de outros usuários na via (vulneráveis, bem como outros ocupantes do veículo), evitação
e atenuação de acidentes de trânsito, inspeção veicular, capacidade de carga do veículo e
segurança das cargas dentro e fora do veículo.

As melhorias no projeto de segurança do veículo e nos equipamentos de segurança, inclu-


indo o desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias de segurança (por exemplo,
controle eletrônico de estabilidade), desempenham um papel importante nos esforços para
reduzir as mortes e as lesões graves no trânsito. As condições para a entrada de veículos na
malha viária são estabelecidas no registro do veículo na jurisdição e na legislação de certifi-
cação, que podem ser complementadas por requisitos organizacionais adicionais. Qualquer
organização pode melhorar a segurança por meio da seleção cuidadosa dos veículos que ela
utiliza. As diferenças na segurança dos tipos e modelos de veículos são significativas, seja
para as pessoas dentro ou fora do veículo, ou para veículos leves ou pesados. Geralmente,
a segurança do veículo é regulamentada e a maioria dos veículos novos oferece segurança
além da regulamentação. O ensaio de programas do consumidor e a publicação de classi-
ficações de segurança para muitos tipos e modelos de veículos podem ser utilizados pelas
organizações para auxiliá-las a tomar decisões fundamentadas no nível de segurança que
elas buscam em frotas de veículos.

 8) Autorização apropriada para conduzir a categoria de veículos que está sendo conduzida

Os condutores e passageiros estão geralmente sujeitos a normas legais para circulação


na malha viária. A adesão a estas normas pode ser apoiada através da requisição da
documentação de licenciamento apropriada, porém normas mais rígidas de comportamento
do condutor e do passageiro podem ser colocadas em prática por uma organização,
juntamente com requisitos de segurança adicionais para condutores e passageiros. Convém
que as organizações tenham requisitos muito claros para quem pode utilizar qual veículo em
quais vias e reforçar a importância da conformidade com esses requisitos. O bom estado de
saúde, competência e as normas para outorgar licenças para conduzir são todos importantes.

 9) Remoção de veículos em más condições e condutores incapacitados da malha viária

Os sistemas de sanções jurisdicionais tipicamente estabelecem as condições para a


desqualificação do condutor em caso de violação grave das principais regras de segurança.
Os requisitos legais abrangem as condições para a remoção de veículos. As organizações
podem estabelecer requisitos adicionais, como regimes de inspeção da frota de veículos,
restrições da idade dos veículos, bem como monitorar registros de condutores para a aptidão
continuada para conduzir.

 10) Resposta pós-acidente e primeiros socorros, preparação para emergências e recuperação


e reabilitação pós-acidente

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Seguro apropriado, preparação para alerta, paramédicos e treinamento de condutores de


veículos de transporte comerciais e públicos, a disponibilidade e a qualidade dos serviços
de resgate e emergência, e a recuperação e reabilitação pós-acidente são todos parte da
cadeia de resposta pós-colisão, que podem ter uma influência significativa sobre a incidência
de mortes e invalidez após um acidente de trânsito.

A.6.4 Objetivos da SV e planejamento para alcançá-los

Seja qual for o contexto organizacional, o foco nos objetivos e metas da SV direciona o sistema de
gestão, integra o sistema e provê a sua finalidade. A melhoria no desempenho da SV é um processo
contínuo e a medição e a responsabilidade final dos objetivos e metas da SV são os fatores que
asseguram a realização desta melhoria.

Convém que os objetivos e metas da SV estabelecidos pela organização sejam específicos e mensu-
ráveis sempre que possível e convém que levem em consideração a capacidade da gestão da SV
necessária para alcançá-los. Convém que um modelo de boas práticas relevantes às organizações dos
setores público e privado inclua uma meta global de reduzir o custo dos acidentes de trânsito através
da redução do número de mortes e lesões graves (resultados finais). Esses resultados finais serão
alcançados por meio de intervenções com base em fatores de resultados intermediários de segu-
rança que possuem suas próprias metas da SV (por exemplo, o nível de uso do cinto de segurança).
A realização dessas intervenções (saídas, como a instalação de dispositivos de travamento da ignição
sob o efeito de álcool) terá as suas próprias metas da SV e medição.

A criação e uso de um ou mais programas ou planos de ação são importantes para o sucesso da
implementação de um sistema de gestão da SV. Para questões complexas podem ser necessários
mais planos formais de projeto. Nas boas práticas, a organização examina os recursos (financeiros,
humanos, infraestrutura) requeridos para executar os programas e como eles são alocados, os
mecanismos de coordenação necessários, como o programa será promovido, monitorado e avaliado,
e consideração da necessidade de construir e transferir conhecimento. Dependendo da complexidade
do programa, convém que a organização atribua responsabilidade, autoridade e datas de conclusão
para tarefas individuais para assegurar que o objetivo da SV possa ser alcançado dentro do cronograma
global. As revisões e os refinamentos do(s) programa(s) devem ser realizados regularmente. Isso
pode ser parte da revisão da gestão regular, ou com maior frequência.

A.7 Suporte
Um grupo de funções da administração é requerido, a fim de implementar eficazmente e manter um
sistema de gestão da SV bem-sucedido.

A.7.1 Coordenação
Um sistema de gestão da SV bem-sucedido é baseado igualmente na coordenação horizontal entre
as diferentes partes da organização (sejam em diferentes locais ou responsáveis por diferentes
funções) e as partes interessadas (sejam organizações públicas ou privadas), e verticalmente dentro
de cada parte da organização. O trabalho para definir o contexto organizacional e, particularmente,
as necessidades e expectativas das partes interessadas, é um começo fundamental para estabelecer
quais atividades precisam ser coordenadas, a fim de melhorar o desempenho da SV.

