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FACULDADE DA REGIÃO SERRANA- FARESE

METODOLOGIA DO ENSINO DA HISTÓRIA E DA GEOGRAFIA

ELENILCE SANTOS DE OLIVEIRA

ESTUDOS HUMANOS: NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA GEOGRAFIA HUMANA

CACHOEIRA GRANDE
2020
ESTUDOS HUMANOS: NOÇÕES FUNDAMENTAIS DA GEOGRAFIA HUMANA

Elenilce Santos de Oliveira1

Resumo: As transformações humanas, que tem ocorrido nos últimos anos, em um


dos elementos integrantes do meio ambiente podem encadear alterações no
complexo sistema ambiental. A infraestrutura das cidades e a densidade
demográfica são responsáveis por grande parte das alterações no equilíbrio
ecológico, uma vez que o crescimento populacional altera, automaticamente, a
estrutura ambiental. A situação caótica e alarmante, do contexto atual, induz a
debates sobre a interdependência homem-natureza, uma relação estreita que
precisa ser analisada, pois os danos ao meio ambiente afetam significativamente a
vida do ser humano. Todo e qualquer bem ambiental é essencial à qualidade de vida
humana e de uso comum do povo, ou seja, tem caráter difuso. De acordo com o
estudo bibliográfico, o artigo em questão, busca refletir sobre o impacto do homem
sobre o meio ambiente, oferecendo uma abordagem reflexiva acerca da má
utilização que o homem faz dos recursos naturais. Cabe ainda, analisar a saúde do
ser humano e sua relação com a preservação do ambiente, de forma responsável e
sustentável, sem destruir ou danificar os bens naturais, que via de regra, são
essenciais à manutenção da vida e preservação da saúde física, mental, e também,
cognitiva.

Palavra-chave: Educação. Meio Ambiente. Preservação.

