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Revista Diálogos Interdisciplinares

2016 vol. 5 n° 1 - ISSN 2317-3793

GESTÃO, ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL: DESAFIOS DE UMA ORGANIZAÇÃO


DE VITÓRIA DA CONQUISTA- BA

MANAGEMENT, ETHICS AND SOCIAL RESPONSIBILITY: CHALLENGES FOR AN


ORGANIZATION OF VITÓRIA DA CONQUISTA-BA
Patrícia Sinara Gomes Santos1; Aline Araújo Prado2; Gardênia Teresa Jardim Pereira3

RESUMO: A responsabilidade social além de ser adotada como uma postura ética é também um elemento de diferencial
competitivo na dinâmica do mundo dos negócios, portanto, considera-se vantagem agregar no cotidiano das organizações a
prática socioambiental, que tem provado ser benéfica a todos os envolvidos na relação: comunidade, empresas e meio
ambiente. Pensando nisso, o presente artigo foi elaborado com intuito de analisar a ética e responsabilidade social em uma
organização de Vitória da Conquista. Adotou-se como método, o estudo de caso, utilizado com objetivo de analisar
evidências, desenvolver possibilidades de aplicabilidade, avaliar e propor soluções, através da participação dos gestores da
empresa e uma parcela de seus funcionários.

Palavras chaves: Ética; Responsabilidade; Sociedade.

ABSTRACT: Social responsibility in addition to being adopted as an ethical stance is also competitive edge element in the
business world dynamic, the refore, it is considered aggregate advantage in the daily organizations to socioenvironmental
practice, which has proven to be beneficial to all involved in the relationship: community, business and the environment.
Thinking about it, this study was performed in order to examine the ethical and social responsibility in a win organization of
the Conquest. It was adopted as method, the case study used in order to analyze evidence, develop applicability
opportunities, evaluate and propose solutions, thus counting with the participate on of the company's managers and a
portion of their employees.

Keywords: Ethics; Responsibility; Society.

__________________________
1
Graduanda em Administração da Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC. Vitória da Conquista - BA. E-mail:
pattynara@hotmail.com
²Graduanda em Administração da Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC. Vitória da Conquista - BA. E-mail:
lineprado@hotmail.com
3
Graduada em Turismo pela Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC. Mestre em Cultura e Turismo pela Universidade
Estadual de Santa Cruz - UESC. Vitória da Conquista – Ba. E-mail: gardeniajardim.ftc@gmail.com
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Introdução

As grandes empresas procuram conduzir seus negócios apoiadas na responsabilidade


social, seja por meio de ações em benefício do meio ambiente, seja por comunidades carentes.
Estas compreendem que para manterem suas marcas no atual mercado competitivo e
alcançarem o retorno financeiro esperado é necessária uma visão inovadora. Entende-se que as
organizações que prezam por um modelo ético de gestão, adotam um conceito de dever social,
o que proporciona resultados positivos a toda sociedade com a melhor utilização dos recursos
naturais e a preservação da natureza.
Busca-se entender se a organização, em estudo, atua como agente de responsabilidade
social para promover proventos a empregando como elemento norteador a ética ou se apenas
pratica uma política de interesses mercadológicos e obrigações legislativas. Assim, o objetivo
geral é conhecer as estratégias utilizadas pela empresa estudada e os objetivos específicos são:
verificar se a organização está comprometida com a responsabilidade social; identificar se a
mesma possui um código de ética interno que norteiam seus colaboradores; ou, se cumpre com
seus deveres sociais porque a competitividade e as normas governamentais a impõe.
Foram sondadas as percepções dos gestores e funcionários da empresa, pois, de forma
empírica é visto na mesma, uma preocupação com o chamado “dever social”. A análise iniciou-
se a partir do conceito de ética para os indivíduos envolvidos. E, dentro deste conceito, foram
apresentadas questões relacionadas ao respeito e à preservação da dignidade de seus
empregados; à valorização do capital intelectual; o dever de prezar pela justiça, quando ela se
refere à obtenção do lucro; à legalidade nas decisões e práticas dos negócios; à utilização de
ações que não agridem o meio ambiente e o olhar para o desenvolvimento sustentável.

