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CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

ANA PAULA NUNES DE MORAIS OLIVEIRA

DAYANE SILVA SOUSA

GEOVANNA DA SILVA OLIVEIRA

MARINETE DA SILVA SILVEIRA NEVES

VICTOR FARIA SILVA

ETAPA 1 E 2 – ATIVIDADE PROCESSUAL N1

GOIÂNIA,

2020
Alessandra Máximo

Idade: 35 anos.
Estado civil: Casada e mãe de Daniel Máximo de 7 anos.
Formação acadêmica: Graduada aos 24 anos pela faculdade UNIP/GO na primeira
turma de psicologia, a qual tem por abordagem TCC. Pós-graduada em psicopedagogia
pela UNB/03/2010, Mestre em psicologia escolar e inclusão pela UCB, 04/2012.
Atualmente trabalha em uma escola como psicóloga escolar e atende três vezes por
semana em uma clinica particular, onde seu público alvo é adolescente.

Informações coletadas:

Alessandra descreveu seu primeiro dia de trabalho que sentiu desconfortável,


contou que a recepção que recebeu de boas vindas, praticamente foi de situações
problemas, que parecia não acabar mais. Algum exemplo citado foi de alunos
desatentos, professores irritados e direção da escola preocupada com o rendimento
escolar dos alunos, relato sobre seu primeiro dia de trabalho como psicóloga escolar.

O segundo dia contou que não sabia por onde começar, mas ao observar o
ambiente percebeu que teria que mudar a forma como ele estava organizado, pois estava
sendo reforçador para tais comportamentos problemas naquele ambiente. No terceiro
dia ela foi chamada em uma sala de reuniões com a presença de toda a equipe de
professores, a coordenação, vice-diretora e diretor da escola, a qual apresentou uma lista
que foi feito com nomes de alunos nomeados como sendo “difíceis”, que segundo seus
colegas de trabalho não se interessavam e nem se esforçavam para cumprir as tarefas e
participar da aula. A missão dada era que ela adequasse esses alunos ao padrão da
escola, e logo percebeu que teria certos problemas ao confrontar essas situações.

Primeiramente, relata sobre sua experiência durante apresentação para os demais


colegas de trabalho, sendo que foi bastante calorosa e complicada, de acordo com
Alessandra. Porque todos estavam depositando muita esperança imediata em seu
serviço, esperando que mudasse o comportamento de certos alunos de uma hora para
outra. Desde então, foi explicado o método de trabalho na reunião com todos, sendo
mostrado como funcionava e que não era da forma que os educadores estavam
imaginando por completo. Alessandra afirmou que com os alunos a apresentação foi
mais complicada, pelo fato que todos estavam aguardando por sua chegada e que já
tinham criado pensamentos de como seria a psicóloga escolar. Assim, foi percebida dos
alunos muita tensão, pois a maioria estava imaginando a psicóloga escolar como uma
ditadora de comportamentos e que iria punir eles a todo instante. A partir das recepções,
Alessandra percebeu que teria que modificar essa ideia dos alunos e também de seus
colegas de trabalho.

E outro relato da psicóloga escolar foi que a partir do desenvolvimento do método


de trabalho proposto a escola ela obteve bastante resistência em modificação dessa
crença principalmente dos alunos. Sendo descrito que o primeiro dia foi mais difícil,
pois estavam mais quietos na deles e no segundo dia já se mostraram mais familiarizado
e esperando por mais atividades.

A escola na qual Alessandra trabalha atualmente tem um alto padrão de ensino e


é muito bem conceituada. Após algum tempo, a direção da escola levou uma lista de
nomes de alunos “problemas” para serem acompanhados por ela. Entre eles está João
Pedro, sua professora Sara elaborou um relatório sobre o aluno relatando que ele ainda
não se encaixava ao padrão da escola, além disso, estava atrapalhando o
desenvolvimento dos outros. De acordo com Sara, João Pedro estava apresentando notas
insatisfatórias, e isso poderia o prejudicar a ponto de não conseguir concluir aquele ano
seguindo para o próximo.

O relatório também dizia que João Pedro não conseguia permanecer durante
muito tempo na sala de aula, pedindo permissão constantemente para beber água ou ir
ao banheiro. Todas as atividades que eram propostas em sala eram ignoradas pelo aluno,
João Pedro preferia ficar fazendo brincadeiras com outros colegas e isso prejudicava a
turma toda. Quando Sara solicitava outro comportamento de João Pedro para resolução
de atividades, era ignorada e as brincadeiras aumentavam.

Sara relatou que as tarefas de casa vinham corretamente feitas, porém afirmou
que acredita que fossem realizadas por algum adulto e não pela criança. De acordo com
ela, várias vezes já encaminhou João Pedro para sala da coordenadora para alguma
medida disciplinar, advertências e não obtiveram sucesso. A professora afirmou que
João Pedro era desleixado, rebelde, não obedecendo às regras e muito inquieto. Seu
rendimento escolar é bem inferior ao que a escola exige, demonstra ser bastante
agressivo e preguiçoso.

Não sabendo mais o que fazer, Sara marcou uma reunião com os pais e
profissionais da escola para discutirem a situação do aluno, e descreveu que o estopim
de todas as reclamações foi o dia em que foram aplicadas as avaliações semestrais para
todos os alunos, e Sara pediu para que todos se mantivessem em silêncio para a
execução da atividade. Porém, João Pedro ignorou sua ordem e ficava constantemente
rindo e perturbando outros colegas, então Sara pegou sua prova e zerou todas suas
questões, e encaminhou João Pedro novamente para a coordenadora. A partir dessa
situação Sara disse não ter mais nada a fazer, pois já havia tentado de tudo e não
conseguiu.  Sua última tentativa seria encaminhar o aluno a psicóloga escolar e
conversar com os pais para observarem o caso de perto.

Em reunião com Alessandra os pais relataram que João Pedro está cada vez mais
inquieto, nervoso e estressado. Disseram que viajam muito a trabalho, e ao retornarem
encontram o filho com o comportamento mais alterado. Por esse motivo decidiram levar
a criança ao psiquiatra onde foi diagnosticado com TDAH, e receitaram remédio para
que controlasse o comportamento da criança. Seguindo com o acompanhamento
Alessandra começa então a conversar com João Pedro e ele começa a relatar sobre sua
rotina.

Diante dessas informações, Alessandra nota que o caso foi tratado como
puramente biológico, com um diagnóstico de TDAH e remédios, e começa a investigar
mais a fundo. Ela entendeu que o comportamento problema de João Pedro está bastante
relacionado ao ambiente familiar, uma vez que esse ambiente está organizado de forma
a interferir na vida escolar. Devido à ausência dos pais, João Pedro protagonizava tais
comportamentos para obter atenção. Os pais não tomavam nenhuma atitude mais
contundente em relação ao comportamento do filho por se sentirem culpados pela
ausência e acabavam reforçando tais comportamentos. Eles traziam diversos presentes
de suas viagens como modo de compensação, mas a troca de afeto entre a família não
pode ser substituída, a criança precisa de uma atenção necessária para se desenvolver
com qualidade. Nessa situação o rendimento escolar de João Pedro ficou comprometido,
então entraram com a medicalização na tentativa de adequar o garoto ao padrão exigido
pela escola, mas o problema não estava sendo visto de forma integral, impossibilitando
a resolução.

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