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INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO – CAMPUS MONTE CASTELO

CURSO: TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO TURMA: 413


PROFESSOR: PEDRO DOS REMÉDIOS RIBEIRO
ALUNO(A): ANITA RITA DA SILVA CAMPOS

FÍSICA II

❖ PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA


A Primeira Lei da Termodinâmica aplica o princípio de conservação de energia a
sistemas em que a transferência de energia para dentro e para fora do sistema se dá pela
transferência de calor e pela realização de trabalho. E diz que “em um sistema, a variação de
sua energia interna é a diferença entre o calor trocado com o meio e o trabalho realizado pela
força que o sistema exerce em sua vizinhança”.
A Primeira Lei da Termodinâmica foi estabelecida especialmente para os sistemas
gasosos. No entanto, ela pode ser aplicada em quaisquer sistemas que envolvam calor, trabalho
e variação da energia interna. Essa lei afirma que a energia não pode ser criada ou destruída.
Ela pode somente ser modificada ou transferida de um objeto a outro.

FÓRMULA DA PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

ΔU – variação de energia interna (cal ou J)


Q – calor (cal ou J)
τ – trabalho (cal ou J)
Regras de sinais da fórmula:
→ ΔU – será positivo, se a temperatura do sistema aumentar;
→ ΔU – será negativo, se a temperatura do sistema diminuir;
→ Q – será positivo, se o sistema absorver calor do meio externo;
→ Q – será negativo, se o sistema ceder calor ao meio externo;
→ τ – será positivo, se o sistema se expandir, realizando trabalho sobre o meio externo;
→ τ – será negativo, se o sistema se contrair, recebendo trabalho do meio externo.

Variação da energia interna


O termo ΔU refere-se à mudança de energia atribuída à energia cinética das partículas
constituintes do sistema, no caso de um gás ideal, observe:
n – número de mols (mol)
R – constante universal dos gases ideais (0,082 atm.l/mol.K ou 8,31 J/mol.K)
T – temperatura absoluta (kelvin)
Se não houver uma mudança de temperatura no sistema, a energia interna também
permanecerá inalterada.

Calor
O termo Q refere-se à quantidade de calor transferida para o sistema, observe:

Q -calor (cal ou J)
m – massa (g ou kg)
c – calor específico (cal/gºC ou J/kg.K)
ΔT – variação de temperatura (celsius ou kelvin)
Trabalho
O termo τ tem uma fórmula analítica apenas para as transformações que ocorrem sob
pressão constante, também conhecidas como transformações isobáricas, observe:

P – pressão (Pa ou atm)


ΔV – variação de volume (m³ ou l)
Quando a pressão exercida sobre o sistema não for constante, o trabalho poderá ser
calculado pela área do gráfico de pressão em função do volume (P x V).

APLICAÇÃO DA 1° LEI TERMODINÂMICA


Em um processo termodinâmico um gás cede 70J para o ambiente ao mesmo tempo
que sofre um trabalho de 40J. Qual foi sua variação de energia interna?
ΔU = (-70) - (-40)
ΔU = - 70 + 40
ΔU = - 30J → O gás resfriou.
Quatro tipos de processos termodinâmicos específicos que são muito frequentes em
situações práticas:
→ Processo adiabático: nesse processo não ocorre nenhuma transferência de calor no
sistema, ou seja, Q = 0. Se analisarmos a fórmula da Primeira Lei da Termodinâmica, é possível
observar que, em qualquer processo adiabático ΔU = - τ. Caso o sistema se expanda
adiabaticamente, o trabalho realizado é positivo e a energia interna diminui. Caso o sistema se
comprima adiabaticamente, o trabalho realizado é negativo e a energia interna aumenta. Um
exemplo de processo adiabático é quando a rolha de uma garrafa de champagne estoura. A
expansão dos gases acontece tão rápido que não há tempo para trocas de calor com o ambiente.
→ Processo isocórico (ou processo isovolumétrico): nesse processo o volume do sistema
termodinâmico permanece constante. Caso o volume de um sistema termodinâmico seja
constante, ele não realizará trabalho. Ou seja, τ = 0. Analisando a fórmula da Primeira Lei da
Termodinâmica, é possível observar que no processo isovolumétrico ΔU = τ. Em um processo
isocórico todo o calor permanece no interior do sistema, o que contribui para o aumento da
energia interna. Um exemplo de processo isocórico é a explosão de latas de aerossol devido ao
aquecimento. O volume dentro do recipiente permaneceu constante, porém, sua energia interna
aumentou devido às trocas de calor.
→ Processo isobárico: no processo citado, a pressão sobre o sistema termodinâmico é
constante. Dessa forma, nenhuma das grandezas envolvidas na transformação (energia interna,
calor e trabalho) será nula. Um exemplo de processo isobárico é a fervura da água dentro de
uma panela à pressão constante.
→ Processo isotérmico: nesse processo, como você já deve imaginar, a temperatura será
constante. Para que isso ocorra, a transferência de calor deve ser suficientemente lenta. Um
exemplo de transformação isotérmica é um gás ideal. Tal sistema é um caso especial que a
energia interna dependa apenas da temperatura e não do volume ou da pressão. Nesses casos a
energia interna é constante, isso implica que ΔU = 0. Consequentemente, o calor trocado será
numericamente igual ao trabalho realizado pelo sistema (Q = τ).

SISTEMA TERMICAMENTE
→ Sistema Isolado: é aquele em que há troca de calor somente entre os corpos que o
constituem, ou seja, não existe troca de calor entre os corpos e o ambiente, nem entre os corpos
de sistemas com outros que estejam fora dele. Um sistema perfeitamente isolado é bem difícil
de se encontrar, mas um cooler com tampa é conceitualmente similar a um verdadeiro sistema
isolado. Os itens dentro do sistema podem trocar energia um com o outro, por isso a bebida
fica gelada e o gelo derrete um pouco, mas eles trocam pouquíssima energia (calor) com o meio
externo.
→ Sistema Aberto: é aquele que troca energia e/ou matéria com o meio externo. O
exemplo do fogão dado anteriormente seria um sistema aberto, pois o calor e o vapor d'água
podem ser perdidos para o ar.
→ Sistema fechado: é aquele que troca energia com o meio externo, mas não pode trocar
matéria. Se colocarmos uma tampa bem fechada na panela do exemplo anterior, ela estaria
mais próxima de um sistema fechado.

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