Você está na página 1de 20

Documento orientador

sobre o projeto
Aprender Juntos

2022

1
Sumário

O que é o Aprender Juntos? Qual resolução o normatiza? 4


Por que ele foi criado? 4
Quais escolas estão contempladas pelo Aprender Juntos? 5
Como são as formações para a implementação do projeto na rede estadual? 5
Apenas os professores de Língua Portuguesa e Matemática podem fazer parte do
projeto? 6
Qual a quantidade de aulas necessárias para os reagrupamentos? E como
organizar entre os componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática? 7
De quanto em quanto tempo os reagrupamentos do Aprender Juntos devem ser
atualizados? 7
Durante os reagrupamentos do Aprender Juntos, também é possível trabalhar com
agrupamentos produtivos? 8
Como diagnosticar as necessidades de aprendizagem dos estudantes? 8
Como ficará a grade horária das turmas do 3º ao 5º ano? E dos 6ºs anos? Como os
professores dos diferentes componentes curriculares poderão atuar no 6º ano - eles
podem trabalhar de forma interdisciplinar? 10
Como funcionará o Aprender Juntos nas escolas do Programa Ensino Integral
(PEI)? Durante as aulas regulares ou durante as aulas de orientação de estudos? 11
Como será feito o registro de frequência e de aulas na Secretaria Escolar Digital
(SED) destas aulas de agrupamentos? 12
É necessário registrar os agrupamentos de estudantes na SED (Secretaria Escolar
Digital)? Essa mesma orientação aplica-se às escolas do PEI? 12
Os professores terão algum material para auxiliar na preparação das atividades? 12
É necessário atribuir aulas por meio do Projeto de Reforço e Recuperação (PRR)
para implementação do Programa de Recuperação e Aprofundamento e Aprender
Juntos? 13
É possível realizar a atribuição de professores adicionais por meio do Projeto de
Reforço e Recuperação (PRR) durante o período regular de aulas e para a Monitoria
de Estudos (Além da Escola)? Ou a escola precisa optar por apenas uma das
opções? 13
É possível atribuir 6 aulas semanais para o Professor de Educação Básica (PEB) I
ministrar aulas no 6º ano? 14
Um mesmo professor especialista do 6º ano do ensino fundamental pode ter aulas
de Língua Portuguesa e Matemática atribuídas a ele por meio do Projeto de Reforço

2
e Recuperação (PRR)? Precisa, necessariamente, ter formação em ambos os
componentes curriculares? 14
Até quantos alunos não alfabetizados podem ter o professor alfabetizador no 6º
ano? 15
Tenho duas turmas de 6º ano na minha escola. Posso fazer dois agrupamentos
somente? Ou se depois de atribuída aula, posso fazer 3 agrupamentos? Para o
agrupamento dos 6° anos, a escola pode contratar o professor alfabetizador,
pedagogo para ajudar nos agrupamentos? 16
O professor com aulas atribuídas via Projeto de Reforço e Recuperação para apoio
ao Aprender Juntos poderá ter 6, 12 ou 7 aulas atribuídas dependendo do ano/série.
Essas aulas serão em um único reagrupamento, ou o professor lecionará uma aula
em cada reagrupamento até completar as 6, 12 ou 7 aulas? 16
Como é a atribuição de aulas do Projeto de Reforço e Recuperação nas escolas do
Programa Ensino Integral (PEI)? 17
O parágrafo 3º do artigo 7º da Resolução 13/22 determina que somente poderá
haver atribuição na comprovada inexistência de aulas que possam ser atribuídas no
processo regular de atribuição, em nível de Diretoria de Ensino. Se a DE está com
falta de professores PEB II, é possível atribuir aulas para PEB I? 17
Qual a diferença entre o Aprender Juntos e a Monitoria de Estudos (Além da
Escola)? 17
Há alguma orientação específica com relação ao apoio aos estudantes elegíveis aos
serviços da educação especial no escopo dos projetos Aprender Juntos e Monitoria
de Estudos (Além da Escola)? 18
Como as redes municipais interessadas podem participar do Aprender Juntos? 19
Caso tenha dúvidas adicionais, como enviar? 19
Anexo - Referências 20

3
1. O que é o Aprender Juntos? Qual resolução o normatiza?