1 INTRODUÇÃO

O trabalho, ora apresentado, traz em sua essência a importância dos


“Estudos Humanos: homens x meio ambiente”, que é um tema de grande relevância,
no contexto atual. E tem como objetivo compreender a dinâmica da ação do homem
no espaço geográfico. Deve-se compreender, nesse sentido, que o conhecimento
geográfico é de suma importância para o homem compreender a dinâmica da
sociedade e todo processo que a envolve.
Pensar o ensino de Geografia na atualidade demanda uma grande
reflexão, considerando o caráter significativo que este componente curricular vem
assumindo ou deveria assumir no Ensino Fundamental, pois nesse processo da
alfabetização, a presença de conteúdos e objetivos da Geografia na escola contribui
1
Aluna do Curso de Pós Graduação Metodologia do Ensino de História e Geografia, da Faculdade da Região
Serrana – FARESE.
2
para entender qual o verdadeiro papel de se ensinar e aprender Geografia nessa
etapa da aprendizagem, uma vez que como os demais componentes curriculares a
Geografia permite a construção da cidadania para vivermos em sociedade através
da leitura do mundo e da vida que se dá através da leitura do espaço.
O ser humano, no decorrer da sua evolução, e com todas as descobertas
feitas ao longo dos anos, adquiriu a capacidade de analisar situações atuais,
imaginar aquilo que ainda não foi vivido para manipular a realidade e, até mesmo,
em alguns casos, simular o futuro, de acordo com o seu contexto de vida. Segundo
Branchier e Tesolin (2006, p. 310), “O termo ambiente é de origem latina – ambiens,
entis: ‘que rodeia’, remetendo, entre seus significados, aquilo que se encontra no
meio em que se vive”.
As pessoas e famílias começaram a se organizar em grupos tornando-se
comunidades, civilizações, povos e nações, formaram-se redes de relações
humanas, construindo aos poucos sua própria identidade, entendendo-se como
parte integrante dessa cultura, adaptando os lugares e se adaptando em detrimento
de suas necessidades. Finalmente, adquirindo o seu próprio lugar e permanecendo
nele. Este lugar tornou-se algo repleto de sentimento e emoção, decorrentes de uma
vida cheia de surpresas e questões, dos mais variados tipos, que afetam
diretamente a vida humana, nas questões financeiras, ecológicas, físicas e
estruturais.
Em virtude do contexto de vida do homem, na sociedade atual, o ser diz
ter se tornado civilizado, sendo que ocorreu o seu desprendimento com o lugar e
formularam-se ideias, das quais os recursos naturais eram bens infinitos, portanto
poderiam ser usados de forma desenfreada, sem nenhum cuidado. A utilização
indiscriminada dos recursos naturais tornou o ser humano causador de grandes
impactos ambientais, gerando o desequilíbrio na cadeia da vida, consequentemente,
causando o colapso e a quebra do sistema, onde o mais prejudicado é o ser
humano.
A Revolução Industrial alavancada no século XVIII não mostra
simplesmente o aumento da capacidade do homem de produzir em larga escala,
mas também de degradar o ambiente em que vive, pois à medida que o homem
progride tecnologicamente, ele também, regride, no que se refere, ao cuidado e a
preservação do meio ambiente, deixando de lado as consequências catastróficas
que o aumento de resíduos produzidos e deixados pelo crescimento das empresas e
sua tecnologias. Alia-se a este fator o crescimento da população mundial e
juntamente com ela, o consumismo exacerbado, advindo do próprio sistema
capitalista, que tem sido cada vez maior. Deve-se ressaltar que, desde a Revolução
Industrial, “o homem lançou 271 bilhões de toneladas de carbono na atmosfera, o
que representa um terço a mais do que foi produzido no processo de circulação de
carbono no mesmo período” (COUTINHO apud CARVALHO, 2011, p. 35).
Em um período pequeno da existência humana no planeta Terra, tendo
como base a própria idade deste, muitos foram os danos a ele causados, sem um
mínimo de cuidado com as possíveis consequências. Analisa-se, a partir dos dados
atuais, a ação do homem no meio em que vive trouxe inúmeras mudanças no seu
modo de vida, nas quais, a princípio, somente era observado as questões vistas
como benefícios, sem olhar para os malefícios criados ao Planeta, o que de certa
forma, acabou promovendo e criando uma insensibilidade na maioria dos humanos.