Materiais e Métodos

O método aplicado trata-se de um estudo exploratório-descritivo realizado por meio de


pesquisa bibliográfica e coleta de dados in loco que, segundo Godoy (2005) é a análise profunda
de uma unidade, seus dados devem ser coletados no local onde eventos que estão sendo
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estudados naturalmente acontecem, incluindo entrevistas, observações, apreciação de


documentos e se, necessário medidas estatísticas. A pesquisa descritiva exploratória, que
segundo Gil (2002) são técnicas para coletar dados através de questionários apropriados. Seus
resultados foram mensurados através de instrumentos estáticos, onde uma parte do universo foi
estudado. A técnica empregada visou à imparcialidade nos resultados da pesquisa, ou seja, não
havendo nenhuma interferência do pesquisador em relação ao sujeito, com intuito de relatar
minuciosamente as características a serem analisadas.
Devido à quantidade de sujeitos (gestores e colaboradores) o questionário fechado foi
aplicado por meio de uma amostragem estratificada, segundo Gil (2002) caracteriza-se pela
seleção de uma amostra de cada subgrupo da população considerada. Foram aplicados 34
questionários, sendo 30 para colaboradores e 04 para gestores. Em seguida, os dados foram
tabulados e transformados em gráficos. A partir desses, foram discutidos e confrontados com o
marco teórico.

1 Semântica da Ética

O termo ética está presente nos diversos meios sociais, em cenários corporativos,
políticos e profissionais. Sua discussão tem se mostrado ser abstrata e de difícil compreensão.
É comum que as pessoas saibam o que é correto e o que é errado fazendo uma relação com a
ética e valores morais.
Os estudos acerca da ética originam-se de longa data segundo Figueiredo (2008, p.1),
“o legado histórico desse conceito vem de longe, data de aproximadamente 500 a 300 anos
a.C., época considerada como o período áureo do pensamento grego”. Com isso, percebe-se
que as discursões acerca deste assunto não é recente, visto que sua etimologia é de um
contexto cultural milenar, sendo os estudos com tal temática, considerados de vital
importância para o meio social como um todo.
Figueiredo (2008, p.02) ainda comenta:

A palavra ethos expressa a existência do mundo grego que permanece presente


na nossa cultura. Esse vocábulo deriva do grego ethos. Nessa língua, possui
duas grafias: ηθοζ (êthos) e εθοζ (éthos). Essa dupla grafia não é gratuita, pois
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reúne uma diversidade de significados que, ao longo do tempo, distanciaram-se


do seu sentido original.

Figueiredo (2008, p. 03), afirma que “Êthos significa “modo de ser” ou “caráter”.
Compreende-se que o termo ética remete a valores, costumes e princípios, seu modo de viver
em coletividade. Pode-se afirmar que cada indivíduo ou grupo dispõe de seus próprios costumes
e modos de vivências, de maneira que os mesmos possuem suas particularidades, ou seja,
contam com a sua peculiar compreensão do termo ética.
Segundo Vazquez (1985, p. 12), “ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos
homens em sociedade. Ou seja, é a ciência de uma forma específica do comportamento
humano.” Esse pensamento refere-se ao cunho cientifico da ética.
Não há como estabelecer uma regra para definir um padrão ético, pois varia de acordo
com os costumes e hábitos de uma sociedade.
Segundo Santos (2003, p.20):

O termo “padrões éticos” é usado pelos autores para estabelecer a


conformidade com padrões aceitáveis de conduta. Deve-se ter em mente que os
padrões aceitáveis de conduta são diferentes em cada sociedade, em função
principalmente dos valores e costumes adotados por essa sociedade, e seria
impossível criar um único padrão de procedimento ético para as empresas em
todo o mundo. No entanto, algumas normas de ética são comuns à grande
maioria, como honestidade, integridade e lealdade.

