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Anais
Francisco Thiago de Albuquerque Aragão
Ademir Silva Menezes
Marcos Aurélio Araújo Lima
Rafaela Vieira Façanha
Realização
Coordenação do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental
Faculdade Ieducare – FIED
Comissão Organizadora
Francisco Thiago de Albuquerque Aragão
Ademir Silva Menezes
Marcos Aurélio Araújo Lima
Rafaela Vieira Façanha
Damiana Ferreira da Silva Dantas
Comissão Científica
Ademir Silva Menezes
Aldênia Mendes Masceno de Almeida
Carlos Henrique Carvalho de Sousa
Damiana Ferreira da Silva Dantas
Deylane Menezes Teles e Oliveira
João Paulo Cajazeira
José Souza da Costa
Jéssica Cristina Oliveira Frota
Josele Gleissiane Nobre Azevedo
Juscilânia Furtado Araújo
Jaqueline Gomes de Negreiros
Maria Nágila Carneiro Matos
SUMÁRIO
Todos os textos foram selecionados por meio de pareceristas da Comissão Científica por avaliação
cega.
É permitida a reprodução, desde que citada a fonte e para fins não comerciais.
APRESENTAÇÃO
A V Semana da Engenharia Agrícola e Ambiental com tema recursos hídricos e meio ambiente
teve como objetivo proporcionar a discussões de assuntos que possam contribuir para com o
conhecimento de todos os participantes, além da divulgação científica sobre os temas relevantes no
contexto da agricultura, educação contextualizada e ambiental, ademais, articular o intercâmbio de
palestrantes/pesquisadores que se debruçam sobre as temáticas abordadas neste evento.
Nesta quinta edição, realizou-se discursões sobre recursos hídricos e meio ambiente, por meio
de palestras, mesas redondas, minicursos, apresentação de trabalhos e visita técnica guiada, realizado
entre os dias 25 e 29 de outubro de 2021, no Ibiapaba Shopping e Campus Sede da Faculdade
Ieducare – FIED, na cidade de Tianguá – CE.
O evento mostrou a importância da inserção da ciência e tecnologia dentro da região
Ibiapabana, levando para além dos muros da universidade o conhecimento, a pesquisa e extensão,
através da exposição de trabalhos desenvolvidos em sua grande maioria na região supracitada.
Karolina Paulino Fontenele1; Gilson Luiz Souto Mota2; Nágila Maria Pereira Campos2;
Clemilton da Silva Ferreira3
1
Discente de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE. E-mail:
karolina.fontenele@hotmail.com;
2
Analistas Ambientais do ICMBio-Ubajara, Rodovia da Confiança CE 187, Zona Rural, Ubajara -CE.
3
Docente Doutor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Campus
Tianguá. CE 187 S/N – Tianguá/CE.
RESUMO: O parque Nacional de Ubajara está situado na Serra da Ibiapaba na região norte do
Estado do Ceará e se encontra em uma região de diversos tipos de vegetação, que
compreendendo desde uma área de platô até uma área de semiárido. Essas características e
localização, permite a formação de várias nascentes, as quais vem sofrendo com o processo de
urbanização e uso da agricultura e pecuária, e passando diversos e intensos processos de
degradação. Assim, o objetivo deste trabalho é identificar nascentes e diagnosticar o nível de
degradação e conservação de nascente no entorno do Parque nacional de Ubajara. Foram
realizadas as identificações e classificações das nascentes no entorno do Parque Nacional de
Ubajara e aplicação de questionário para caracterização e uso das nascentes. As nascentes do
entorno do parque são as principais responsáveis pela manutenção de cachoeiras e córregos
d`água no interior do parque, que servem como atrativo turístico e manutenção da flora e fauna
do PNU. Observaram-se que as principais causas de degradação das nascentes é a pressão
urbana, desmatamento para implantação de pastagens e a criação de animais. A identificação e
caracterização do nível de degradação pode servir como instrumento de políticas públicas para
conservação das nascentes no entorno do PNU.
6
Floresta Ombrófila Aberta e outra situa-se na depressão sertaneja, clima semiárido. A região
de vegetação ombrófila sofre um intenso processo de ocupação urbana, avançando de maneira
desordenada e sem planejamento, impactando diretamente as nascentes nesse local, pois, essas
inúmeras nascentes são essenciais para manutenção dos recursos hídricos no interior do parque
e da população do entorno. Ubiali et al. (2019) consideram que:
De acordo com Lourenço e Caracristi (2019), a outra parte do entorno do PNU, na depressão
sertaneja, que está inserido parte dos municípios de Frecheirinha, Ibiapina, Tianguá e Ubajara,
com altitude inferior a 400 metros, clima semiárido, é a região que apresenta os maiores
impactos com uso intensivo do solo pela atividade agrícola, pecuária extensiva e o extrativismo
florestal predatório. Não obstante, considerando as características e os impactos no entorno do
PNU, o objetivo deste trabalho é identificar nascentes e diagnosticar o nível de degradação e
conservação de nascente no entorno do Parque nacional de Ubajara.
Figura 2. Classificação das nascentes no entorno do Parque Nacional de Ubajara (PNU), da região de mata úmida
“cinturão verde”. Ubajara-CE. Fonte: Autores 2020.
Ubiali et al., (2019), destacam que a degradação ambiental, pode afetar atingir os lenções
freáticos, comprometendo o abastecimento, possivelmente pelas irregularidades da distribuição
temporal das chuvas em épocas de baixa pluviosidade. Na região da Serra da Ibiapaba, o
período de baixa precipitação ocorre de julho a dezembro. Na figura 3, observa-se os principais
tipos de degradação nas nascentes georreferenciadas no entorno do PNU. A ausência de
vegetação florestal é bem características. Segundo alguns proprietários o principal motivo é
que as arvores chupam a água, secando as nascentes. Barros et al., (2017), trabalhando em
recuperação de nascente em Carajás-PA, destacaram que segundo os produtores os principais
motivos é necessidade da população em modificar as áreas de vegetação nativa para o uso
alternativo do solo e implantação de pastagens.
8
Figura 3. Principias tipos de degradação encontradas em nascentes entorno do Parque Nacional de Ubajara (PNU),
da região de mata úmida “cinturão verde”. (A) – despejo de esgoto; (B) – construção de cacimba para irrigação;
(C) – Uso para lavagem de roupas; (D) – Uso de barramento com manilhas; (E) – Implantação de pastagem para
alimentação animal; (F) – uso de animais para uso da água. Ubajara-CE. Fonte: Autores 2020.
O esgoto e o lixo doméstico podem ser encarados como uma outra preocupação, pois, de acordo
com os dados do trabalho o esgoto sanitário e lavagem de roupa, juntos, correspondem por
79% do total, isso se deve principalmente por essa região do PNU de Ubajara está em pleno
crescimento de área para loteamento ou até mesmo áreas habitadas por ocupação do tipo
invasão. Para os agentes de fiscalização do ICMBio, um dos principias entraves para
acompanhar esse crescimento é a falta de recursos humanos, tanto por parte das prefeituras
como também pelo próprio ICMBio.
Figura 4. Degradação e uso das nascentes no entrono Parque Nacional de Ubajara. Ubajara-CE, 2020. Fonte:
autores.
A região por ter uma vocação agrícola é muito comum a criação extensiva de animais de grande
porte no entorno do PNU, causando compactação do solo e exigindo que moradores derrubem
as arvores para implantação de pastagens. De acordo com Dias et al., (2011).
9
“as nascentes necessitam de proteção para evitar o
desmatamento, que as deixa desprotegidas, e para
evitar que sejam pisoteadas por animais (vacas,
cavalos, etc.).” (DIAS et al., 2011, p. 19).
Figura 5. Principais espécies florestais nativas encontradas no entorno de nascentes do Parque Nacional de
Ubajara. Ubajara-CE, 2020. Fonte: autores.
10
Figura 6. Principais espécies florestais nativas encontradas no entorno de nascentes do Parque Nacional de
Ubajara. Ubajara-CE, 2020. Fonte: autores.
As áreas no entorno do PNU são geralmente pequenas áreas, assim, a recuperação de uma
nascente pode exigir que perpasse por mais de uma propriedade a área a ser recuperada. Barroa
et al., (2017), relatam que a parte de sensibilização por meiode educação ambiental, constituiu-
se sobre a promoção da recuperação ambiental, integrando todos os elementos envolvidos na
problemática e se mostra a mais eficaz no sucesso de conservação de nascentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIAS, H. C.T.; SILVA, A. P. S.; TONELLO, A. C.; CARDOSO, C.A.; ALVES, M. R.; OLIVEIRA
JR. J. C. Proteção de nascentes. 3. ed. Brasília-DF: SENAR, 2011. 110 p. (Coleção SENAR, ISSN
1676-367x, 103)
ICMBio – Análise da Unidade de Conservação: Plano de manejo, fase 2. Encarte 5, p. 58. Disponível
em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/encarte5_u.pdf.>.
Acesso em 8 de março de 2020.
11
P. N. U. Parque Nacional de Ubajara. Vegetação. Disponível em:
<http://www.icmbio.gov.br/parnaubajara/atributosaturais.html?id=33:vegetacao&catid=13:atributos-
naturais>. Acesso em 8 de março de 2020.
PINTO, V. A. P.; BOTELHO, S.A.; OLIVEIRA FILHO, A. T.; DAVIDE. Estudo da vegetação como
subsídios para propostas de recuperação das nascentes da bacia hidrográfica do Ribeirão Santa
Cruz, Lavras, MG. Revista Árvore, v. 29, n.5, 2005.
12
Medição de vazão em um trecho do rio Tabocas em Ubajara, Ceará, utilizando o
método do flutuador
13
Impactos dos aerogeradores e o desenvolvimento no município de Tianguá
14
Densidade do solo pelo método do anel volumétrico em área sob cultivo de feijão e cana
de açúcar em Viçosa do Ceará
Introdução – Quando se trata de assuntos acerca do solo para a humanidade não é referido
apenas a respeito da sua importância para as práticas agrícolas, mas sim, para a manutenção da
vida. Dessa forma, é importante conservar e utilizá-lo de forma proveitosa e menos prejudicial
possível, a fim de que seja conservado suas características naturais. Estar atento aos aspectos
físicos e químicos do solo é necessário para que se saiba qual o melhor manejo a ser utilizado,
facilitando assim, o momento da tomada de decisão. Tendo em vista a importância que os
atributos físicos como a densidade do solo têm para averiguar se há compactação do solo
provocada pelas práticas agrícolas, objetivou-se avaliar a densidade do solo em área cultivada
com feijão verde e cana de açúcar no sítio Campo do Meio, no município de Viçosa do Ceará.
Métodos ー O experimento foi realizado no sítio Campo do Meio, no município de Viçosa do
Ceará. Selecionou se uma área cultivada com feijão verde (Vigna unguiculata) e cana de açúcar
(Saccharum officinarum) de aproximadamente um hectare, em solo de textura arenosa, a qual
é submetida a uma agricultura de sequeiro com o tipo de manejo convencional para coletar 6
amostras indeformadas, utilizando-se o método do anel volumétrico, em um transecto de 100
m. A amostragem do solo foi realizada entre a camada de 00 – 20 cm do solo. Sendo
posteriormente encaminhadas ao laboratório de química e bioquímica da Faculdade Ieducare
em Tianguá/CE para a determinação da densidade média do solo, densidade mediana,
densidade máxima e densidade mínima do solo. Os dados foram submetidos a análise
estatística descritiva com nível de confiança de 95%. Resultados – A área cultivada com feijão
e cana de açúcar apresentaram densidade média, mediana, máxima e mínima de 1,36, 1,38,
1,46 e 1,22 g cm-з, respectivamente. Observou-se que houve uma variância de 0,0122, o erro
padrão da média de 0,11, portanto estes valores podem ser justificados pela própria
característica do solo, já que este apresenta textura arenosa. Ao observar os resultados
individualmente por ponto amostrado, notou-se que na área de cana de açúcar, nos primeiros
50 m do transecto a densidade do solo foi mais elevada, cujo valor foi de 1,46 g cm-з, conforme
a literatura, essas faixas de valores estão dentro do aceitável para solos de textura arenosa, os
quais podem apresentar valores de até 1,7 g cm-з. Conclusão – A área estudada não apresenta
sinal de compactação do solo, uma vez que os valores de densidade do solo encontram-se
dentro da faixa para solos de textura arenosa.
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Análise da percepção de profissionais da saúde sobre resíduos hospitalares: uma análise
em um município do Rio Grande do Norte
Introdução – As instituições de saúde podem ser caracterizadas como locais onde os serviços
de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação são realizados. Em vista do tamanho, da
complexidade e do tipo de serviço realizado, estas instituições podem apresentar a produção
de refugos (resíduos hospitalares ou resíduos de serviços de saúde) com características e
quantidades variadas. Estes resíduos podem ser classificados em cinco grupos: Grupo A:
Resíduos Potencialmente Perigosos; Grupo B: Resíduos Químicos; Grupo C: Rejeitos
Radioativos; Grupo D: Resíduos equiparados aos Resíduos Domiciliares e Grupo E: Materiais
perfurocortantes. Assim, buscou-se analisar a percepção de funcionários e de gestores acerca
da gestão de resíduos dos serviços de saúde em um município do Rio Grande do Norte.
Métodos – O presente estudo caracterizou-se como quantitativo e exploratório, sendo realizado
em um município potiguar (14.526 habitantes; 07 estabelecimentos de saúde e 120 servidores
da saúde). A coleta de dados foi realizada através da aplicação de questionários junto a
profissionais de saúde, no modelo escala de likert estruturado em dados socioeconômicos e
análise de conhecimento sobre resíduos de serviços de saúde. Foram coletados 28 questionários
junto a esses profissionais. Resultados – Observou-se que a maioria dos participantes foram
profissionais nível médio (92,00%); 53,57% apresentam baixo conhecimento sobre os Planos
de Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde; 78,57% desconhecem acerca da legislação da
ANVISA sobre Resíduos do Serviço de Saúde; 57,14% acreditam que a gestão adequada destes
resíduos não reduziria infecções hospitalares e impactos ambientais; 75,00% indicaram não
receber treinamento contínuo sobre o tema; 67,85% apontaram que a instituição oferece
recipientes adequados para perfurocortantes; 75,00% apontaram o reconhecimento correto do
símbolo para os resíduos químicos; 60% associaram equivocadamente o símbolo de risco
químico ao da reciclagem. Conclusões – A partir dos dados supracitados, conclui-se que os
profissionais precisam de atualização sobre a presente temática, de forma que o Plano de
Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde no município possa ser adequadamente implantado,
possibilitando-se a redução de riscos ocupacionais, ambientais e de saúde pública.
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Desenvolvimento de jogo educacional para atividades de extensão na temática de
polímeros e meio ambiente
Introdução – Os polímeros podem ser naturais ou sintéticos e estão presentes em nossas vidas
nas mais diferentes formas, incluso com aplicações ambientais. Assim, jogos educativos para
a disseminação de conhecimento sobre esse tema, polímeros e meio ambiente, para
intervenções em ação de extensão, se faz importante junto às comunidades escolares. Assim,
objetivou-se desenvolver o jogo educacional, na plataforma Scratch para aplicação em escolas
públicas com a temática polímeros e meio ambiente. Métodos – O jogo descrito foi elaborado
na plataforma Scratch, onde criação de jogos usa algoritmos lógicos em blocos. Foram
abordadas questões, sobre origem, classificação dos polímeros e as questões ambientais
associadas a estes. Foram elaboradas 10 questões que continham respostas de múltipla escolha
e de verdadeiro ou falso, onde cada erro ou acerto contabiliza ou subtrai pontos, para que ao
fim do jogo, o participante obtenha uma pontuação. O intuito do jogo é abordar de maneira
simples, algumas informações acerca dos polímeros, química e questão ambiental, a fim de que
os professores compartilhem o conhecimento adquirido, gerando maior alcance na esfera da
educação ambiental. Resultados – Observa-se ainda nas escolas a persistência de uma modelo
rígido tradicional, de aulas expositivas, sem interação dinâmica entre os alunos e os
professores, onde o aluno é um mero espectador, exigindo-se dele a cópia, a memorização e a
reprodução dos conteúdos. As metodologias ativas constituem uma estratégia de ensino-
aprendizagem de forma a incitar a participação ativa dos discentes, contando com a presença
de recursos lúdicos e interativos que facilitem a construção de conhecimentos, principalmente
em temas mais complexos, acerca de polímeros, aplicações e sua relação com o ambiente.
Assim, o jogo poderá ser aplicado por meio de uma reunião virtual ou presencial, com os
alunos, possibilitando interações dinâmicas e aprendizado sobre química, polímeros e meio
ambiente junto a comunidades escolares. Conclusões – A tecnologia pode contribuir na
melhoria da educação, para tanto, a elaboração de animações e jogos educacionais foi facilitada
pela interface do SCRATCH. Assim, possibilitou-se a produção do jogo educativo, integrando-
se conceitos básicos sobre polímeros, química e meio ambiente.