A.7.2 Recursos
Nas boas práticas, a organização assegura que recursos sustentáveis e infraestrutura organizacional
adequados sejam providos para o sistema de gestão da SV a ser estabelecido, implementado e mantido.

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Os exemplos de infraestrutura organizacional incluem os edifícios, veículos e linhas de comunicação.


Os procedimentos, como a análise de custo-benefício, podem ser utilizados para orientar a alocação
de recursos entre os programas de segurança.

A.7.3 Competência

A conscientização, conhecimento, entendimento e competência podem ser obtidos ou melhorados


através de treinamento, educação, experiência no trabalho, projetos de demonstração ou recrutamento
pessoal qualificado. É importante nomear uma pessoa ou estabelecer um processo que incentive
avaliar regularmente a adoção de novas práticas, técnicas e abordagens de segurança que possam
melhorar o desempenho da SV. A atualização regular desse entendimento dentro da organização
permitirá que esta considere as mudanças nas práticas dentro do contexto de seu comprometimento
e abordagem totais em SV.

A.7.4 Conscientização

Ver orientações em A.7.3 acima.

A.7.5 Comunicação

A comunicação dos requisitos do sistema de gestão da SV é necessária para a sua implementação


efetiva. Internamente, isto pode ser alcançado por reuniões regulares do grupo de trabalho, boletins
ou sites na intranet. As pessoas podem ser envolvidas por meio de consultas sobre possíveis melhorias
e na seleção de controles adequados, incluindo a discussão das vantagens ou desvantagens
de opções para controlar os riscos específicos ou evitar comportamentos inseguros.

As comunicações externas podem incluir o diálogo com as partes interessadas e a consideração


de suas questões da SV relevantes. O objetivo desta comunicação é incentivar a troca aberta de infor-
mações e perspectivas de modo que as organizações e suas partes interessadas possam compartilhar
a responsabilidade pela melhoria da SV quando apropriado.

O alcance dos resultados desejados da SV é uma responsabilidade compartilhada e a promoção


de boas práticas geralmente envolve defender e promover, interna e externamente, a eliminação
de mortes e lesões graves, objetivos e metas da SV e planos para alcançá-los. As organizações
podem considerar como elas promoverão o sistema de gestão da SV que elas implementam e como
continuar a reforçar o comprometimento da alta administração com o sistema.

A.7.6 Informação documentada

Nenhuma orientação é recomendada.

A.8 Operação

A.8.1 Planejamento e controle operacional

Nenhuma orientação é recomendada.

A.8.2 Preparação e resposta a emergências

Nenhuma orientação é recomendada.

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A.9 Avaliação de desempenho

A.9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação

Uma vez que os fatores de desempenho da SV da organização foram definidos, é necessário que
sistemas de monitoramento sejam desenvolvidos para informar a organização sobre sua contribuição
fundamental para a melhoria em SV.

A.9.2 Investigação sobre acidentes de trânsito e outros incidentes

A investigação sobre incidentes de trânsito é uma ferramenta importante para evitar a recorrência
de incidentes e identificar oportunidades de melhoria. Ela também pode ser utilizada para aumentar
a conscientização geral em SV na organização. Uma política e critérios claros para a identificação
de incidentes de trânsito que são classificados como significativos/graves, e como eles são investigados,
assegurarão uma investigação consistente. Um procedimento de encaminhamento é recomendado
para assegurar que a alta administração tenha ciência dos incidentes graves.

A.9.3 Auditoria interna

As boas práticas incluem auditorias periódicas realizadas pelo menos uma vez por ano e sempre que
a situação da organização for mudada. Estas auditorias indicarão a medida na qual a organização
está em conformidade com seu próprio sistema de gestão e com esta Norma.

A.9.4 Revisão do sistema de gestão


Uma revisão da gestão destina-se a abranger todos os elementos do sistema de gestão da SV
e seus vínculos e, dessa forma, tratar da extensão em que o sistema e a sua implementação têm sido
eficazes na melhoria em SV. Ao realizar esta revisão, é importante que a alta administração ganhe
discernimento e contexto através de visitas no local e discussão com os funcionários da linha de frente
e as partes interessadas.

A revisão é requerida para levar às ações que melhorarão o desempenho da SV na organização e,


de acordo com as boas práticas, são realizadas revisões pelo menos uma vez por ano, ou quando
a situação da organização for mudada. A revisão da gestão pode incluir informações referenciais com
organizações parceiras.

A.10 Melhoria
Para um sistema de gestão da SV ser eficaz continuamente, é requerido que uma organização tenha
procedimentos para a identificação de não conformidades reais e potenciais, e tomando as medidas
corretivas e preventivas, preferivelmente evitando os problemas antes que eles ocorram. Os exemplos
de questões que podem dar origem a não conformidades em relação ao desempenho do sistema
de gestão da SV incluem: falha da alta administração em demonstrar comprometimento, falha em
estabelecer objetivos da SV, falha em definir as responsabilidades, falha em apoiar e promover
o sistema, falha em prover recursos suficientes, falha em avaliar periodicamente a conformidade com
o sistema, falha em registrar os incidentes de trânsito ou implementar ações corretivas em tempo hábil,
ou falha em manter a documentação apropriada. Em relação ao desempenho da SV, os exemplos
incluem: falha em implementar as atividades planejadas, falha em alcançar os objetivos e metas da SV,
ou altos índices de acidentes de trânsito ou outros incidentes não analisados.

