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ARTIGO NA IMPRENSA

Terapia Manual 13 (2008) 249–257

www.elsevier.com/locate/math

Artigo original

A bandagem postural diminui a cifose torácica, mas não influencia

atividade eletromiográfica ou equilíbrio do músculo do tronco em mulheres
com osteoporose
Alison M. Greiga, b,-, Kim L. Bennelluma, Andrew M. Briggsa, b, Paul W. Hodgesc
umaCentro de Saúde, Exercício e Medicina Esportiva, Escola de Fisioterapia, Universidade de Melbourne, Victoria 3010, Austrália
bDepartamento de Medicina, Royal Melbourne Hospital, Universidade de Melbourne, Victoria, Austrália
cDivisão de Fisioterapia, Universidade de Queensland, Austrália

Recebido em 7 de junho de 2006; recebido em forma revisada em 28 de dezembro de 2006; aceito em 16 de janeiro de 2007

Abstrato

Fundo:A maior cifose torácica está associada ao aumento da carga biomecânica da coluna, o que é potencialmente problemático em
indivíduos com fraturas vertebrais osteoporóticas. Intervenções conservadoras que reduzem a cifose torácica merecem investigação adicional.
Este estudo teve como objetivo investigar os efeitos da bandagem postural terapêutica na postura torácica. Objetivos secundários exploraram
os efeitos da bandagem na atividade muscular e equilíbrio do tronco.
Métodos:Quinze mulheres com fraturas vertebrais osteoporóticas participaram deste estudo de desenho intra-participante. Três condições de taping
foram aplicadas aleatoriamente: taping terapêutico, taping de controle e sem taping. O ângulo da cifose torácica foi medido após cada condição.
Parâmetros de equilíbrio derivados da placa de força e atividade eletromiográfica (EMG) do músculo do tronco foram registrados durante três tarefas
estáticas de 40 s de duração.
Resultados:Houve um efeito principal significativo da bandagem postural na cifose torácica.p¼0,026), com maior redução da cifose torácica
após a bandagem em comparação com a fita controle e sem fita. Não houve efeitos da bandagem nos parâmetros EMG ou de equilíbrio.
Conclusões:Os resultados deste estudo demonstram que a aplicação da fita terapêutica postural em uma população com fraturas vertebrais
osteoporóticas induziu uma redução imediata da cifose torácica. Mais pesquisas são necessárias para investigar os mecanismos subjacentes
associados a essa diminuição da cifose.
r2007 Elsevier Ltd. Todos os direitos reservados.

Palavras-chave:Gravação postural; Osteoporose; Fratura vertebral; Cifose torácica

1. Introdução sis, que por si só está associada ao aumento da carga

As fraturas vertebrais são a marca registrada da
osteoporose e estão associadas a deficiências físicas
significativas.Greendale et al., 1995;Huang et al., 1996;Hall
et al., 1999). Uma dessas deficiências é o aumento da cifo-
-
Autor correspondente. Centro de Saúde, Exercício e Medicina
Esportiva, Escola de Fisioterapia, Universidade de Melbourne, Victoria
3010, Austrália. Tel.: +61 3 8344 4171; fax: +61 3 8344 4188.
Endereço de e-mail:a.greig@pgrad.unimelb.edu.au (AM Greig),
k.bennell@unimelb.edu.au (KL Bennell),
a.briggs3@pgrad.unimelb.edu.au (AM Briggs),p.hodges@uq.edu.au (PW
Hodges).
espinhal, fraqueza dos músculos extensores das costas,
limitações nas atividades funcionais e aumento do risco de
novas fraturas. A relação entre fratura vertebral e cifose
torácica é reconhecida na literatura, com concordância de
que maior número de fraturas vertebrais está associado ao
aumento da cifose torácica.Ensrud et al., 1997; Cortet et al.,
2002). Considerando essa associação, intervenções que
diminuam a cifose torácica podem reduzir a carga espinhal
e, portanto, podem potencialmente diminuir o risco de
novas fraturas. No entanto, não está claro se a cifose
torácica e o risco associado de fratura vertebral podem ser
alterados com intervenções conservadoras.

1356-689X/$ - veja a matéria da frenter2007 Elsevier Ltd. Todos os direitos reservados.