2 O HOMEM E O MEIO AMBIENTE

Diante de tantos embates a respeito do que se deve fazer e mudar para


melhorar as condições ambientais deve-se pensar na realidade de modo complexo,
de forma racional, levando em conta que em um mesmo espaço devem estar
articulados, natureza, técnica e cultura. É necessário que se faça uma reflexão
acerca da complexidade da situação ambiental, pois esta abre uma estimulante
oportunidade à compreensão da formação de novos conceitos da sociedade, em
relação à necessidade de preservação do meio ambiente, ao cuidado com a
Natureza, tendo em vista que as questões educacionais influenciam bruscamente no
comportamento humano, desde que seja articulado, sistematizado, apoiando uma
lógica de sustentabilidade, é de suma importância que o ambiente escolar se
preocupe e priorize ações relacionadas a esse tema. Dentro dessa questão, abre-se
um parêntese para falar da necessidade de uma educação fundamentada em
valores morais e sociais, que implicam em uma mudança de comportamentos e
conceitos, efetivados através das práticas educacionais. Aspectos relacionados ao
Meio Ambiente exigem uma reflexão bem mais realista, centrada na verdadeira
situação ambiental e isso impõe uma relação entre saberes e práticas coletivas, que
sustentam uma identidade, pautada em valores e ações solidárias, priorizando a
sustentação do meio e a sustentabilidade, por meio dele, numa perspectiva que
prioriza e dialoga e a unidade entre os saberes.
O contexto ambiental reflete as ações do ser humano, que afetam sua
estrutura, prejudicando a vida de modo geral, e isso exige práticas educativas que
diminua os efeitos negativos da ação do homem sobre o Meio Ambiente. Nesse
sentido, é necessário que haja uma atuação por parte de profissionais capacitados
para lidar e atuar frente às situações que alteram e prejudicam a Natureza, de modo
geral.
É de extrema importância que a construção do conhecimento, seja no
meio familiar ou escola, complete as interrelações entre o ser humano e o meio
ambiente, e a necessidade do equilíbrio e harmonia entre ambos. Cabe ao ser
humano formar e construir em si a consciência do seu papel, enquanto cidadão, que
prima pelo bem de todos, buscando melhorias e alternativas que possibilitem a
preservação do Meio principalmente por ser fundamental à sua sobrevivência. Cabe
destacar, que uma organização social, onde o bem comum é priorizado, há um
trabalho coletivo, possibilitando a todos a sua atuação e o cumprimento de tarefas
que produzem desenvolvimento, de forma sustentável, porém que beneficia a todos.
Quando se observa o fato de que, maior parte da população vive em
áreas urbanizadas, cheia de interferências humanas, no tocante à construção de um
ambiente moderno, percebe-se a degradação das condições de vidas, que são
totalmente afetadas crescimento populacional, tecnológico e global. Deve-se
ressaltar que, tão certo como são os benefícios de tais avanços, também são os
malefícios advindos de tão severas transformações. Por isso é de extrema urgência
que ações, que priorizem essa temática sejam tratadas com vistas a melhorar o
cenário ambiental em todo o mundo. Faz-se necessário uma mudança de
pensamento e postura no tocante às questões há pouco mencionadas.
O ser humano e o meio ambiente tem uma relação dependente, um
depende do outro para a sobrevivência. É do meio ambiente que o homem retira
diversas fontes de sustento. Dessa forma, há uma obrigatoriedade no que se refere
às responsabilidades do homem em relação à preservação do Meio Ambiente, tendo
em vista a sua sobrevivência.
A alteração do meio, afeta a estrutura natural da vida humana e, também
de toda espécie viva, que vive no meio ambiente. Por isso o Art. 3º, da Lei n. 6.938,
de 1981, a qual dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente (PNUMA)
conceitua meio ambiente como o “Conjunto de condições, leis, influências e
interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em
todos as suas formas”.
Analisando a situação atual do meio ambiente, pare que o homem se
afastou do mundo natural como se não fizesse parte dele, porém, faz e precisa da
sua produção natural para sobreviver. Com a era tecnológica, e com todo o
processo industrial a humanidade conseguiu contaminar o ar que respira, a água
que bebe, o solo que produz alimentos, os rios, destruir florestas, habitats e os
animais. Todas essas destruições colocam em risco a sobrevivência dos próprios

seres humanos. O maior problema do planeta, hoje, é entender e resolver a relação


- Homem X Terra, para que se consiga viver em harmonia e em equilíbrio com o
planeta. De acordo com o autor,
Com relação a esse estágio dispomos de razoáveis informações
retrospectivas sobre o caminho percorrido; porém, no que se refere a um
futuro incerto e de horizonte curtíssimo, contamos apenas com meras
hipóteses, porque nem as mais rigorosas ciências podem oferecer-nos
prospectivas seguras. Esta não é uma questão teórica e abstrata: ela é real,
concreta e prática, porque nos interessa saber do nosso destino coletivo e
do nosso dia a dia já em curto prazo. (MILARÉ, 2011, p. 63).