Estabelecer uma relação ética nas empresas é de suma importância para criar um vínculo
sólido com os seus steakeholders de maneira que promova o cumprimento da lei juntamente
com uma postura compatível dos colaboradores e com os valores da organização
No atual mundo dos negócios, competitivo e dinâmico, é de suma relevância adotar um
perfil empresarial pautado em normas e padrões que prezem por valores éticos. Do ponto de
vista que seja uma necessidade e não uma imposição como um diferencial mercadológico.
Bahr et al, (2006, p.04) afirma:

Em linhas gerais, o entendimento do que seja ética empresarial ou


organizacional (ou ainda de ética nos negócios) tem a ver com este processo de
inserção. A empresa ou entidade deve estar presente de forma transparente e
buscando sempre contribuir para o desenvolvimento comunitário, praticando a
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cidadania e a responsabilidade social. Se atentar contra a cidadania, ferem a


ética empresarial.

A problemática ligada aos questionamentos da ética contemporânea está em indagações


relacionadas a interesses pessoais e responsabilidade social, essa abordagem de ética e
responsabilidade social é uma velha discussão, em virtude de problemas envolvendo aumento da
poluição, crescente desemprego, defesa do consumidor questões do âmbito das organizações
públicas e privadas.

2 Responsabilidade Social

A ideia de ser uma empresa comprometida com valores éticos e promover um


desenvolvimento pautado por ações que gerem benefícios a toda uma sociedade vem sendo
adotada por muitas organizações que compreendem que tal postura agrega valor à sua marca e
os coloca no meio social como um elo entre empresa, indivíduos e governo.
Abarcar tais questões mostra que é necessário mais que obrigar-se a devolver a
sociedade parte de seus lucros. A partir do momento que as corporações compreendem o seu
papel social, surge então o termo responsabilidade social, de acordo com Borger (2013) a
concepção de responsabilidade social teve seu embrião por volta de 1950, assunto que repercutia
desde a era industrial com discussões de autores dos Estados Unidos e na Europa. A inquietação
dos pesquisadores era devido às organizações serem isentas de responsabilidade quanto às
consequências negativas de sua atuação, em virtude dos impactos ambientais e sociais
provocados por essas corporações. Manifesta-se então, o interesse por parte das empresas em
minimizar os reflexos negativos de sua atuação, de forma que os empresários passam a
envolver-se em ações sociais em prol da comunidade.
Segundo Bertoncello; Chang Jr. (2007, p.72):

O conceito de responsabilidade social empresarial é complexo e dinâmico, com


significados diferentes em contextos diversos e está relacionado a diferentes
ideias. Para alguns ele está associado à ideia de responsabilidade legal; para
outros pode significar um comportamento socialmente responsável no sentido
ético.
109

Ainda conforme Bertoncello; Chang Jr. (2007), a responsabilidade social transcende a


obrigatoriedade das leis assumindo um caráter de cunho moral, de forma que deve ser voltada a
ações integradas para contribuir com o desenvolvimento social como um todo, desde a
preservação do meio ambiente aos direitos dos cidadãos. “Uma ação social bem conduzida
garante a qualquer empresa posição de destaque na sociedade onde atua e este é fator decisivo
na auto preservação empresarial”. (BERTONCELLO; CHANG JR. 2007, p.74). Sousa (2006)
corrobora com isso quando afirma que as empresas visam ter uma atuação socialmente
responsável por notarem que possuem um déficit com a sociedade. Diante disso a semântica de
Responsabilidade Social corporativa remete a uma acerto de contas, uma relação de devolução
entre as organizações e os cidadãos, intentando promover bem estar social e minimizar os
impactos gerados pela sua performance.

3 O papel do Estado como provedor do social

O estado enquanto provedor social tem a obrigação de promover o bem estar coletivo,
utilizando meios de inclusão social, redução das desigualdades sociais, controle e
implementação de programas sociais que atendam as demandas da sociedade.
Maurano (2004, p.03), concorda com isso quando firma que:

O Estado é o poder social institucionalizado e ele se legitima enquanto


exterioriza suas finalidades. Sendo uma produção social, a finalidade do Estado
deve ser sempre uma finalidade social e, portanto, o Estado encontra sua
legitimidade nos serviços que presta à coletividade (serviço público).