doi:10.1016/j.math.2007.01.011
 ARTIGO NA IMPRENSA
250 AM Greig et ai. / Terapia Manual 13 (2008) 249–257
A cifose torácica está associada ao aumento da carga de
compressão através da coluna, o que resulta em maiores
cargas vertebrais e nos discos intervertebrais.Keller et al.,
2003). Em uma população de fraturas vertebrais, a cifose
torácica está correlacionada com o aumento da carga
vertebral.Briggs et al., 2007). Assim, teoricamente, uma
redução na cifose torácica pode ter o potencial de reduzir o
risco de fratura. Além da cifose, a carga espinhal também é
aumentada pela co-contração dos músculos flexores e
extensores do tronco.Marras et al., 2001;Dieen et al., 2003).
Recentemente, mostramos que indivíduos com
osteoporose, com e sem fratura vertebral, apresentam
aumento da cocontração dos músculos do tronco em
associação com tarefas que desafiam o equilíbrio.Greig,
2006). Juntas, a maior cifose torácica e a cocontração dos
músculos do tronco aumentariam substancialmente a carga
espinhal e, quando isso ocorre em indivíduos com ossos
frágeis e fratura vertebral, pode predispor o indivíduo a
novas fraturas. Assim, as intervenções idealmente
modificariam tanto a cifose torácica quanto a atividade
muscular do tronco.
Outra questão que complica a associação entre cifose
torácica e fratura vertebral é que o aumento da cifose
torácica também está associado ao controle prejudicado
do equilíbrio em indivíduos com osteoporose.Lynn et al.,
1997;Cozinheiro, 2002;Balzini et al., 2003), e isso pode
contribuir ainda mais para o desenvolvimento de fratura
por queda. Tem sido argumentado que o aumento da
curvatura para a frente da coluna desloca o centro de
massa anteriormente em direção aos limites de
estabilidade e, portanto, aumenta a probabilidade de
perda de equilíbrio.Horak et al., 1989;Yuan et al., 2004).
No entanto, a relação entre a cifose torácica e o
equilíbrio não é clara, pois mostramos recentemente
que o equilíbrio prejudicado está mais associado à
fratura vertebral do que à cifose torácica.Greig et al.,
2006). Ao testar intervenções que alteram a cifose
torácica para reduzir o risco de novas fraturas, é
essencial também investigar o potencial dessas
intervenções afetarem simultaneamente o equilíbrio.
À luz da pesquisa anterior, os tratamentos que visam
reduzir a cifose torácica e alterar a atividade muscular do
tronco podem ter efeitos positivos na carga vertebral,
controle do tronco e equilíbrio, o que, por sua vez, pode
reduzir o risco de fratura. Técnicas de manejo
conservadoras que visam reduzir a cifose torácica, como
bandagem postural terapêutica, órteses espinhais e
reeducação postural, merecem investigação adicional.
Resultados positivos foram encontrados após intervenções
combinadas de órteses espinhais e exercícios.Sinaki e Lynn,
2002; Pfeifer et al., 2004;Sinaki et al., 2005). Esses estudos
relatam diminuição da cifose torácica em associação com
redução da atividade muscular extensora das costas e
efeitos positivos na dor, mobilidade e qualidade de vida.
A bandagem postural é usada por fisioterapeutas em
conjunto com exercícios para gerenciar indivíduos com
aumento da cifose torácica (Bennell et al., 2000). Assim
como as órteses espinhais, a bandagem postural visa
diminuir a curvatura anterior da coluna, reduzir a dor
associada à cifose torácica e facilitar a atividade dos
músculos posturais em uma posição espinhal mais
otimizada. No entanto, poucos estudos investigaram o
efeito da bandagem na postura da coluna vertebral e
nenhum estudo investigou os efeitos da cifose torácica na
atividade muscular do tronco ou outros resultados
funcionais, como o equilíbrio. Portanto, o objetivo principal
deste estudo foi investigar se a bandagem postural
terapêutica altera a postura torácica em mulheres com
osteoporose e fratura vertebral. Os objetivos secundários
foram explorar se as alterações na postura, se presentes,
estão associadas a alterações na atividade dos músculos do
tronco e na capacidade de equilíbrio.
2. Métodos
2.1. Participantes
Quinze participantes com fraturas vertebrais
osteoporóticas foram recrutados por meio de anúncios em
jornais locais, grupos de apoio à osteoporose, clínicas de
osteoporose, endocrinologistas e clínicos gerais. O tamanho
da amostra foi calculadoa priori.A mudança na postura foi
selecionada como a medida de resultado na qual baseamos
nosso cálculo, pois era o objetivo principal da bandagem
postural. Com base na literatura anterior relatando
alterações baseadas em intervenção na cifose torácica (
Wang et al., 1999;Itoi e Sinaki, 1994), assumimos uma
mudança de 4,072,01na magnitude da cifose torácica para
ser clinicamente significativo. O erro tipo I (a)foi ajustado
para 0,05. Foi realizada análise de medidas repetidas e erro
tipo II (b)foi fixado em 0,20. Calculou-se que um tamanho
total de amostra de 15 participantes daria 80% de poder
para detectar uma diferença nas mudanças na cifose
torácica entre as várias condições com variabilidade entre
as medidas der¼0,6.
As estatísticas descritivas para a população são apresentadas
emtabela 1. Os participantes foram incluídos se morassem na
comunidade, com 50 anos ou mais, pelo menos 5 anos após a
menopausa e tivessem sofrido uma fratura vertebral nos
últimos 2 anos (mais de 3 meses antes do teste) que foi
clinicamente reconhecida pela presença de dor no momento da
fratura. Os critérios de exclusão incluíram quaisquer condições
médicas além da osteoporose que pudessem afetar o
metabolismo ou equilíbrio ósseo, ou participação em atividades
ou reabilitação que pudessem afetar o controle ou equilíbrio
neuromuscular do tronco. Os indivíduos participaram de um
estudo simultâneo e todos os participantes forneceram
consentimento informado por escrito. A aprovação ética para a
realização do estudo foi concedida pelo comitê de ética
institucional.
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tabela 1
Estatísticas descritivas para participantes expressas em média (DP)