Idealmente, as pessoas mais próximas à atividade são incentivadas a identificar as não conformidades
e reportar problemas potenciais ou reais.

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A.11 Diferentes contextos e fatores de desempenho da SV


Diferentes tipos e tamanhos de organizações que atendem aos requisitos desta norma documentarão
e irão operar os sistemas de gestão da SV que variam consideravelmente em termos de seu tamanho,
escopo e complexidade, e ainda mantendo o mesmo objetivo da SV de longo prazo.

A Tabela A.1 ilustra os diferentes contextos da SV para alguns tipos diferentes de organizações, e os
fatores de desempenho da SV que podem ser de maior relevância. A identificação do contexto e dos
fatores de desempenho da SV é um elemento-chave desta Norma. Os seguintes exemplos destinam-
se a servir de inspiração.

Tabela A.1 – Contexto e fatores de desempenho da SV para diferentes tipos de organizações

Transportando A atividade principal do transporte de pessoas tem um impacto direto sobre


pessoas e bens – Uma a segurança de empregados, clientes e outros usuários na via. As partes
pequena empresa interessadas de quem a empresa de táxi pode precisar consultar incluem
de táxi clientes (por exemplo, referentes ao uso de dispositivos de retenção), condutores
(referentes à velocidade) e os envolvidos na aquisição do veículo (referentes à
seleção de veículos seguros) e sua manutenção (para assegurar que a segurança
seja mantida).
Convém que os principais fatores de desempenho da SV para a empresa de
táxi incluam a verificação da redução da capacidade do condutor (por exemplo,
fadiga, álcool ou drogas), velocidade de condução, uso de cinto de segurança pelo
condutor e passageiros, seleção e manutenção do veículo e planejamento da rota.
As principais ferramentas de monitoramento incluem a conformidade da situação
da carteira de habilitação do condutor e restrições legais.
Transportando As operações de veículos comerciais são envolvidas em um número
pessoas e bens – Uma desproporcionalmente elevado de mortes nas vias no mundo. Como tal, as
empresa de transporte empresas de transporte rodoviário de cargas têm uma responsabilidade da SV
rodoviário de cargas com seus empregados, terceiros com os quais tenham contato e com as grandes
comunidades em que operam. Elas também têm a responsabilidade com os seus
clientes para assegurar que as cargas cheguem de forma segura.
Os principais fatores de desempenho da SV incluem a seleção dos condutores
e como eles são gerenciados e motivados para assegurar habilidades e
comportamentos adequados, particularmente em termos de gestão da velocidade
e seu bom estado de saúde. A seleção e uso de veículos mais adequados para
a tarefa, projetados e equipados para reduzir o risco de um acidente de trânsito
e o risco de morte e lesões graves aos ocupantes do veículo e outros usuários
na via, e inspecionados e mantidos para assegurar aprovação na inspeção
veicular. Convém que as cargas sejam devidamente gerenciadas para assegurar
uma amarração segura da carga e que ocorra excesso de peso. O planejamento
seguro do trajeto para garantir rotas, velocidades e horas de trabalho/condução
mais apropriadas. Consideração de outros usuários vulneráveis na via dentro da
malha viária e em caso de um incidente de trânsito, preparação para emergências.

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Tabela A.1 (continuação)

Transportando A condução a serviço da empresa representa a atividade de maior risco dentro de


pessoas e bens muitas empresas multinacionais que operam frotas regionais ou globais. O pessoal
Uma organização de vendas, serviços e outros condutores podem passar de 40 % a 60 % do seu
multinacional de tempo dirigindo a serviço da empresa em veículo da própria empresa, subsidiado,
vendas e marketing alugado ou outros veículos. Como tal, as empresas têm a obrigação de assegurar
a saúde e a segurança de seus funcionários e das comunidades em que operam.
Os principais fatores de desempenho da SV incluem: entendimento dos seus riscos
de segurança da frota, ou seja, o risco de morte e lesões; circulação de veículos e
condutores apropriados na malha viária; políticas sobre velocidade, álcool, uso de
cinto de segurança/capacete, fadiga e distração do condutor, seleção/manutenção
do veículo; planejamento da rota; gestão da SV do contratante/distribuidor;
e responsabilidade social da empresa por meio da promoção da segurança viária
e apoio às iniciativas de segurança viária da comunidade.
Gerando demanda de A SV não é a atividade principal de uma escola, porém muitas viagens de ida e
tráfego – Uma escola volta à escola são realizadas diariamente por um grupo de usuários vulneráveis,
em termos de maturidade e exposição. A lesão no trânsito é a principal causa
de morte de crianças em idade escolar. As partes interessadas de uma escola
incluem funcionários/alunos/pais, autoridades de trânsito e de planejamento
locais e operadores de transporte (que devem estar engajados em programas de
melhoria da segurança).
Convém que os principais indicadores de desempenho da SV para uma escola
incluam os diferentes modos de transporte no percurso de ida e volta e, em
excursões escolares, planejamento seguro do trajeto para esses percursos e o
uso de dispositivos de retenção adequados (por exemplo, capacetes, cintos de
segurança) e auxílios da visibilidade (por exemplo, roupas refletivas, luzes).
Gerando demanda A atividade principal do transporte de mercadorias, incluindo produtos perigosos
de tráfego – Um (como combustíveis), a entrega em domicílio de mercadorias aos clientes, bem
supermercado como o fornecimento de mercadorias nos locais de supermercados, podem ter
um impacto direto na segurança viária. Convém que um grande supermercado
considere esses fatores de segurança que afetam seus funcionários e clientes que
ele pode influenciar. As partes interessadas incluirão as autoridades de trânsito e
de planejamento responsáveis e as empresas de entrega de mercadorias.
As principais considerações para um grande supermercado incluem o impacto
que seu local pode ter na segurança da área circunvizinha, todos os fatores que
podem contribuir para um ambiente seguro a seus clientes, dentro da área que ele
destina para estacionamento (que compreende o uso misto por pedestres, crianças
e veículos automotores grandes e pequenos), e a entrada e saída imediata da via.
Um grupo de fatores de desempenho pode ser relevante, incluindo o planejamento,
projeto, operação e uso seguros da infraestrutura viária pelos quais tenha
responsabilidade, uso de equipamentos de segurança pessoal por seus condutores
e velocidade de condução segura e tipo de veículos que fazem as entregas.