É importante haver um processo participativo e sustentável, cada um


fazendo a sua parte e respeitando o ciclo de cada ser. As técnicas adquiridas pelo
homem devem servir para proteger o planeta, cuidar dos resíduos gerados e não

para destruir a vida, uma vez que a vida mais afetada é a do próprio homem. Deve
existir respeito à grandeza da natureza, reverência à Terra, já que ela é obra prima
de Deus, caso contrário não será possível evitar a sua e a nossa destruição.
O homem usa de suas capacidades e realiza atividades para mudar,
impactar o meio ambiente. Os impactos ambientais podem ser positivos, ou
negativos quando quebra o equilíbrio ecológico e provoca prejuízos graves no meio
ambiente. O homem apropria-se da natureza como um objeto, um meio de produção
e o seu consumo desenfreado, sem reposição dos recursos consumidos, subtrai a
saúde e adoece a sociedade deixando-a sem garantia de futuro.
Analisando a situação atual, precisa-se agir de forma responsável, onde
as questões educacionais possam moldar estilos de vida que preservem a ordem
natural do ambiente. Porém isso requer uma nova cultura dos brasileiros,
expressado em ações, atitudes, costumes, e comportamentos favoráveis à ecologia,
Gerando, assim, uma ação e o desafio de construir uma sociedade justa, sustentável
e habitável para todos os seres vivos, pois o cuidado com a criação e a luta pela
justiça são dimensões básicas necessárias para a subsistência da vida.
A geografia tem papel fundamental na construção do conhecimento
espacial, regional, e como funciona a dinâmica do espaço para conduzir a realização
de um planejamento de como deve agir o homem com relação ao meio. Toda
transformação e alteração do meio ambiente é de competência da geografia,
enquanto estudo que investiga as formas de relevo, fenômenos climáticos, como são
compostos os grupos sociais, como se relacionam, e se habituam a conviver em
lugares diferentes, com costumes e hábitos, os quais são imprescindíveis para a
continuidade da sociedade e a construção da sua identidade.
Carvalho diz que,
Dessa forma, não se trata de assumir uma postura interpretativa neutra,
mas de entrar no jogo e disputar os sentidos do ambiental. Nesse caso,
acreditamos que a contribuição da EA estaria no fortalecimento de uma
ética que articulasse as sensibilidades ecológicas e os valores
emancipadores, contribuindo para a construção de uma cidadania
ambientalmente (CARVALHO, 2012, p. 106).

À Geografia está relacionada a obrigatoriedade de se fazer conhecer e


entender o espaço geográfico. Esse espaço pode ser compreendido como um meio
produzido pelo homem, que está em constante transformação. Analisando sob essa
ótica pode-se compreender que o espaço geográfico tem características históricas
haja vista que por meio desses fatos torna-se possível analisar a estrutura
geográfica do passado, todas as alterações e transformações sofridas pelo meio ao
longo do tempo.
A geografia faz parte do cotidiano e está intrinsecamente ligada à vida,
por esse motivo faz-se necessário à compreensão de que as ações humanas podem
ser destrutivas, se não forem repensadas e reformuladas, a fim de promover
sustentabilidade.
Sendo assim, a partir dos fatos históricos é possível conhecer o passado.
A história, além de falar da vida humana, retrata esta mesma vida em momentos
históricos diferentes, com povos, culturas, conceitos, comportamentos e suas
particularidades concernentes a cada época em específico. Sabe-se que as
questões da geografia, principalmente relacionadas ao meio ambiente sofreram
alterações com o passar dos anos.