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Educação ambiental: incentivo ao cultivo de hortaliças e a propagação de boas práticas
de conservação ao meio ambiente
Roberto da Silva Vieira¹; William Ribeiro do Carmo¹; Sângela Ramos de Oliveira¹; Tatiana
Maria Farias Pinto2; Maria Nagila Carneiro Matos²
RESUMO: A abordagem das questões ambientais relacionadas à percepção dos alunos exige
a necessidade de serem trabalhadas nas escolas, atentando para atividades de educação
ambiental que promovam o exercício de cidadania, fortalecendo o processo de ensino e
aprendizagem para melhorar a qualidade de vida e que proteja o meio ambiente. A proposta
deste trabalho é trabalhar as boas práticas de plantio, educação ambiental no âmbito escolar,
visando estimular os alunos a conscientização ambiental e a inserção de hábitos para uma
alimentação saudável por meio das descobertas. Este trabalho foi realizado palestras através da
plataforma Google Meet para alunos de uma escola de Ensino Fundamental e Médio, localizado
no município de Tianguá, Ceará. Participaram da apresentação 40 alunos com média de idade
de 15 anos. Com a realização deste trabalho foi percebido o interesse, curiosidade e
participação dos alunos no decorrer dos assuntos abordados, deixando o andamento da
apresentação bastante produtiva tanto para o conhecimento dos educandos quanto para o
desenvolvimento da palestra. Foi observado que os alunos já tinham um conhecimento prévio
a respeito de plantio e reciclagem. Isso mostra a relevância de abordar temáticas importantes
em um contexto atual tão globalizado que é a educação ambiental.
INTRODUÇÃO: Conforme a Lei n. 9.795 de 1999, em seu art. 4°, a Educação Ambiental é o
processo pelo qual os indivíduos e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos e
habilidades, tais como: a construção e manutenção de hortas; incentivo a sensibilização em
relação a conservação ambiental; estímulo a competências voltadas para a conservação do meio
ambiente que é o bem de uso comum do povo, essencial à qualidade de vida e sua
sustentabilidade (BRASIL, 1999). As escolas são espaços privilegiados na execução de ações
que propiciem essa reflexão sobre as questões ambientais, pois isso necessita de atividades de
sala de aula e atividades de campo, com ações orientadas em projetos e processos de
participação que levem à autoconfiança, às atitudes positivas e ao comprometimento pessoal
com a proteção ambiental implementados de modo interdisciplinar (DIAS, 2004). No
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) do Ministério da Educação
(MEC) (BRASIL, 1998), o cultivo de hortas nas escolas é indicado para que as crianças possam
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conhecer e aprender a cuidar de pequenos animais e vegetais, conteúdos essenciais do
aprendizado desta fase. A observância do princípio de educação democrática quanto ao acesso
e permanência do aluno pressupõe, entre outras coisas, garantir ambiente agradável nas
unidades escolares. O plantio de hortas e jardins torna a escola mais agradável permitindo
transformar o espaço físico árido em espaço verde. E particularmente, as hortas permitem aos
alunos e à comunidade escolar vivenciarem os ciclos vitais da natureza, o cuidado com os seres
vivos, e atentarem para a importância de uma alimentação saudável. As unidades escolares,
além da função básica de socialização, devem também ser geradoras de atitudes. Mesmo
quando os valores de respeito a todos os seres vivos não são abordados explicitamente, eles
devem impregnar a prática educativa (CARVALHO, 2004). Assim, é necessário trabalhar boas
práticas ambientais de sustentabilidade, como forma veicular para a sensibilização de uma
responsabilidade com o meio no qual vivemos, buscando uma mudança de valores, atitudes e
comportamentos, onde deixamos de pensar apenas em nós e no presente e passamos a nos
preocupar eticamente com todas as espécies que habitam o planeta, incluído o seu bem-estar e
o das futuras gerações. Contudo, a proposta deste trabalho é estimular as boas práticas de
plantio através da educação ambiental no âmbito escolar, visando incentivar os alunos a
mudança de hábitos e valores.
19
escola e hortas em casa, foi percebido o grande interesse dos alunos e professores para que
futuramente seja feito um treinamento prático para a criação de uma horta na escola com a
participação de todos. Ainda para os autores Medeiros et al (2011). As práticas de educação
ambiental nas escolas estão fundamentadas na construção de sociedades justas e sustentáveis,
nos valores da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade,
sustentabilidade e educação como direito de todos e todas. Entretanto o conhecimento tem mais
valor quando construído coletivamente, no qual ocorre uma troca de saberes, com que sabemos
e o que aprendemos. É com esta construção coletiva que o ensino deve se preocupar mais.
CONCLUSÃO: Com a experiência adquirida por meio de realização deste trabalho percebeu-
se a importância de se trabalhar o incentivo a educação ambiental, pois foi nítido o despertar
do interesse e curiosidade dos alunos diante dos assuntos abordados. Contudo, o incentivo de
boas práticas ambientais e a ideia de se trabalhar hortas nas escolas fez-se algo dinâmico e
positivo para os alunos, os instigando a praticar a educação ambiental com as ideias
apresentadas sobre diversos temas abordados que variaram desde plantios até preservação do
meio ambiente.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei Nº. 9795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui
a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm> Acesso em: 20.05.21
DIAS, G. F. Educação ambiental, princípios e práticas. 9. ed. São Paulo: Gaia, 2004
LOUREIRO, C.F.B.; COSSIO, M.F.B. “Um olhar sobre a educação ambiental nas escolas:
considerações iniciais sobre os resultados do projeto "O que fazem as escolas que dizem
que fazem educação ambiental". IN: Mello, S.S.& Trajber, R. (orgs.) Vamos cuidar do
Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental. MEC/CGEA, MMA/DEA: UNESCO,
2007. pp. 57-63.
20
OLIVEIRA, M. F. Saberes e práticas sobre o meio ambiente entre professores das séries
iniciais do ensino fundamental: Reflexões para o desenvolvimento de uma consciência
ambiental. 2021. 77 f. monografia (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Humana
e Educação da UNAMA, Belém, Pará. Acesso em: 08/06/21.
21
Indicadores da fertilidade de substrato utilizado na produção de mudas frutíferas em
viveiro na Ibiapaba, Ceará
22
Influência do potássio no crescimento inicial da pitaia branca (Hylocereus undatus)
João Paulo Cajazeira1; Edmilson Igor Bernardo Almeida2; Márcio Cleber de Medeiros Corrêa3;
Ronialison Fernandes Queiroz4; Francisco Thiago de Albuquerque Aragão1; Laísa Rodrigues
Vieira5
1
Docentes do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE. E-
mail: joao.cajazeira@fied.edu.br
2
Docente do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais, Universidade Federal do Maranhão/UFMA,
Campus de Chapadinha, Chapadinha-MA.
3
Docente do Curso de Agronomia do Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciências Agrárias,
Universidade Federal do Ceará/UFC.
4
Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Ceará/UFC.
5
Discente do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE
23
MATERIAL E MÉTODOS: O experimento foi conduzido em casa de vegetação, pertencente
ao Setor de Horticultura do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal do Ceará,
situada nas coordenadas 3o44’25” S e 38o34’30” W. De acordo com a classificação de Köppen,
o clima é do tipo Aw’ (ALVARES et al., 2014). O material vegetal utilizado foi obtido pelo
enraizamento de frações de cladódios (estacas) coletados em plantas matrizes com 380 dias, de
acordo com Pontes Filho et al. (2014). As padronizações destes materiais foram realizadas
mediante o comprimento e o diâmetro na porção mediana do cladódio primário. O material foi
lavado em água corrente e posto à secagem ambiente (± 25 ºC e 70% de UR) durante 60 min;
em seguida foram plantadas para enraizamento e cultivo em vasos com capacidade para 11
dm3, preenchidos com 10 dm3 de substrato. O delineamento estatístico utilizado para avaliação
do crescimento inicial (número de cladódios – NCL, soma do crescimento dos cladódios –
SCC, diâmetro – DCL e espessura dos cladódios – ECL) foi em blocos completos ao acaso,
com quatro repetições, no esquema de parcelas subdivididas, utilizando-se como fatores as
doses de K (0, 80, 160 240 e 320 mg dm-3) e o tempo (180 e 270 dias). Cada parcela foi
composta por um vaso contendo uma planta. As doses experimentais testadas (0, 80, 160, 240
e 320 mg K dm-3) foram parceladas em três vezes iguais, sendo cada parcelamento de 0,53;
1,07; 1,6; 2,14 g de KCl por vaso, respectivamente às doses experimentais, excetuando-se a
testemunha. O parcelamento se deu com o propósito de atenuar as eventuais perdas por
lixiviação, bem como os efeitos salinizantes do cloreto. Foram realizadas mensurações do
crescimento das plantas de pitaia aos 180 e 270 dias após a aplicação dos tratamentos. Foram
medidas as variáveis: NCL, feito por contagem (un); SCC, com o auxílio de fita métrica, sendo
o valor obtido pelo somatório de todas as medidas (cm); DCL e ECL, determinados com
paquímetro digital, de uma margem a outra do cladódio, denominando-se de diâmetro; a
espessura foi determinada pela distância de uma face a outra da costilla do cladódio, ambas
medidas em mm. Realizou-se teste de normalidade Shapiro-Wilk, a 5% de significância para
avaliar a distribuição dos dados. Aceitando-se H0, os dados foram submetidos à análise de
variância, teste F com nível de significância p<0,05, de modo a avaliar os efeitos principais dos
fatores e de sua interação. Foi realizado teste de comparação de médias pelo teste de Tukey
para o fator qualitativo (p<0,05) e ajuste de regressão para o fator quantitativo (modelo linear:
Y = a + bx; modelo quadrático: Y = a + bx + cx2). Havendo interação significativa, fez-se o
desdobramento das médias entre os fatores.
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Tabela 1 –. Quadrados médios da ANOVA para o número de cladódios (NCL), somatório do
comprimento dos cladódios (SCC), diâmetro dos cladódios (DCL) e espessura dos cladódios
(ECL) de pitaia branca, no intervalo de 90 dias após a implantação do experimento.
FV GL ...........................................Quadrados médios......................................
NCL SCC DCL ECL
ns ns ns
Bloco 3 4,0250 485,6493 29,9794 0,1183ns
Dose K 4 2,2875ns 1903,2103** 10,4019ns 1,4788**
Erro1 12 2,8375 180,6303 22,0706 0,2338
** ** ns
Tempo 1 60,0250 6151,6000 4,6922 0,6325ns
DoseKxTempo 4 2,0875ns 582,9193* 33,9372ns 0,2292ns
Erro2 15 0,9416 130,9181 13,8912 0,2475
C.V. 1(%) 40,3 21,0 14,8 16,4
C.V. 2(%) 23,2 17,9 11,7 17,2
FV – Fonte da variação; GL – Grau de liberdade; C.V. – Coeficiente de variação; – Significativo a 5% *
25
responde positivamente às doses crescentes de potássio para o acúmulo de massa fresca. Neste
contexto, Silva (2014), estudando quatro espécies de pitaias, dentre as quais a Hylocereus
undatus, observou valores médios de 22,6 cm aos 180 dias de cultivo; no presente trabalho, o
valor médio encontrado foi de 51,5 cm. Essa diferença de desenvolvimento foi atribuída ao
ambiente onde foram conduzidos os experimentos, com a provável maior disponibilidade de
luz e calor durante a condução do presente trabalho, comparativamente ao experimento de Silva
(2014), realizado em Jaboticabal-SP. A melhor resposta da pitaia branca, em relação a dose
aplicada de K, foi de 240 mg dm-3, com incremento de 46,5 cm de comprimento de cladódios.
Tabela 2 – SCC da pitaia branca, entre tempos de avaliação, dentro de cada dose de potássio.
Potássio (mg dm-3)
Tempo
0 80 160 240 320
SCC (cm)
180 dias 31,2 a 57,7 a 54,7 b 53,3 b 61,0 b
270 dias 46,5 a 61,0 a 91,0 a 99,8 a 82,6 a
dms tempo 17,94
Médias seguidas pela mesma letra, nas colunas, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey
(p=5%).
REFERÊNCIAS
DUBEUX JÚNIOR, J.C.B.; ARAÚJO FILHO, J.T.; SANTOS, M.V.F. dos; LIRA, M. de A.;
SANTOS, D.C. dos; PESSOA, R.A.S. Adubação mineral no crescimento e composição
26
mineral da palma forrageira–Clone IPA-20. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, v.5, n.1,
p.129-135. 2010. http://dx.doi.org/10.5039/agraria.v5i1a591.
LE BELLEC, F.; VAILLANT, F.; IMBERT, E. Pitahaya (Hylocereus sp.): a new fruit crop, a
market with future. Fruits, v.61, n.4, p.237-250, 2006. https://doi.org/10.1051/fruits:2006021.
SILVA, A.C.C. Pitaya: melhoramento e produção de mudas. São Paulo: Universidade Estadual
Paulista, 2014. 143 p. Tese (doutorado) – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2014.
XU, G.; Wolf, S.; Kafkafi, U. Ammonium on potassium interaction in sweet pepper. Journal
of Plant Nutrition, v.25, n.4, p.719-734, 2002. http://dx.doi.org/10.1081/PLN-120002954.
27
Influência do potássio no crescimento inicial da pitaia vermelha (Hylocereus sp.)
João Paulo Cajazeira1; Edmilson Igor Bernardo Almeida2; Márcio Cleber de Medeiros Corrêa2;
Ronialison Fernandes Queiroz4; William Ribeiro do Carmo5; Roberto da Silva Vieira5
1
Docente do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE. E-
mail: joao.cajazeira@fied.edu.br
2
Docente do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais, Universidade Federal do Maranhão/UFMA,
Campus de Chapadinha, Chapadinha-MA.
3
Docente do Curso de Agronomia do Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciências Agrárias,
Universidade Federal do Ceará/UFC.
4
Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Ceará/UFC.
5
Discente do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE
INTRODUÇÃO: A pitaia é uma Cactácea, material genético com elevado potencial agrícola
abundante na região Semi Árida. A pitaia vermelha é descrita por Cajazeira (2016) como uma
espécie exótica promissora com potencial adaptativo às diferentes condições edafoclimáticas
da região nordestina, porém, ainda são incipientes os estudos realizados a nível Brasil sobre
técnicas de manejo da cultura que visem o aumento da produtividade. Entretanto, a cultura da
pitaia, apesar da expansão nos últimos anos no Brasil e em outros países, necessita de dados
referenciais, os quais devem ser obtidos em pesquisas que subsidiem os produtores, inclusive
para a concessão de crédito em projetos de financiamento agrícola. Assim, objetivou-se com
este trabalho avaliar a morfologia da espécie Hylocereus sp., em resposta a cinco doses de
potássio em ambiente protegido.
28
coletados em plantas matrizes com 380 dias, de acordo com Pontes Filho et al. (2014). O
material foi lavado em água corrente e posto à secagem ambiente (± 25 ºC e 70% de UR)
durante 60 min; em seguida foram plantadas para enraizamento e cultivo em vasos com
capacidade para 11 dm3, preenchidos com 10 dm3 de substrato. O delineamento estatístico
utilizado para avaliação do crescimento inicial (número de cladódios – NCL, soma do
crescimento dos cladódios – SCC, diâmetro – DCL e espessura dos cladódios – ECL) foi em
blocos completos ao acaso, com quatro repetições, no esquema de parcelas subdivididas,
utilizando-se como fatores as doses de K (0, 80, 160 240 e 320 mg dm-3) e o tempo (180 e 270
dias). Cada parcela foi composta por um vaso contendo uma planta. As doses experimentais
testadas (0, 80, 160, 240 e 320 mg K dm-3) foram parceladas em três vezes iguais, sendo cada
parcelamento de 0,53; 1,07; 1,6; 2,14 g de KCl por vaso, respectivamente às doses
experimentais, excetuando-se a testemunha. O parcelamento se deu com o propósito de atenuar
as eventuais perdas por lixiviação, bem como os efeitos salinizantes do cloreto. Foram
realizadas mensurações do crescimento das plantas de pitaia aos 180 e 270 dias após a aplicação
dos tratamentos. Foram medidas as variáveis: NCL, feito por contagem (un); SCC, com o
auxílio de fita métrica, sendo o valor obtido pelo somatório de todas as medidas (cm); DCL e
ECL, determinados com paquímetro digital, de uma margem a outra do cladódio,
denominando-se de diâmetro; a espessura foi determinada pela distância de uma face a outra
da costilla do cladódio, ambas medidas em mm. Realizou-se teste de normalidade Shapiro-
Wilk, a 5% de significância para avaliar a distribuição dos dados. Aceitando-se H0, os dados
foram submetidos à análise de variância, teste F com nível de significância p<0,05. Foi
realizado teste de comparação de médias pelo teste de Tukey para o fator qualitativo (p<0,05)
e ajuste de regressão para o fator quantitativo.
29
Tabela 1. Quadrados médios da ANOVA para o número de cladódios (NCL), somatório do
comprimento dos cladódios (SCC), diâmetro dos cladódios (DCL) e espessura dos cladódios
(ECL) de pitaia vermelha, no intervalo de 90 dias após a implantação do experimento.
Fortaleza, CE, 2014.
FV GL ....................................Quadrados médios......................................