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Tabela A.1 (continuação)

Projeto e operação A atividade principal em prover uma malha viária impacta diretamente sobre a
viária – Uma segurança de todos os usuários dessa malha. As partes interessadas para uma
autoridade de trânsito autoridade de trânsito local incluem provedores de projeto de engenharia e serviços
de operação (convém que sejam capazes de entregar o nível de segurança
requerido), grandes grupos de usuários (que precisam aceitar os requisitos para
um uso seguro), e agências de fiscalização (que precisam fiscalizar o cumprimento
das normas do usuário/veículo e compor as limitações na segurança inerente da
rede).
Os principais fatores de desempenho da SV para uma autoridade de trânsito
incluem todos aqueles na categoria do planejamento, projeto, operação e uso
seguros da malha viária. Esses fatores podem incluir os relacionados ao nível
de proteções laterais, frontais e de usuários vulneráveis na via e limites de
velocidade correspondentes, bem como a conformidade do usuário. Ferramentas
de monitoramento podem ser integradas em uma análise mais ampla de gestão
da malha e relatórios de cumprimento das leis.

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Anexo B
(informativo)

Trabalho internacional relativo às estruturas


de gestão de segurança viária

B.1 Generalidades
Esta Norma representa um passo significativo nos esforços globais para melhorar a SV, disponibilizando
procedimentos e requisitos gerais para todos os tipos de organização, para desenvolver o seu próprio
sistema de gestão da SV.

O entendimento da abordagem do Sistema Seguro para a segurança viária é fundamental para o


sucesso da adoção desta Norma.

Além de indicar os elementos-chave de um Sistema Seguro, este Anexo também provê orientações
adicionais às organizações na implementação de sistemas de gestão da SV, que sejam consistentes
com as boas práticas identificadas neste campo.

B.2 Abordagem de Sistema Seguro para SV


No momento da publicação desta Norma, vários países estão utilizando uma abordagem de
Sistema Seguro no desenvolvimento e implementação dos programas da SV. A Suécia desenvolveu
uma abordagem denominada “Visão Zero”, a Holanda desenvolveu uma abordagem estritamente
relacionada à “Segurança Sustentável” e a Nova Zelândia e a Austrália estabeleceram programas sob
a bandeira do Sistema Seguro.

Enquanto os detalhes específicos variam, as abordagens de Sistema Seguro tipicamente:

 a) têm o objetivo de longo prazo de eliminar as mortes e as lesões graves no trânsito;

 b) têm o objetivo de desenvolver um sistema viário em melhores condições de conviver com o erro
humano. Isto é normalmente conseguido através de um melhor controle da energia de colisão,
de modo que nenhum usuário individual na via seja exposto às forças de colisão, que provavelmente
possam resultar em morte ou lesões graves;

 c) incorporam muitas estratégias para um melhor controle das forças de colisão, com uma estratégia
fundamental de ter melhorias da malha viária associadas aos limites de velocidade estabelecidos,
este último em resposta ao nível de proteção oferecido pela infraestrutura viária;

 d) apoiam-se em análises econômicas consistentes para entender a dimensão das consequências
dos acidentes e o investimento direto nos programas e locais onde existe um potencial de maior
benefício para a sociedade;

 e) são sustentadas por liderança, gestão e estruturas de comunicação abrangentes, incorporando
todas as principais agências governamentais e outras organizações, que tenham a função de
estabelecer a operação segura do sistema de trânsito;

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ABNT NBR ISO 39001:2015

 f) alinham a tomada de decisão da gestão de segurança com a tomada de decisão de maior
abrangência social para alcançar os objetivos econômicos, humanos e de saúde ambiental,
criando um ambiente comercial que gere demanda por produtos e serviços para segurança viária,
beneficiando os provedores deste tipo de atividade;

 g) adotam o caráter de “responsabilidade compartilhada” para SV entre os vários agentes do sistema
viário, de modo que haja uma visão compartilhada entre cidadãos, organizações públicas, privadas
e sem fins lucrativos em relação ao objetivo máximo de segurança e como alcançá-lo.

Essas abordagens são relevantes a todas as organizações públicas e privadas que geram impactos
na SV por meio de suas atividades relacionadas ao tráfego e auxiliam na definição das dimensões de
sistemas de gestão associados à SV.