Agrupado Cifose diminuída Aumento da cifose

n¼15 n¼11 n¼4

Altura (cm) 160,6 (1,5) 162,0 (5,7) 157,1 (5,1) p¼0,163

Peso (kg) 68,6 (2,8) 69,9 (10,7) 65,5 (10,7) p¼0,500
Anos de idade) 67,2 (2,5) 65,5 (8,9) 72,0 (12,1) p¼0,269
IMC (kg/m2) 26,6 (0,9) 26,7 (3,5) 26,6 (4,1) p¼0,973
PASEuma 169 (50) 164 (50) 169 (50) p¼0,418
Tx cifose (graus) 58,2 (3,2) 61,5 (3,5) 49,1 (7,5) p¼0,086b

O grupo "diminuição da cifose" inclui os participantes que diminuíram a cifose com a bandagem terapêutica, e o grupo "aumento da cifose" inclui aqueles que
aumentaram com a bandagem terapêutica. Emparelhadot-testes examinaram as diferenças entre os indivíduos que diminuíram a cifose torácica com fita
terapêutica em comparação com aqueles indivíduos que aumentaram a cifose com fita terapêutica. Observe a tendência (b) de maior cifose torácica no grupo que
experimentou uma diminuição na cifose torácica com bandagem postural em comparação com aqueles que experimentaram um aumento na cifose.
umaQuestionário Escala de Atividade Física para Idosos (PASE).
bTendência.

O diagnóstico de osteoporose foi determinado com base

nos resultados da densitometria óssea, de acordo com as
diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial da
Saúde.Alexeeva et al., 1994). A identificação da fratura
vertebral foi feita a partir de uma radiografia simples e
padronizada da coluna lombar e torácica. Essas imagens
foram tiradas quando os participantes adotaram uma
postura de pé relaxada e autodefinida. Foi utilizada uma
avaliação semiquantitativa, seguindo as orientações
recomendadas porGenant et ai. (1996). As alturas vertebrais
anteriores e posteriores das vértebras de T1 a L5 foram
calculadas. De acordo com o protocolo delineado por
McCloskey et ai. (1993)um corpo vertebral foi classificado
como ''fraturado'' quando dois critérios foram preenchidos
em cada local. As vértebras foram classificadas como
fraturadas em cunha se a altura anterior fosse reduzida em
X30% em comparação com a altura posterior e a altura
posterior da vértebra superior ou inferior adjacente. Dois
participantes sofreram duas fraturas vertebrais e os demais
participantes tiveram uma fratura vertebral. As radiografias
foram revisadas qualitativamente por um radiologista para
garantir que as fraturas por compressão não fossem
negligenciadas. Os participantes relataram dor mínima ou Fig. 1. Utilização do inclinômetro digital Dualer para mensuração do ângulo da
nenhuma dor no tronco e membros inferiores (menos de cifose torácica. Os processos espinhosos de T1 e T12 foram usados como

2/10 na escala numérica) no momento do teste. pontos de referência para o posicionamento dos sensores do inclinômetro. O
ângulo da interseção das linhas tracejadas demonstra o ângulo da cifose
torácica.
2.2. Cifose torácica