O Aprender Juntos é um projeto da Secretaria de Educação do Estado de


São Paulo (SEDUC-SP) para recuperação, reforço e aprofundamento diferenciado
por níveis de aprendizagem semelhantes. Seu objetivo é consolidar habilidades
essenciais à trajetória escolar dos estudantes, com destaque à escrita, leitura,
compreensão e produção de textos, além de letramento matemático.
Sua metodologia consiste em, a partir do diagnóstico das necessidades de
aprendizagem dos estudantes dos 3º ao 6º anos, reagrupá-los temporariamente
para que sejam propostas atividades personalizadas que favorecem seu avanço na
aprendizagem a partir do ponto em que estão. Desta forma, os professores
conseguem desenvolver atividades pedagógicas personalizadas e mais assertivas
para favorecer a aprendizagem e que promovam maior engajamento estudantil.
O Aprender Juntos foi normatizado inicialmente pela Resolução SEDUC nº
96/2021 (link), para as escolas e Diretorias de Ensino que participaram do
projeto-piloto em 2021, que posteriormente foi alterada pela Resolução SEDUC nº
26/2022 (link), já considerando a expansão do projeto para todo o estado.

2. Por que ele foi criado?

A criação do Aprender Juntos foi motivada pelo aumento das defasagens dos
estudantes e também pelo cenário de grande heterogeneidade de aprendizagem
resultante dos impactos da pandemia na educação.
O aumento da defasagem foi mensurada ainda em 2021 por estudo amostral
realizado pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da
Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF), em parceria com a Secretaria
da Educação do Estado de São Paulo sobre os impactos da pandemia de Covid-19
na educação básica da rede pública estadual de São Paulo.
Esse estudo constatou que houve uma queda significativa no nível de
proficiência dos estudantes entre o final de 2019 e o início de 2021 em todas as
etapas de ensino, com prejuízos maiores nos anos iniciais do ensino fundamental.
Além disso, a partir dos resultados das sondagens observou-se que o
processo de alfabetização foi prejudicado significativamente pela pandemia e
também que ampliou-se a heterogeneidade de aprendizagem entre os estudantes.
Nesse sentido, o projeto foi criado com o objetivo de apoiar esses estudantes

4
que foram especialmente impactados pela pandemia para que avancem em sua
trajetória escolar, conforme suas necessidades.

3. Quais escolas estão contempladas pelo Aprender Juntos?

O Aprender Juntos contempla todas as escolas estaduais com turmas do 3º


ao 6º ano do ensino fundamental.
Além disso, participam escolas das redes municipais interessadas no projeto,
que realizaram a assinatura do termo de participação, por meio do sistema
Demandas do Programa SP Sem Papel (conforme tutorial deste link).

4. Como são as formações para a implementação do projeto na rede


estadual?

A 1ª e 2ª formação da equipe central da SEDUC para as Diretorias de Ensino


(DE) já aconteceram e as demais estão previstas de acordo com o calendário
abaixo:

Número da Formação da equipe Desdobramento para escolas


formação central da SEDUC para DE estaduais e secretarias municipais

1ª 10 e 11 de fevereiro Até 4 de março

2ª 12 e 13 de abril Até 6 de maio

3ª 7 e 8 de junho Até 1 de julho

4ª 24 e 25 de agosto Até 16 de setembro

5ª 22 e 23 de novembro Até 9 de dezembro

.
Em cada formação, cada Diretoria de Ensino indica dois pontos focais que
são responsáveis por participar das formações realizadas pela SEDUC-SP e
posteriormente desdobrá-las com:
- outras pessoas da Equipe do Núcleo Pedagógico, Equipe de
Supervisão (incluindo SPF) e PCAE (Professor Coordenador do
Agrupamento Escolar);

5
- as equipes gestoras das escolas (e opcionalmente, conforme
possibilidades da DE, professores), que por sua vez desdobram a
formação com professores durante ATPC;
- representantes das secretarias municipais participantes do projeto,
que têm o papel de desdobrar posteriormente com as escolas
municipais.

A SEDUC-SP orienta que os pontos focais sejam preferencialmente mantidos


ao longo do ano letivo, de forma a fortalecer a replicabilidade formativa e que haja
continuidade do processo formativo.

É importante que as equipes de PCNP - a partir das necessidades


pedagógicas das escolas - realizem oficinas formativas com os considerando o
apoio às intervenções pedagógicas dos professores.

