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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL EAD

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

Ananda Roberta Freitas de Moraes

Muaná-Pará
2021
ANANDA ROBERTA FREITAS DE MORAES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

Relatório de estágio, apresentado como


requisito à obtenção do grau de
Bacharelado do curso Serviço Social, pela
Universidade Estácio de Sá, para
avaliação do estágio em Serviço Social II.

Supervisor(a): Cristiane dos Santos Souza

Muaná-Pará
2021
O presente relatório tem como objetivo proporcionar ao aluno do Serviço
Social, o conhecimento necessário para bem desenvolver as atividades inerentes à
profissão do Assistente, por possui inúmeras atribuições e para que todas elas
tenham resultados promissores, aqui relatarei o programa escolhido que é o
programa de Apoio ao trabalho dentro da Secretaria de Assistência, dentre eles está
o PAEFI (Atendimento Especializado à Família e Indivíduos. O serviço de Proteção e
Atendimento Integral à Família (PAEF) funciona como o principal programa dos
serviços sócios assistenciais, fundamenta-se no fortalecimento da cultura do diálogo,
aos valores, crenças, no combate a todas as formas de violência, de preconceito e
discriminação das relações familiares. Neste sentido, o CREAS presta orientação e
apoio especializado e continuados as famílias que tem seus direitos violados, de
acordo com a Resolução Nº 109 de 11 de dezembro de 2009. Onde oferta os
programas de Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e
Indivíduos – PAEFI, que tem por finalidade o apoio, orientação e acompanhamento a
famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça e violação de
direitos, por abandono, violência física, sexual, psicológica, exploração sexual,
situação de rua, trabalho infantil, entre outras, como retrata a função do PAEFI

Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF consiste no


trabalho social com famílias, de caráter continuado, com a finalidade de
fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura dos seus
vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na
melhoria de sua qualidade de vida. Prevê o desenvolvimento de
potencialidades e aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos
familiares e comunitários, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo
e proativo. O trabalho social do PAIF deve utilizar-se também de ações nas
áreas culturais para o cumprimento de seus objetivos, de modo a ampliar
universo informacional e proporcionar novas vivências às famílias usuárias
do serviço. As ações do PAIF não devem possuir caráter terapêutico.
(Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais 2014, p.12).

Neste sentido, este relatório consta de uma pesquisa exclusivamente


bibliográfica, para que nos ajude a compreender a importância do trabalho do PAEFI
para a comunidade.

Como afirma (BRASIL,2011) cada família tem uma singularidade única:


As situações vivenciadas pelas famílias e indivíduos atendidos no CREAS
podem ter repercussões diferenciadas, que podem ser agravadas ou não
em função de diversos aspectos (contexto de vida, acesso à rede e direitos,
ciclo de vida, deficiência, rede social de apoio, gênero, orientação sexual,
deficiência, uso, abuso ou dependência de álcool ou outras drogas,
condições materiais, etc). Isso implica reconhecer que, diante das situações
vivenciadas, cada família/indivíduo atendido no CREAS demandará um
conjunto de atenções específicas, de acordo com suas singularidades, o
que deverá orientar a construção do Plano de Acompanhamento Individual
e/ou Familiar (BRASIL 2011, p.27)

E por se tratar de família, implica reconhecer que este pode ser o lugar de
ambiguidades pois a maioria dos casos de abuso sexual ocorre de maneira
intrafamiliar, o que torna a situação com pouca visibilidade, [...] isso se dá porque
grande parte dos agressores são pessoas próximas que inspiram confiança nas
crianças e adolescentes, o que também dificulta a efetivação da denúncia
(SILVEIRA;PEREIRA, 2017 apud Barbosa L; et al., Folmer V; 2019). Daí a
necessidade de se trabalhar com estas famílias para que sejam mais esclarecidas
no combate e proteção.

Nesse contexto (BRASIL p. 34) afirma que o empoderamento das famílias e


de cada um de seus membros para o enfrentamento das situações poderá resultar
na reconstrução das relações familiares ou, até mesmo, na construção de novas
referências familiares e comunitárias, quando esta se mostrar a melhor alternativa
para se assegurar proteção.

O Estatuto da Criança e do Adolescente defini como atos infracionais os


crimes praticados por adolescentes, o atendimento em meio aberto, assim como os
demais é desafiador. A utilização de diversas metodologias e técnicas necessárias
para operacionalizar o acompanhamento especializado. Requer, ainda, a construção
de vínculos de referência e confiança do usuário com a Unidade e profissionais da
equipe, além de postura acolhedora destes, pautada na ética e no respeito à
autonomia e à dignidade dos sujeitos. Para (Brasil p. 28) nesse sentido, numa
perspectiva dialética, deve agregar instrumentos técnicos e operativos, bases
teórico-metodológicas e ético-políticas, que possam proporcionar uma aproximação
sucessiva e crítica à realidade social, donde emergem as situações atendidas.
Esta pesquisa se deu de forma qualitativa por priorizar conhecimentos
aplicáveis à prática do profissional de Serviço Social de forma teórica, priorizando
conhecimentos em detrimento à análise de dados.

Portanto, é imprescindível perceber que além do aperfeiçoamento acadêmico


do aluno em absorver e desempenhar as dimensões teórico-metodológico, técnico-
operativo e ético-político aplicadas na academia, ele está em contato de forma direta
com a questão social e com a realidade dos usuários que estão em vulnerabilidade e
risco social. Pois, além do aprendizado e crescimento profissional, através das
experiências adquiridas durante o estágio supervisionado I e II, também foi possível
perceber, uma evolução pessoal que certamente vai ser levado não só para
enfrentar as dificuldades pessoais, mas também para ter postura profissional,
enquanto Assistente Social, diante de qualquer situação que venha se deparar,
observando a importância deste serviço para a comunidade, que através dele, as
crianças e adolescentes percebem que ainda existe esperança, pois o acolhimento
que recebem desde o momento que chegam, é diferente, ser bem acolhido, é sentir-
se amado e protegido e através das atividades e acompanhamentos desenvolvidas
durante todo período, nos mostraram justamente isso, é claro que inicialmente as
dúvidas, as incertezas, a desconfiança é inevitável, pois estas famílias e crianças já
chegam destruídas, sem perspectiva de dias melhores, mas ao longo do tempo a
confiança é resgatada. Seu caráter especializado exige a condução por profissionais
devidamente habilitados e capacitados, que partilhem desta concepção

REFERÊNCIAS:
BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Guia de
orientação técnica: SUAS, n. 1, 2005.

BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Guia de


orientação técnica: SUAS, n. 4, 2011

BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Centro de


Referência Especializado de Assistência Social – CREAS. 2016. Disponível em:
<http://dados.gov.br/dataset/centro-de-referencia-especializado-de-assistencia-
social-creas>Acesso em: 06 de setembro 2021.

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