NCL SCC DCL ECL
Bloco 3 4,2000ns 49,6133ns 3,8563ns 0,0938ns
Dose K 4 0,2875ns 418,7258** 31,3508** 0,1194ns
Erro1 12 0,3875 11,8785 5,1924 0,3015
Tempo 1 16,9000** 3207,6810** 62,7753** 1,6974**
DoseKxTempo 4 0,2125ns 112,7341* 29,8928* 0,4099ns
Erro2 15 0,2833 24,9235 6,9087 0,0991
C.V. 1(%) 23,1 7,1 6,8 16,0
C.V. 2(%) 19,7 10,3 7,8 9,2
FV – Fonte da variação; GL – Grau de liberdade; C.V. – Coeficiente de variação; * – Significativo a 5%
de probabilidade; ** – Significativo a 1% de probabilidade; ns – Não significativo até 5% de probabilidade.
Tabela 2. SCC da pitaia vermelha entre tempos de avaliação, dentro de cada dose de potássio.
Potássio (mg dm-3)
Tempo
0 80 160 240 320
SCC (cm)
Quando se compara as doses dentro de cada tempo (Figura 1B), é possível notar que houve
interação significativa a 1% para ambos. Aos 180 dias houve resposta linear positiva com o
aumento das doses de K, obtendo os maiores valores na dose 240 mg K dm-3. Ao comparar
com o segundo tempo (270 dias), observa-se a função quadrática, com aumento do SCC até a
dose a 240 mg K dm-3, com R2 = 0,907. O DCL teve o mesmo comportamento que o SCC,
apresentando interação significativa entre os fatores. Conforme a Tabela 3, os valores do
diâmetro no tempo 270 dias foram ligeiramente menores que no primeiro, provavelmente
devido ao aumento da transpiração da cultura em relação à idade. Em relação às doses de K, as
medidas do diâmetro dos cladódios foram ajustadas à equação de regressão polinomial de 2ª
30
ordem para o tempo 1 e, linear para o tempo 2 (figura 1C). Nela observa-se que com o aumento
das doses de potássio há aumento do DCL. Segundo Porto et al. (2013), a aplicação de doses
satisfatórias de potássio aumenta a eficiência de uso do nitrogênio pela planta, estimulando a
emissão de raízes e brotos mais vigorosos, o que pode explicar, ao menos em parte, os
resultados obtidos. No caso do elemento nitrogênio a dose foi padrão em todos os tratamentos,
o que indica que a diferença significativa entre as espécies para essa variável se deve ao
potencial genético de cada uma. Para a pitaia vermelha, a ECL foi afetada apenas pelo tempo
(tabela 1), apresentando efeito significativo (p<0,01), em que ocorreu incremento de 11,3% na
espessura dos cladódios do tempo 1 para o tempo 2 (figura 1D).
Tabela 3. DCL da pitaia vermelha entre tempos de avaliação, dentro de cada dose de potássio.
Potássio (mg dm-3)
Tempo
0 80 160 240 320
DCL (mm)
Figura 1. NCL, SCC, DCL e ECL para pitaia vermelha; aos 180 e 270 dias após a aplicação
das doses experimentais.
CONCLUSÕES: Em relação ao NCL, SCC, DCL e ECL, houve incremento do tempo 1 (180
dias) para o tempo 2 (270 dias). Neste contexto, as doses que apresentaram os maiores valores
31
para as referidas medidas foram 320 mg K dm-3 e 240 mg K dm-3 para o tempo 1 e 2,
respectivamente.
REFERÊNCIAS
PORTO, R. de A.; SILVA, E.M.B.; SOUZA, D.S. de M.; CORDOVA, N.R.M.; POLLYZEL,
A.C.; SILVA, T.J.A. da. Adubação potássica em plantas de rúcula: produção e eficiência no
uso da água. Revista Agro@mbiente On-line, v.7, n.1, p.28-35, 2013.
http://dx.doi.org/10.18227/1982-8470ragro.v7i1.760.
32
Variabilidade espacial de atributos associados a compactação de um Argissolo Amarelo
no Estado do Ceará.
João Paulo Cajazeira1; Raimundo Nonato de Assis Júnior2; Helon Hébano de Freitas Sousa2;
Ademir Silva Menezes1; Jefferson Paulo Ribeiro Soares1; Paulo Sérgio Lima Furtado3
1
Docente do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE. E-
mail: joao.cajazeira@fied.edu.br
2
Docente do Departamento de Ciências do Solo, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza/CE
3
Discente do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE
33
espacial de atributos físicos do solo usando métodos geoestatísticos, a fim de fornecer subsídios
para a escolha dos pontos amostrais, amparado pela teoria das variáveis regionalizadas.
34
a
Classe Espacial: F, forte dependência; M, moderada dependência; I, ausência de dependência (epp). b
Efeito Pepita Relativo “Nugget ratio” = [Co/Co+C] x 100. c EPP = Efeito Pepita Puro.
(a) (b)
Figura 1. Distribuição espacial da Densidade das Partículas (Mg m-3) em 0-0,2 (a) e 0,2-0,4 (b)
m.
35
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARES, C. A. et al. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische
Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711-728, 2014.
KILIC, K.; OZGOZ, E.; AKBAS, F. Assessment of spatial variability in penetration resistence
as related to some soil physical of two fluvents in Turkey. Soil & Tillage Research, v.76, p.1-
11, 2004.
37
Aplicação de jogo educativo sobre agrotóxicos em uma intervenção de extensão: um
relato de experiência
38
Avaliação de pH em solo cultivado com Vigna unguiculta e Saccharum officinarum em
Viçosa do Ceará
E-mail: vanesssa4584@gmail.com;1FIED/UNINTA.
39
Alterações físicas no solo em área de descarte de resíduos da produção de cachaça no
Vale do Lambedouro – Viçosa do Ceará.
RESUMO: A produção de cachaça no Brasil também gera resíduos sólidos e líquidos, como
bagaço, cinzas, ponteiras, vinhaça, dentre outros. O descarte inadequado desses resíduos causa
alterações físicas, químicas e biológicas ao meio ambiente. Objetivou-se identificar as
alterações físicas no solo em área de descarte dos resíduos provenientes da produção de cachaça
no Vale do Lambedouro, município de Viçosa do Ceará. O estudo aconteceu em duas áreas
diferentes, sendo uma área de descarte dos resíduos, na qual está situado o engenho produtor
de cachaça e a outra que não possui a presença de engenho (referência). Coletou-se amostras
de solo deformadas para análise de densidade do solo, densidade de partículas e porosidade
total do solo em DIC, sendo duas áreas de coleta (área de descarte de resíduos e de referência)
com dez repetições no transecto em direção ao curso d’água, na profundidade de 0 - 20 cm. Os
dados foram submetidos aos testes de normalidade e F a 5% de probabilidade e à análise de
variância. Os resultados mostraram diferenças significativas entre as duas áreas,
principalmente nos atributos de densidade de partículas e porosidade total, levando a conclusão
que o descarte indevido de resíduos da produção de cachaça/vinhaça não causou alterações na
densidade do solo, no entanto, causou alterações na densidade de partículas e na porosidade
total do solo.
INTRODUÇÃO: O Brasil possui muitos produtores de cachaça espalhados pelo país, com
diferentes níveis tecnológicos de produção. De acordo com o BRASIL (2020), o número de
produtores de aguardente e cachaça sofreu um decréscimo de 22,26% no ano de 2019 quando
comparado ao ano de 2018. Como todo processo de produção gera uma série de resíduos, a
produção de cachaça não é diferente, o processo gera resíduos sólidos e líquidos, que vão desde
as ponteiras da cana-de-açúcar, as quais não são utilizadas, à vinhaça, obtida no final dele.
Esses resíduos causam alterações físicas, químicas e biológicas ao meio ambiente,
principalmente quando não têm o seu destino final adequado. Solo e água sofrem diretamente
essas modificações, por terem contato direto com esses resíduos, logo fauna e flora sofrem
indiretamente, já que retiram nutrientes e alimentos deles. O destino final indevido desses
resíduos contamina e altera as características do solo e da água. A densidade do solo se eleva
e os poros são obstruídos. Nesse contexto, dada a importância desempenhada pela produção
de cachaça, em seu viés cultural e econômico, torna-se relevante a elaboração de estudos que
busquem avaliar os impactos da geração de resíduos por ela no meio ambiente. Dentre os
resíduos se destaca a vinhaça, esta altera atributos físico-hídrico e químicos do solo, também
40
contamina os recursos hídricos superficiais e subterrâneos se disposta de forma inadequada
(FREIRE, 2000). Diante do exposto, objetivou-se identificar as alterações físicas no solo em
área de descarte dos resíduos provenientes da produção de cachaça no Vale do Lambedouro,
município de Viçosa do Ceará.
41
Tabela 01 – Resumo da análise de variância para densidade do solo da área de descarte do
resíduo da produção de cachaça da Lagoa do Barro dos Nogueiras e da área de referência Sítio
Campo do Meio, Viçosa do Ceará.
FV GL SQ QM F
Tratamentos 3 0,003128 0,001043 0,10ns
Bloco 4 0,151328 0,037832 3,72*
Área de descarte (A) 1 0,002065 0,002 0,20ns
Área de referência (B) 1 0,000428 0,000428 0,042ns
AxB 1 0,000635 0,000635 0,062ns
Erro 16 0,162366 0,010148
Total 19 0,316822
*significativo a 5% de probabilidade; ns – não significativo a 5% pelo teste F.
Fonte: Autor;
Com a utilização do solo para as atividades agrícolas, é comum serem encontradas camadas
mais compactadas na parte superior do seu perfil. Nessas áreas intensivamente utilizadas para
a produção agrícola, os valores de densidade do solo são mais elevados, afetando
negativamente a aeração e prejudicando a penetração e proliferação de raízes no solo
(CORSINI, 1992; CORSINI e FERRAUDO, 1999). No entanto, o descarte indevido de vinhaça
sobre o solo não implica negativamente para a densidade do solo, pois não houve diferença
significativa (Tabela 01) para a interação entre as áreas (A x B). Com relação a densidade de
partículas do solo observa-se que entre a áreas de descarte e de referência diferiram
estatisticamente (Tabela 02), cuja diferença se deve a variação espacial do solo na região, sendo
que na área de descarte o solo na camada onde foi retirada as amostras apresenta uma menor
quantidade de areia comparada a área de referência. Observa-se ainda significância a 5% entre
os tratamentos e não significativo para a interação entre as áreas, coeficiente de variação destes
atributos foi de 4,68%, indicando um controle local.
42
Tabela 03 – Resumo da análise de variância para porosidade total do solo da área de descarte
do resíduo da produção de cacha da Lagoa do Barro dos Nogueiras e da área de referência Sítio
Campo do Meio, Viçosa do Ceará. (CV = 5,16%)
FV GL SQ QM F
Tratamentos 3 0,017869 0,005956 7,873*
Bloco 4 0,011359 0,00284 3,753*
Área de descarte (A) 1 0,015723 0,016 20,784*
Área de referência (B) 1 0,001608 0,001608 2,125ns
AxB 1 0,000538 0,000538 0,711ns
Erro 16 0,012104 0,000757
Total 19 0,041333
*significativo a 5% de probabilidade; ns – não significativo a 5% pelo teste F.
Fonte: Autor
Nota-se a partir da tabela 3, que os tratamentos, blocos e área de descarte, foram significativos
a 5% de probabilidade, demonstrando que a porosidade total do solo é sensível as modificações
do no solo. As mudanças na porosidade do solo promovidas pelo descarte da vinhaça podem
alterar a estabilidade de agregados a diminuição do tamanho dos poros e a redução da
condutividade hidráulica (KLEIN e LIBARDI, 2002), uma vez que o resíduo líquido poderá se
alojar no espaço poroso. Influenciando no aumento da umidade do solo, pois pode estar
relacionado também com a porosidade total do solo, uma vez que esta característica contribui
para a retenção de água no solo, no entanto, pode trazer prejuízo quanto a infiltração da água
no solo.
REFERÊNCIAS
43
CAMILOTTI, F.; ANDRIOLI, I.; MARQUES, M. O.; SILVA, A. R.; TASSO JÚNIOR, L. C.;
NOBILE, F. O. Atributos físicos de um latossolo cultivado com cana-de-açúcar após aplicações
de lodo de esgoto e vinhaça. Engenharia Agrícola, v.26, n.3, p.738-747, 2006.
CORSINI, P. C. Problemas causados pela compactação dos solos. STAB, v.18, p.8-12, 1992.
EMBRAPA. Manual de métodos de análise de solo. 3. ed. rev. e ampl. – Brasília, DF:
Embrapa, 2017. 574 p.
NEGI, S.C et al. Crop performance as affected by traffic and tillage in a clay soil. Transactions
of the ASAE, American Society of Agricultural and Biological Engineers, St. Joseph, v.23,
p.1364-1368, 1980.
44
Velocidade de infiltração básica de água em solo com presença de resíduos da produção
de cachaça.
Introdução – o Brasil é um grande produtor de cachaça, essa produção gera resíduos sólidos
e líquidos, o descarte inadequado desses resíduos causa alterações físicas, químicas e
biológicas ao meio ambiente. Objetivou-se avaliar a velocidade de infiltração básica de água
em solo com a presença de descarte de resíduos da produção de cachaça no Vale do
Lambedouro – Viçosa do Ceará. Métodos – coletou-se amostras deformadas de solo na
profundidade de 0 – 20 cm em uma área onde acontece o descarte inadequado de vinhaça no
solo, as amostras foram submetidas às determinações de densidade do solo (ρs), de partículas
(ρp) e porosidade total (α) através do método do balão volumétrico conforme Embrapa (2017).
O teste de infiltração foi feito pelo método dos anéis concêntricos conforme Embrapa (2017).
Para quantificar a associação entre a velocidade de infiltração básica e determinações físicas
avaliadas, os dados foram submetidos às análises estatísticas e regressão linear. Resultados –
foi observada lenta a velocidade de infiltração da água, apresentando uma queda na velocidade
no decorrer dos minutos analisados, isso se dá pelo fato da velocidade de infiltração ser bastante
influenciada pelas condições da superfície, do perfil e conteúdo inicial de água do solo
(PANACHUKI et al., 2006). Os dados obtidos a partir do método do infiltromêtro de anel,
proporcionaram os gráficos de Infiltração acumulada (Ia) e de Velocidade de Infiltração (VI),
notando-se que a infiltração acumulada (Ia) aumenta com o decorrer tempo, e a velocidade de
infiltração (VI) diminui, aproximando-se de uma estabilidade em relação aos centímetros
infiltrados. O resultado da determinação da Velocidade de Infiltração Básica (VIB) da área
apresentou uma VIB de 17,0 mm/h-1, sendo classificadas segundo Bernardo et al. (2006) como
VIB alta. Esse resultado sugere que o solo da área estudada é de textura franco-arenosa-
argilosa, já que a VIB está relacionada com a textura e estrutura do solo, uma vez que, os
valores de VIB segundo a textura do solo podem ser: arenosa quando de 25 a 250 mm/h; franco-
arenosa de 13 a 76 mm/h; franco-arenosa-argilosa de 5 a 20 mm/h e franco-argilosa: 2,5 a 15
mm/h (BERNARDO et al., 2006). Conclusões A presença de resíduos da produção de cachaça,
principalmente a vinhaça, não influenciaram negativamente na velocidade de infiltração de
água no solo.
45
Parametrização de sensor para captação de níveis de umidade no solo
Sângela Ramos de Oliveira1; João Victor Mendes Melo1; Vanessa Lima Ponte1 Oseias de Sousa
Mourão2; Tatiana Maria Farias Pinto2
1
Discentes de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE. E-mail:
sangelaramos1@gmail.com;
2
Docentes do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE.
46
parametrização do programa e futura calibração quantitativa do sensor foram feitas em 60g de
substrato comercial de fibra de coco e vermiculita, secos ao sol.
47
Quadro 2 – Algoritmo para leituras analógicas no IDE Arduino.
void setup() {
void loop() {
CONCLUSÕES: A utilização do sensor pode ser muito útil para aferição instantânea da
umidade de um substrato, mas é imprescindível a calibração do dispositivo. A inserção dos
parâmetros para calibração pode ser feita usando-se os códigos dos quadros 1 e 2, associada às
medidas termogravimétricas para a umidade de um mesmo substrato. Assim, há perspectivas
futuras de obtenção da correlação estatística entre as medidas do sensor e medidas obtidas pelo
método padrão de estufa (EMBRAPA, 1997) para o substrato comercial fibra de coco com
vermiculita.
REFERÊNCIAS
48
ARDUINO. Getting Started: What is Arduino? © 2021. Página inicial. Disponível em:
<https://www.arduino.cc>. Acesso em 20 de jun. de 2021.
CAPUTO, H. P.; CAPUTO, A. N.; Mecânica dos solos e suas aplicações. 7. ed. rev. e ampl.
Rio de Janeiro: LTC, 2017.
