DE VIDA
1ºANO
1º semestre
Caro(a) professor(a),
Bom trabalho!
Expediente:
Expediente:
Instituto Ayrton Senna: Viviane Senna –Presidente Aline Porto – Diretora da Área de EducaçãoSimone André –
Instituto Ayrton
Coordenadora daSenna:
Área Viviane
MônicaSenna
Pellegrini – Gerente
– Presidente deAline Porto –Diretora
Programa Andrezada Área –deAnalista
Adami Educaçãode Simone
Projetos Andréde–
Bruna
Coordenadora da Área
Sousa – Assistente Mônica Pellegrini – Gerente de Programa Andreza Adami – Analisra de Projetos Bruna de
Administrativa
Sousa – Assistente
Coordenação Administrativa
de materiais didáticos: Cynthia Sanches
Coordenação
Consultoria emdeProjeto
materiais didáticos:
de Vida: Cynthia
Cynthia Sanches
Sanches Paulo Emílio de Castro Andrade
Consultoria em
Coordenação deProjeto
AgentesdeTécnicos:
Vida: Cynthia Sanches
Alexandra Paulo
Santos Emílio
Francis de Castro Andrade
Wilker
Coordenação de Agentes
Agentes Técnicos: Técnicos:
Ana Fournier Francis Wilker
Cristiane Lessa Dira Barreto Flávia Saldanha
Atividade Para início de Levantamento das expectativas para os três anos do Ensino 2
1 Médio integral. Apresentação do plano de curso. tempos p.4
conversa...
Atividade Uma formação Reflexão sobre o valor dos estudos e o que é ser um estudante 2 p.8
2 protagonista protagonista. tempos
Atividade Identidade: quem Reflexão sobre identidade e a relação com o outro, a escola, a 3
4 comunidade, a cidade, o país e o mundo. tempos p.15
sou eu?
Atividade Álbum de Início da elaboração desse intrumento de registro que será 3 p.18
5 Cartografia pessoal utilizado durante todo o Ensino Médio. tempos
Atividade Não posso mais Investigar como está a autoestima e a autoconfiança dos 2
9 estudantes. tempos p. 32
viver sem mim!
Atividade Nosso cartão Identificação e reflexão sobre os “cartões postais” dos locais em 3
10 que vivem. tempos p. 35
postal
Atividade Planejar a realização de visitas a equipamentos culturais da 4
11 Rolé Cultural cidade e do estado. tempos p. 39
Atividade Autogestão IV Quarta atividade dedicada ao desenvolvimento da competência 2
12 de autogestão. tempos p. 41
Atividade A sua imagem na Refletir sobre os selfies, autorretratos que carregam inúmeros 2
14 discursos sobre as identidades. tempos p. 49
rede: selfie!
Atividade Identidade na rede! Debate regrado, sobre os impactos das redes sociais nas 3
15 identidades e de seus usos na escola. tempos p. 52
A organização da sala em roda não é apenas uma mera formalidade. Mesmo que você
“perca” alguns minutos com essa organização, o investimento é valioso, pois
possibilita uma qualidade de interação mais qualificada, estimulando a capacidade de
atenção, de participação e de envolvimento dos estudantes. Observe que o modelo de
organização da sala de aula tradicional, com as carteiras em fileiras, acentua
comportamentos mais “territorialistas” e individualistas (cada um ocupando apenas o
seu espaço), enquanto que o modelo da roda de conversa potencializa modos de ser e
estar na sala de aula mais participativos e protagonistas. Além disso, cria-se um
ambiente mais propício para o estabelecimento de vínculos positivos da turma com o
professor e para o desenvolvimento gradual de habilidades comunicativas importantes,
como falar e ouvir. Em muitos momentos das atividades do componente Projeto de
Vida a turma será organizada em roda de conversa.
Peça para cada estudante elaborar um texto, por escrito, a partir da seguinte pergunta
provocadora: “Como espero que os três anos do Ensino Médio integral contribuam
para a minha formação como pessoa e como profissional?”. Peça que coloquem nome
nesses escritos e os guardem, pois ao final do ano eles serão retomados para
servirem de base para a autoavaliação dos estudantes.
Caso você receba novos estudantes durante as próximas aulas, não deixe de pedir que
elaborem seus textos a partir da questão provocadora. É importante que toda a turma
participe e que você guarde bem esses registros. Vale a pena compartilhar essa
avaliação diagnóstica com o coordenador pedagógico e o professor articulador da
escola.
Sugestão de dinâmica
Peça para os estudantes formarem uma roda, em pé. Em seguida, deve-se fazer um
novo círculo dentro daquele já formado. O número de participantes deve ser o mesmo
nos dois círculos.
Coloque uma música alegre e oriente os jovens para que ambos os círculos se
movimentem ao ritmo da música: o círculo de fora no sentido horário e o de dentro no
sentido anti-horário.
Quando a música for interrompida, todos devem parar de rodar, procurando
posicionar-se frente a frente, formando uma dupla. Faça alguns treinos com eles, até
que compreendam como será a formação das duplas. Oriente que a dinâmica seguirá
dessa forma, ou seja, sempre que a música parar, eles formarão duplas diferentes.
Essas duplas devem dizer o próprio nome um ao outro e responder, ambos, a uma
pergunta feita por você para que se conheçam um pouco mais. Seguem algumas
sugestões de perguntas:
Qual é a sua melhor qualidade?
Qual é a qualidade que os outros mais admiram em você?
Qual é o seu maior sonho?
Qual é a sua maior força?
O que você mais gosta na escola?
Qual aula você mais gosta?