5. Apenas os professores de Língua Portuguesa e Matemática podem fazer


parte do projeto?

Não, todos os professores da escola poderão fazer parte do projeto. Os


professores de componentes curriculares além de Língua Portuguesa e Matemática
trabalham durante as aulas do projeto com os agrupamentos por necessidades de
aprendizagem semelhantes, e desenvolvem atividades que promovam ao mesmo
tempo habilidades de seu componente curricular/área do conhecimento e o
aprimoramento das habilidades de leitura, escrita, compreensão de texto e
operações básicas de matemática.
Esse envolvimento de todos é primordial. Nos dias e horários de
reagrupamento, todos os estudantes das turmas atendidas são reagrupados, então
o envolvimento de todos os professores é fundamental.
Por exemplo, o professor do 6º ano de Ciências poderá desenvolver
atividades que articulem habilidades específicas de seu componente curricular a
aprendizagens ligadas à leitura e escrita a partir de um mesmo texto que será
trabalhado nas aulas de Língua Portuguesa, História, Geografia, com ênfases de
acordo com as suas aprendizagens específicas.

6
6. Qual a quantidade de aulas necessárias para os reagrupamentos?
E como organizar entre os componentes curriculares de
Língua Portuguesa e Matemática?

. As escolas têm flexibilidade para definir a quantidade de aulas para


realização das atividades diferenciadas. Sugere-se ao menos um dia por semana
para o reagrupamento de estudantes, conforme as necessidades de aprendizagem,
para permitir a continuidade do trabalho pedagógico a toda semana.
É possível ao longo do ano mudar a quantidade de aulas destinadas ao
Aprender Juntos - por exemplo, começar com 3 dias em que os estudantes são
reagrupados por semana no início do ano letivo e gradativamente reduzir ao longo
do ano, à medida em que os estudantes avançam na aprendizagem e conseguem
acompanhar melhor as aulas de sua turma.
Além disso, em vez de fazer um único dia inteiro diferenciado, é possível
distribuir parte das aulas em diferentes dias da semana - por exemplo, no 6º ano,
em vez de fazer um único dia diferenciado contemplando suas 7 aulas, é possível
destinar 3 aulas na quinta-feira, e 4 aulas na sexta-feira.

7. De quanto em quanto tempo os reagrupamentos do Aprender Juntos


devem ser atualizados?

Não há uma regra geral, pois o que deve orientar a modificação dos
agrupamentos é a evolução da aprendizagem dos estudantes. Cada estudante tem
um ritmo diferenciado. Além disso, as estratégias adotadas pelos docentes podem
ser mais ou menos efetivas de acordo com o perfil do agrupamento. Portanto, essa
é uma análise que precisa ser feita periodicamente pelos docentes. Um estudante
pode avançar, por exemplo, em sua hipótese de escrita em duas semanas, outro,
em um mês.
Além de considerar as necessidades individuais de cada estudante, para
organizar os reagrupamentos é importante que os professores, em conjunto com a
equipe gestora das escolas, considerem a evolução da aprendizagem de cada
reagrupamento como um todo.

7
8. Durante os reagrupamentos do Aprender Juntos, também é possível
trabalhar com agrupamentos produtivos?

Sim. O trabalho com os agrupamentos produtivos é uma estratégia


fundamental para a melhoria da aprendizagem dos estudantes em sala de aula,
particularmente para a aquisição do sistema de escrita, que pode ser utilizada tanto
durante as aulas nas turmas regulares quanto nos momentos em que os estudantes
são reagrupados.
Portanto, sem dúvida, é uma estratégia que poderá ser utilizada em sala de
aula. Contudo é preciso que a unidade escolar (gestores e professores) analisem os
níveis de aprendizagem de todos os estudantes, por meio dos resultados
observados nos instrumentos avaliativos e, com base nessa análise, verifiquem o
que é melhor para os estudantes considerando as diferentes turmas, anos/séries e
grupo de professores disponíveis para atender os diversos grupos formados.