B.3 Trabalho internacional na área de gestão da SV


A ausência de uma segurança viária adequada é um ônus para as sociedades ao redor do mundo.
A Organização das Nações Unidas (ONU) percorreu etapas claras no campo da SV, liderada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Banco Mundial com o relatório “World Report on Road
Traffic Injury Prevention” de 2004 [9] e pela OMS com o relatório “Global Status Report on Road
Safety” [10], de 2009. Em março de 2010, a Assembleia Geral da ONU proclamou o período de 2011
a 2020 como a Década de Ação para a Segurança Viária, com uma meta até 2020 de estabilizar
e reduzir o nível previsto de mortes no trânsito em todo o mundo. O Plano Global para a Década de
Ação para Segurança Viária publicado em 2011 identificou cinco pilares (gestão da segurança viária,
vias mais seguras, veículos mais seguros, usuários mais conscientes e resposta ao acidente), e existe
o potencial para esta Norma produzir o primeiro desses.

Em 2008, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) e o Fórum


Internacional de Trânsito publicaram o relatório “Towards Zero: Ambitious Road Safety Targets and
the Safe System Approach” [11]. Este relatório observou a importância dos sistemas de gestão da SV
e referenciou um sistema de gestão que foi desenvolvido e subsequentemente publicado em 2009
pelo Fundo para a Segurança Viária Global do Banco Mundial (WBGRSF). Esta publicação baseou-se
em uma análise abrangente de boas práticas de gestão da SV, para desenvolver uma estrutura de seu
sistema (ver Figura B.1). Ela é genérica para estruturas e culturas organizacionais e apresenta três
elementos inter-relacionados, denominados funções de gestão institucional, intervenções e resultados.

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ABNT NBR ISO 39001:2015

Custo
social

Resultados Resultados
finais
Resultados
intermediários
Saídas

Malha viária

Intervenções Entrada e
Planejamento, Recuperação
projeto, saída de e reabilitação
operação veículos e de vítimas de
e uso condutores acidentes

Funções de Foco nos resultados


gestão
institucional

o
e
con sferê ment
cim ia d
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e t env a &

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Fu

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s
Mo
Co

Le

Pr

Fonte: Bliss and Breen, Building on the frameworks of Land Transport Safety Authority, 2000; Wegman, 2001;
Koornstra et al, 2002; Bliss, 2004.

Figura B.1 – Estrutura do Sistema de Gestão de Segurança Viária do Fundo para a Segurança
Viária Global do Banco Mundial
A estrutura do WBGRSF identifica as seguintes funções de gestão institucional que precisam ser
realizadas como parte de um sistema de gestão da SV bem-sucedido:

 a) foco nos resultados: uma declaração do objetivo da organização para o desempenho da SV
e responsabilidade que orienta todas as atividades e intervenções;

 b) coordenação: a harmonização e o alinhamento das intervenções, tanto internamente, dentro da


organização, quanto horizontalmente, entre organizações afins com uma atividade ou interesse
em SV;

 c) legislação: a especificação e/ou conformidade com instrumentos legais ou políticos que
normalmente abordam as responsabilidades institucionais, bem como o uso da terra, malha viária,
usuário na via, normas e regras de segurança do veículo e de assistência médica pós-acidente;

 d) fundos e alocação de recursos: o financiamento de intervenções e atividades em uma base


sustentável, utilizando uma estrutura de avaliação e programação racionais para alocar recursos;

 e) promoção: a comunicação permanente da SV como um interesse principal da organização,


enfatizando a responsabilidade social compartilhada para realizar intervenções que alcançarão
as melhorias desejadas no desempenho da SV;

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ABNT NBR ISO 39001:2015

 f) monitoramento e avaliação: a medição sistemática e contínua dos resultados da SV e avaliação


das intervenções para assegurar que eles estejam alcançando os objetivos desejados;

 g) pesquisa e desenvolvimento e transferência de conhecimento: a criação, codificação, transferência


e aplicação sistemática e contínua do conhecimento em relação à SV.

Estas funções apoiam a realização de intervenções que são tipicamente o foco dos profissionais
da SV. A natureza exata das intervenções é identificada, modelada e implementada, a fim de alcançar
os resultados desejados. As intervenções tratam das regras e normas nas seguintes áreas:

—— planejamento, projeto, operação e uso seguros da malha viária;

—— condições de entrada e saída na malha viária por veículos e condutores (por exemplo, registro
e carteira de habilitação do condutor);

—— recuperação e reabilitação das vítimas de acidentes de trânsito.

As intervenções também tratam da conformidade com essas regras e normas, utilizando uma combi-
nação de educação, aplicação das leis e incentivos.

O elemento final da estrutura de gestão de segurança viária do WBGRSF é a identificação, documen-


tação e medição dos resultados desejados e sua expressão como metas quantitativas da SV:

 a) Resultados finais incluem a visão de longo prazo da segurança futura do sistema viário, juntamente
com metas da SV de curto a médio prazos, expressas em termos de reduções desejadas em
custos sociais, fatalidades e lesões graves;

 b) Resultados intermediários são medidas de intervenções conhecidas para melhorar o desempenho
final da SV, como a redução das velocidades médias no trânsito ou melhoria da classificação
de segurança da frota de veículos, provendo dados de gestão mais significativos;

 c) Saídas representam as entregas físicas de organizações que buscam melhorar os resultados
intermediários e finais, como quilômetros/milhas de melhorias de segurança em engenharia,
o número de operações da polícia ou conclusão de marcos de tarefas específicas.