3 A PRESERVAÇÃO DO MEIO E A SAÚDE HUMANA

Meio ambiente é tudo que faz parte do universo, e da vida, no mundo


humano, vegetal, mineral, e nas relações entre si. O homem é parte desse meio e
depende dele para viver. A morte do planeta causa a morte da humanidade. É
urgente cuidar do planeta com comportamentos, atitudes, costumes e novas
relações positivas dos humanos com a natureza, tendo como propósito a sua
preservação. Diante de tais visões, entende-se a necessidade do ensino e da
aprendizagem da geografia, tendo em vista que a compreensão do espaço, a leitura
cartográfica são necessários à compreensão da geografia enquanto disciplina
necessária para a formação e construção do conhecimento do aluno
A degradação do meio ambiente é cada vez maior, e para compreender a
questão ambiental, é necessário ter uma visão ampla acerca da necessidade do
meio ambiente para a conservação da vida e da saúde do homem, e não considerá-
lo como um objeto exterior ao homem, mas o espaço onde ele é agente integrado a
uma rede de relações naturais, sociais e culturais. Meio ambiente e sociedade
formam um único mundo, e essa é uma visão que precisa ser ensinada, pois os
conceitos de preservação e cuidados com o Meio Ambiente precisam ser aprendidos
de forma a mudar comportamento e atitudes que deterioram.
Desse modo, Carvalho defende que
A educação ambiental tem a oportunidade de problematizar esses
diferentes interesses e forças sociais que se organizam em torno das
questões ambientais. Ela, como prática educativa reflexiva, abre aos
sujeitos um campo de novas possibilidades de compreensão e
autocompreensão da problemática ambiental (CARVALHO, 2012, p. 106).
Para que os processos de mudança aconteçam, é fundamental que todos
participem como agentes de sensibilização e transformação. A formação do cidadão
para ser capaz de ler e interpretar o seu ambiente é associada à sua ação e
capacidade de mudança. Estar no mundo pressupõe comprometimento humano.
Deve-se ressaltar que a educação para a preservação do meio, possibilita um
cuidado maior, uma mudança de comportamentos que, em suma, beneficia
principalmente o homem, independente do lugar onde esteja.
Conforme disposto por ALBAGLI (1998, p.3), “lugar não pode ser apenas
um espaço onde se realizam as práticas diárias, mas também aquele no qual se
situam as transformações, a reprodução das relações sociais de longo prazo”.
Ao se fazer uma análise mais aprofundada do sentido da palavra “lugar”,
pode-se classificá-la como sendo “o produto das relações humanas, entre homem e
natureza, tecido por relações sociais produzindo a identidade, é o mundo do vivido,
onde se formulam os problemas”. (CARLOS, 1996, p.26).
De acordo com o autor, as normas ambientais devem ser aplicadas e
viabilizadas de forma concreta, por meio de mecanismos que possibilitem a
conscientização da comunidade sobre a atual crise ambiental, bem como sobre a
possibilidade de manutenção da vida humana com dignidade e respeito ao meio
ambiente, aliando o desenvolvimento econômico a atitudes ecologicamente
aceitáveis.
O que se pode analisar, nos dias atuais, é que a sociedade vem utilizando
os recursos naturais como se eles fossem infinitos; não está havendo na mesma
medida uma reposição dos recursos, e não há como o homem repor os recursos
naturais, uma vez que é um ser limitado. O ar, a água, o solo estão sendo poluídos.
O homem explora de modo ganancioso os recursos renováveis e não renováveis
reduzindo-os apenas a um ideal econômico.
De acordo com Dias (2004 p. 38),
Devido á grande degradação ambiental surge-se a necessidade de um
desenvolvimento sustentável em que cada indivíduo deve se comprometer
com o equilíbrio ecológico na sustentação de um que cada indivíduo deve
se comprometer com o equilíbrio ecológico na sustentação de um
desenvolvimento ambiental, satisfazendo as necessidades atuais sem
prejudicar o direito das gerações futuras de se desenvolverem. Devido a
tantos prejuízos provocados pelo homem com a guerra (DIAS, 2004, p. 38).

A degradação ambiental vem ocorrendo gradualmente desde o início da


utilização dos recursos naturais para a sobrevivência do homem, até atingir as
transformações históricas e sociais. Com isso, surgiram os problemas ambientais,
gerando também problemas sociais. Portanto, as relações entre a sociedade e a
natureza apresentam muitos prejuízos para a vida humana com sadia qualidade.
Mas, o homem pode inventar novas maneiras de estar no mundo, e de combater as
transformações negativas existentes. De acordo com Dias (2004 p. 38 45)
a Educação Ambiental se posiciona na confluência do campo ambiental e a
tradicional educação, resultando em diferentes formações e orientações
pedagógicas produzindo assim diferentes educações ambientais. Contudo é
importante lembrar que esse encontro entre o ambiental e o educativo se dá
através de interação entre os indivíduos por meio de reflexões sobre todas
as áreas.