49
Impacto Ambiental e classificação da nascente da Pedra do Itagurussu no Município de
Viçosa do Ceará
RESUMO: Dentre os recursos naturais, a água possui um destaque, pois a sua disponibilidade
é um fator limitante à vida terrestre, ou seja, a água é indispensável para a manutenção da vida
dos seres vivos. As nascentes apresentam grande importância, quando se diz respeito a
manutenção da vida útil dos corpos hídricos, uma vez que sem uma proteção e conservação
adequada, há uma interferência no abastecimento de água causando um estado de degradação
ambiental e social. Tendo em vista a importância da conservação das nascentes, objetivou-se
avaliar a classificação da nascente da Pedra do Itagurussu de acordo com o grau de preservação,
a partir da avaliação dos impactos ambientais. A nascente avaliada está localizada na zona
urbana do município de Viçosa do Ceará. Em primeira instância foram coletadas informações
a respeito da nascente por meio de visita técnica, em seguida foi tomado como base a proposta
metodológica de Gomes et al (2005), os quais desenvolveram o índice de impacto ambiental
em nascentes, atribuindo notas de acordo com o índice de impacto ambiental e, por fim
classificando a nascente de acordo com o seu grau de preservação. Foi possível constatar na
pesquisa por meio da metodologia empregada que a área onde se encontra a nascente apresenta
vários problemas relacionados a preservação do meio ambiente, uso inadequado e falta de
proteção. Após a análise observou-se que a nascente se encontra em estado degradante, sendo
classificada com o grau de preservação ruim (classe D).
INTRODUÇÃO: Dentre tantos recursos naturais, a água possui um destaque, pois a sua
disponibilidade é um fator limitante a vida na terra, ou seja, a água é indispensável para a
manutenção da vida dos seres vivos, como também está envolvida em praticamente todas as
etapas de produção (SARDINHA et al., 2008). De acordo com Tundisi (1999), alterações na
qualidade, quantidade e distribuição dos recursos hídricos ameaçam a sobrevivência humana,
assim como das demais espécies, além de afetar o desenvolvimento econômico e social, já que
a disponibilidade de água de boa qualidade foi reduzida, da mesma forma que sua capacidade
de sua conservação e proteção. Nesse tocante, as nascentes apresentam grande importância,
quando se diz respeito a manutenção da vida útil dos corpos hídricos, uma vez que sem uma
proteção e conservação adequada, há uma interferência no abastecimento de água e causa um
estado de degradação, tanto da nascente como também do rio abastecido por ela (EUGENIO et
al., 2011). Essa afirmação se torna mais clara a partir do momento em que se entende a
definição de uma nascente. Estas nada mais são do que o local onde se inicia um curso d’água,
independentemente das suas dimensões. Localizam-se, geralmente, em encostas ou depressões
do terreno ou ainda no nível de base representado pelo curso d’água local, e podem ser perenes
50
(de fluxo contínuo), temporárias (de fluxo apenas na estação chuvosa) ou ainda efêmeras,
quando surgem durante a chuva, permanecendo por apenas alguns dias ou horas (LOZINSKI
et al., 2010). No Brasil, são previstos atualmente alguns critérios qualitativos para a
classificação das águas naturais, a exemplo disso temos a Resolução CONAMA nº 357/2005,
que preceitua para determinação da qualidade da água a observação da mesma quanto a
presença de materiais flutuantes, óleos e graxas, substâncias que comuniquem gosto ou odor,
corantes provenientes de fontes antrópicas e resíduos sólidos objetáveis (BRASIL, 2005).
Assim o presente trabalho ancorado nos preceitos supracitados objetivou avaliar o nível de
conservação, vulnerabilidade ambiental e também realizar a classificação da nascente
localizada na Pedra do Itagurussu, no município de Viçosa do Ceará.
Após a realização da devida localização da nascente foi feito a inventariação dos dados
referentes à mesma, tendo como roteiro norteador a proposta metodológica de Gomes et al
(2005), os quais desenvolveram o índice de impacto ambiental em nascentes com os seguintes
critérios de avaliação elencados na tabela 1:
51
Posteriormente após coletado os dados, os mesmos foram tabulados e enquadrados na proposta
de valoração elaborada por Gomes et al (2005) e em seguida de acordo com a pontuação obtida
foi aferido o nível de vulnerabilidade e conservação ambiental da nascente.
52
Tabela 2. Notas atribuídas a nascente pedra do Itagurussu no cálculo do Índice de Impacto
Ambiental em Nascentes
Item Descrição
1 2 3
Coloração aparente da água Escura Clara Transparente
Odor da água Forte Fraco Ausente
Lixo ao redor Muito Pouco Ausente
Materiais flutuantes Muito Pouco Ausente
Espumas Muito Pouco Ausente
Óleos Muito Pouco Ausente
Esgoto
Esgoto doméstico Fluxo superficial Ausente
Degradação da vegetação Muito Pouco Ausente
Uso por animais Presença Apenas marcas Ausente
Uso antrópico Presença Apenas marcas Ausente
Proteção Nenhuma Com acesso Sem acesso
Residências < 50m Entre 50 a 100m > 100m
Tipo de área de inserção Ausente Privada Protegida TOTAL
Pontos 3 6 21 30
Este fato em grande parte se deve a supressão da vegetação, impermeabilização do solo nas
proximidades da nascente e utilização inapropriada da nascente, além disso a mesma não possui
nenhum controle de uso e acesso. Tais fatores colocam em risco a nascente que é perene, porém
que devido ao seu manejo está seriamente ameaçada. Após a atribuição das notas somou-se os
pontos e se obteve que a determinada nascente é classificada como pertencendo a classe D, ou
seja, a nascente apresenta um grau de preservação ruim, como é mostrado na tabela 3.
CONCLUSÕES: De posse dos dados elencados pode-se concluir que a nascente em análise
apresenta uma situação ambiental degradante tendo em vista que a mesma foi classificada como
grau de preservação ruim (Classe D).
53
REFERÊNCIAS
BOLLMANN, H. A.; EDWIGES, T. Avaliação da qualidade das águas do Rio Belém, Curitiba-
PR, com o emprego de indicadores quantitativos e perceptivos. Eng. Sanit. Ambient., n. 13,
v. 4, p, 443 – 452, 2018
GOMES, P. M.; MELO, C.; VALE, V. S. Avaliação dos impactos ambientais em nascentes na
cidade de Uberlândia-MG: análise macroscópica. Sociedade & Natureza, v.17, n.32, p.103-
120, 2005.
TUNDISI, J.G. Limnologia do século XXI: perspectivas e desafios. São Carlos: Suprema
Gráfica e Editora, 1999. 24 p.
54
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos na empresa Frut Gold
55
Avaliação de duas variedades de alface: BRS Leila/BRS Mediterrânea da Agrocinco na
Serra da Ibiapaba.
56
O uso de plataformas digitais no combate ao desperdício de alimentos
57
Diagnóstico sobre utilização e destinação final dos óleos automotivos nas oficinas
mecânicas da cidade de São Benedito, Estado do Ceará.
Danley Erlen de Oliveira Ramos1 ; Sângela Ramos de Oliveira1; Tatiana Maria Farias Pinto2 ;
Oseias de Sousa Mourão2; Maria Nágila Carneiro Matos2; Raulzito Fernandes Moreira 3
1
Discentes de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE. E-mail:
danleyerlen10@gmail.com;
2
Docentes do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE.
3
Docente do curso de Biologia do Instituto de Pesquisa Vale do Acaraú (IVA) - Sobral/CE.
58
resolução considera o processo de refino, o método ambientalmente mais seguro para a
reciclagem do óleo lubrificante usado ou contaminado, e, portanto, a melhor alternativa de
gestão ambiental deste tipo de resíduo. O objetivo desse estudo é avaliar o nível de
conhecimento quanto ao uso e cuidados no manuseio e destinação adequada dos óleos
utilizados nas principais oficinas mecânicas da cidade de São Benedito- CE.
Já nas questões 2 e 4 podemos observar uma contradição nas respostas quanto ao quesito
reciclagem de matérias, onde 8 dos 10 entrevistados em resposta a questão 2 afirmam
armazenar o óleo para reciclagem, entretanto em resposta a questão 4 onde 10 afirmam que os
utensílios utilizados nas lubrificações e limpezas dos óleos são jogados no lixo comum, outro
dado correlacionado foi na questão 8 quando indagados se as oficinas possuem recipiente
59
especifico para armazenar o óleo usado pelos seus clientes, nove das oficinas já armazenam em
recipiente adequado. Corroborando com nossos resultados Linhares et al. (2019) relataram no
estudo de caso nas oficinas mecânicas da cidade de Caraúbas no estado do Rio Grande do
Norte, onde demonstraram que 100% das oficinas analisadas não faziam o armazenamento
correto e os utensílios como as estopas sujas de óleos eram jogadas na coleta de lixo comum.
Uma observação importante foi na questão 6 que a maioria dos clientes atendidos pelos
estabelecimentos não tem interesse em saber qual o destino final do óleo lubrificante
representando sete das 10 das oficinas consultadas. Com relação ao conhecimento dos impactos
ambientais provocados por causa do uso e destinação inadequados do óleo foi abordado na
questão 8, onde nove oficinas se declaram conhecedora da problemática, entretanto apenas sete
das oficinas têm interesse em participar de projetos futuros que visão melhorias de utilização,
reciclagem e conscientização ambiental esse dado está representado na 10 questão. Foi possível
observar a nítida consciência ambiental da maioria dos proprietários, corroborando com o
resultado obtido por Paulino (2009) onde a maior parte dos entrevistados acredita que a
adequação ambiental pode ser um diferencial de mercado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
60
PAULINO, P. F. Diagnóstico dos resíduos gerados nas oficinas mecânicas de veículos
automotivos do município de São Carlos - SP. Universidade Estadual Paulista. São Carlos.
2009.74p.
61
Avaliação da evaporação da água no solo através de células de carga sob diferentes
condições de sombreamento
Aloys Edilon Epondina1, Juliana Alcântara Costa2, José Vidal de Figueiredo3, Lucas Melo
Vellame4, Carlos Alexandre Gomes Costa5
1
Mestrando do PPG em Engenharia Agrícola na Universidade Federal do Ceará (UFC).
E-MAIL: edilonaloys7@gmail.com;
2
Doutoranda do PPG em Engenharia Agrícola na UFC.
3
Professor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia (IFCE), Campus Juazeiro do Norte.
4
Prof. da Universidade Federal da Recôncavo da Bahia (UFRB), Núcleo de Engenharia de Água e
Solo (NEAS).
5
Prof. de Departamento de Engenharia Agrícola (DENA) da UFC.
RESUMO: A alta demanda atmosférica nas regiões semiáridas faz com que a parcela de água
evaporada do solo seja um elemento importante no balanço hídrico na escala de uma
microbacia hidrográfica. Portanto, a compreensão desse fenômeno, aliada ao uso de
tecnologias de baixo custo, é um importante desafio para a ciência. Objetiva-se, dessa forma,
avaliar a depleção água em um solo Luvissólico típico do semiárido utilizando micro-
lisímetros. Para análise da depleção da água no solo foram utilizadas duas amostras
indeformadas de solo Luvissolo típico provenientes da Bacia Experimental de Aiuaba postas
sob plataformas de pesagem conectadas a sistemas dataloggers. Foram utilizados dois micro-
lisímetros com 200 mm de diâmetro e 400 mm de comprimento. As amostras foram saturadas,
submetidas ao secamento em condição de sombreamento, em casa de vegetação, e a pleno sol.
Dados de evaporação em dias chuvosos devem ser desconsiderados posto que o volume de
chuva aportado pelo ML nestes dias não é evaporado completamente no mesmo dia, segue
sendo perdido nos dias seguintes, e isso é um fator não considerado pela equação diária de
evaporação. Os lisímetros de pesagem têm sensibilidade suficiente para detecção de mudanças
de massa de 0,1 mm, em intervalos de tempo de no mínimo três minutos.
62
processos in situ em uma escala detalhada. A análise particionada dos fluxos de água em
sistemas vegetativos é capaz de fornecer informações valiosas, visto que, o fator evaporação e
transpiração diferem em suas respostas às condições ambientais. Os componentes individuais
da evapotranspiração incluem a transpiração das plantas (T) e a evaporação do solo (E), e em
alguns casos considera-se também a evaporação da água interceptada (I) pelo dossel vegetativo
e pela camada de serrapilheira sob o solo. Em regiões áridas e semiáridas o fator evaporação é
potencialmente substancial devido à alta demanda atmosférica (ETo) (KOOL et al., 2016). A
evapotranspiração (ET) é uma variável envolvida no entendimento de sistemas ecohidrológicos
que pode chegar a representar 95% do balanço hídrico em áreas secas (WILCOX et al., 2003).
Objetiva-se, dessa forma, avaliar a depleção água em um solo Luvissólico típico do semiárido
utilizando micro-lisímetros.
63
50000 50000
y = 25465.163x - 5749.369 y = 25426.353x - 3432.819
40000 40000 R² = 1.000
R² = 1.000
Peso (g)
Peso (g)
30000 30000
20000 20000
10000 10000
0 0
0 0.5 1 1.5 2 0 0.5 1 1.5 2
Diferença de voltagem (mV) Diferença de voltagem (mV)
Figura 1 – Curva de calibração para o micro-lisimetro (A) localizado a pleno sol e (B) em casa
de vegetação. FONTE: Autoria própria
64
Figura 2 - Curva de permanência da umidade do solo nos micro-lisímetros de pesagem
submetidos à casa de vegetação com sombrite de 75% e a pleno solo. FONTE: Autoria própria
REFERÊNCIAS
CHANG, X. et al. Can forest water yields be increased with increased precipitation in a Qinghai
spruce forest in arid northwestern China? Agricultural and Forest Meteorology, v. 247, n.
January, p. 139–150, 2017.
JIAO, L. et al. Forest Ecology and Management Evapotranspiration partitioning and its
implications for plant water use strategy : Evidence from a black locust plantation in the semi-
65
arid Loess. Forest Ecology and Management, v. 424, n. April, p. 428–438, 2018.
LI, H. et al. Effects of water collection and mulching combinations on water infiltration and
consumption in a semiarid rainfed orchard. Journal of Hydrology, v. 558, p. 432–441, 2018.
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&
ved=2ahUKEwimqq_hxeHzAhW5LLkGHa7QBzYQFnoECA4QAQ&url=http%3A%2F%2F
www.ufrrj.br%2Finstitutos%2Fit%2Fdeng%2Fleonardo%2Fdownloads%2FAPOSTILA%2F
HIDRO-Cap7-ES.pdf&usg=AOvVaw05MFCOHzwHLRKCzcVxssye
66
Avaliação de gestão sobre o descarte correto dos óleos lubrificantes nas oficinas
mecânicas da cidade de Tianguá, Estado do Ceará
Sângela Ramos de Oliveira1; Danley Erlen de Oliveira Ramos1; Tatiana Maria Farias Pinto2;
Oseias de Sousa Mourão2; Maria Nágila Carneiro Matos2; Raulzito Fernandes Moreira3
RESUMO: O presente trabalho avalia o modelo de gestão do descarte dos óleos lubrificantes
nas oficinas da cidade de Tianguá-CE. Inicialmente foi realizada uma revisão bibliográfica
sobre o assunto, em seguida, fez-se uma pesquisa de campo, que consistiu na aplicação de um
questionário em oficinas mecânicas. Com os resultados obtidos verificou-se que os
estabelecimentos consultados têm uma gestão inadequada, outro dado relevante é que os
participantes demonstraram interesse em participar de melhorias, mediante desenvolvimento
de atividades para conscientização dos envolvidos.
67
MATERIAL E MÉTODOS: Foram selecionadas as dez oficinas mecânicas entre o dia 10 de
outubro ao dia 15 de outubro de 2021, são consideradas de grande porte do município, para o
método de coleta de informações, que consistiu na aplicação de um questionário, a preferência
é que se possível o entrevistado fosse o proprietário do estabelecimento, não sendo possível,
entrevistou-se o funcionário responsável pelo estabelecimento. Vale ressaltar que todos os
entrevistados responderam de forma espontânea na própria oficina, a fim de contribuir com os
dados da pesquisa. Para interpretação, foi utilizado o software Excel, que permitiu organizar
os resultados em tabelas e gráficos. Após a tabulação dos dados foi possível verificar
quantitativamente as falhas de gestão e descarte de formas inadequadas.
Souza e Ramos (2020) ao realizarem estudo sobre óleos lubrificantes e outros resíduos da classe
III em organizações militares, concluíram que seriam necessárias melhorias em ações de gestão
ambiental. Contextualizando com a sociedade civil e empresas, é possível que ações
68
semelhantes sejam necessárias, principalmente em oficinas mecânicas. De acordo com o autor
Rodrigo Mendes Macuco (2021), publicou-se estudo em que elaborou Sistema de Gestão
Ambiental (SGA) com base na ISO 14.001 focada para oficinas mecânicas de pequeno porte.
Embora seja desafiador do ponto de vista financeiro, o autor ressalta a importância do SGA
para proteção ambiental e mudança de comportamento dos funcionários. Desde a realização da
conferência de Estocolmo na década de 80, os países têm tornado a questão ambiental central
no desenvolvimento econômico sustentável e na garantia da dignidade humana. Do ponto de
vista das empresas, a gestão ambiental deve ser tratada em sua visão estratégica, com ganhos e
melhorias em seu processo (BARBIERI, 2016). A busca pela preservação do meio ambiente
por meio de ações como a SGA, que permita às empresas inserção competitiva e tornarem-se
diferenciadas perante o olhar da sociedade e gestores públicos.