A OECD recomenda que as organizações, no seu âmbito de atuação, realizem uma análise da capa-
cidade de gestão de segurança viária, utilizando a estrutura de avaliação e as listas de verificação
aplicáveis, desenvolvidas e utilizadas pelo Banco Mundial (OECD 2008, Banco Mundial 2009).

B.4 Relação entre esta Norma e a Estrutura de Gestão de Segurança Viária do


WBGRSF
Enquanto a estrutura do WBGRSF foi desenvolvida para auxiliar os países a melhorar o seu
desempenho da SV, as funções de gestão institucional descritas e as intervenções e obtenção de
resultados aplicam-se às organizações de qualquer tamanho ou complexidade, públicas ou privadas.
A estrutura estabelece os elementos genéricos de um sistema de gestão da SV e, portanto, provê uma
referência útil para orientar a aplicação desta Norma. Mais especificamente, a estrutura do WBGRSF
de três níveis é relevante para os requisitos declarados nas Seções 4 a 10, e sua relação com esses
requisitos pode ser resumida na Tabela B.1.

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ABNT NBR ISO 39001:2015

Tabela B.1 – Relação entre a Estrutura de Gestão de Segurança Viária


do WBGRSF e esta Norma

Fundo para a
Segurança Viária Global ABNT NBR ISO 39001
do Banco Mundial
Funções de gestão A gestão no contexto da ISO geralmente refere-se a todas as atividades que são
institucional utilizadas para coordenar, dirigir e controlar uma organização.
A Seção 5 estabelece os requisitos para a alta administração da organização
em demonstrar liderança e comprometimento em SV. Isto inclui assegurar
compatibilidade do sistema de gestão da SV com os processos estratégicos de
direção e de negócios da organização, requerendo a adoção da eliminação de
Foco nos resultados mortes e lesões graves como o objetivo de longo prazo e a implementação de
atividades que resultem em melhorias da SV.
A Seção 6 descreve o processo de planejamento para a revisão dos resultados
de segurança. 9.3 e 10.2 proveem revisões de gestão planejadas e melhoria
organizacional contínua para alcançar os resultados desejados.
4.1, 4.2 e 4.3 incentivam a organização a examinar o seu contexto interno e
externo a fim de identificar os impactos da SV e sua área de influência. Elas
reconhecem que o desempenho da SV depende das atividades dentro de uma
organização e/ou entre múltiplas organizações e usuários na via.
Coordenação
5.2 coloca responsabilidade sobre a alta administração para trabalhar em
parceria e colaborar com outros para desenvolver um Sistema Seguro. 7.1
especifica os requisitos de coordenação para auxiliar a organização a alcançar
os seus resultados da SV desejados.
A legislação normalmente trata do uso do solo, malha viária, usuário na via,
normas e regras de segurança de veículos e assistência médica pós-acidente e
conformidade com elas.
Legislação 6.2 descreve uma lista abrangente de fatores de desempenho da SV a
serem considerados pela organização, sendo que alguns desses fatores de
desempenho são controlados por legislação e convém que sejam tratados
adequadamente.
7.2 requer que todos os níveis da gestão organizacional assegurem a
Fundos e alocação de disponibilidade de recursos e uma estrutura racional para a sua alocação, a fim
recursos de estabelecer, implementar, manter e melhorar o sistema de gestão da SV e
atividades associadas.
7.4, 7.5 e 7.6 requerem a comunicação e promoção dos objetivos da SV e
as expectativas de desempenho entre os vários níveis da organização, bem
como o engajamento dos funcionários em um processo de melhoria contínua.
Promoção
A organização também é incentivada a comunicar externamente com as partes
interessadas sobre seu requisito para um enfoque de longo prazo sobre os
resultados da SV e medidas intermediárias para alcançá-los.
As normas ABNT NBR ISO sobre sistemas de gestão têm um forte enfoque
Monitoramento e no monitoramento e medição dos resultados como parte do processo PDCA
avaliação Plan-Do-Check-Act). 9.1 requer que a organização monitore e avalie as carac-
terísticas-chave de suas operações que impactam sobre os resultados da SV.
Pesquisa e 10.1 requer que a organização trate das não conformidades com esta Norma
desenvolvimento e investigue, analise e documente os incidentes da SV para determinar as
e transferência de deficiências fundamentais e identificar oportunidades para a ação preventiva
conhecimento melhorada.

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ABNT NBR ISO 39001:2015

Tabela B.1 (continuação)

Fundo para a
Segurança Viária Global ABNT NBR ISO 39001
do Banco Mundial
6.2 c) assegura que a organização especifique de forma abrangente as medidas
de segurança no trânsito no sistema de gestão da SV. 7.3 e 8.1 proveem
especial atenção às competências organizacionais do pessoal e às atividades
Intervenções
operacionais de planejamento e controle que serão requeridas para sustentar
as medidas da SV. 9.2 requer o estabelecimento de procedimentos de auditoria
para assegurar a conformidade organizacional com as medidas da SV.
6.3 requer o estabelecimento de objetivos da SV em termos de resultados
Resultados desejados, que podem incluir metas para resultados finais e intermediários e
saídas organizacionais para alcançá-los.