Portanto, a relação entre o social e o natural deve aliar condutas


ecológicas às políticas ambientais, possibilitando ao homem a sua sobrevivência
sem a degradação do meio ambiente. Assim, processos vitais e os limites impostos
pela natureza devem ser respeitados para que ela possa se regenerar. O bem-estar
dos humanos depende da redução e erradicação dos impactos ambientais,
causados por estes mesmos humanos.

4 CONCLUSÃO

Os dias atuais mostram o quanto o planeta precisa ser conservado, uma vez
que toda vida, principalmente a do homem, precisa de sua preservação para viver.
É preciso equilíbrio e uma ação de controle, para que os recursos naturais e a vida
seja respeitada. Como já foi falado, a geografia é responsável pelos estudos
referentes aos aspectos sociais, naturais, demográficos. Desse modo é preciso que
o ensino alcance seu propósito de formação, no que se refere aos conhecimentos
geográficos necessários, para que o homem compreenda suas responsabilidades
sociais.
È necessário que todos os profissionais da educação tenham o
comprometimento para com o ensino, tendo em vista a necessidade de se
aprofundar em estudos e pesquisas que possam nortear o ensino da geografia,
dentro da sala de aula, promovendo uma aprendizagem mais significativa, no
tocante a esse assunto.
Nesse sentido, é preciso se buscar melhorias metodológicas, inserindo e
utilizando-se, na sala de aula, recursos que dinamizem a aula, instrumentalizem e
produzam conhecimentos concretos, que se consolidem e sirvam de base para o
crescimento intelectual do aluno.
É tarefa urgente investir na preservação da vida. A sociedade carece de
novas relações com o meio ambiente; do contrário, a continuidade da vida na terra,
onde vivemos, tornar-se-á inviável. A integridade e o futuro do Planeta estão
relacionados ao novo paradigma que é o desenvolvimento da sustentabilidade, um
assunto que tem sido bastante difundido nos últimos tempos, tendo em vista a
necessidade da reeducação ambiental e a reestruturação de conceitos essenciais à
preservação da vida.
Para tanto, o interesse público deve se sobrepor ao interesse privado, o
qual, quase sempre objetiva meramente o lucro, com base no atual sistema
capitalista, que, por sua vez, deve se adaptar ao novo modelo de desenvolvimento
que refuta o antigamente defendido a todo custo.
REFERÊNCIAS

BRANCHIER, Alex Sander; TESOLIN, Juliana Daher Delfino. Direito e Legislação


Aplicada. 3. ed. rev. e atual. Curitiba: IBPEX, 2006.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil:


promulgada em 5 de outubro de 1988: atualizada até a Emenda Constitucional n. 66,
de 13-07-2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao
/Constituicao.htm>. Acesso em: 10 mar. 2014.

CARVALHO, I. C. M. Educação ambiental: a formação do Sujeito Ecológico. São


Paulo: Cortez, 2012.

CARVALHO, Edson Ferreira de. Meio Ambiente e Direitos Humanos. 2. ed. rev. e


atual. Curitiba: Juruá Editora, 2011.

DIAS, G. Freire. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. 6º Ed. rev. São


Paulo: Gaia, 2004 p. 38-45.

MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente: a gestão ambiental em foco: doutrina,


jurisprudência e glossário. 7. ed. rev., atual. e reform. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2011.

WELLS, Spencer. A grande árvore genealógica. Disponível em:


<http://www.natgeo.com.br/br/especiais/a-grande-arvore-genealogica/>. Acesso em:
26 abr. 2014.

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