REFERÊNCIAS
69
MATTIOLO, S. R. Diretrizes para implantação de um sistema de gestão ambiental no
ciclo do combustível nuclear: estudo de caso da USEXA - CEA. 2012. Tese (Doutorado em
Tecnologia Nuclear - Materiais) - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, Universidade
de São Paulo, São Paulo, 2012.
70
Calibração de quatro sensores de umidade do solo para o monitoramento do conteúdo
de água
Aloys Edilon Epondina1; Juliana Alcântara Costa2; José Vidal de Figueiredo3; Lucas Melo
Vellame4; Carlos Alexandre Gomes Costa5
1
mestrando do PPG em Engenharia Agrícola na Universidade Federal do Ceará (UFC).
E-mail: edilonaloys7@gmail.com;
2
doutoranda do PPG em Engenharia Agrícola na UFC.
3
professor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia (IFECE), Campus Juazeiro do
Norte.
4
prof. da Universidade Federal da Recôncavo da bahia (UFRB), núcleo de engenharia de água e solo
(NEAS).
5
prof. Do departamento de Engenharia Agrícola (DENA) da UFC.
Resumo: a alta demanda atmosférica nas regiões semiáridas faz com que o conteúdo de água
no solo seja um elemento importante no balanço hídrico na escala de uma microbacia
hidrográfica. Portanto, a compreensão desse fenômeno, aliada ao uso de tecnologias de baixo
custo, é um importante desafio para a ciência. Assim, o trabalho objetivou-se em: (i) calibrar,
gerar e comparar um modelo representativo e eficiente para leitura da umidade do solo com os
sensores e (ii) avaliar a eficiência desses sensores na determinação da permanência da água em
duas amostras de solo luvissolos crômicos pálico planossólicos postas numa plataforma de
pesagem (micro-lisímetro). Para realizar a calibragem dos sensores de umidade do solo foram
utilizadas quatro amostras indeformadas de solo luvissolos crômicos pálico planossólicos
provenientes da bacia experimental de Aiuaba (BEA, 12 Km2), integralmente composta por
Caatinga preservada e localizada no município de Aiuaba. Com as seguintes coordenadas, 6º
34’ 26’’ S e 40º 07’ 26’’ O. Foram utilizados quatro tubos de policloreto de vinila (pvc) para a
retirada das amostras de solo, com o auxílio de um martelo e um pedaço de madeira os tubos
de pvc foram enfiados no solo e em seguida foram retiradas as amostras. Os tubos de pvc
tinham 20 cm de comprimento e 5 cm de diâmetro. As amostras foram saturadas, submetidas
à secagem em condição de sombreamento, em laboratório, e ao final do experimento foram
secadas na estufa para obter-se o peso seco das amostras. Os resultados indicaram altos
coeficientes de determinação na calibração dos quatros sensores. A maior variação do erro
padrão da umidade ocorreu no instante em que o solo apresentava o maior teor de água. A
aplicação de uma equação geral de calibração dos sensores apresentou baixas variações do erro
padrão da umidade. Os sensores, quando calibrados para o solo específico, podem ser utilizados
para fins de manejo do solo e da água.
71
Avaliação de Impacto Ambiental da nascente localizada na rua Francisco Correia
Vasconcelos em Ibiapina-CE
RESUMO: Em vista das mudanças climáticas e a demanda crescente por recursos hídricos, há
a necessidade cada vez maior de desenvolver ações visando a conservação e proteção. Nesse
sentido o presente trabalho foi desenvolvido tendo como objetivo de realizar uma avaliação
ambiental da nascente da rua Francisco Correia Vasconcelos em Ibiapina-CE. Para tanto
utilizou-se uma metodologia para a classificação de nascentes, com o intuito de avaliar os
parâmetros de qualidade da água, como resultado da metodologia aplicada constatou-se que a
nascente da rua Francisco Correia Vasconcelos em Ibiapina-CE tem um grau de preservação
ruim (classe D).
INTRODUÇÃO: Sabe-se que a água é um dos elementos naturais mais importantes que existe,
pois a partir dela os seres humanos, a fauna e a flora são dependentes para a sobrevivência.
Haja vista que as alterações na quantidade e qualidade da água ameaçam a sobrevivência
humana e as demais espécies do planeta. Diante disso há uma necessidade do desenvolvimento
de métodos e técnicas que visem a conservação e recuperação dos corpos hídricos. Desse modo
se faz necessário a promoção de ações que visem a proteção e conservação das nascentes. Vale
ressaltar que as nascentes são definidas como o local no qual se inicia um curso de água,
independentemente das dimensões. Localizam-se em encostas ou depressões do terreno ou
ainda no nível de base representado pelo curso d’água local, e podem ser perenes (de fluxo
contínuo), temporárias (de fluxo apenas na estação chuvosa) ou ainda efêmeras, quando surgem
durante a chuva, permanecendo por apenas alguns dias ou horas (LOZINSKI et al., 2010). O
uso da água pelo ser humano para qualquer que seja a finalidade resulta na deterioração de sua
condição natural, limitando geralmente seu potencial de uso (Machado; Torres, 2012). Vale
ressaltar que a expressão "qualidade da água" não se refere a um grau de pureza absoluto ou
mesmo próximo disso, mas sim a um padrão o mais próximo possível do "natural", isto é, como
a água se encontra originalmente nos rios e nascentes, antes do contato antrópico. Assim, o
trabalho em questão visa avaliar o nível de impacto ambiental presente na nascente localizada
ao lado da rua Francisco Correia de Vasconcelos no município de Ibiapina-CE
72
in loco realizada nos dias 29/09/2021 e 07/10/2021. Onde nessas visitas foram coletadas
informações e realizados registros que podem ser vistos na figura 1
73
entorno para a construção de uma estrada pavimentada. Diante de tais informações foi possível
realizar a valoração da nascente na tabela 2, que traz os itens utilizados para o cálculo do índice
de impacto ambiental em nascentes, proposto por Gomes et al (2005).
Tabela 2. Descrição dos itens utilizados para o cálculo do Índice de Impacto Ambiental em
Nascentes
Item Descrição
1 2 3
Coloração aparente
da água Escura Clara Transparente
Odor da água Forte Fraco Ausente
Lixo ao redor Muito Pouco Ausente
Materiais
flutuantes Muito Pouco Ausente
Espumas Muito Pouco Ausente
Óleos Muito Pouco Ausente
Esgoto Esgoto doméstico Fluxo superficial Ausente
Degradação da
vegetação Muito Pouco Ausente
Uso por animais Presença Apenas marcas Ausente
Uso antrópico Presença Apenas marcas Ausente
Proteção Nenhuma Com acesso Sem acesso
Residências < 50m Entre 50 a 100m > 100m
Tipo de área de
inserção Ausente Privada Protegida TOTAL
Pontos 3 6 21 30
REFERÊNCIAS
74
FELIPE, M, F; JUNIOR, A, P, M. Conflitos conceituais sobre nascentes de cursos d’água e
propostas de especialistas. Belo Horizonte, 17 de janeiro - 06 de junho de 2013. Vol. 9, nº 1,
2013.
75
Controle da movimentação do volume de “entrada” do pimentão na CEASA de Tianguá
– Ceará.
76
Dificuldades na implantação de um projeto de coleta seletiva de pilhas e baterias na
cidade Ibiapina - CE.
Eriberto de Sá Ponte Junior1; Emanuel Rodrigues da Silva2; Felipe Fontenele Frota Menezes2;
Francisco Thiago de Albuquerque Aragão1
1
Docente do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental (FIED), E-mail: erds1994@gmail.com
²Discente do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental (FIED)
77
Agronegócio na Serra da Ibiapaba: Os problemas encontrados na produção agrícola.
Francisco Raniere Silva de Sousa¹; Felipe de Andrade Moita¹; Pedro Henrique Gomes Pereira¹;
Maria Nágila Carneiro Matos2; Francisco Thiago de Albuquerque Aragão²
1
Discentes de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE. E-mail:
90raniere@gmail.com
2
Docentes do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED).
RESUMO: O Brasil possui muitas riquezas, o agronegócio é uma delas, ele tem papel
fundamental na economia do país e está presente na vida de todos os brasileiros, direta ou
indiretamente, sendo produtores ou consumidores. O agronegócio, principalmente no setor
agrícola, que é um dos seus segmentos, passa por constante mudança e evolução, no entanto,
muitos produtores agrícolas não conseguem adaptar-se, isso faz com que enfrentem diversos
problemas, esses entraves causam grandes perdas em sua produtividade e produção. Esses
prejuízos não afetam somente o produtor, mas também, todo o mercado. A agricultura familiar,
composta pelos pequenos e médios produtores, é a base do agronegócio brasileiro,
normalmente são eles os que mais sofrem com os problemas enfrentados. Este estudo objetivou
visa identificar, listar e classificar os principais problemas encontrados no agronegócio na Serra
da Ibiapaba. Esses problemas afetam os pequenos, médios e grandes produtores da Serra da
Ibiapaba, dos municípios de Viçosa do Ceará, Tianguá, Ubajara, Ibiapina, São Benedito,
Carnaubal e Guaraciaba do Norte. De natureza qualitativa e quantitativa, esta pesquisa obteve
seus dados por meio de questionário aplicado remotamente via Google Forms. Os resultados
obtidos mostraram a realidade dos produtores da Serra da Ibiapaba, eles enfrentam problemas
no pré-porteira, dentro da porteira e pós-porteira, tais dificuldades vão desde a compra dos
insumos e sementes até a comercialização. Através das respostas obtidas concluiu-se que a falta
de assistência técnica é a fonte geradora dos demais problemas encontrados pelos produtores
agrícolas na Serra da Ibiapaba.
78
gravitam em torno da agropecuária; os processos de transformação da agroindústria; as
operações de armazenagem, transporte e distribuição. Sendo assim, este conjunto de atividades
chamado agronegócio, compreende toda a produção agrícola e pecuária, que se estende desde
a produção de grãos e animais, expandindo-se pela produção de insumos, têxteis e
biocombustíveis. O agronegócio é uma atividade essencial para o desenvolvimento econômico
e social do Brasil, portanto, necessita-se de políticas públicas voltadas às etapas do
agronegócio, ações adequadas a cada tipo de produtor, atendendo suas necessidades e seus
objetivos. Embora o agronegócio esteja passando por grandes avanços e inovações, muitos
problemas ainda são encontrados. A falta de tecnologia ou a presença dela, sem a devida
capacitação são problemas presentes. A falta de apoio e investimento por parte do Estado no
pequeno produtor, o agricultor familiar, também é bastante recorrente. Tais condições
acarretam grandes perdas para o agronegócio. No Brasil, o Ceará se destaca nesse segmento,
tendo por base a agricultura irrigada, além de contribuir em emprego e renda no campo, tem
melhorado o desempenho da balança comercial através do incremento das exportações
(ADECE, 2020). Nesse contexto, dada a importância desempenhada pelo segmento do
agronegócio cearense, torna-se relevante a elaboração de estudos que busquem avaliar dados
do desempenho de produtores nas áreas que influenciem sua produção reduzindo os gargalos
existentes, e consequentemente aumentando a produção e a competitividade quanto aos
principais produtos que fazem parte desse setor por meio da mensuração dos indicadores de
desempenho. A construção desses indicadores é fundamental para a formulação de estratégias
competitivas e políticas governamentais que visem melhorar a participação dos produtos do
agronegócio. Este trabalho está focado nos problemas que produtores agrícolas de hortaliças e
frutíferas enfrentam ao longo da sua cadeia produtiva. Problemas “pré-porteira”, “dentro da
porteira” e “pós-porteira”. Desta forma, objetivou-se comeste artigo identificar, listar e
classificar os principais problemas encontrados no agronegócio na Serra da Ibiapaba. Tais
problemas que afetam os pequenos, médios e grandes produtores da Serra da Ibiapaba, dos
municípios de Viçosa do Ceará, Tianguá, Ubajara, Ibiapina, São Benedito, Carnaubal e
Guaraciaba do Norte.
79
diversificada, um mesmo produtor utiliza sistemas de cultivos diferentes e produz tipos de
cultivos e culturas diferentes em sua área de produção. O destaque maior se dá às hortaliças,
que são as mais produzidas pelos entrevistados, frutíferas e grãos também são produzidos.
Muitos problemas são encontrados no processo de produção agrícola, alguns encontrados antes
da porteira, dentro da porteira e depois da porteira, sendo que muitos desses entraves são de
fácil resolução e outros não (Figura 1). A ausência de assistência técnica é o principal problema
encontrado pelos produtores. Tal problema interfere diretamente na produção, desde o
planejamento, escolha dos insumos e sementes, execução das ações até a comercialização,
gerando muitos prejuízos aos produtores, pois a ausência de um planejamento, ou um
planejamento mal feito, por conta da ausência de uma assistência, gera muitas perdas,
principalmente pelo desperdício causado pela má execução das ações, sobretudo no
armazenamento, transporte e comercialização.
80
falta de interesse e informação, por falta de capital, ou por falta de apoio do Estado. Esse
segmento foi negligenciado pelas diferentes esferas governamentais. Essa escassez de apoio
era generalizada para todos os aspectos dos processos produtivos agrícolas, desde o acesso à
terra até a comercialização da produção (Castro et al., 2014).
REFERÊNCIAS
SOARES, Tamires C; JACOMETTI Márcio. Estratégias que agregam valor nos segmentos do
agronegócio no Brasil: um estudo descritivo. Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios,
Florianópolis, v.8, n.3, set./dez. 2015.
81
Openbord e mesa digitalizadora uma dupla que mudou a matemática no período
remoto na disciplina de cálculo II
82
Diante dos questionamentos (SCALABRIN, 2016) diz que o professor precisa dedicar algum
tempo para pesquisar ferramentas digitais, porém, sem capacitações, mesmo o professor tendo
tempo o desafio é grande. O foco central da pesquisa é mostrar como fazer os cálculos na lousa
interativa como se estivesse nas aulas presenciais usando a mesa digitalizadora e a lousa virtual
Openboard; Facilitar a compreensão e fortalecer o aprendizado na disciplina de Cálculo II;
mostrar aos acadêmicos que mesmo virtual o aprendizado pode ser eficaz e consistente; avaliar
o rendimento dos estudantes após as avaliações e receber o feedback dos estudantes após o
térmico da disciplina.
No formato acima citado, as aulas passaram a ser um remoto com cara de presencial, visto que
as perguntas e questionamentos levantados pelos estudantes eram respondidos
simultaneamente, a partir de então, lousa e a mesa digitalizadora anexada à didática do
professor causou repercussão entre os estudantes do curso, visto que explanar os limites, as
derivadas e o cálculo integral sem ser em uma lousa no presencial é algo bem desafiador.
83
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após decorrer 42 dias do início das aulas, mais
precisamente na aula no dia 17 de março de 2021 fazendo uso da mesa digitalizadora com o
aplicativo da Openbord anexada a outros componentes eletrônicos, quando a aula se
encaminhava para o seu término, já tinha decorrido uma hora e vinte minutos de aula
(1:20h/min), o professor foi surpreendido com o depoimento de alguns alunos em função das
aulas ocorridas até a presente data. Neste link se encontra alguns dos depoimentos:
https://drive.google.com/file/d/1tOZJ6-SCa7N_rjwpx_rvh4j_IMTyUjeV/view?usp=sharing.
Os comentários dos estudantes é após decorrer 1:20h/min de aula, um feedback de tirar o
fôlego. No momento de explanação das aulas fomos fazendo observações sobre o andamento
da turma, a participação em massa chamou a atenção do professor em virtude dos
questionamentos indagados. Durante as avaliações, por ser uma disciplina bem exigente
algebricamente e geometricamente, as provas eram elaboradas com oito perguntas em função
do tempo didático da disciplina e composta de 60% de questões objetivas e 40% de questões
discursivas. A avaliação era elaborada e postada no ambiente virtual do acadêmico (AVA). As
questões objetivas eram compostas de 5 alternativas, das quais somente uma alternativa era
correta, porém, nas questões discursivas os cálculos eram exigidos com mesma dinâmica e
eficácia da transmissão nas aulas via Google Meet. Os estudantes tinham a opção de dissertar
os cálculos através do teclado do comutador ou optar em enviar a resposta como figura para
uma caixa de texto no local disponível no ambiente de prova. O cálculo integral tem suas
peculiaridades no universo matemático, porém, já na AP1 os estudantes mostram um
rendimento espetacular, uma vez que a média geral da turma ficou acima de 75%. A P2
manteve o rendimento similar a AP1 e a surpresa maior ocorreu na AP3 quando o cálculo
integral exige dos estudantes uma aplicação dobrada e quando foi extraída a média geral da
turma o resultado ficou na casa de 80%. Um rendimento acima da expectativa prevista para a
disciplina. Abaixo está um anexo de um dos estudantes.
Todos os anexos apresentavam características similares ao anexo citado, deixando uma certeza:
o uso da mesa digitalizadora em parceria com o uso da lousa virtual Openbord foram suportes
que contribuíram de maneira fabulosa ao aprendizado da turma na disciplina de Cálculo II no
3º período do semestre 2021.1 dos cursos de Engenharia Agrícola e Ambiental e Ambiental e
Sistemas de Informação da faculdade FIED (Tianguá).