“O afastamento do Estado na função de provedor do bem-estar social, fez com que as


empresas percebessem que também são responsáveis pela situação de exclusão e injustiça social
criada por essa mudança de paradigma.” (MACHADO, 2011, p.11). O Estado deveria ser o
maior provedor da comunidade, no entanto, todos os seus serviços são precários e por vezes
inexistentes, cobrando das organizações particulares atitudes que deveriam ser suas. É
necessário que todos ajudem e colaborem para a melhoria da população, mas muitas vezes o
próprio Estado não permite essa ajuda, visto que, muitos impostos poderiam ser convertidos em
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benefícios para empresas que mantém salários mais elevados para seus colaboradores,
favorecendo e desenvolvendo toda a sociedade.

4 Responsabilidade Social nas Organizações

As empresas são formadas com um único objetivo: obter lucro. Kotler (2000) enfatiza que
“a empresa está primordialmente interessada em maximizar o lucro”. Mas, para alcançar sua
meta, as organizações precisam passar por uma série de etapas, conquistar uma clientela e ser
bem vista na sociedade, tendo uma marca de prestígio e, quiçá reconhecida mundialmente.
Atitudes com práticas sustentáveis relacionadas à gestão ambiental são colocadas para
sociedade com um cunho mercadológico, usando tais ações como um diferencial competitivo
passando uma imagem de protetora da natureza e que possui um desenvolvimento sustentável,
transmitindo a ideia para o consumidor que é mais vantagem consumir seus produtos e/ou
serviços por estar contribuindo com o meio ambiente.
Apesar da cobrança da população, muitas empresas ainda não assumem seu papel,
dificultando o retorno dos recursos obtidos pela organização em prol de toda comunidade.
(SCHROEDER; SCHROEDER, 2004) Essas que procuram assumir seu papel, tratam com
reverência e dedicação a responsabilidade social, buscando manter o equilíbrio ético para não
haver prejuízos financeiros e sociais em sua gestão, porém ainda existem corporações que não
almejam conhecer ou participar da responsabilidade social, hoje tão necessária.

5 Responsabilidade Social em Vitória da Conquista

As empresas começam sua responsabilidade a partir do momento que geram empregos,


os benefícios para os trabalhadores agregam um “pacote” que oferecem vantagens para toda a
sociedade, pois à medida que a família obtém uma renda, gera-se um ciclo onde todos
dependem uns dos outros para sobreviver. Pensando nos benefícios acarretados para a
população de Vitória da Conquista, uma empresa no ramo avícola investiu em diversos
projetos sociais e ambientais, visando o bem estar dos seus colaboradores, familiares e a
comunidade em geral.
111

Alguns dos projetos sociais que recebem doações são: Lar Santa Catarina de Sena; ACID
(Associação Conquistense de Integração do Deficiente) – A ACID visa integrar o deficiente à
sociedade, através da educação e profissionalização; APAE de Vitória da Conquista/BA –
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais; COTEFAVE (Comunidade Terapêutica
Fazenda Vida e Esperança)– A COTEFAVE visa recuperar dependentes químicos em álcool e
drogas; Associação Comunitária Cristo Liberta – Instituição que ajuda na recuperação de
dependentes de drogas para reabilitação da vida social e acolhimento de andarilhos;
Fraternidade Vida Nova – Família que acolhe crianças carentes através do Conselho Tutelar de
Menores na Lagoa das Flores; Centro de Estudos Espíritas Fabiano de Cristo– Projeto de
assistência às famílias carentes locais; CONSIC– Conselho Comunitário de Segurança Pública.
Na área educacional, a empresa investe na educação de crianças, jovens e adultos através
de programas em parceria com o SESI, na localidade de Itapirema. Foram abertas duas salas de
aula (alfabetização a 4ª série/5ª a 8ª série) para os funcionários da empresa e da comunidade,
surgindo assim, o projeto Itapirema. Já o projeto Criando o Futuro-Transformando Destinos
oferta atividades esportivas e musicais a crianças da comunidade, onde podem frequentar duas
vezes por semana.