A cifose torácica foi medida usando um inclinômetro
duplo (The Dualer Electric Inclinometer, J. Tech, 1992,
North American Fork, Utah). O protocolo de medição foi
seguido por um fisioterapeuta experiente (AG), e de
acordo com o manual de instruções (Livingston e
Livingston, 1992) (VejoFigura 1). O uso de inclinômetros
para medir a curvatura da coluna vertebral mostrou-se
confiável.Melin, 1986;Ng et al., 2001) e válido (Saur et al.,
1996), e o uso de inclinômetros para mensurar a cifose
torácica na população idosa é relatado na literatura (
O'Brien et al., 1997).
As medições foram feitas antes do teste e após cada uma
das condições de gravação (fita terapêutica, fita de controle,
sem fita). No mesmo dia, a confiabilidade intra-examinador
da medida da cifose torácica usada neste estudo foi
estabelecida em 10 dos participantes durante sua
participação em um estudo concorrente (Greig, 2006). O
estudo concorrente não incluiu quaisquer intervenções
posturais ou atividades que pudessem afetar a postura. A
média de duas medidas de cifose torácica foi feita na
postura de repouso dos participantes em cada um dos dois
intervalos de teste. Os marcos anatômicos (T1 e T12) foram
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identificados com adesivos e removidos entre os
intervalos. Coeficientes de correlação intraclasse
(ICC), erro padrão de medida (SEM) e
correspondentes intervalos de confiança de 95% (IC)
foram calculados. As medições feitas com uma hora
de intervalo indicaram uma alta reprodutibilidade
(ICC [1,1]¼0,93), (IC 95%¼0,66-0,99), e o SEM foi 21ou
74,3% da cifose torácica total.
2.3. Técnica de aplicação de bandagem postural
A técnica de bandagem postural foi previamente
demonstrada porBennell et ai. (2000). Antes da aplicação
da fita terapêutica, os participantes foram instruídos a
“alongar a coroa da cabeça em direção ao teto e puxar
suavemente as omoplatas para baixo e juntas”. Os
participantes foram instruídos a manter a posição
durante a aplicação da fita. Antes da aplicação da fita
rígida, uma fita hipoalergênica (Fixomull Stretch,
Beiersdorf Ltd., North Ryde, NSW, Austrália) foi aplicada
na pele para minimizar reações cutâneas negativas. A
fita terapêutica rígida (Leuko Sportstape Premium Plus,
Beiersdorf Ltd., North Ryde, NSW, Austrália) foi aplicada
firmemente a partir da face anterior da articulação
acromioclavicular, percorrendo a massa muscular do
trapézio superior e depois diagonalmente em direção ao
processo espinhoso do T6. Como a fita foi aplicada
bilateralmente, houve uma interseção em T6 (Figura 2).
Em contraste com a fita terapêutica, a fita de controle foi
projetada para fornecer apenas informações sensoriais e
Fig. 2. Taping postural terapêutico: A fita é aplicada a partir do aspecto
anterior da articulação acromioclavicular, sobre a massa muscular do trapézio
superior e, em seguida, diagonalmente em direção ao processo espinhoso de
T6. Como a fita foi aplicada bilateralmente, houve uma interseção em T6. As
posições dos eletrodos de UT, LT e ES (T8 e L3) são representadas.
envolveu a aplicação da fita hipoalergênica que foi considerada
como fornecendo suporte mecânico mínimo. A fita foi colocada
sobre a pele enquanto os participantes foram solicitados a
permanecer em sua postura normal de repouso. Não houve
tensão aplicada através da fita de controle durante a aplicação.
2.4. Protocolo de tarefa
Gravações de eletromiografia do músculo do tronco (EMG) e
equilíbrio foram coletadas enquanto os participantes realizavam
três tarefas em pé. Os participantes ficaram com os pés descalços
em uma plataforma de força dentro de uma estrutura composta por
trilhos ajustáveis em três lados e foram avisados de que poderiam
usar os trilhos a qualquer momento se não se sentissem seguros.
Os participantes foram instruídos a ficar no centro da plataforma de
força com os pés afastados na largura dos ombros, dedos dos pés
alinhados para a frente e peso igual em ambos os pés. Os pés dos
participantes medidos e marcados para alinhar com as marcações
centrais na plataforma de força. As três variações de pé quieto
envolveram (i) ficar em pé em uma superfície plana com os olhos
abertos, (ii) ficar em pé em uma superfície plana com os olhos
fechados e (iii) ficar em pé em uma base curta com os olhos abertos.
A base curta consistia em um pedaço de madeira (4 cm de altura
por 12 cm de largura). Os participantes foram solicitados a ficar em
pé na base curta para que seus dedos dos pés e calcanhares não
entrassem em contato com a plataforma de força abaixo. O objetivo
da base curta foi aumentar a dificuldade da tarefa de equilíbrio e
limitar o uso do torque do tornozelo para manter o equilíbrio,
forçando assim o uso do movimento do quadril e do tronco.Horak e
Nashner 1986). Os participantes realizaram cada uma das tarefas de
pé quieto para cada uma das três condições de gravação (fita
postural, fita de controle, sem fita). A ordem das condições de
superfície e as condições de gravação foram randomizadas em um
delineamento quadrado latino balanceado, e os dados foram
coletados por 40 s durante cada tarefa.
2.5. Eletromiografia
A EMG foi registrada com pares de eletrodos adesivos Ag/
AgCl (diâmetro: 1 cm) (Meditrace, Kendall LTP), dispostos
em configuração bipolar com distância intereletrodos de 2
cm. A atividade EMG de sete músculos do tronco foi
registrada: oblíquo interno (OI) e externo do abdome (OE),
reto abdominal (RA), eretor da espinha (ES) em T8 e L3, e
trapézio superior (UT) e inferior (LT). Os eletrodos foram
colocados sobre o OI esquerdo, OE e RA de acordo com as
diretrizes doNg et ai. (1998), sobre o ES esquerdo em T8 e
L3 de acordo comSchultz et ai. (1982), e sobre o UT e LT
