Você está na página 1de 3

1.

As características gerais de línguas bantu são:

 Prefixos monossilábicos: munhu ‘pessoa’ munhu (classe 1);


 Dissilábicos: vumunhu ‘ser pessoa’ vumu-nhu (classe 2);
 Formação do locativo por sufixação: cimasa ‘almofada’ + ini (suf. Loc) = cimaseni ‘na
almofada’;
 Formação do diminutivo por sufixação: mwana ‘filho’ +a (na) = cimwanana ‘criancinha’;
 Sistema de género gramatical apresenta um mínimo de 5, onde a marca de género é um
prefixo, pelo qual as palavras podem ser distribuídas por classes, cujo número geralmente
varia de 10 a 20;

2. Vogais longas são sons longos, resultando em uma pronúncia prolongada das palavras. Nas
línguas bantu as vogais longas são escritas duplicando a letras correspondente.

Exemplo: Emakuwa: omala “acabar” vs. Omaala “calar-se”

Ciyaawo: kusoma “picar” vs. Kusooma “estudar/ler”.

3. Sistema fonético-fonologico

Nas línguas bantu, ocorrem as (5) vogais fonémicas (a, e, i, o, u), cuja distribuição ocorre dentro
das específicas características morfológicas e nos domínios dos traços prosódicos. Além destas
vogais, são frequentes vogais longas, que são condicionadas fonologicamente. Além das vogais,
fazem parte dos sons da fala humana as consoantes. Existe um grupo de 19, dos mais comuns,
que são: (b, c, d, f, j, k, l, m, n, ny, p, r, s, t, v, w, y, z) e um grupo de 8 que só ocorrem em
algumas línguas e cuja representação escrita nas línguas em que ocorrem é variável. São eles:
[ng’/n’ nasal velar; sv/sw, fricativa alveolar labializada não vozeada; zv/zw, fricativa alveolar
labializada vozeada retroflexa; vh/vb, fricativa bilabial vozeada; bz/by, africada lábio-alveolar
vozeada; x/sh, fricativa alveopalatal não vozeada; xj/zh, fricativa alveopalatal vozeada; lh/ly,
aproximante lateral palatal.

3.1. Sistema morfológico

Morfologicamente os nomes são, gramatical e sistematicamente, organizados, tendo em conta os


padrões regulares de concordância nas suas formas; geralmente designados por classes nominais.
Os nomes são classificados em função dos seus significados e dos seus prefixos de concordância.
3.2. Sistema sintáctico

Nas línguas bantu, o sintagma nominal compreende (nome + modificador). Os sintagmas


nominais podem ser:

 por concordância (adjectivação/genitivização/relativização);


 por justaposição (oposição/complementação).
 Quanto à estrutura do sintagma nominal, pode-se concluir que, de forma geral, os
modificadores ocorrem depois do núcleo.

4. As línguas bantu são aglutinantes porque as marcas de sujeito, negação, tempo, objecto,
aspecto, modo, etc., associam-se ao tema verbal. Ou por outra, quando conjugado o verbo, pode
conter marcas que indicam o tempo, aspecto, negação, o sujeito, o objcto, etc.

5. Em bantu, os nomes são organizados de uma forma sistemática em prefixos que indicam tanto
o género como o número. Por um lado, os prefixos nominais desempenham uma função primária
em contextos semânticos não derivados e, por outro lado, desempenham uma função secundária
quando se afixam a outros prefixos primários, alterando-lhes o seu sentido semântico.

6. Situação linguística de Moçambique

Moçambique é um país com diversidade linguística e cultural, onde além de línguas de sinais
coexistem línguas bantu, línguas de origem asiática (Mandarim, Urdo, Gujurate e Mamane) e
línguas de ex-colónias britânicas e francesas. Razão pela qual Moçambique é um país
multilingue e multicultural.

7. Na perspectiva de Greenberg (1995) a minha língua materna (Citwa falada no distrito de


Homoine) pertence a família Congo-Kordofaniana, sub-familia Níger-Congo, grupos de línguas
bantu e dialcto Xidzivi.

8. Cicopi (S.61), Ciyaawo (P.21) , Xichangana (S.53), Xironga (S.54).

9. As motivações que as impulsionaram a introdução das línguas bantu no ensino primário em


Moçambique são:

 Razões culturais e identitárias: nesta razão pressupõem-se que a língua é um meio de


afirmação e preservação de identidades culturais.
 Razões linguístico-pedagógico: o uso de línguas bantu facilita a compreensão dos
conteúdos no PEA.
 A Língua como direito: O uso de línguas bantu constitui o respeito pelos direitos
linguísticos.

10. O tipo de modelo de educação bilingue que foi adoptado em mocambique é modelo de
transição com algumas características de manutenção.

11. Ensino bilingue-é aquele em que o aluno é exposto a uma oportunidade de processo
simultâneo ou alterado de ensino e aprendizagem em duas línguas no sistema educacional, sejam
línguas minoritárias, sejam maioritárias, em função da situação sociolinguística da sua
comunidade de fala.

12. Os tipos de bilinguismo que aprendi são: bilinguismo aditivo, em que os alunos iniciam o
ensino com a sua L1 e, ao decorrer do tempo, adquirem a L2; e subtractivo, em que os alunos
perdem a sua L1 e o processo de ensino-aprendizagem é conduzido pela L2.

13. Diglossia é uma comunidade bilingue em que uma porção larga da população e/ou de
falantes controla e/ou comanda duas línguas, sendo funcionalmente distinguidas em termos de
(H) e (L).

Você também pode gostar