9. Como diagnosticar as necessidades de aprendizagem dos estudantes?

O diagnóstico é essencial para identificar as necessidades de aprendizagem,


a fim de que os agrupamentos possam ser realizados e sejam propostas atividades
adequadas às necessidades de aprendizagem dos estudantes.
A equipe gestora, juntamente com os professores da escola, têm um papel
fundamental de organizar o diagnóstico e definir os diferentes instrumentos que
podem ser utilizados individualmente, ou de forma combinada, conforme mostra a
tabela abaixo:

Instrumento de avaliação 3º ano EF 4º ano EF 5º ano EF 6º ano EF

Sondagem

Avaliação Diagnóstica de Entrada (ADE) e


Avaliação de Aprendizagem em Processo
(AAP)

Avaliação de fluência

Avaliações internas

Observação dos professores

8
A Sondagem é um instrumento avaliativo necessário para que o professor
possa reconhecer o que cada um dos estudantes sabe em relação ao Sistema de
Numeração Decimal (SND) e ao Sistema de Escrita Alfabética (SEA). Geralmente é
utilizada nos anos iniciais do ensino fundamental, mas pode ser aplicada também no
6º ano quando necessário. Orientações mais detalhadas sobre como realizar as
sondagens podem ser encontradas neste link.
A Avaliação Diagnóstica de Entrada (ADE) constitui parte integrante do
processo de ensino e de aprendizagem, objetivando diagnosticar as principais
necessidades de aprendizagem dos estudantes, em Língua Portuguesa e
Matemática no início de um período letivo.
A Avaliação de Aprendizagem em Processo (AAP) é uma avaliação formativa
aplicada ao final de cada bimestre e seus resultados são utilizados para subsidiar
ações pedagógicas mais assertivas, com base em evidências, especialmente para
apoiar as tomadas de decisão sobre os processos de recuperação.
Já a avaliação de fluência pode ser aplicada no 3º e 6º ano do ensino
fundamental, para identificar o perfil leitor dos estudantes.
As avaliações internas, que fazem parte da rotina escolar, são elaboradas por
professores de todos os componentes curriculares e também para todos os anos
escolares. Destaca-se que além de avaliações escritas, a observação dos
professores é essencial para identificar as necessidades dos estudantes, assim
como acompanhar a evolução das aprendizagens ao longo do tempo. Além do
desenvolvimento de habilidades de leitura, escrita e letramento matemático, a
observação de sala é essencial para identificar aspectos socioemocionais
importantes dos estudantes, a serem considerados tanto para a organização dos
reagrupamentos quanto para a proposição de atividades adequadas às
necessidades.
Os Professores Coordenadores das escolas e os PCNP das Diretorias de
Ensino têm um papel importante de desenvolver estratégias formativas para os
professores considerando a prática da observação enquanto prática avaliativa.
Essa é uma capacidade potente e ao mesmo tempo complexa. O professor,
ao elaborar o seu planejamento, deve definir as estratégias de checagem da
aprendizagem dos estudantes durante a aula. Como ele irá acompanhar, observar
e colher evidências se os estudantes aprenderam e como - assim como
identificando durante a aula o que o estudante não aprendeu - o que será

9
endereçado: retomada, nova atividade, alocação do estudante em outro
reagrupamento, grupos produtivos, atendimento individual dentro do tempo de
atendimento regular, etc.

10. Como ficará a grade horária das turmas do 3º ao 5º ano? E dos 6ºs
anos? Como os professores dos diferentes componentes curriculares
poderão atuar no 6º ano - eles podem trabalhar de forma
interdisciplinar?

Em ambos os casos, a grade horária permanecerá a mesma, mesmo no caso


das aulas dos professores especialistas. O que muda é a forma de agrupamento
dos estudantes e o tipo de atividade. Nesses dias, os professores dos diferentes
componentes curriculares desenvolvem atividades que favoreçam o
desenvolvimento concomitante de habilidades do seu componente curricular e
habilidades de leitura, escrita e letramento matemático que são essenciais para o
percurso educacional dos estudantes. Confira o exemplo mostrado abaixo:

Grade de Sexta-feira

Aula Aulas do grupo de Aulas do grupo de Aulas do grupo de


estudantes 1 estudantes 2 estudantes 3

Aula 1 Língua Portuguesa Arte Ciências

Aula 2 Língua Portuguesa Ciências História

Aula 3 Ciências História Língua Portuguesa

Aula 4 História Matemática Língua Portuguesa

Aula 5 Geografia Matemática Arte

Aula 6 Arte Geografia Matemática

Aula 7 Matemática Língua Portuguesa Ciências

Agrupamentos por turmas:

10
Turma 6º A 6º B 6º C

Nº de estudantes 30 30 30

Reagrupamentos por habilidades:

Grupo 1 2 3

Nº de estudantes 25 30 35

Nos dias de reagrupamento, um mesmo texto pode ser discutido pelos


professores dos diferentes componentes curriculares com ênfases e formas
distintas, promovendo um trabalho interdisciplinar. Como é o caso do texto “Urso
Panda” apresentado na 1ª formação presencial do Aprender Juntos, que
contemplou habilidades de Língua Portuguesa, Matemática, Geografia e História, e
está disponível neste link nos slides 173 a 182.

11. Como funcionará o Aprender Juntos nas escolas do Programa Ensino


Integral (PEI)? Durante as aulas regulares ou durante as aulas de
orientação de estudos?

Nas escolas do Programa Ensino Integral (PEI), o Aprender Juntos será


implementado durante as aulas regulares, e alguns de seus elementos podem ser
adaptados para as aulas de orientação de estudos.
Nas aulas de orientação de estudos, elementos do Aprender Juntos tais
como o reagrupamento de estudantes de diferentes anos/séries e turmas por
necessidades de aprendizagem e a proposição de atividades adequadas aos
diferentes grupos de estudantes podem também ser considerados.
Dessa forma, o Aprender Juntos e o nivelamento se complementam para
melhoria da aprendizagem dos estudantes.

12. Como será feito o registro de frequência e de aulas na Secretaria


Escolar Digital (SED) destas aulas de agrupamentos?

Para orientar como ocorrerá o registro de frequência e de aulas durante os


reagrupamentos por habilidades, por necessidades de aprendizagem semelhantes,
elaboramos as orientações disponíveis neste link.

11
13. É necessário registrar os agrupamentos de estudantes na SED
(Secretaria Escolar Digital)? Essa mesma orientação aplica-se às
escolas do PEI?

Não é necessário registrar na SED quais são os grupos de estudantes


formados no escopo do projeto Aprender Juntos, uma vez que eles são temporários
e ajustados com frequência, de acordo com a evolução da aprendizagem dos
estudantes.
No entanto, é importante realizar o registro de frequência e de aulas
conforme o documento “Orientações sobre registro de frequência durante os
reagrupamentos temporários por habilidades, incluindo os realizados pelo Aprender
Juntos (disponível neste link), enviado anteriormente, no Boletim COPED nº 8/2022
(link) e no Boletim Subsecretaria nº 10/2022 (link).
Adicionalmente, para possibilitar a diferenciação do registro de frequência de
aulas entre os momentos de reagrupamentos por habilidades das aulas nas turmas
regulares, há uma funcionalidade na SED (Secretaria Escolar Digital) que permite
identificar esses momentos. Essa diferenciação é importante de ser realizada uma
vez que nos momentos de reagrupamento os professores poderão ministrar aulas
para estudantes de diferentes turmas, e até anos/séries diferentes, ainda que o
professor regente da turma continue como principal responsável pelo registro na
SED. O tutorial que explica como fazer isso encontra-se neste link.
Essas mesmas orientações se aplicam tanto às escolas de tempo parcial
quanto às do Programa Ensino Integral.

14. Os professores terão algum material para auxiliar na preparação das


atividades?

Sim. Os professores podem utilizar diferentes materiais para apoiar na


realização das atividades adequadas às diversas necessidades de aprendizagem
dos estudantes, como o Currículo em Ação, o Aprender Sempre, livros do PNLD,
recursos educacionais digitais, entre outros.
Destaca-se que pelo fato de o Aprender Juntos propor atividades
personalizadas às necessidades e perfil dos estudantes, o papel do professor é
fundamental para desenvolver atividades adequadas, e para isso pode selecionar

12
atividades, adaptá-las e produzir atividades que favoreçam a aprendizagem e
engajamento dos estudantes.

15. É necessário atribuir aulas por meio do Projeto de Reforço e


Recuperação (PRR) para implementação do Programa de Recuperação e
Aprofundamento e Aprender Juntos?