A empresa procura ser comprometida com as questões ambientais, praticante de várias


ações em prol do meio ambiente, das quais se destacam: parceria ambiental - não mantém
vínculos comerciais com fornecedores de produtos e/ou serviços que não tenham compromisso
com a preservação ambiental; plantio de eucalipto; reservas legais; cercas de eucalipto ou
cimento; melhoramento de solos de degradados para férteis e lagoa de tratamento de efluentes.

Resultados e Discussões

A coleta de dados ocorreu no dia treze de novembro de dois mil e quatorze ás 14:00
horas, por meio de questionário fechado aplicado a 30 colaboradores e 04 gestores de uma
empresa do ramo avícola em Vitória da Conquista – Bahia.
Em relação ao questionamento sobre a existência de um código interno de ética,
direcionado aos colaboradores, observaram-se os seguintes resultados, 57% dos colaboradores
112

declararam existir, 14% que não e 29% desconhecem a informação. Levando em consideração
que um código de ética na organização traz benefícios como facilidade na tomada de decisão,
satisfação profissional e melhor entendimento entre os colaboradores, acredita-se que tal
ferramenta não está sendo utilizada amplamente na organização como demonstra os resultados
do gráfico 1, pois 43% dos colaboradores não tem conhecimento dele.

28.57% Sim
71.43% Não

Descrição: Gráfico 1 - Existência de um Código de Ética


Fonte: Elaboração Própria (2014)

Ao perguntar sobre a compreensão dos objetivos organizacionais em relação a visão e


missão da empresa, por parte dos colaboradores, percebeu-se que 28% afirmaram compreendê-
los, enquanto que 36% não compreendem e os outros 36% não sabem se existe compreensão
para todos. Sendo assim, quando não há clareza dos principais objetivos da organização para
cumprir suas metas estratégicas, ocorre uma divergência no direcionamento eficaz dos
colaboradores e dos investimentos, conforme mostra o gráfico 2.

Não
28.57%
Sim,
50.00%
sempre
21.43% Às vezes

Descrição: Gráfico 2 - A percepção dos colaboradores quanto


aos Objetivos Organizacionais, Visão e Missão.
Fonte: Elaboração Própria (2014)

O gráfico 3 refere-se a opinião dos colaboradores quanto a clareza das regras da entidade
e ao comportamento e postura ética profissional, Percebeu-se que 71% dos entrevistados
113

afirmaram que sim, há clareza das regras e 29% não. Se relacionado com gráficos anteriores há
uma desproporção nas afirmações dos questionamentos, pois se observa que no gráfico 1 e 2 as
respostas não foram favoráveis as questões éticas, bem como a falta de clareza nos objetivos
organizacionais.

Não Sim, com


7.14% auxílio de
35.71% profissionais
57.14% qualificados
As vezes Nunca

Descrição: Gráfico 3 - Clareza das regras para os colaboradore.


Fonte: Elaboração Própria (2014)

Ao questionar acercados projetos da empresa voltados para a qualificação e incentivo


dos seus colaboradores percebeu-se que 14% consideram ótimo, 43% afirmaram ser bom, 36%
disseram ser regular e 7% opinou ser ruim. Considera-se a partir dos resultados, que a
implementação dos projetos na empresa é satisfatório, pois os colaboradores se sentem mais
motivados, valorizados e produtivos. Além disso, a empresa consegue diminuir os custos com a
rotatividade e, consequentemente, com novas contratações, demissões e treinamentos.

Não
Sim, sempre
As vezes,
quando me
lembro

100.00%

Descrição: Gráfico 4 - Qualificação e Incentivo


114

Fonte: Elaboração Própria (2014)

Indagando sobre a participação dos colaboradores em projetos sociais da empresa apenas


21% afirmaram que participam, enquanto 50% só ás vezes e 29% não participam. Observa-se
então, que mesmo o projeto sendo satisfatório não há por parte dos colaboradores uma efetiva
participação. As famílias dos funcionários, principalmente seus filhos, são os que mais se
beneficiam dos projetos, pois participam das oficinas, palestras e cursos oferecidos pela
empresa.

Sim
Não

100.00%

Descrição: Gráfico 5 - Participação em Projetos Sociais.