CONCLUSÕES: Após decorrer 5 meses fazendo uso da lousa virtual Openbord com a mesa
digitalizadora, foi notável a satisfação dos estudantes em relação ao aprendizado da turma na
disciplina de Cálculo II, além do feedback dos estudantes, as avaliações comprovaram esse
84
feedback, principalmente a AP3, onde mais de 80% da turma conseguiu desempenho
satisfatório, deixando claro que usando a mesa digitalizadora e a lousa virtual Openbord como
parceiras, a matemática poderá ser prazerosa e ao mesmo tempo gostosa de se aprender. Após
a experiência vivida pelo professor, como sugestão é claro, ele indicaria para qualquer
professor de matemática independente ser do Ensino Fundamental, Médio ou Superior adquirir
uma mesa digitalizadora e fazer uso da lousa virtual Openbord nas aulas virtuais de matemática.
REFERÊNCIAS
85
As dificuldades na implementação da permacultura como forma de conter as mazelas
ambientais na região Norte
INTRODUÇÃO: Técnicas Permaculturais são alternativas que vêm sendo desenvolvidas, com
o intuito de produzir uma cultura permanente que reintegra o ser humano ao ambiente, levando
em consideração a observação do meio natural e a experimentação no sentido de aprimorar os
diversos fatores de modo a auxiliar a não degradação da vida e da natureza. A falta de
saneamento básico assim como o correto gerenciamento dos resíduos sólidos tem trazido
muitas consequências negativas, tanto à saúde humana quanto a biota, deste modo, gerenciá-
los, como proposto nas leis ambientais específicas, deveria ser prioridade nas três esferas do
poder. Como em regiões rurais há menos investimentos nesta área que nos centros urbanos,
ações que diminuam tais impactos no sentido de eliminar as fontes de poluição e desperdícios
difusas dos recursos não renováveis naturais se fazem urgentes. A Permacultura trabalha e usa
os conceitos ancestrais, tecnológicas e naturais, imitando a natureza e otimizando seus padrões
com equilíbrio cíclico sem o desequilíbrio das ações consideradas tradicionais, a fim de usar e
integra-se ao que o ambiente possa nos oferecer, a fim de melhorá-lo para nutrir a capacidade
humana sem transformá-lo negativamente, retirando e retribuindo recursos renováveis ou não,
86
conceituando-se como um sistema único de habitação, produção, cuidados e proteção a terra e
ao próximo, num movimento cíclico e eterno sem burlar as Leis naturais vigentes que
sustentam o equilíbrio natural e realmente sustentável. Para Bill Mollison: “A maior mudança
que temos que fazer é ir de consumo para a produção, mesmo que numa pequena escala em
nossos jardins, daí a futilidade de revolucionários sem jardins, que dependem do próprio
sistema que atacam”, com base em suas palavras nos faz perceber a grandiosidade das práticas
permaculturais, uma vez que estas nos faz conviver em harmonia com a natureza, produzir
nosso próprio alimento, além de não degradar ou poluir o meio ambiente. De acordo com Bill
Mollison: “Permacultura é o planejamento e a manutenção conscientes de ecossistemas
agriculturalmente produtivos, que tenham diversidade, estabilidade e resistência dos
ecossistemas naturais. É a integração harmoniosa das pessoas e a paisagem, provendo alimento,
energia, abrigo e outras necessidades, materiais ou não, de forma sustentável.
87
reciprocidade ambiental para determinada causa específica, visto que tais ações remediativas
com base na Permacultura não tinham o porquê de não acontecer pois estavam em
conformidade com o orçamento da pasta, ações como, oficinas para saneamento ecológico as
comunidades por meio da execução de Bacia de evapotranspiração ou (BET), Círculo de
bananeiras, banheiros secos e sua compostagem, captação de água para amenizar a falta de
recursos hídricos para os que necessitam desse bem em épocas de escassez, reuso de resíduos
orgânicos dos locais já citados para a produção de composto orgânico, visando a diminuição
de resíduos nos lixões existentes na região, para seu uso em hortas comunitárias, produção de
mudas para o reflorestamento de árvores nativas e urbanas a fim de evitar o desiquilíbrio
térmico, implementação de biodigestores sendo mais uma opção para esses resíduos,
produzindo energia por meio de gás natural a fim de diminuir os custos com gás de cozinha e
diminuir os impactos causados pelos mesmo, via resíduos ou fossas, também na questão de sua
gestão adequada, catalogar e dar assistência técnica aos catadores dos mesmos, assim
como auxiliá-los na criação de uma cooperativa e produção de alimentos através das SAFs ou
Sistema Agroflorestais, gerando assim produtos de qualidade, revitalizando nosso ecossistema
e revertendo a falta de envolvimento homem/natureza, que certamente é um entrave para a falta
de noção do cidadão como agente participativo e criador, implementação de hortas
comunitárias, farmácias vivas, na questão habitacional utilizando técnicas de bioconstrução
para amenizar a falta ou a qualidade de moradias dos mais oprimidos e servir, assim como
todas as técnicas citadas, de ensinamento e envolvimento entre o poder público/escola/cidadão,
iniciar a revitalização de matas ciliares com mudas de nativas e práticas ecológicas e pontuais
e minimizando impactos de ações não sustentáveis, adotarmos parcerias com empresas vide a
cumprir a logística reversa para pô-los como agentes sociais e responsáveis na questão residual
e consequentemente, social, servindo até para alavancar sua empresa como modelo de negócio
sustentável levantando o seu patamar em seus produtos e serviços, além dessas principais ações
propostas ao secretário municipal da SEINFRA e ao prefeito, outras ações secundárias
provenientes das realizações dessas ações primárias iriam surgir de acordo com suas
implementações ostensivas. Mapear, catalogar, e defender as nossas nascentes e os demais
recursos hídricos como os rios, lagos, brejos, revitalizando-os com auxílio de alunos das
escolas púbicas e privadas como também através de mutirões de limpezas, uma forma de Eco
limpeza nos nossos pontos turísticos, sendo as mesmas, parte da grade curricular, criar uma
Unidade de Conservação Municipal para que possamos manter e proteger o pouco que resta da
nossa biota e deixarmos um futuro menos hostil e menos favorável para os nossos semelhantes.
88
Figura 1-Castelo de pedra como área de conservação municipal
CONCLUSÃO: Com todas as normas fiscais, com base nas leis vigentes e atuais, estudos e
reuniões acerca de cada situação referente a sua localidade, simulações e documentos
assinados, pouco foi feito e aprovado com base em nossas propostas, observação ou teses, a
nossa luta e as nossas ações solitárias, quase que na sua totalidade, sem nenhum apoio da gestão
atual na época, teve o impacto nos atores que participaram e nos observadores que não
acreditavam que junto somos mais fortes, através do nosso engajamento junto a câmara
municipal e gestores, fincamos a possibilidade da criação de uma Secretaria Municipal do Meio
Ambiente na época e que hoje, criada, atua de forma tímida perante a maioria do casos, uma
faca de dois gumes que precisa da manifestação pública para que não haja facilidades em casos
específicos já que hoje, a mesma, faz um pífil papel de regulamentação ambiental municipal,
faz-se urgente que todos os atores envolvidos atuem diretamente nesse e nos demais anseios
para uma sociedade justa e ambientalmente, sustentável.
REFERÊNCIAS
HOLMGREN, David.Fundamentos da Permacultura, 1993.
89
Atributos químicos do solo irrigado com efluente de esgoto tratado na cultura do sorgo
(Sorghum bicolor L. Moech)
Maria Gabrielle Sousa de Santana1; Tiago Cavalcante da Silva2; Francisco Marcus Lima
Bezerra3; Keivia Lino Chagas4; Francisco Thiago de Albuquerque Aragão5
1
Doutora em Ciência do Solo, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza/CE
2
Doutorando em Ciência do Solo, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife/PE.
E-mail: tiago.cavalcantesilva@hotmail.com
3
Docente aposentado, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza/CE
4
Doutoranda em Engenharia Agrícola, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza/CE
5
Docente, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE
RESUMO: Como fonte alternativa de água para a irrigação, a recuperação de águas residuais,
constituem uma prática crescente em áreas de déficit hídrico, além do fornecimento de
nutrientes essências para o desenvolvimento das plantas. O sorgo (Sorghum bicolor L. Moech)
é uma cultura relevante na agricultura familiar na região semiárida. Cultivada em condições de
sequeiro, o uso da irrigação torna-se uma alternativa para estabilidade na produção. O objetivo
do estudo foi avaliar o efeito do reúso de água de efluente tratado nos atributos químicos do
solo. A pesquisa foi realizada na Estação Agrometeorológica da Universidade Federal do Ceará
(UFC). O efluente utilizado no estudo foi coletado na Estação de Tratamento de Esgotos do
Campus do Pici (ETE-PICI). Foram utilizados 10 tratamentos em delineamento inteiramente
casualizado com 4 repetições, sendo esses combinados com água de abastecimento, adubação
mineral e efluentes de esgoto. Foram avaliados os teores de P, K e Na do solo no início e ao
final do ciclo da cultura. Os maiores teores de P foram observados quando se aplicou água de
efluente com a maior dose de NPK (100%). O K apresentou incremento nas suas concentrações
mediante as variáveis analisadas, mas abaixo da análise inicial. Já o Na expressou um
comportamento crescente aos tratamentos aplicados, com redução de sua concentração apenas
na dose de NPK (100%). O aumento do Na ainda não demonstra um indicativo de salinização
do solo. O efluente de esgoto tratado pode ser utilizado na irrigação das culturas desde que de
forma controlada e bem manejada.
90
do reúso de efluentes são observados, dentre eles: salinização, sodicidade ou alcalinização do
solo e alterações estruturais. Esses processos podem reduzir o rendimento das culturas (BIGGS;
JIANG, 2009). Portanto, o objetivo do estudo foi avaliar o efeito do reúso de água de efluente
tratado nos atributos químicos do solo (Sorghum bicolor L. Moech).
Tabela 1. Resultado da análise física e química do solo utilizado no estudo, Fortaleza, CE.
A aplicação da água no experimento foi realizada através de regador manual, a lâmina aplicada
foi 85% da evaporação diária do tanque classe A, localizado na região do estudo. Foram
utilizados 10 tratamentos em delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições. Sendo:
T1- Água de abastecimento sem adubação mineral; T2 - Água de abastecimento com 25 % da
adubação mineral recomendada; T3 - Água de abastecimento com 50% da adubação mineral
recomendada T4 - Água de abastecimento com 75% da adubação mineral recomendada; T5 -
Água de abastecimento com 100% da adubação mineral recomendada T6 - Água de efluente
sem adubação mineral; T7 - Água de efluente com 25% da adubação mineral recomendada; T8
- Água de efluente com 50% da adubação mineral recomendada; T9 - Água de efluente com
75% da adubação mineral recomendada e T10 - Água de efluente com 100% da adubação
mineral recomendada. Foram avaliados os teores de P, K e Na do solo de todos os vasos no
início e ao final do ciclo da cultura (DONAGEMA et al., 2011). Para determinação do fósforo
(P), foi feita extração através de Mehlich-1 e determinado por espectrometria. Já o potássio (K)
e o sódio (Na) foram extraídos com solução de acetado de amônio (C2H7NO2) e determinado
por fotometria de chama. Os dados foram submetidos a análise de variância, considerando o
delineamento inteiramente casualisado em quatro repetições e as médias para cada variável
avaliadas sendo comparadas entre si pelo teste Tukey, a um nível de 5% de probabilidade de
erro.
91
com a água de abastecimento promoveu um maior teor de fósforo e posteriormente com a
aplicação de 100% de N, P e K um decréscimo desses teores na aplicação da água de
abastecimento, resposta contrária a irrigação com efluente.
1C
Marcolan (2006) relata que os solos diferem quanto à sensibilidade do fósforo lábil a alterações
do fósforo da solução; essa resistência é denominada poder tampão ou fator capacidade de
fósforo do solo. Solos com maior poder tampão, mantêm constantes os valores de P da solução
quando submetidos à retirada do mesmo. Os teores de potássio contidos no solo apresentaram
interação quanto aos tipos de água aplicada e as doses de N, P e K (figura 1B). O teor de K no
solo antes da realização do experimento era de 0,15 cmolc kg-1 e após o experimento a
quantidade desse nutriente no solo variou de 0,08 a 0,11 cmolc kg-1, podemos observar a
redução desse nutriente no solo. Isso pode ter ocorrido devido ao fato de parte considerável do
adubo ser convertido inicialmente em formas não trocáveis e a passagem da forma de K não
trocável para formas trocáveis estão sujeitas a lixiviação rápida (COSTA et al., 2012). Os teores
de Na no solo mostraram interação significativa entre o tipo de água utilizado (abastecimento
ou reúso) e as doses de N, P e K aplicadas (figura 1C). Antes do experimento a teor de Na+ no
solo era de 0,06 cmolc kg-1, após o experimento os teores variaram entre 0,48 a 0,78 cmolc kg-
1
, observando um aumento considerável nos teores de Na no solo independentemente do tipo
de água aplicada no experimento, com valores superiores para a água de abastecimento.
Constata-se, também, o aumento progressivo dos valores de Na cujo excesso pode diminuir a
permeabilidade do solo, reduzindo o processo de infiltração de água e sua absorção pela planta,
e podendo acelerar o processo de salinização do solo (VARALLO et al., 2010).
92
do sorgo desde que utilizando um manejo adequado, observando principalmente possíveis
deficiências de fósforo e acúmulo de sódio no solo.
REFERÊNCIAS
BIGGS, T. W.; JIANG, B. B. Soil salinity and exchangeable cations in a wastewater irrigated
area, India. Journal of Environmental Quality, v.38, p.887–896, 2009.
COSTA, L. R.; GURGEL, M. T.; ALVES, S. M. C.; MOTA, A. F.; AZEVEDO, J.; ALMEIDA,
J. P. N. Crescimento de mudas de cajueiro anão precoce irrigado com efluente doméstico
tratado. Revista Brasileira de Ciências Agrárias. v.7, n.3, p.421-426, 2012.
93
Infiltração de água no solo com uso do cilindro único em área cultivada com feijão
sempre verde
João Victor Mendes de Melo1; Mariana da Silva1; Vanessa Lima Ponte1; Marcia Manso do
Nascimento1; Carlos Henrique Carvalho de Sousa2; Ademir Silva Menezes2
1
Discentes de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE. E-mail:
joaovictormendesmelo@gmail.com
2
Docentes do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE.
94
Composição química de três espécies de pitaias sob adubação potássica
João Paulo Cajazeira1; Edmilson Igor Bernardo Almeida2; Márcio Cleber de Medeiros Corrêa3;
William Natale4; Carlos Henrique Carvalho de Sousa5; Marcos Aurélio Araújo Lima6
1
Docente do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE. E-
mail: joao.cajazeira@fied.edu.br
2
Docente do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais, Universidade Federal do Maranhão/UFMA,
Campus de Chapadinha, Chapadinha-MA.
3
Docente do Curso de Agronomia do Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciências Agrárias,
Universidade Federal do Ceará/UFC.
4
Professor visitante do Departamento de Ciências do Solo, CCA, Universidade Federal do Ceará/UFC.
5
Docente do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE. E-
mail: carloshenrique@fied.edu.br
6
Docente do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Faculdade Ieducare (FIED), Tianguá/CE. E-
mail: marcosaurelio@fied.edu.br
INTRODUÇÃO: A pitaia é tida como uma fruta exótica, porém, há materiais nativos de pitaia
no Cerrado que, apesar do grande potencial comercial, ainda são escassos os estudos de
caracterização físico-química (LIMA et al., 2013). Embora se encontrem no estado do Ceará
áreas comerciais de produção de pitaias, ainda são raros os trabalhos de pesquisa voltados para
a caracterização química dos tecidos da cultura em condições nordestinas. Sendo assim, o que
se faz é uma aproximação dos tratos culturais embasados em outras regiões que, muitas vezes
apresentam características ambientais diferentes. De acordo com Oliveira et al. (2004), a
disponibilidade do K depende de sua difusão no solo; além disso, sua concentração na solução
e a capacidade de adsorção são fatores fundamentais para esta difusão (PHILLIPS; BURTON,
2005). Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar a absorção do potássio na parte aérea e
radicular das espécies Hylocereus undatus, Hylocereus sp. e Hylocereus setaceus, em resposta
a cinco doses de potássio em ambiente protegido.
95
O material vegetal utilizado foi obtido pelo enraizamento de estacas coletados em plantas
matrizes com 380 dias, de acordo com Pontes Filho et al. (2014). Os materiais selecionados
foram pitaia branca (H. undatus), pitaia vermelha (Hylocereus sp.) e pitaia-do-Cerrado (H.
setaceus). As padronizações destes materiais foram realizadas mediante o comprimento e o
diâmetro na porção mediana do cladódio, os valores médios de comprimento e diâmetro: 29,8
cm e 5,6 cm; 29,4 cm e 3,8 cm; 44,4 cm e 2,5 cm para pitaia branca, vermelha e do Cerrado,
respectivamente. O material foi lavado em água corrente e posto à secagem ambiente (± 25 ºC
e 70% de UR) durante 60 min; em seguida foram plantadas para enraizamento em vasos com
capacidade de 10 dm3 de substrato, com as características: pH (H2O) = 5,3; M.O. (g dm-3) =
3,31; P-Mehlich (mg dm-3) = 2,0; K+ (mg dm-3) = 0,1; Ca+++Mg++ (cmolc dm-3) = 0,9; Na+
(cmolc dm-3) = 0,17; Al trocável (cmolc dm-3) = 0,20; H + Al (cmolc dm-3) = 1,49; S = 1,1
(cmolc dm-3); T = 2,6 (cmolc dm-3); V(%) = 42; m (%) = 7,0; C (g dm-3) = 1,92; N (g dm-3) =
0,17. Para caracterização química do tecido vegetal, trabalhou-se num DBC no arranjo fatorial
3 x 5, com quinze tratamentos e quatro repetições, utilizando-se como fatores as espécies H.
undatus, Hylocereus sp. e H. setaceus e as doses de potássio (0, 80, 160 240 e 320 mg dm-3).