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ABNT NBR ISO 39001:2015

Anexo C
(informativo)

Correspondência entre as ABNT NBR ISO 39001:2015,


ABNT NBR ISO 9001:2008 e ABNT NBR ISO 14001:2004

Tabela C.1 – Correspondência entre as ABNT NBR ISO 39001:2015, ABNT NBR ISO 9001:2008
e ABNT NBR ISO 14001:2004

ABNT NBR ISO 39001:2015 ABNT NBR ISO 9001:2008 ABNT NBR ISO 14001:2004
Introdução Introdução Introdução
0.1 Generalidades
0.2 Abordagem do processo
Relacionamento com a
0.3
ABNT NBR ISO 9004
Compatibilidade com
0.4 outros sistemas de
gestão
1 Escopo 1 Escopo 1 Escopo
1.1 Generalidades
1.2 Aplicação
2 Referências normativas 2 Referência normativa 2 Referências normativas
3 Termos e definições 3 Termos e definições 3.9 Termos e definições
Contexto da organização
4
(somente título)
Entendimento da
4.1 organização e seu
contexto
Entendimento das
necessidades e
4.2
expectativas das partes
interessadas
Determinação do escopo
4.3 do sistema de gestão da
SV
Requisitos do sistema
Sistema de gestão da
4.4 Sistema de gestão da SV 4 4 de gestão ambiental
qualidade (somente título)
(somente título)
Responsabilidade da
5 Liderança (somente título) 5
direção (somente título)

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ABNT NBR ISO 39001:2015

Tabela C.1 (continuação)

ABNT NBR ISO 39001:2015 ABNT NBR ISO 9001:2008 ABNT NBR ISO 14001:2004
Liderança e
5.1
comprometimento
Comprometimento da
5.2 Política 5.1 4.2 Política ambiental
direção
Recursos, funções,
4.4.1 responsabilidade e
autoridade
Revisão da
4.6
administração
5.2 Foco no cliente 4.3.1 Aspectos ambientais
Requisitos legais e
4.3.2
outros requisitos
Funções,
responsabilidades
5.3 5.3 Política da qualidade 4.2 Política ambiental
e autoridades
organizacionais
Responsabilidade,
Recursos, funções,
autoridade e
5.5 4.4.1 responsabilidade e
comunicação (somente
autoridade
título)
Responsabilidade e
5.5.1
autoridade
5.5.2 Representante da direção
Planejamento (somente Planejamento (somente Planejamento (somente
6 5.4 4.3
título) título) título)
6.1 Generalidades
Ações para tratar os
6.2
riscos e oportunidades
Fatores de desempenho Objetivos, metas e
6.3 5.4.1 Objetivos da qualidade 4.3.3
da SV programa(s)
Planejamento do sistema
5.4.2
de gestão da qualidade
Objetivos da SV e
6.4 planejamento para
alcançá-los
Realização do produto Implantação e operação
7 Suporte (somente título) 7 4.4
(somente título) (somente título)
7.1 Coordenação
Gestão de recursos
7.2 Recursos 6
(somente título)

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ABNT NBR ISO 39001:2015

Tabela C.1 (continuação)

ABNT NBR ISO 39001:2015 ABNT NBR ISO 9001:2008 ABNT NBR ISO 14001:2004
Recursos, funções e
6.1 Provisão de recursos 4.4.1
autoridade
6.3 Infraestrutura
6.4 Ambiente de trabalho
Recursos humanos Competência, formação
7.3 Competência 6.2 4.4.2
(somente título) e sensibilização
6.2.1 Generalidades
Competência,
6.2.2 treinamento e
sensibilização
Competência,
Recursos humanos
7.4 Conscientização 6.2 4.4.2 treinamento e
(somente título)
sensibilização
6.2.1 Generalidades
Competência,
6.2.2 treinamento e
sensibilização
7.5 Comunicação 5.5.3 Comunicação interna 4.4.3 Comunicação
Comunicação com o
7.2.3
cliente
Requisitos de
Informação documentada documentação (somente
7.6 4.2
(somente título) título)
Generalidades
7.6.1 Generalidades 4.2.1 Generalidades 4.4.4 Documentação
7.6.2 Criação e atualização 4.2.2 Manual da qualidade
Controle da informação
7.6.3 4.2.3 Controle de documentos 4.4.5 Controle de documentos
documentada
4.2.4 Controle de registros 4.5.4 Controle de registros
Realização do produto Implantação e operação
8 Operação (somente título) 7 4.4
(somente título) (somente título)
Planejamento e controle Planejamento de
8.1 7.1 4.4.6 Controle operacional
operacional realização do produto
Determinação dos
Requisitos legais e
7.2.1 requisitos relacionados 4.3.2
outros requisitos
ao produto
4.4.6 Controle operacional
Análise crítica dos
7.2.2 requisitos relacionados 4.3.1 Aspectos ambientais
ao produto

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ABNT NBR ISO 39001:2015

Tabela C.1 (continuação)

ABNT NBR ISO 39001:2015 ABNT NBR ISO 9001:2008 ABNT NBR ISO 14001:2004
4.4.6 Controle operacional
Projeto e desenvolvimento
7.3
(somente título)
Planejamento de projeto
7.3.1 4.4.6 Controle operacional
e desenvolvimento
Entradas de projeto e
7.3.2 4.4.6 Controle operacional
desenvolvimento
Saídas de projeto e
8.1 7.3.3 4.4.6 Controle operacional
desenvolvimento
Análise crítica de projeto
7.3.4 4.4.6 Controle operacional
e desenvolvimento
Verificação de projeto e
7.3.5 4.4.6 Controle operacional
desenvolvimento
Validação de projeto e
7.3.6 4.4.6 Controle operacional
desenvolvimento
Controle de alterações
7.3.7 de projeto e 4.4.6 Controle operacional
desenvolvimento
7.4
Processo de aquisição
7.4.1 4.4.6 Controle operacional
(somente título)
7.4.2 Informações de aquisição 4.4.6 Controle operacional
Verificação do produto
7.4.3 4.4.6 Controle operacional
adquirido
Produção e prestação de
7.5
serviço (somente título)
Controle de produção e
7.5.1 4.4.6 Controle operacional
prestação de serviço
Validação dos processos
7.5.2 de produção e prestação 4.4.6 Controle operacional
de serviço
Identificação e
7.5.3
rastreabilidade
7.5.4 Propriedade do cliente
7.5.5 Preservação do produto 4.4.6 Controle operacional
Controle de equipamento
Monitoramento e
7.6 de monitoramento e 4.5.1
medição
medição
Prontidão e resposta a Preparação e resposta a
8.2 4.4.7
emergências emergências