Fonte: Elaboração Própria (2014)

Ao questionar sobre a melhoria da qualidade de vida dos beneficiados pelos projetos


sociais da empresa, os resultados mostram que 86% afirmaram que há melhorias, enquanto que
14% disseram não saber. Com isso percebe-se que a realização desses projetos por parte da
empresa tem tido eficiência na promoção da qualidade de vida de seus funcionários, porém nem
todos conhecem as estatísticas de melhoria.

De maneira
positiva
Não sei
Não exerce
influência

100.00%
115

Descrição: Gráfico 6 - Melhoria na Qualidade de Vida


Fonte: Elaboração Própria (2014)

Quanto aos questionamentos feitos aos colaboradores sobre o desenvolvimento de


atividades laborais ofertados pela empresa que auxiliam na prevenção de doenças e
proporcionam bem estar para seus colaboradores, percebeu-se que 36% afirmaram que a
empresa oferece tal pratica com auxílio de profissionais qualificados, 7% disseram que
oferecem apenas para uma parte dos colaboradores e 57% responderam que tal pratica é ofertada
esporadicamente com profissionais, ou seja, com pouca frequência. Considera-se então de
acordo com os resultados do gráfico 7 que a organização não está ofertando aos colaboradores
na sua totalidade a ginástica laboral que tem como principal objetivo manter a saúde, aliviar a
carga de estresse e ainda evitar o sedentarismo, sendo conhecida como uma pratica necessária
para promoção de bem estar e saúde.

Object 16

Descrição: Gráfico 7 - Atividades Laborais


Fonte: Elaboração Própria (2014)

Ao interpelar a respeito da origem das embalagens no processo de fabricação quanto a


aspectos de sustentabilidade, percebe-se quem 43% das respostas há a afirmação de que as
embalagens são biodegradáveis; outros 43% desconhecem tal informação e 14% que as
embalagens não são biodegradáveis. Assim, de acordo com os resultados, a origem das
embalagens serem biodegradáveis ou não, não é um assunto de conhecimento de todos os
colaboradores.
116

Object 19

Descrição: Gráfico 8 - Embalagens Biodegradáveis


Fonte: Elaboração Própria (2014)

Ao indagar os colaboradores acerca das maneiras de contribuir para a sustentabilidade do


meio ambiente, a exemplo de apagar as luzes ao sair de um ambiente em que não fará mais uso
daquele espaço, observou-se que houve uma unanimidade à resposta, 100% disseram que sim,
possuem tal habito. Compreende-se que a partir dos resultados, os respondentes demonstraram
que possuem a consciência voltada para a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais
bem como a redução de custos para a empresa.

Object 21

Descrição: Gráfico 9 - Contribuição a Sustentabilidade


Fonte: Elaboração Própria (2014)

Questionando aos gestores da empresa sobre a opinião em relação à importância dos


projetos sociais desenvolvidos pela organização, observou-se que houve unanimidade, 100%
afirmaram considerar ser fundamental. Percebe-se então, que os gestores compreendem que os
projetos sociais desenvolvidos, são elementos geradores de mudança na vida das pessoas que
estão a sua volta e, sua participação como agente social é essencial enquanto empresa que
exerce a cidadania.
117

Object 24

Descrição: Gráfico 10 - Relevância dos Projetos Sociais


Fonte: Elaboração Própria (2014)

Ao inquirir os gestores sobre a clareza e integração das regras da instituição com seus
colaboradores, observou-se que 100% afirmaram transmitir essa clareza, no entanto, ao
comparar com o gráfico 1 em que é questionado aos colaboradores o conhecimento e o
entendimento sobre um código de ética, é possível perceber que apenas 57% afirmam existir,
com isso há divergências na informação segundo resultados da pesquisa.

Descrição: Gráfico 11 - Postura Ética


Fonte: Elaboração Própria (2014)

O gráfico 12 representa à existência de projetos sociais internos na empresa voltados a


valorização do capital intelectual humano, 75% ratificaram a existência e que esses são
realizados frequentemente; já 25% disseram haver ações sociais com pouca frequência. O
capital intelectual humano na organização é um elemento essencial, no entanto, os projetos para
o desenvolvimento do capital intelectual não tem abrangido 100%.
118

Object 28

Descrição: Gráfico 12 - Valorização do Capital Intelectual


Fonte: Elaboração Própria (2014)

Ao perguntar aos gestores sobre a maneira como reflete o compromisso social da


empresa no desenvolvimento da organização, notou-se que 100% dos gestores afirmaram incidir
de maneira positiva. Com esse resultado, eles declaram que os projetos sociais são relevantes
para a continuidade de uma organização proativa.