O Programa de Recuperação e o Aprofundamento e o Aprender Juntos


devem ser implementados independentemente da atribuição do professor adicional
por meio do Projeto de Reforço e Recuperação, uma vez que os professores
regentes de classe/turma têm o papel de oferecer o apoio necessário para a
melhoria da aprendizagem dos estudantes por meio da recuperação contínua.
Quando as escolas atribuem aulas ao professor adicional via PRR, trata-se
de um apoio adicional aos estudantes, mas que não é condição necessária para a
implementação do Programa de Recuperação e Aprofundamento e o Aprender
Juntos.

16. É possível realizar a atribuição de professores adicionais por meio do


Projeto de Reforço e Recuperação (PRR) durante o período regular de
aulas e para a Monitoria de Estudos (Além da Escola)? Ou a escola
precisa optar por apenas uma das opções?

Sim, é possível atribuir aulas adicionais por meio do Projeto de Reforço e


Recuperação (PRR) tanto durante o período regular de aulas quanto para a
Monitoria de Estudos (Além da Escola), uma vez que ambos são complementares.
Por exemplo, o mesmo estudante João do 3º ano pode realizar aulas do
Aprender Juntos durante o período regular de aulas, e no contraturno realizar aulas
da Monitoria de Estudos (Além da Escola) com o professor do PRR.

17. É possível atribuir 6 aulas semanais para o Professor de Educação


Básica (PEB) I ministrar aulas no 6º ano?

Sim. A Portaria Conjunta COPED/CGRH nº1/2022, no inciso IV do artigo 2º,


estabelece que:

IV - para cada turma do 6º ano do Ensino Fundamental durante o período

13
regular de aulas, o docente adicional com aulas atribuídas para o Projeto de
Reforço e Recuperação poderá ter a atribuição de:
a) 2 (duas) aulas semanais de Língua Portuguesa e/ou 2(duas) aulas
semanais de Matemática, ou
b) até 7 (sete) aulas semanais para apoiar os professores de qualquer
componente curricular.

Considerando que o inciso “b” estabelece “até 7 aulas semanais”, é possível


sim atribuir 6 aulas semanais para o PEB I atuar no 6º ano, especialmente para
apoiar os estudantes para o desenvolvimento de habilidades relacionadas à
alfabetização e ao letramento matemático. Lembramos que, no caso do 6º ano do
ensino fundamental, podem ser atribuídas aulas ao PEB I ou ao PEB II, conforme as
necessidades de aprendizagem.
Os professores polivalentes com classes de anos iniciais já têm 26 aulas
semanais atribuídas. Assim, a possibilidade de 6 aulas adicionais complementares à
sua carga horária permite que esses professores tenham aulas atribuídas ao Projeto
para que cheguem ao limite máximo de 32 aulas semanais com estudantes. Nesses
casos, os docentes conseguem apoiar estudantes do um grupo do 6º ano em um
horário diverso ao em que já atua.

18. Um mesmo professor especialista do 6º ano do ensino fundamental


pode ter aulas de Língua Portuguesa e Matemática atribuídas a ele por
meio do Projeto de Reforço e Recuperação (PRR)? Precisa,
necessariamente, ter formação em ambos os componentes
curriculares?

De acordo com a Portaria Conjunta COPED/CGRH nº1/2022, o inciso II do


artigo 4º, estabelece que:

II - durante as aulas regulares do 6º ano do Ensino Fundamental: conforme


as necessidades de aprendizagem dos estudantes, ao Professor Educação
Básica I, com magistério ou licenciatura plena em Pedagogia, ou a docente
devidamente habilitado/qualificado nos componentes curriculares em que
terão aulas atribuídas;

14
Dessa forma, o professor para ter aulas atribuídas por meio do Projeto de
Reforço e Recuperação precisa estar habilitado nos componentes curriculares que
ele irá atuar, e no caso do 6º ano também pode ter como formação magistério ou
licenciatura plena em Pedagogia.

19. Até quantos alunos não alfabetizados podem ter o professor


alfabetizador no 6º ano?