direito de acordo com Basmajian e DeLuca (1985). A
superfície EMG tem boa repetibilidade, especialmente se os
eletrodos não forem removidos (Viitasalo e Komi, 1975;
Hakkinen e Komi, 1983; Yang e Inverno, 1983;Kabada et al.,
1985), e como este estudo foi um desenho intra-
participante, boa confiabilidade de
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As medidas EMG eram esperadas. Um eletrodo terra foi
colocado sobre a crista ilíaca direita. Os dados de EMG
foram amplificados 1000 vezes, filtrados passa-banda entre
20 e 1000Hz usando um filtro Butterworth 12 dB/oitava de
segunda ordem e amostrados a 2000Hz. Um filtro notch foi
usado em 50Hz para reduzir o artefato elétrico. Os dados
foram registrados e armazenados no software Spike 2,
versão 4.10 (Cambridge Electronic Design Limited,
Cambridge, Inglaterra), e exportados para análise com
Matlab 6.5.0 (The Mathworks, Natick, MA, EUA).
A amplitude média do EMG ao longo de um período de 5
s foi calculada visualmente selecionando um período
representativo dos dados brutos de EMG do ensaio de 40 s.
Para remover o viés, os traçados EMG foram exibidos
individualmente e sem indicação de músculo. Como o
desempenho de uma contração voluntária máxima para fins
de normalização não era apropriado nesta população
devido à fratura e fragilidade vertebral, o EMG bruto de
cada músculo foi normalizado para o pico EMG desse
músculo em todas as condições para permitir a comparação
entre as condições de bandagem e as tarefas de equilíbrio.
2.6. Dados da placa de força
As forças de reação do solo foram registradas com uma
placa de força piezoelétrica Kistler (Tipo 9286AA, Kistler AG,
Winterthur, Suíça). As medidas do centro de pressão (COP)
foram derivadas das forças de reação do solo. Os dados de
COP foram calculados e armazenados usando o software
Bioware (Versão 3.21, Kistler Instrument Corp., Kistler AG,
Winterthur, Suíça). Os dados da plataforma de força foram
filtrados em passa-baixa a 10Hz para reduzir o ruído de
medição e para remover desvios no aparelho do medidor
de tensão e amostrados a 1000Hz. Os dados do COP foram
exportados da Bioware para análise com Matlab 6.5.0 (The
Mathworks, Natick, MA, EUA). As medidas utilizadas neste
estudo foram: alcance, raiz quadrada média (RMS) e
caminho total do deslocamento do COP (COPx, COPy,
COPxy), alcance, RMS e velocidade resultante (COPvx,
COPvy, COPvxy) e alcance e RMS da força de cisalhamento
(COPfx, COPfy) (mesa 2). O alcance é indicativo da maior
amplitude da medida, enquanto as medidas RMS refletem a
quantidade média que a medida varia em torno de sua
média. A posição média do COP na direção AP (MeanCOPx)
também foi calculada.
2.7. Análise estatística
A mudança na magnitude da cifose torácica foi explorada
usando a análise de variância de medidas repetidas (ANOVA)
com uma medida repetida (condição de fita). A porcentagem de
mudança entre a postura normal em pé (tomada antes do
teste) e as condições de gravação e controle de gravação
também foram comparadas usando um teste pareado t-teste. A
correlação de Pearson foi calculada para examinar a associação
entre a cifose inicial e a porcentagem
253
mesa 2
Tabela de abreviaturas de parâmetros de equilíbrio
Abreviação Parâmetro de saldo
COPx Deslocamento do COP na direção AP
Cópia de Deslocamento do COP na direção ML
COPxy Deslocamento resultante do COP (caminho
COPvx total) Velocidade do COP na direção AP
COPvy Velocidade do COP na direção ML
COPvxy Velocidade resultante do COP
COPfx Força de cisalhamento COP na direção AP Força
COPfy de cisalhamento COP na direção ML Posição
MédiaCOPx média do COP na direção AP Olhos abertos,
EOFB base plana
ECFB Olhos fechados, base plana
EOSB Olhos abertos, base curta
mudar com fita. Diferenças na amplitude EMG e parâmetros
COP entre as condições de bandagem (fita terapêutica, fita
de controle, sem fita) e condições de superfície (base plana,
olhos abertos; base plana, olhos fechados; base curta)
foram exploradas com ANOVA de medidas repetidas de
duas vias. Diferenças significativas foram exploradas com
Duncanpost hocforam aplicadas análises e ajustes
Sharpened Bonferroni (Hochberg e Benjamini, 1990). O nível
de significância estatística foi estabelecido empo0,05. Todas
as análises estatísticas foram realizadas no SPSS for
Windows, versão 11.0.1. (SPSS Inc., Chicago, Illinois, EUA).
3. Resultados
Um efeito principal significativo foi encontrado para a
influência da fita na cifose torácica (p¼0,026).Post hoc A
análise revelou que a cifose torácica diminuiu
imediatamente após a aplicação da fita terapêutica (média7
SD: 55,3713,51)comparado com a fita de controle (57,2713,8
1), (p¼0,043) e sem fita (58,2712.31), (pág.¼0,024). Não
houve diferença entre fita de controle e nenhuma fita (p¼
0,377). A aplicação de fita terapêutica reduziu a cifose em
5,270,9%, enquanto a bandagem de controle foi associada a
uma redução média de 2,170,8%. A diferença entre a
bandagem terapêutica e a bandagem controle foi
estatisticamente significante (pág.¼0,048). Como o SEM de
medição para alteração percentual na cifose torácica foi
calculado em 4,3%, a alteração com a fita é maior do que o
erro na medição. Onze dos 15 participantes (73%)
demonstraram uma redução média (8,578,0%) na cifose
torácica com aplicação de esparadrapo terapêutico. Houve
uma tendência de os 11 participantes que reduziram a
cifose torácica terem maior cifose torácica inicial (pág.¼
0,086) em comparação com os quatro participantes que
aumentaram a cifose torácica com bandagem (tabela 1).
Dos quatro participantes que demonstraram um aumento
 ARTIGO NA IMPRENSA
254 AM Greig et ai. / Terapia Manual 13 (2008) 249–257

