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CURSO AVANÇADO DE DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO

AULAS 10 E 11
OTAVIO CALVET

Verificação de Aprendizagem – Aulas 06 e 07

Empregador

1. O conceito de empregador que consta na CLT sofreu influências da teoria acontratualista.

2. Em que pese constar no art. 2º da CLT que o empregador é a empresa, na verdade, o que se entende é que o

empregador é a pessoa natural, pessoa jurídica ou o ente despersonalizado, que é quem emite a vontade de con-

tratar empregado.

3. A empresa exerce a função social, a qual possui perfil objetivo, patrimonial, funcional e corporativo, sendo este

último o menos importante para o Direito do Trabalho.

4. Empresa é todo complexo de bens organizado para o exercício da empresa por empresário ou sociedade em-

presária.

5. As empresas sem fins lucrativos não se equiparam a empregador quando contratam empregados.

6. Para configurar grupo econômico, de acordo com a literalidade da legislação trabalhista antes do advento da Lei

13.467/17, não precisa haver configuração de direção hierárquica entre as empresas principal e cada uma das

subordinadas.

7. Antes do advento da Lei 13.467/17 entendia-se que o grupo econômico poderia ser formado por mera coorde-

nação, como ocorre na lei do rural, situação que será aplicada ao grupo econômico urbano com a chamada Reforma

Trabalhista.

8. A prova dos requisitos para configuração do grupo econômico pode ser feita por qualquer meio, exceto a prova

testemunhal.

9. Entidades sem fins lucrativos podem figurar em grupo econômico, assim como ocorre hoje no caso dos empre-

gadores domésticos.

10.A solidariedade do grupo econômico não se extrai do texto legal, tratando-se de mera interpretação majoritária

por presunção.

11.Na solidariedade ativa e passiva (dual), empresas do mesmo grupo poderiam comandar e dar ordens ao mesmo

empregado, o que se entende como o empregador único.

12.Com a reforma trabalhista, acaba a discussão acerca da solidariedade do grupo econômico que passa a ser

apenas a passiva.

13.Não existe corrente doutrinária que entenda ser possível haver sucessão trabalhista em cartórios.

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14.A natureza jurídica da sucessão trabalhista é no sentido de que se trata de figura típica trabalhista, pois não há

correlação com nenhum instituto do direito civil.

15.O que fundamenta a sucessão trabalhista são os princípios da continuidade da relação de emprego e a intangi-

bilidade contratual objetiva, além da despersonalização da figura do empregador.

16.Para configurar a sucessão de empresas deve ocorrer a transferência da atividade empresarial sem solução de

continuidade. Não se exige mais, pela teoria moderna, que o empregado continue trabalhando para a empresa

sucessora. Tese que restou mantida com a reforma trabalhista.

17.São argumentos que podem afastar a sucessão trabalhista a alegação de que a empresa sucedida continua

existindo e que ela possui patrimônio.

18.O sucessor assume todo o ativo e passivo trabalhista, o que ficou claro com a reforma trabalhista, sendo que a

empresa sucedida pode responder tanto em caso de fraude como subsidiariamente em caso de a empresa suces-

sora não ter patrimônio conforme art. 448-A da CLT com a redação da Lei 13.467/17.

19.A empresa sucedida não pode firmar em clausula contratual que se responsabiliza pelos débitos anteriores.

20.Não se aplica a sucessão trabalhista nos casos de falência, mas se aplica nos casos de recuperação judicial.

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Poder Diretivo

1. O poder diretivo (poder de dar ordens) é uma das quatro espécies do gênero poder empregatício.

2. O pode empregatício tem como ideia central a de concentrar o exercício do poder na figura do empregador.

3. Poder diretivo é o conjunto de prerrogativas asseguradas pela ordem jurídica e tendencialmente concentradas

na figura do empregador para exercício no contexto da relação de emprego.

4. Dentre os fundamentos para justificar o poder diretivo tem-se as correntes privatistica, institucionalista, publicís-

tica e a contratualista, sendo que a primeira é a que prevalece sobre as demais.

5. A natureza jurídica do poder empregatício reside no direito potestativo, mas não no direito-função.

6. Não se admite na doutrina e nem na jurisprudência o poder diretivo compartilhado.

7. O poder empregatício não tem limites precisos em lei, mas deve ser exercido de forma não abusiva.

8. O poder regulamentar consiste na fiscalização das regras criadas pelo empregador.

9. O poder disciplinar consiste na forma de o empregador punir, unilateralmente, o empregado.

10.Se a empresa se obrigou por norma regulamentar ou coletiva a sempre fazer uma sindicância interna antes de

punir um empregado ela tem que observar esse procedimento, sob pena de nulidade da punição.

11.É possível que a punição disciplinar ao empregado seja pecuniária.

12.É permitido ao magistrado alterar a punição aplicada pelo empregador se ele entender que a penalidade imposta

foi desproporcional, segundo entendimento majoritário.

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Sucessão e Consórcio

1. A sucessão trabalhista afeta a ordem jurídica do empregado, razão pela qual a sua participação e opinião no

processo sucessório é muito relevante.

2. Há uma exceção na CLT que diz que o empregado pode não concordar com a sucessão trabalhista, n a hipótese

da morte do empregador empresa individual.

3. A empresa sucessora não responde pelo passivo das empresas do grupo econômico da empresa sucedida,

salvo na hipótese de comprovada má-fé ou fraude.

4. É possível haver sucessão trabalhista de empregados domésticos.

5. Se o empregado advindo de empresa adquirida por outra empresa tiver salário superior dos empregados da

empresa sucessora, esta é obrigada a equiparar os salários dos seus empregados com os empregados da empresa

sucedida, sob pena de violar a isonomia.

6. Consórcio de empregadores é a reunião de pessoas para dividir os custos do mesmo empregado e se utilizar da

mão de obra deste. Há previsão legal expressa de consórcio de empregadores tanto no meio rural quanto no meio

urbano.

7. É exigida, por lei, a formalização de um contrato e registro em cartório de títulos públicos para o consórcio de

empregadores rurais.

8. A responsabilidade do consórcio de empregadores rurais é solidária para fins previdenciários.

9. Na seara trabalhista, pode-se entender que a responsabilidade do consórcio de empregadores depende do tipo

de consórcio: se indivisível, a responsabilidade será integral; mas se for divisível, a responsabilidade pode ser divi-

dida pela cota parte de cada um ou comum.

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GABARITO:

PARTE 01:

1 – V; 2 – V; 3- F; 4 – F; 5 – F; 6 – F; 7 – V; 8 – F; 9 – F; 10 – F; 11 – V; 12 – V; 13 – F; 14 – V; 15 – V; 16 – V; 17 –
F; 18 – F; 19 – F; 20 – F.

PARTE 02:

1 – V; 2 – V; 3 – V; 4 – F; 5 – F; 6 – F; 7 – V; 8 – F; 9 – V; 10 – V; 11- F; 12 – F; 12 – V;

PARTE 03 :

1 – F; 2 – V; 3 – V; 4 – F; 5 – F; 6 – F; 7 – V; 8 – V; 9 – V;

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