Object 30

Descrição: Gráfico 13 - Compromisso Social


Fonte: Elaboração Própria (2014)

Quando questionados sobre a importância da contribuição da organização como


elemento que faz a diferença na sociedade, mais uma vez, 100% dos gestores asseguraram que
sim. No entanto, no gráfico 15, logo abaixo, há também uma afirmação de custo x benefício,
demonstrando que a empresa também espera “benefícios” para si.
119

Object 33

Descrição: Gráfico 14 - Elemento de Diferencial


Fonte: Elaboração Própria (2014)

Ao questionar os gestores sobre os fatores que incentivaram a empresa a ter uma


postura social, observou-se que 83% afirmaram que um dos fatores que motivaram a iniciativa
foi por ser uma empresa que tem como prioridade o compromisso social e 17% por acreditar
ser uma relação de custo benefício. Considera-se então que não há apenas o compromisso
social, mas também existe a relação de troca.

Object 36

Descrição: Gráfico 15 - Fatores para uma Postura Ética


Fonte: Elaboração Própria (2014)

Quanto ao projeto social da empresa cujo título é “Empresa que Investe no Material
Humano” percebeu-se que 75% dos gestores afirmaram ser eficiente e 25% responderam não ter
conhecimento dos resultados. Com isso percebe-se que a empresa dispõe de um distanciamento
do acompanhamento do projeto por alguns setores.
120

Sim Não
25.00%
Não tenho
conheciment
75.00%
o

Descrição: Gráfico 16 - Projeto da Empresa


Fonte: Elaboração Própria (2014)

Considerações Finais

O propósito deste trabalho foi o de averiguar se uma empresa do ramo avícola de


Vitoria da Conquista atua em sua gestão com padrões éticos e desenvolve ações voltadas para a
responsabilidade social, considerando que a mesma se pauta na devolução dos prejuízos
imputados por tais organizações à sociedade. De modo, a analisar se tais atuações são realizadas
mediante reflexão de seu papel social enquanto empresa ou apenas a fazem por retornos
mercadológicos.
Em virtude dos atuais problemas ambientais e sociais, observa-se que parte desses
impactos atribui-se às organizações que utilizam de mão de obra e insumos da natureza para
fabricação de seus produtos e/ ou serviços, sendo assim, as mesmas passam a ser responsáveis
por devolverem a sociedade com atitudes que gerem benefícios aos mesmos.
Por meio da pesquisa realizada é possível perceber que a responsabilidade social é um
assunto contemporâneo no cotidiano das organizações e que a sociedade deve atuar como agente
participante e fiscalizador. A gestão da empresa acredita que diminuindo as desigualdades
econômica, educacional e social, estará caminhando para obtenção de uma sociedade mais justa
e humana. Para tanto, há mais de vinte anos, a empresa auxilia projetos de responsabilidade
social, na cidade, através de doações de alimentos, mensais, promovendo assim, oportunidade
de inclusão social à população carente.
Diante dos resultados, nota-se que uma parcela dos colaboradores desconhecem os
fundamentos que regem as regras e o comportamento ético profissional. Percebe-se também,
121

que todos têm o conhecimento das ações sociais, porém, alguns não participam ativamente. A
empresa acredita transmitir sua missão e visão aos colaboradores a partir do esclarecimento das
regras e dos trabalhos sociais que praticam em prol da comunidade, principalmente aqueles do
povoado de Itapirema. Entretanto, mostra-se necessário haver maior interação entre empresa e
sua força de trabalho, para que os mesmos tenham melhor conhecimento, participem mais
ativamente e valorizem os trabalhos sociais, podendo contribuir e representar a postura e os
objetivos da organização.

Referências

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