cifose torácica com bandagem terapêutica, todos os 4. Discussão

quatro tiveram um aumento de menos de 21,e um
aumento na porcentagem de alteração da cifose
torácica de menos de 3%. Houve uma relação inversa
entre a magnitude da cifose torácica inicial e a
alteração da cifose após a aplicação de fita
terapêutica (r¼-0,70), (p¼0,018); ou seja, indivíduos
com maior cifose torácica tiveram a maior redução da
cifose torácica com a fita terapêutica.
Não houve alteração no EMG normalizado após a aplicação
de fita terapêutica para nenhum músculo (todos pX0,139) (
Tabela 3). Apesar da ausência de alteração na EMG com fita
adesiva, houve um efeito principal da superfície na atividade
muscular da AR.po0,001) e L3 (po0,001). A atividade EMG de RA
e L3 foi aumentada na base curta em comparação com a
superfície plana, condição de olhos abertos (pág.o0,001 ep¼
0,003, respectivamente), e superfície plana, posição de olhos
fechados (po0,001 ep¼0,032, respectivamente). Além disso, a
atividade EMG de RA não foi diferente entre as condições de
superfície plana (p¼0,680), enquanto a atividade EMG de L3 foi
maior na superfície plana, olhos abertos em comparação com
condições de olhos fechados (pág.¼0,002).
A aplicação de esparadrapo terapêutico não teve efeito em
nenhum dos parâmetros de equilíbrio (todospX0,269) (Tabelas 4
e 5). No entanto, a maioria dos parâmetros de equilíbrio diferiu
entre as condições de superfície. Embora a posição do
MeanCOPx não tenha mudado com a aplicação da fita
terapêutica (p¼0,635), houve um efeito principal para
MeanCOPx para superfície (po0,001). O MeanCOPx foi mais
posterior quando os participantes permaneceram na base curta
em comparação com a posição em uma superfície plana com os
olhos abertos.po0,001) e olhos fechados (po0,001). No entanto,
não houve diferença entre as condições de superfície plana
(olhos abertos e olhos fechados) (p¼0,425).
Os resultados deste estudo demonstram que a
aplicação de fita terapêutica postural na coluna torácica
induz à redução imediata da cifose torácica em uma
população com fraturas vertebrais osteoporóticas. No
entanto, essa redução da cifose não está associada a
alterações significativas na atividade dos músculos do
tronco ou nos parâmetros de equilíbrio.
A redução da cifose torácica associada à bandagem
terapêutica pode ter sido mediada pelo suporte
passivo da bandagem, suporte ativo da contração
muscular ou uma combinação de ambos. Dado que
não houve alteração na atividade muscular associada
à redução da cifose torácica, isso sugere que a
extensão torácica foi alcançada de forma passiva (ou
seja, suporte mecânico da fita), em oposição à
facilitação dos músculos extensores das costas. No
entanto, também é possível que mudanças na
atividade muscular tenham ocorrido, mas não
tenham sido detectadas devido a limitações na
medida EMG. Embora as diferenças na atividade
muscular de RA, L3 e UT tenham sido detectadas em
todas as condições de superfície, é possível que as
gravações de EMG não tenham a sensibilidade para
detectar pequenas alterações na atividade muscular.
Além disso,
A aplicação de esparadrapo terapêutico foi associada
à maior redução da cifose torácica em indivíduos com
maior cifose inicial. Esse achado sugere que, apesar da
curvatura torácica avançada, a rigidez da coluna nessa
população não impede a melhora com a bandagem
postural. Tomado com a ausência de

Tabela 3
Comparações estatísticas da média (SD) da EMG normalizada dos músculos do tronco entre as condições de gravação e superfície

OI OE AR ES L3 ES T8 UT LT

Fita
EOFB 0,79(0,15) 0,95(0,04) 0,76(0,27) 0,81(0,16) 0,78(0,15) 0,87(0,13) 0,86(0,12)
ECFB 0,84(0,15) 0,95(0,04) 0,76(0,26) 0,87(0,12) 0,77(0,20) 0,77(0,25) 0,85(0,13)
EOSB 0,85(0,14) 0,97(0,03) 0,89(0,25) 0,93(0,12) 0,73(0,18) 0,74(0,26) 0,84(0,17)

Ao controle

EOFB 0,89(0,13) 0,93(0,06) 0,79(0,13) 0,79(0,16) 0,80(0,16) 0,72(0,17) 0,76(0,23)