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ABNT NBR ISO 39001:2015

Tabela C.1 (continuação)

ABNT NBR ISO 39001:2015 ABNT NBR ISO 9001:2008 ABNT NBR ISO 14001:2004
Avaliação de desempenho Medição, análise e Verificação (somente
9 8 4.5
(somente título) melhoria (somente título) título)
Monitoramento, medição, Monitoramento e
9.1 8.1 Generalidades 4.5.1
análise e avaliação medição
Monitoramento e medição Avaliação da
8.2 4.5.2
(somente título) conformidade
8.2.1 Satisfação do cliente
Medição e monitoramento
8.2.3
de processos
Monitoramento e medição
8.2.4
do produto
Acidentes de trânsito
e outras investigações
9.2
sobre incidentes de
trânsito
9.3 Auditoria interna 8.2.2 Auditoria interna 4.5.5 Auditoria interna
Revisão do sistema de Comprometimento da Revisão da
9.4 5.1 4.6
gestão direção administração
Análise crítica pela
5.6
direção (somente título)
5.6.1 Generalidades
Entradas para a análise
5.6.2
crítica
5.6.3 Saídas da análise crítica
10 Melhoria (somente título) 8.5 Melhoria (somente título)
Não conformidade,
Não conformidade e ação Controle de produto não
10.1 8.3 4.5.3 ação corretiva e ação
corretiva conforme
preventiva
Monitoramento e
4.5.1
medição
Não conformidade,
4.5.3 ação corretiva e ação
preventiva
Não conformidade,
8.4 Análise de dados 4.5.3 ação corretiva e ação
preventiva
Não conformidade,
8.5.2 Ação corretiva 4.5.3 ação corretiva e ação
preventiva
8.5.3 Ação preventiva

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ABNT NBR ISO 39001:2015

Tabela C.1 (continuação)

ABNT NBR ISO 39001:2015 ABNT NBR ISO 9001:2008 ABNT NBR ISO 14001:2004
10.2 Melhoria contínua 8.5.1 Melhoria contínua 4.2 Política ambiental
Objetivos, metas e
4.3.3
programa(s)
Revisão da
4.6
administração

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ABNT NBR ISO 39001:2015

Bibliografia

[1]  ABNT NBR ISO 9000:2005, Sistemas de gestão da qualidade – Fundamentos e vocabulário

NOTA BRASILEIRA A ABNT NBR ISO 9000:2005 foi revisada pela ABNT NBR ISO 9000:2015

[2]  ABNT NBR ISO 9001:2008, Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos

NOTA BRASILEIRA A ABNT NBR ISO 9001:2008 foi revisada pela ABNT NBR ISO 9001:2015

[3]  ABNT NBR ISO 14001:2004, Sistemas da gestão ambiental – Requisitos com orientações para
uso

NOTA BRASILEIRA A ABNT NBR ISO 14001:2004 foi revisada pela ABNT NBR ISO 14001:2015

[4]  ABNT NBR ISO 14004:2005, Sistemas da gestão ambiental – Diretrizes gerais sobre princípios,
sistemas e técnicas de apoio

[5]  ABNT NBR ISO 19011:2011, Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão

NOTA BRASILEIRA A ABNT NBR ISO 19011:2011 foi revisada pela ABNT NBR ISO 19011:201

[6]  ABNT ISO/TS 16949, Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos particulares para aplicação
da ABNT NBR ISO 9001:2008 para organizações de produção automotiva e peças de reposição
pertinentes

[7]  ABNT NBR ISO 31000:2009, Gestão de riscos – Princípios e diretrizes

[8]  OHSAS 18001:2007, Occupational health and safety management systems – Requirements

[9]  World Report on Road Traffic Injury Prevention by M. Peden, R. Scurfield, D. Sleet, D. Mohan,
A.A. Hyder, E. Jarawan and C. Mathers Geneva, World Health Organization, 2004. Available at:
www.who.int/violence_injury_prevention/publications/road_traffic/world_report/en/

[10]  Global status report on road safety: time for action. Geneva, World Health Organization, 2009.
Available at: WHO | Global status report on road safety 2009

NOTA BRASILEIRA A versão 2013 do relatório “Global status report on Road Safety” já está disponível.

[11]  Towards Zero: Ambitious Road Safety Targets and the Safe System Approach. Paris, OECD and
International Traffic Forum. 2008

[12]  Implementing the Recommendations of the World Report on Road Traffic Injury Prevention Country
Guidelines for the Conduct of Road Safety Management Capacity Reviews and the Specification
of Lead Agency Reforms, Investment Strategies and Safe System Projects. Tony Bliss, Jeanne
Breen World Bank Global Road Safety Facility, Washington DC. 2009.

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