Antes foi realizada a adubação fosfatada básica, homogeneizando-se 160 mg P dm-3 na forma
de superfosfato simples (18% P2O5), o que corresponde a 20,35 g por vaso; 25,40 mg dm-3 de
micronutrientes na forma de FTE BR 12 (0,254 g por planta); e 375 mg N dm-3, parcelado em
3x mantendo-se a mesma proporção, na forma de sulfato de amônio (20% N), correspondendo
a 6,25 g por vaso. As doses experimentais testadas foram parceladas em três vezes iguais, sendo
cada parcelamento de 0,53; 1,07; 1,6; 2,14 g de KCl por vasos. O parcelamento se deu com o
propósito de atenuar as perdas por lixiviação e minimizar os efeitos salinizantes do cloreto.
Após a retirada da planta o material foi separado; a seguir, colocados em estufa sob circulação
forçada de ar à temperatura de 65 ºC (72 h). Em seguida, o material foi moído (Willey) e
enviado ao Laboratório de Solo da Embrapa/CNPAT para a realização das análises químicas
dos tecidos. Realizou-se digestão a seco e filtrado em filtro de velocidade rápida com adição
de 50 mL de HNO3 1M para dissolução das cinzas. O extrato obtido da filtragem foi utilizado
para análise. A determinação do elemento foi realizada por fotometria de chama, em g kg-1.
Realizou-se teste de normalidade Shapiro-Wilk, a 5% de significância, aceitando-se H0, os
dados foram submetidos à análise de variância, teste F com nível de significância p<0,05, de
modo a avaliar os efeitos principais dos fatores e de sua interação. Foi realizado teste de
comparação de médias pelo teste de Tukey para o fator qualitativo (p<0,05) e ajuste de
regressão.
96
Tabela 1. Quadrados médios da análise de variância para o teor de potássio nos cladódios,
sistema radicular e substrato para três espécies de pitaia aos 270 dias após a implantação do
experimento.
FV GL ...................................Quadrados médios....................................
Teor de K
Teor de K Cladódio Teor de K Raízes
Substrato
Espécies 2 297,7268** 37,4854** 1,9506ns
** **
Dose K 4 395,2113 31,2130 86,3122**
* **
Espécie x Dose 8 39,9210 1,4826 0,7465ns
Resíduo 42 15,5385 0,3966 0,6520
C.V.(%) 12,7 14,3 16,7
FV – Fonte da variação; GL – Grau de liberdade; C.V. – Coeficiente de variação; * – Significativo a 5%
de probabilidade; ** – Significativo a 1% de probabilidade; ns – Não significativo até 5% de probabilidade.
De acordo com a tabela 2, encontrou-se maior teor de K nos cladódios para a pitaia do Cerrado.
Das espécies analisadas, esta foi numericamente a maior, diferindo das outras duas nas doses
80 e 320 mg dm-3. Quando se compara as espécies em relação às doses de K, observa-se que
todas apresentaram crescimento linear positivo (figura 1A). De maneira geral, as três espécies
se comportaram de forma semelhante com pequeno aumento no teor de K nos tecidos da pitaia
do Cerrado. Trabalhando com a espécie Hylocereus undatus, Almeida (2013), encontrou
valores para o teor de K na parte aérea que variaram de 12,8 a 46,0 g kg-1, nesta pesquisa a
variação para a mesma espécie foi de 21,4 a 32,8 g kg-1.
Tabela 2. Teor de potássio nos cladódios das três espécies de pitaia, em função das doses de
potássio.
Potássio, mg dm-3
Tempo
0 80 160 240 320
Teor K Cladódios, g kg-1
P. Branca 21,4a 27,5b 25,1b 28,3b 32,8b
P. Vermelha 21,8a 25,4b 36,1a 35,8a 35,3b
P. Cerrado 22,7a 34,3a 36,2a 37,7a 42,8a
dms espécie 6,7
Médias seguidas pela mesma letra, nas colunas, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p=5%)
A exemplo dos cladódios, a pitaia do Cerrado apresentou maior teor de K nas raízes, se
comparada à branca e à vermelha, diferindo estatisticamente em todas as doses de K aplicadas,
mostrando que nesta espécie também foram encontrados os maiores teores de K na massa das
raízes. De acordo com observações fisiológicas descritas por Bredemeier & Mundstock (2000),
maiores valores foram mensurados no crescimento dos cladódios da pitaia do Cerrado, se
comparado às demais pitaias; a demanda pelo K na parte aérea foi superior, conforme mostra
a tabela 3 e a figura 1B. Esta última mostra crescimento linear, altamente significativo paras as
três espécies em resposta as doses aplicadas de K. Observou-se, ainda, incremento de 2,7; 4,2
e 5,7 g kg-1 para as espécies branca, vermelha e Cerrado, respectivamente, se comparado a
testemunha.
97
Tabela 3. Teor de potássio no sistema radicular das três espécies de pitaia, em função das doses
de potássio.
Potássio (mg dm-3)
Tempo
0 80 160 240 320
Teor K Raízes (g kg-1)
P. Branca 1,3 b 2,8 b 4,0 b 4,1 b 4,0 c
P. Vermelha 1,6 ab 3,4 b 3,7 b 5,0 b 5,8 b
P. Cerrado 2,6 a 5,7 a 5,8 a 7,0 a 8,3 a
dms espécie 1,0
Médias seguidas pela mesma letra, nas colunas, não diferem estatisticamente pelo teste de
Tukey (p=5%).
Figura 1. Teor de potássio nos cladódios, raízes das três espécies de pitaia e substrato, em
relação às doses de potássio (mg dm-3), aos 180 e 270 dias após a aplicação dos tratamentos.
98
REFERÊNCIAS
LIMA, C.A. de; FALEIRO, F.G.; JUNQUEIRA, N.T.V.; COHEN, K. de O.; GUIMARÃES,
T.G. Características físico-químicas, polifenóis e flavonóides amarelos em frutos de espécies
de pitaias comerciais e nativas do Cerrado. Revista Brasileira de Fruticultura, v.35, n.2, p565-
570, 2013.
PHILLIPS, I.; BURTON, E. Nutrient leaching in undisturbed cores of an acidic Sandy podosol
following simultaneous potassium chloride and di-ammonium phosphate application. Nutr.
Cycling Agroecosyst., n. 73, p. 1385-1314, 2005.
99
Densidade de plantio de coentro em caixa de leite em pequeno espaço
Introdução – O Coentro (Coriandrum sativum L.) é uma planta anual originária da Europa,
trazido pelos portugueses ao Brasil, que incorporou a culinária, principalmente nordestina.
Encontrar a densidade certa no seu cultivo tem papel importante no rendimento da lavoura,
uma vez que pequenas variações na densidade possuem grande influência no rendimento final
da cultura. Neste sentido o trabalho teve por objetivo avaliar a produção de coentro cultivados
em pequenos espaços (Caixa de leite). Métodos – Durante a pandemia, foi realizado na horta
doméstica da primeira autora, um experimento utilizado em caixa de leite de 1 L, preenchido
com substrato composto de 50% de solo de barranco e 50% de esterco bovino curtido, onde os
tratamentos foram: Tratamento 1 = 10 sementes por caixa , Tratamento 2 = 20 sementes por
caixa, Tratamento 3 = 30 sementes por caixa, Tratamento 4= 40 sementes por caixa,
Tratamento 5 = 50 sementes por caixa, Tratamento 6 = 60 sementes por caixa, semeado dia
29/10/2021, utilizando sementes de coentro verdão, sendo irrigado duas vezes por dia até o
solo apresentar leve drenagem e entrar em capacidade de campo. Algumas plantas espontâneas
que sugiram foram eliminadas das caixas, neste período não foram identificados ataque de
pragas ou doenças. Aos 35 dias após a semeadura as plantas foram colhidas, para obtenção
número de plantas por caixa, massa fresca da parte aérea e raiz e massa fresca da raiz. Os dados
foram submetidos à análise de variância e as médias serão comparadas pelo teste de Tukey ao
nível 5% de probabilidade. Resultados – O número de plantas por caixa aumentou de forma
quadrática atingindo a maior população com 40 sementes e uma população de 35 plantas, após
esse valor a população diminuiu devido possivelmente a limitação de espaço em maiores
número de sementes. A massa fresca da parte aérea respondeu de forma quadrática com maior
valor no tratamento com 40 e uma produção de biomassa fresca de 55 gramas, maiores
população ocasionou uma redução na produção de material verde, ocasionada possivelmente
por competição entre as plantas por luz, água e nutrientes. Esses valores mostram que o
aumento no número de sementes, não reflete aumento linear na produção de biomassa. A massa
fresca da raiz seguiu a mesma tendência da massa fresca aérea com aumento até as 50 sementes
por caixa. Conclusões – Para cultivo de coentro em caixa de leite com 1 litro de substrato,
recomenda-se 40 sementes de coentro para obter os melhores resultados agronômicos.
100
Identificação de populações de Meloidogyne spp. associadas a cultura de tomate em
Ibiapina, Ceará.
101
Levantamento da devolução de embalagens de defensivos vazias na região da Serra da
Ibiapaba – Ceará
RESUMO: A agricultura é uma área com expansão intensa, pois as necessidades de alimentos,
roupas, e matéria prima para a produção de bens de consumo crescem a cada dia junto com o
crescimento populacional. A produção agrícola ocasionou o descarte inadequado de
embalagens de defensivos que vem se tornando um grande problema ao longo dos anos, pois
se descartadas em locais impróprios, causam riscos à saúde humana e ao meio ambiente. O
descarte e armazenamento das embalagens de defensivos agrícolas devem ser realizados de
acordo com as normas e legislações impostas após o seu uso, dentro do prazo de um ano a
partir da data da compra. Visto isso, objetivou-se com esse trabalho, realizar pesquisa
bibliográfica sobre devolução de embalagens vazias de defensivos agrícolas na região da Serra
da Ibiapaba, celeiro agrícola do estado do Ceará e expor a problemática do descarte inadequado
de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Observou-se com o estudo que mesmo com o
Brasil realizando a destinação de 94% das embalagens de defensivos, o Estado do Ceará ainda
apresenta números inferiores, em especial a região da Serra da Ibiapaba. O crescimento do
volume recebido ao longo dos anos é relevante, mas longe de ser ideal.
102
foram criados a fim de regulamentar e normatizar a lavagem, armazenamento e destinação das
embalagens vazias utilizadas na agricultura. A maioria dos defensivos agrícolas é
comercializada em embalagens de plásticos de diferentes dimensões, e estas, apresentam riscos
de contaminação se descartados de maneira inadequada, onde é obrigação do agricultor realizar
a devolução de maneira correta. Na agricultura, grande parte dos defensivos é armazenada em
embalagens plásticas sendo classificadas em laváveis, não laváveis, flexíveis e rígidas. Os
recipientes flexíveis são utilizados para armazenagem de pós molháveis e os rígidos para
líquidos (GONÇALVES e ALMEIDA, 2017). O descarte e armazenamento das embalagens de
defensivos agrícolas devem ser realizados de acordo com as normas e legislações impostas
após o seu uso, dentro do prazo de um ano a partir da data da compra. O descarte fora do prazo
ou de maneira indevida pode acarretar multa e até detenção por crime ambiental dependendo
do nível de gravidade (RAMOS et al, 2016). A logística reversa controla e planeja o fluxo de
recebimento de embalagens do pós-consumo de defensivos agrícolas, aplicando leis de
responsabilidade entre os canais de recebimento e distribuição. A Lei Federal nº 9.974 de 2000
e o decreto Federal nº 4.074 de 2002 são responsáveis pela Logística Reversa das Embalagens
de defensivos no Brasil. Antes da devolução o agricultor deve fazer a lavagem das embalagens
por três vezes e perfurá-las para que não sejam reutilizadas. O produtor rural tem o prazo de
até um ano a partir da data da compra, para devolver as embalagens vazias (DA SILVA E
MAGALHÃES, 2017). O grande risco da não destinação ou descarte inadequado é a
contaminação do solo, da água e do ar, que por conter substâncias tóxicas podem causar
impactos na saúde humana, e no meio ambiente. Se essas embalagens não forem destinadas e
tratadas adequadamente, podem levar centenas de anos para se degradar na natureza (SINIR,
2018).
MATERIAL E MÉTODOS: Esse artigo foi embasado em pesquisa bibliográfica por meio de
artigos científicos, legislações consultadas nas páginas dos portais governamentais, revistas
cientificas, tese de doutorados e visita à ACACE com sede em Ubajara-CE, que realiza a coleta
das embalagens de defensivos agrícolas vazias na região da Serra da Ibiapaba. A abordagem
mostra as consequências do descarte inadequado das embalagens, o que realmente deveria ser
feito e as multas e consequências do descarte inadequado. O Artigo foi escrito com os dados
fornecidos pela ACACE, referente ao volume anual (2013 a 2020) de embalagens de defensivos
agrícolas vazios devolvidas (em toneladas, T) pelo posto de recolhimento de Ubajara, com foco
voltado para embalagens provenientes da região da serra da Ibiapaba-Ce.
103
Os anos de 2015 e 2016 apresentam declínio por conta da crise hídrica na região da Ibiapaba,
que comprometeu a produção agrícola na região. 2017 e 2018 apresentaram aclives, pois houve
chuvas regulares e abastecimento das reservas hídricas. 2019 e 2020 apresentam um segundo
declínio por se tratar dos anos referentes ao início da pandemia (COVID 19), onde houve
bastante redução de movimento, como é possível se observar nos gráficos 1 e 2.
Nesse período houve também bastante substituição da produção convencional por produção
orgânica ou livre de defensivos (telados e estufas). Há também o avanço tecnológico na
eficiência e concentração dos defensivos, que podem ser um dos motivos para tal redução.
A quantidade de produtores que realizaram a devolução de embalagens acompanha, quase que
fielmente, o volume de embalagens devolvidas pelos mesmos motivos citados no parágrafo
anterior.
CONCLUSÕES: Conclui-se que com o Brasil realizando a destinação de 94% das embalagens
de defensivos (INPEV 2020), o Estado do Ceará ainda apresenta números bem inferiores a esta
taxa, em especial a região da Serra da Ibiapaba. Ainda que sem termos dados para comparar a
taxa de destinação, é visível nos campos que a destinação na região ainda é muito falha. A
ACACE vem trabalhando de modo árduo para tentar reverter esta situação na Ibiapaba,
cumprindo ações de recebimentos itinerantes em várias cidades da região. O crescimento do
volume recebido ao longo dos anos é significativo, mas longe de ser ideal. O recebimento das
embalagens está diretamente ligado à fatores externos que influenciam diretamente a produção
agrícola.
REFERÊNCIAS
104
SILVA, S. F., MAGALHÃES, P. A. N. R., Logística reversa: um estudo de caso de uma
unidade recebedora no interior de Goiás com análise no descarte de embalagens de agrotóxicos.
2017. Tese de Doutorado. Universidade de Rio Verde.
Sistema Nacional de Informações Sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR), 2018.
Disponível em: https://sinir.gov.br/component/content/article/63-logistica-reversa/124-
embalagens-de-agrotoxicos> Acessado em: 11/10/2021.
105
Importância do nitrogênio na cultura do milho
INTRODUÇÃO: O milho (Zea mays L.) é o cereal mais produzido e consumido no mundo,
sendo classificado como a segunda commodity mais negociada, perdendo apenas para a cultura
da soja. O seu cultivo ocorre desde os primórdios do seu descobrimento, sendo considerada
uma das culturas com maior destaque e com importância em nosso país (MIRANDA et al.,
2018; CONAB, 2018; BERNARDI et al., 2020). Para o melhor desenvolvimento da cultura de
milho, muitos métodos e meios foram utilizados, empregando-se de melhores técnicas de
cultivo. Das técnicas e tecnologias utilizadas para melhor desenvolvimento da cultura é a
adubação, melhorando as condições do solo para aumentar a absorção de nutrientes (AMARAL
et al., 2017; GUIMARÃES et al., 2019; BERNARDI et al., 2020). Segundo Mortate et al.