ECFB 0,89(0,14) 0,93(0,06) 0,78(0,16) 0,80(0,14) 0,80(0,12) 0,69(0,15) 0,79(0,22)
EOSB 0,82(0,26) 0,95(0,06) 0,94(0,09) 0,89(0,13) 0,79(0,13) 0,69(0,15) 0,83(0,25)

Sem fita
EOFB 0,85(0,17) 0,96(0,04) 0,78(0,17) 0,79(0,15) 0,82(0,15) 0,79(0,16) 0,76(0,23)
ECFB 0,79(0,17) 0,95(0,04) 0,78(0,14) 0,88(0,13) 0,78(0,22) 0,70(0,22) 0,79(0,22)
EOSB 0,81(0,15) 0,95(0,05) 0,84(0,22) 0,92(0,07) 0,77(0,20) 0,64(0,21) 0,75(0,25)

Fita p¼0,402 p¼0,264 p¼0,658 p¼0,373 p¼0,668 p¼0,139 p¼0,237

Superfície p¼0,877 p¼0,123 po0,001* po0,001* p¼0,569 p¼0,062 p¼0,983

*
Diferença significante
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Tabela 4
Média (SD) dos parâmetros da plataforma de força (intervalo e RMS) de todas as condições de gravação e superfície

EOFB ECFB EOSB

Variar RMS Variar RMS Variar RMS

Gravação
COPx (cm) 1,69(0,55) 0,37(0,14) 2,50 (0,85) 0,49(0,19) 2,24(0,66) 0,41(0,14)
COPy (cm) 0,99(0,36) 0,21(0,09) 1,34(0,66) 0,26(0,15) 1,28(0,40) 0,24(0,08)
COPxi (cm) 28,27 (6,96) N/D 40,00 (12,28) N/D 52,50 (24,61) N/D
COPvx (cm/s) 8,47 (2,52) 0,93(0,28) 12.14(4.71) 1,41(0,52) 17.17 (9.65) 2.09(1.19)
COPvy (cm/s) 8,52 (4,23) 0,74(0,25) 8,31 (2,91) 0,89(0,37) 8,53 (3,52) 0,86(0,29)
COPfx (N) 3,91 (1,30) 0,66(0,21) 6,56 (2,28) 1,00 (0,35) 7,65 (3,53) 1,08(0,41)
COPfy (N) 2,59(0,97) 0,36(0,12) 3,91 (1,36) 0,53(0,18) 3,56 (1,15) 0,50(0,16)

Fita de controle
COPx (cm) 1,78(0,77) 0,38(0,18) 2,33(0,98) 0,48(0,23) 2,18(0,73) 0,41(0,13)
COPy (cm) 1,28(0,61) 0,25(0,14) 1,43(0,81) 0,27(0,17) 1,35 (0,40) 0,26(0,09)
COPxi (cm) 29.75 (11.10) N/D 39,86 (9,23) N/D 48,94 (17,21) N/D
COPvx (cm/s) 7,95 (2,72) 0,90(0,27) 11.46(4.08) 1,36(0,38) 16,72 (6,95) 1,95 (0,83)
COPvy (cm/s) 9,37 (4,54) 0,74(0,28) 9,25 (4,74) 0,81(0,25) 7,49 (2,43) 0,81(0,24)
COPfx (N) 4.15(1.39) 0,65(0,23) 6,30 (2,77) 1,00(0,42) 7,33 (2,92) 1,03(0,38)
COPfy (N) 3.19(1.04) 0,42(0,11) 3,52 (1,52) 0,49(0,22) 3,71 (1,10) 0,53(0,16)

Sem fita
COPx (cm) 1,75(0,48) 0,34(0,11) 2,46 (1,04) 0,52(0,24) 2,28(0,57) 0,42(0,10)
COPy (cm) 1,23(0,52) 0,24(0,13) 1,31(0,50) 0,25(0,11) 1,20 (0,46) 0,24(0,11)
COPxi (cm) 31.26 (9.30) N/D 41,58 (10,46) N/D 55.19 (18.44) N/D
COPvx (cm/s) 8,50 (2,05) 0,93(0,18) 10,72 (3,13) 1,29(0,42) 18.29 (9.27) 2,10 (0,91)
COPvy (cm/s) 7,79 (2,33) 0,73(0,14) 8,74(3,80) 0,86(0,22) 8,32 (2,98) 0,87(0,28)
COPfx (N) 4,37 (1,51) 0,65(0,24) 5,89 (1,88) 0,97(0,36) 7,57(2,94) 1,11(0,39)
COPfy (N) 3,33 (1,37) 0,43(0,11) 3,36(0,92) 0,49(0,11) 2,65 (1,55) 0,50(0,18)