De acordo com a Resolução SEDUC 13/2022, o professor do Projeto de


Reforço e Recuperação (PRR) que atuar durante o período regular de aulas
somente poderá atuar em classes que totalizem, no mínimo, 25 estudantes, exceto
nos casos de classes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental nas quais o docente
regente da classe se encontre em regime de teletrabalho, em que o limite de
estudantes por classe será de, no mínimo, 10 (dez) estudantes.
Sendo assim, a quantidade mínima de estudantes necessária para atribuição
de aulas é proporcional à quantidade de turma regulares (por exemplo, 6º A, 6º B)
com o mínimo de estudantes. Sendo assim, mesmo haja menos de 25 estudantes
que precisam de apoio, será possível atribuir aulas ao PEB I quando as turmas
tiverem pelo menos 25 estudantes.
Por exemplo, em uma escola com três turmas de 6º ano conforme a
apresentada abaixo, será possível atribuir aulas a até dois professores por meio do
Projeto de Reforço e Recuperação:

● 6º A: 30 estudantes
● 6º B: 25 estudantes
● 6º C: 23 estudantes

20. Tenho duas turmas de 6º ano na minha escola. Posso fazer dois
agrupamentos somente? Ou se depois de atribuída aula, posso fazer 3
agrupamentos? Para o agrupamento dos 6° anos, a escola pode
contratar o professor alfabetizador, pedagogo para ajudar nos
agrupamentos?

Caso a escola consiga atribuir aulas a um professor adicional durante parte


das aulas, por meio do Projeto de Reforço e Recuperação (PRR), é possível fazer 3
agrupamentos. O mesmo vale para casos em que há apenas uma turma de 6º ano.

15
A atribuição ao professor adicional será conforme as necessidades de
aprendizagem - caso seja necessário apoio a estudantes em alfabetização ou
letramento matemático, por exemplo, indica-se a atribuição para um PEB I. Porém,
caso os estudantes tenham dificuldades ligadas especificamente às habilidades do
6º ano, pode ser mais adequado atribuir aula ao PEB II.
Caso a escola não encontre professores adicionais, irá realizar o Aprender
Juntos com os professores regulares. Dessa forma, poderá organizar dois
agrupamentos.

21. O professor com aulas atribuídas via Projeto de Reforço e Recuperação


para apoio ao Aprender Juntos poderá ter 6, 12 ou 7 aulas atribuídas
dependendo do ano/série. Essas aulas serão em um único
reagrupamento, ou o professor lecionará uma aula em cada
reagrupamento até completar as 6, 12 ou 7 aulas?

A proposta de atribuição de professor adicional por meio do Projeto de


Reforço e Recuperação (PRR) para apoiar o Aprender Juntos é de que o professor
atue nas 6 ou 12 aulas (no caso do 3º ao 5º ano) ou 7 aulas (no caso do 6º ano)
com o mesmo agrupamento naquela semana.
Por exemplo, caso um professor tenha 6 aulas atribuídas via Projeto de
Reforço e Recuperação para apoiar em um dia da semana em que a escola está
realizando os reagrupamentos, o professor irá ao longo de todas as aulas do dia
apoiar o mesmo grupo de estudantes, durante as 6 aulas regulares. Já um outro
com 12 aulas atribuídas poderá apoiar dois dias da semana de reagrupamentos,
podendo os dois dias ser com os mesmos grupos de estudantes, ou um dia com um
grupo de estudantes acompanhando-os durante as 6 aulas e outro dia apoiando
outro grupo de estudantes durante suas 6 aulas.
No caso do 6º ano, espera-se que o professor que tiver 7 aulas semanais
atribuídas apoie o mesmo grupo de estudantes ao longo do dia.

16
22. Como é a atribuição de aulas do Projeto de Reforço e Recuperação nas
escolas do Programa Ensino Integral (PEI)?

De acordo com a Portaria Conjunta COPED/CGRH nº 1/2022 (link), em


parágrafo único, nas escolas do Programa Ensino Integral (PEI), poderão ser
atribuídas aulas do Projeto de Reforço e Recuperação unicamente no 6º ano do
ensino fundamental e/ou nos anos iniciais do 1º ao 5º anos nas situações de
impossibilidade de atendimento presencial do professor regente da classe, conforme
previsto no inciso II do artigo 2º desta Portaria.

23. O parágrafo 3º do artigo 7º da Resolução 13/22 determina que somente


poderá haver atribuição na comprovada inexistência de aulas que
possam ser atribuídas no processo regular de atribuição, em nível de
Diretoria de Ensino. Se a DE está com falta de professores PEB II, é
possível atribuir aulas para PEB I?