(2018) e Guimarães et al. (2019) em decorrência da alta produção de biomassa pelo milho,
ocorre um alta extração e acúmulo de elementos do solo, tornando-se essencial a adubação para
suprir essas deficiências e vários trabalhos encontram grande extração de macronutrientes nas
cultivares de milho, com o nitrogênio um dos mais exportados para a planta de milho. Desse
modo, nota-se a que o nitrogênio é um dos elementos mais importantes para a cultura,
106
necessitando-se de sua utilização, fazendo-se necessário um estudo abrangente sobre esse tema,
para demonstrar e verificar a importância desse nutriente na cultura do milho. O objetivo do
trabalho é realizar uma breve revisão de literatura sobre a importância do nitrogênio para a
cultura do milho, demonstrando o quanto a adubação de nitrogênio na cultura é necessária para
seu desenvolvimento e produção.
107
nitrogênio na cultura do milho, além de ser importante para as plantas em geral, tem destaque
na cultura do milho, devido a sua grande exigência pela planta de milho. Assim, a aplicação de
nitrogênio possibilita um melhor crescimento e desenvolvimento, proporcionando benefícios a
cultura do milho, impactando no rendimento final do milho.
CONCLUSÕES: Na cultura do milho a nutrição adequada das plantas é essencial para que
fiquem menos suscetíveis ao ataque de pragas e doenças, períodos de seca e estresses, além de
aumentar a produtividade e qualidade pelos benefícios proporcionados. A importância do
nitrogênio está relacionada diretamente a planta, no seu crescimento e desenvolvimento,
composição química e física, ao seu uso pela cultura do milho, aos benefícios proporcionados,
seja de ganho de massa, caule, fotossíntese, entre outros, incrementando-se os componentes de
produção.
REFERÊNCIAS
BATISTA, V. V.; ADAMI, P. F.; FERREIRA, M. L.; GIACOMEL, C. L.; SILVA, J. S.;
OLIGINI, K. F. Ácidos húmicos/fúlvicos e nitrogênio na produtividade da cultura do milho,
Brazilian Journal of Biosystems Engineering, v. 12, n. 3, p. 257-267, 2018.
BATISTA, V. V.; OLIGINI, K. F.; GIARETTA, R.; RABELO, P. R.; ADAMI, P. F.; LINK,
L. Densidade de plantas e doses de nitrogênio no cultivo de milho safrinha no Paraná, Revista
Agrarian, v. 12, n. 45, p. 296-307, 2019.
FRANÇA, S. C.; OLIVEIRA, A. C de.; FARIAS, G. A.; JUNIOR, L. F. C.; SILVA, V. L da.
Doses de nitrogênio no crescimento de porta-enxerto de goiabeira paluma amarela, Revista
Scientia Agraria, v. 18, n. 2, p. 54-65, 2017.
108
GUIMARÃES, L. R.; RAMOS, R. J. L.; MANTOVANELLI, B. C.; MENDES, R. F.;
SCHOSSLER, T. R.; PETRY, M. T.; TERRA, L. G.; WEILER, E. B. Crescimento de milho
sob adubação nitrogenada em um cambissolo háplico, Revista EDUCAZÔNIA, v. 23, n. 2, p.
205-216, 2019.
NEUMANN, M.; HORST, E. H.; SOUZA, A. M de.; VENANCIO, B. J.; JUNIOR, E. S. S.;
KARPINSKI, R. A. K. Avaliação de doses crescentes de nitrogênio em cobertura em milho
para silagem, Revista Agrarian, v. 12, n. 44, p. 156-164, 2019.
PORTUGAL, J. R.; ARF, O.; PERES, A. R.; GITTI, D de C.; GARCIA, N. F. S. Coberturas
vegetais, doses de nitrogênio e inoculação com Azospirillum brasilense em milho no Cerrado,
Revista Ciência Agronômica, v. 48, n. 4, p. 639-649, 2017.
SANTOS, D. M da S.; BUSH, A.; SILVA, E. R da.; ZUFFO, A. M.; STEINER, F. Bactérias
fixadoras de nitrogênio e molibdênio no cultivo do amendoim em solo do Cerrado, Revista de
Agricultura Neotropical, v. 4, n. 1, p. 84-92, 2017.
109
Alternativa para determinação da densidade de partículas do solo arenoso
RESUMO: a densidade de partículas do solo é uma propriedade importante para o cálculo das
expressões de porosidade do solo e outras inferências. Porém, quando não determinada assume-
se um valor médio de 2,65 g cm-3 para solos minerais aráveis. Na hipótese que o método
alternativo usando uma proveta de 100 cm3 pode ser útil, fácil e prático para solos de textura
arenosa, assim permitir assumir valores mais próximo a condição real do solo a partir do
conteúdo de areia camada superficial do solo. Objetivou-se com o presente trabalho avaliar
uma possível alternativa para medição da densidade de partícula de um solo com textura
arenosa. Para tanto determinou-se a densidade de partículas do solo pelo método do balão
volumétrico (ρpBV) e um método alternativo (ρpP) utilizando-se uma proveta de 100 cm3 em
11 amostras de solos de textura arenosa em DIC com três repetições. Os resultados apontam
que não houve diferença estatística entre os métodos estudados, cujos valores médios foram
2,614 e 2,651 g cm-³ para o método alternativo da proveta e para o método do balão
volumétrico, respectivamente. Conclui-se que o método alternativo (ρpP) usando a proveta de
100 cm3 apresenta-se como opção empírica para determinação da densidade de partículas dos
solos com textura arenosa usando o mesmo volume de álcool etílico 92 °GL e mesma massa
de terra fina seca em estufa do método do balão volumétrico.
110
camada mais superficial do solo, carece de estudos que relacione método alternativo e a textura
do solo, oferecendo rapidez e praticidade na determinação daquele atributo físico do solo. A
não medição da densidade de partículas do solo em muitos estudos de solo pode estar
relacionada ao procedimento de medição bastante trabalhoso (BLAKE; HARTGE, 1986),
portanto, objetivou-se com o presente trabalho avaliar uma possível alternativa para medição
da densidade de partícula de um solo com textura arenosa em comparação com o método
clássico do Balão Volumétrico.
20 g TFSE
ρpP = (01)
(50−Vad)
Em que: ρpP = densidade de partículas do solo pelo método alternativo proveta de 100 cm3 (g
cm-3); 20 g TFSE = 20 gramas de terra fina seca em estufa a 105 °C (g) e Vad = volume de
álcool etílico 92 °GL deslocado na proveta de 100 cm3 (cm³).
111
Tabela 1 - Resumo da ANOVA da densidade de partícula do solo usando o balão volumétrico
e proveta de 100 cm³ para solo de textura arenosa.
FV GL SQ QM F (5%)
Tratamento 1 0,01754 0,017540 1,79ns
Erro 20 0,19506 0,009753
Total 21 0,21261
ns – não significativo a 5% de probabilidade pelo teste de F.
Vale salientar que o método do picnômetro também leva em consideração o líquido deslocado,
utilizando água (FORSYTHE, 1975; KIEHL, 1979), neste caso, sugere-se um comparativo
entre este método e o alternativo usando a proveta de 100 cm3 aqui por ora testado, uma vez
que o método alternativo (ρpP) aqui denominado, refletiu igualdade estatisticamente em
relação ao balão volumétrico.
CONCLUSÕES: O método alternativo (ρpP) usando a proveta de 100 cm3 apresenta-se como
opção simplista para determinação da densidade de partículas dos solos com textura arenosa
112
usando o mesmo volume de álcool etílico 92 °GL e mesma massa de terra fina seca em estufa
do método do balão volumétrico.
REFERÊNCIAS
BLAKE, G. R.; HARTGE, K. H. Bulk density. In: KLUTE, A. (ed.) Methods of soil analysis.
2. ed. Madison, American Society of Agronomy, Soil Science Society of America, pt. 1, p. 62
363-375, 1986. (Agronomy Monography, 9).
FERREIRA, D. F. Sisvar: a guide for its bootstrap procedures in multiple comparisons. Ciência
e Agrotecnologia, v. 38, n. 2, 109-112, 2014.
HILLEL, D. Fundamentals of soil physics. New York, Academic Press, 1988. 413p.
KIEHL, E.J. Manual de edafologia: Relações solo-planta. São Paulo: Ceres, 1979. 262 p.
SCHJØNNING, P.; LAMANDÉ, M.; BERISSO, F. E.; SIMOJOKI, A.; ALAKUKKU, L.;
ANDREASEN, R. R. Gas diffusion, non-Darcy air permeability, and computed tomography
images of a clay subsoil affected by compaction. Soil Sci. Soc. Am. J., 77, 1977–1990, 2013.
SCHJØNNING, P.; McBRIDE, R. A.; KELLER, T.; OBOUR, P. B. Predicting soil particle
density from clay and soil organic matter contents. Geoderma, 286, 83–87, 2017.
113
Nitrogênio na produção vegetal
RESUMO: As plantas necessitam de vários fatores para obter seu desenvolvimento e sua
produção, e uma delas é a nutrição da planta. O objetivo deste trabalho foi realizar uma breve
revisão de literatura sobre o nitrogênio na produção vegetal. O presente estudo foi desenvolvido
com base na revisão de literatura e pesquisas relevantes sobre o nitrogênio na produção vegetal,
com o intuito de caracterizar sua importância nas plantas e demonstrar seu uso na produção
vegetal. Dentre os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento da planta, o
nitrogênio é considerado um dos nutrientes de maior importância para as plantas, requerido em
maior quantidade em relação aos outros nutrientes, sendo essencial nos processos químicos e
físicos das culturas agrícolas. O nutriente é responsável por diversos processos químicos e
físicos da planta, na fotossíntese, respiração, absorção iônica, multiplicação e diferenciação
celular, impactando no aumento no número de folhas, diâmetro de caule e massa da matéria
fresca e seca, afetando a produtividade da planta. Desse modo, destaca-se como um dos
nutrientes mais importante para as culturas, além de ser o nutriente que tem grande impacto
nas produções. Além disso, é um dos nutrientes mais importantes para o desenvolvimento da
maior parte das plantas, compondo diversas funções químicas e físicas na planta,
proporcionando muitos benefícios a cultura e incrementando os componentes de produção. Por
ser muito importante nas culturas, sua aplicação é necessária para o aumento da produção na
agricultura, refletindo diretamente na produção vegetal.
114
modo, é necessário atentar-se a nutrição da planta, realizando-se as adubações e suprindo
nitrogênio para garantir o desenvolvimento da planta. Assim, o objetivo deste trabalho foi
realizar uma breve revisão de literatura sobre o nitrogênio na produção vegetal, caracterizando
a relação que possuem, discutindo a importância de seu uso nas culturas.
115
um dos nutrientes mais importante para as culturas, além de ser o nutriente que tem grande
impacto nas produções, sendo necessário à sua devida aplicação no solo, com os cuidados
necessários para evitar as perdas.
REFERÊNCIAS
BATISTA, V. V.; ADAMI, P. F.; FERREIRA, M. L.; GIACOMEL, C. L.; SILVA, J. S.;
OLIGINI, K. F. Ácidos húmicos/fúlvicos e nitrogênio na produtividade da cultura do milho,
Brazilian Journal of Biosystems Engineering, v. 12, n. 3, p. 257-267, 2018.
FRANÇA, S. C.; OLIVEIRA, A. C de.; FARIAS, G. A.; JUNIOR, L. F. C.; SILVA, V. L da.
Doses de nitrogênio no crescimento de porta-enxerto de goiabeira paluma amarela, Revista
Scientia Agraria, v. 18, n. 2, p. 54-65, 2017.
NEUMANN, M.; HORST, E. H.; SOUZA, A. M de.; VENANCIO, B. J.; JUNIOR, E. S. S.;
KARPINSKI, R. A. K. Avaliação de doses crescentes de nitrogênio em cobertura em milho
para silagem, Revista Agrarian, v. 12, n. 44, p. 156-164, 2019.
116
OLIVEIRA, R. F de.; SILVA, E. S da.; CARMO, I. L. G da S.; NETO, J. L. L. M.;
MEDEIROS, R. D de.; ABANTO-RODRIGUEZ, C. Plantas de cobertura e doses de nitrogênio
no cultivo da melancia na savana de Roraima, Brasil, Scientia Agropecuaria, v. 9, n. 4, p.
477-484, 2018.
PORTUGAL, J. R.; ARF, O.; PERES, A. R.; GITTI, D de C.; GARCIA, N. F. S. Coberturas
vegetais, doses de nitrogênio e inoculação com Azospirillum brasilense em milho no Cerrado,
Revista Ciência Agronômica, v. 48, n. 4, p. 639-649, 2017.
117
A agricultura e o manejo de doenças
RESUMO: A agricultura é dependente de muitos fatores para obter suas produções, e um deles
é o manejo de doenças. O objetivo deste trabalho foi realizar uma breve revisão de literatura
sobre a agricultura e o manejo de doenças. O presente estudo foi desenvolvido com base na
revisão de literatura e pesquisas relevantes sobre a agricultura e o manejo de doenças, com o
intuito de caracterizar a importância do manejo de doenças na agricultura. O manejo envolve
uma dinâmica de aspectos técnicos, como a biotecnologia, o plantio direto, controle de pragas
e de doenças, a eficácia do uso de insumos agrícolas e tecnologias de precisão que garantem
um melhor aproveitamento na cultura. Para obter a produção de uma cultura, o controle de
doenças é fundamental, pois causam perdas significativas quantitativamente e
qualitativamente, até mesmo a perda total. Para isso, diversos métodos de controle de doenças
surgiram, sendo cada método mais efetivo para certas doenças, tornando-se necessário o
conhecimento da doença para realizar o melhor manejo na cultura. Dessa forma, o manejo de
doenças deve ser realizado com um bom diagnóstico, verificando as condições e meios de
sobrevivência e escolhendo a melhor forma de controle da doença, para que a cultura alcance
seu potencial produtivo, demonstrando assim, a importância do manejo das doenças na
agricultura.
INTRODUÇÃO: A agricultura é a soma de diversos fatores que afetam sua produção, e esses
fatores causam impactos na produtividade da cultura. Entender todos os fatores que afetam a
produção é necessário para obter a melhor ter tomada de decisão durante o cultivo de uma
cultura. Para que a produtividade agrícola alcance maiores valores de produção, deve-se atentar
aos fatores ambientais e ao manejo realizado, utilizando-se de técnicas e práticas, que vão
contribuir na produção vegetal no ciclo da cultura, durante seu cultivo e nos diferentes órgãos
das plantas (SANTOS et al., 2015; SILVA; SILVA, 2020). O manejo da cultura envolve
diversas técnicas e práticas, e para incrementar a produtividade é necessário intensificar a
produção agrícola e buscar soluções, como no combate de doenças, pragas e as plantas daninhas
que acometem as culturas, causam danos e diminuem a produção da cultura (BERNARDO et
al., 2019; SANTOS et al., 2018). Desse modo, deve-se melhor adequar os fatores, para
aumentar as produções das culturas, mas, para isso é essencial adotar manejos, e um manejo
importante é o que envolve o controle de doenças. As doenças de plantas podem trazer
prejuízos significativos no rendimento de várias culturas, até mesmo a perda total da cultura,
sem o devido manejo da doença, assim, torna-se necessário o conhecimento da doença, e
principalmente os meios de controle, para que por fim, obtenha um manejo adequado de
doenças (BELLÉ; FONTANA, 2018; UENO; COSTA, 2016). Assim, o objetivo deste trabalho
foi realizar uma breve revisão de literatura sobre a agricultura e o manejo de doenças,
118
caracterizando a relação que possuem, discutindo a importância do manejo de doenças nas
culturas.
119
disseminação dos agentes fitopatológicos, ajudar a diminuir a possibilidade de seleção de
indivíduos resistentes e reduzir os danos na planta e no meio ambiente. A taxa de disseminação
de uma doença em plantas depende das condições atuais da cultura e da suscetibilidade à
infecção, dessa forma, depende do estado atual, e da reação da planta com o patógeno,
demonstrando que, o manejo de plantas é essencial para garantir que a planta esteja em
melhores condições na relação patógeno-planta, pois sua condição definirá o sucesso ou não
da doença na cultura (KAUFMAN; BOAS, 2019; BARROSO et al., 2017). Diversas doenças
acometem as culturas agrícolas e sua classificação depende do agente fitopatogênico e do local
afetado na planta, desse modo, é fundamental obter o conhecimento da doença para realizar o
melhor controle da doença. As doenças agrícolas são classificadas em grupos como: podridão
de órgãos de reserva; damping off; podridão de raiz e colo; sistêmicas; manchas, ferrugens,
oídio, míldio; e viroses, galhas, carvões (PAVAN; KUROZAWA, 1997). Assim, esses agentes
causais atuam em locais específicos, causando danos em diversos locais das plantas, afetando
a produção da cultura, quantitativamente e qualitativamente, sendo necessário o devido manejo
dessas doenças, independe do local que for acometer na planta. Dessa forma, no manejo de
doenças, as práticas de manejo devem ser realizadas conforme a presença no sistema de
produção, com o conhecimento da doença e adoção de métodos que possibilitem e melhorem
o controle da doença, garantindo um melhor manejo da cultura, possibilitando maiores
produções na agricultura (RUFINO et al., 2018; BARROSO et al., 2017).
REFERÊNCIAS
BERNARDO, J. T.; AGUILERA, J. G.; SILVA, R. B da.; MEDEIROS, Í. R. E.; VIAN, R.;
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controle de doenças de solo para os agricultores no Brasil, Revista Eletrônica Científica da
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121