Tabela 5 à postura cifótica. Por exemplo, a magnitude da força

Comparações estatísticas dos parâmetros da plataforma de força (faixa e RMS) entre muscular do tronco mostrou ser influenciada por mudanças
as condições de gravação e superfície
arquitetônicas e posicionais dos músculos do tronco, e
Efeito de fita Efeito de superfície
acredita-se que a capacidade dos eretores da coluna de
suportar cargas de cisalhamento anteriores na coluna seja
Variar RMS Variar RMS comprometida por alterações no comprimento-tensão.
COPx (cm) p¼0,876 p¼0,991 po0,001* p¼0,002* relações, comprimentos de braços de momento e
COPy (cm) p¼0,269 p¼0,425 p¼0,160 p¼0,427 orientações de vetores de força (Tveit et al., 1994; McGill et
COPxi (cm) p¼0,418 po0,001* al., 2000). Assim, em uma postura cifosada, mudanças na
COPvx (cm/s) p¼0,690 p¼0,547 po0,001* po0,001* orientação dos músculos eretores da espinha e alterações
COPvy (cm/s) p¼0,871 p¼0,584 p¼0,561 p¼0,030*
na geração de força podem desencorajar a extensão
COPfx (N) p¼0,944 p¼0,939 po0,001* po0,001*
COPfy (N) p¼0,842 p¼0,814 p¼0,054 p¼0,002* torácica ativa. Além disso, pesquisas mostraram que
MédiaCOPx (cm) p¼0,635 po0,001* exercícios que fortalecem os músculos extensores das
costas resultam na redução da cifose torácica.Itoi e Sinaki,
*
Diferença significante
1994). Em conjunto, os resultados do presente estudo e
achados anteriores sugerem que intervenções que visam
melhorar a força, resistência e função muscular dos
quaisquer alterações associadas na atividade muscular do tronco, extensores das costas em uma postura mais ideal podem
esses resultados sugerem que a cifose torácica pode estar efetivamente reduzir a cifose torácica. Essa redução na
associada ao comprometimento da extensão torácica ativa. De fato, cifose torácica, por sua vez, pode ter efeitos benéficos na
descobriu-se que a fraqueza dos extensores das costas está carga da coluna vertebral e risco de fratura vertebral.
associada à maior cifose torácica.Itoi e Sinaki, 1993), e as mudanças No presente estudo, a redução da cifose torácica não
na postura da coluna vertebral demonstraram comprometer a força esteve associada a nenhuma alteração nos parâmetros de
dos extensores das costas (Mika et al., 2005). Por sua vez, a fraqueza equilíbrio. Nossa hipótese é que uma mudança na cifose
dos músculos extensores das costas e o aumento da fatigabilidade, torácica pode deslocar o COM posteriormente e afetar o
ou a geração ineficaz de força muscular na posição cifosada sub- deslocamento do COP e as forças de cisalhamento. Essa
ótima, podem contribuir ainda mais. hipótese foi baseada em pesquisas anteriores que
 ARTIGO NA IMPRENSA
256 AM Greig et ai. / Terapia Manual 13 (2008) 249–257
encontraram uma associação entre aumento da cifose
torácica e comprometimento do equilíbrio.Lynn et al., 1997;
Cozinheiro, 2002;Balzini et al., 2003;Sinaki et al., 2005). Os
presentes dados indicam que, embora o COP tenha sido
deslocado posteriormente quando em pé na base curta em
comparação com as condições de superfície plana, não
houve efeito da condição de taping na posição média do
COP AP apesar das mudanças no ângulo da cifose. Assim, a
redução da cifose torácica não foi suficiente para induzir
uma mudança observável nos parâmetros de equilíbrio, ou
os indivíduos podem ter compensado a mudança imediata
no deslocamento do COM.
As órteses da coluna vertebral têm demonstrado
induzir mudanças, não apenas na postura, mas
também na força muscular e no equilíbrio.
Intervenções combinadas de órteses e exercícios para
a coluna vertebral demonstraram melhorar o
equilíbrio em mulheres com osteoporose e aumento
da cifose torácica.Sinaki e Lynn, 2002), e para
melhorar o risco de marcha e quedas (Sinaki et al.,
2005) após 1 mês. No entanto, como estudos
anteriores muitas vezes combinaram órteses e
exercícios, não está claro se os resultados positivos
foram associados às órteses espinhais ou aos
componentes do exercício. Além disso, as
intervenções nos estudos de órteses espinhais foram
realizadas por períodos de um mês ou mais, o que
limita a comparação com o presente estudo que
mensura resultados imediatos. No entanto, os
resultados do presente estudo sugerem que
intervenções que aplicam suporte mecânico (ou seja,
fita adesiva) podem ser eficazes na redução da cifose
torácica, mas são necessários mais ensaios clínicos
para explorar os efeitos de curto e longo prazo das
intervenções posturais, bem como os efeitos
independentes de exercício. Além disso,
5. Conclusões
Os resultados deste estudo demonstram que a aplicação
de fita postural terapêutica induz a redução imediata da
cifose torácica em indivíduos com fratura vertebral
osteoporótica. No entanto, a redução da cifose torácica não
está associada a nenhuma alteração na atividade muscular
do tronco ou no equilíbrio durante uma tarefa em pé.
Estudos futuros podem considerar investigar os
mecanismos subjacentes associados à redução da cifose
torácica a partir da bandagem postural, com ênfase em
potenciais mecanismos ativos e passivos.
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