Sim. A vedação aplica-se para a atribuição de aulas regulares para os


professores que podem ministrar de acordo com sua formação. Por exemplo, caso
em uma Diretoria de Ensino haja aulas de Química regulares ainda a serem
atribuídas, isso não impede que sejam atribuídas aulas para um professor pedagogo
PEB I.

24. Qual a diferença entre o Aprender Juntos e a Monitoria de Estudos


(Além da Escola)?

No Aprender Juntos, todos os estudantes são reagrupados durante o horário


das aulas de acordo com suas necessidades de aprendizagem para que possam
avançar a partir de onde estão. Já a Monitoria de Estudos (Além da Escola)
acontece fora do horário regular de aulas, em que os estudantes que mais precisam
são apoiados em pequenos grupos.

17
25. Há alguma orientação específica com relação ao apoio aos estudantes
elegíveis aos serviços da educação especial no escopo dos projetos
Aprender Juntos e Monitoria de Estudos (Além da Escola)?

Os estudantes elegíveis aos serviços da educação especial devem receber


apoio de acordo com suas especificidades considerando a singularidade de cada
caso, pois são únicos em seu modo de aprender.
Os professores poderão organizar atividades de forma a torná-las acessíveis
de acordo com as prerrogativas estabelecidas por meio da Política de Educação
Especial do Estado de São Paulo. Para tanto, é imprescindível que conheçam as
necessidades específicas de seus discentes.
Há casos em que um estudante com deficiência consiga entender a primeira
explicação do professor sobre a comanda de atividade. Em outros casos, podem ser
necessárias explicações complementares para que consigam realizar a atividade de
forma independente ou ainda, com apoio.
Ademais, existem ainda possibilidades de apoio aos docentes que atuam no
Aprender Juntos ou na Monitoria de Estudos (Além da Escola).
● Professor Especializado para aulas do ensino colaborativo. No
caso das escolas com aulas de ensino colaborativo atribuídas para
professores da educação especial, nos termos das resoluções SEDUC
92/2021 (link) e 29/2022 (link), há um suporte adicional para o trabalho
pedagógico de acordo com as necessidades de aprendizagem dos
estudantes com deficiência. No horário de observação dos docentes
que atuam nas salas de recursos ou serviços de itinerância, quando os
mesmos estiverem na escola, o Professor Especializado poderá apoiar
o professor regente no planejamento de atividades adequadas às
necessidades de aprendizagem dos estudantes elegíveis aos serviços
da Educação Especial.
● Material acessível para estudantes com baixa visão. A curadoria de
atividades que está sendo realizada, disponibilizará futuramente à rede
uma versão do material ampliada, para favorecer o trabalho
pedagógico com os estudantes com baixa visão, além de poder utilizar
os tablets que foram distribuídos a esse público.

18
26. Como as redes municipais interessadas podem participar do Aprender
Juntos?

As redes municipais interessadas no projeto devem realizar a


assinatura do termo de participação no projeto, por meio do sistema
Demandas do Programa SP Sem Papel (conforme tutorial deste link).
Para que o projeto seja implementado com qualidade, é essencial que
as equipes das secretarias municipais recebam formação das Diretorias de
Ensino.

27. Caso tenha dúvidas adicionais, como enviar?

Você poderá enviar sua dúvida para o canal aberto disponível neste link.

19
Anexo - Referências

- Orientações para sondagem - Língua Portuguesa e Matemática - link


- Resolução SEDUC nº 96/2021 - link
- Resolução 13/2022 (Projeto de Reforço e Recuperação) - link
- Resolução 26/2022 (Projeto Aprender Juntos) - link
- Portaria Conjunta COPED/CGRH nº 1/2022 (Projeto de Reforço e
Recuperação) - link
- Live COPED 22/3 sobre recuperação e aprofundamento - link
- Live CGRH 14/3 sobre atribuição para o Projeto de Reforço e
Recuperação, gravação - link e apresentação - link
- Orientações sobre registro de frequência durante reagrupamentos por
habilidades - link
- Cronograma Integrado de Recuperação e Aprofundamento 1º bimestre
- link e 2º bimestre - link
- Tutorial de adesão dos municípios ao projeto pelo Demandas do SP
Sem Papel - link
- Acesso das secretarias municipais ao CMSP - link
- Slides da 1ª formação de recuperação e aprofundamento - link
- Slides da 2ª formação de recuperação e aprofundamento - link

20

Você também pode gostar