Se você pudesse fazer algo para melhorar a escola, o que seria?
O que é ser jovem para você?
Então, quando a música parar, as duplas se formarão e trocarão suas respostas.
Promova pelo menos três ou quatro rodadas da dinâmica.
Durante a realização da dinâmica todas as duplas falarão ao mesmo tempo, o que
torna impossível conhecer as diferentes respostas. Para garantir algum grau de
compartilhamento, peça para que duas duplas digam em voz alta suas respostas a
cada rodada, escolhendo sempre duplas cujos integrantes ainda não falaram.
Após o término da dinâmica, formem novamente uma roda de conversa. Peça que
alguns jovens façam comentários sobre o que acharam da vivência e dos colegas,
contando o que descobriram sobre si mesmos e sobre os outros colegas da turma.
Agradeça a participação e convide-os a estarem presentes na próxima aula, pois a
presença e a colaboração de todos será fundamental para que as aulas sejam
proveitosas. Aproveite para combinar com a turma que tenham a iniciativa de já se
organizarem em roda de conversa antes de sua chegada, no próximo encontro.
Planeje o que você pode fazer para que os estudantes que se destacaram na aula
saibam do seu reconhecimento (evitando situações de comparação ou de
superexposição frente aos colegas):
Planeje o que você pode fazer para que os estudantes que apresentaram mais
dificuldades possam ser convidados a participar, de uma forma acolhedora e
interessada (evitando situações de comparação ou de superexposição frente aos
colegas).
Atuar com presença pedagógica significa exercitar a capacidade de agir com abertura,
ou seja, de se abrir para os jovens. É natural que nem todo jovem mostre-se aberto
para participar e interessado logo de imediato. O que ele precisa descobrir é que está
em ambiente protegido, em que sua opinão tem valor e é respeitada. Por isso, sempre
que algum jovem lhe causar algum tipo de “incômodo”, reflita: O que está motivando
isso e o que posso fazer para que nossa relação de convívio se desenvolva
positivamente?
Inicie a aula reunindo a turma em roda de conversa, lembrando que essa é uma
estratégia de organização que instaura um clima de participação e de diálogo potente.
Caso os estudantes já estejam organizados dessa maneira, reconheça e parabenize a
iniciativa. Escreva no quadro o nome da atividade que será realizada e faça a pergunta
disparadora da discussão: “O que é ser um estudante protagonista?”. Atue com
presença pedagógica durante sua mediação, ouvindo com atenção e acolhendo todas
as opiniões. Provoque-os a dar exemplos concretos. Se houver possibilidade de link,
lance mão das respostas dos estudantes para o texto produzido na atividade anterior
para estimular essa conversa inicial. Cuide para que o tempo dessa discussão de
aquecimento não se estenda, pois ele é apenas o movimento disparador da atividade.
Procure circular por entre os quartetos para observar como estão trabalhando. Observe
que na análise do gráfico é possível extrair dados comparativos entre a evasão no
Ensino Médio no estado do Rio de Janeiro e em outros estados do Brasil, note como os
estudantes estão fazendo essa leitura comparativa. Eles também discutirão sobre os
motivos que levam um jovem a evadir, bem como o número de conhecidos que
optaram pela desistência, os motivos que os fazem continuar a estudar e o que poderia
ser feito para que a escola se tornasse mais atraente.
Observe, também, como cada líder está assumindo essa tarefa de gestão do trabalho e
de pessoas junto aos colegas de quarteto.
A pesquisa “O que pensam os jovens de baixa renda sobre a escola”, de 2013, apontou
a dificuldade que os entrevistados tinham de falar sobre a escola, atribuindo a ela
principalmente o papel de ambiente de interação com os amigos.
Essa pesquisa também levanta uma interessante observação: “(...) a resposta a essa
questão (por que continuar a estudar?) não se resume em argumentar, abstratamente,
>>>
Retome a discussão sobre ser protagonista realizada no início da aula, fazendo o link
entre ser um estudante protagonista e ter a oportunidade de ter uma formação como
protagonista.
O argumento central é que a escola em que estão tem o objetivo de conjugar o esforço
individual de cada jovem para ser um estudante protagonista com uma proposta
educativa que contempla a formação protagonista. Ou seja, o projeto curricular da
escola, esforço coletivo, apresenta um conjunto de componentes diferenciados para
que eles se tornem estudantes melhores e futuros profissionais mais bem preparados,
e os aprendizados tenham sentido para a vida.
Pergunte sobre as aulas “diferentes” daquelas que já estavam habituados, tiveram até
o momento. Conte que os componentes Projeto de Vida, Letramento em Língua
Portuguesa, Letramento em Matemática e Laboratório de Iniciação Científica e
Pesquisa trabalharão de maneira integrada, para que eles possam se conhecer melhor
como pessoas, fazer escolhas para suas vidas, definir um projeto profissional
colocando a mão na massa, aprimorar seus conhecimentos em áreas como Língua
Portuguesa, Matemática e Ciências, desenvolvendo o pensamento crítico e tendo
espaço de fala. Conte que, ao longo do ano, eles descobrirão vários pontos de
integração, como “uma coisa tem a ver com a outra”.
Finalize a atividade lançando um desafio. A cada aula, durante a semana, eles
deverão pedir para os professores contarem: Por que você escolheu ser professor
dessa área? O que vamos aprender neste ano em suas aulas?
Defina junto com eles quem serão os estudantes que farão a abordagem com cada
professor antes da aula (para que ele possa se preparar) e quem serão os estudantes
que tomarão nota das respostas dos professores, de modo que para o próximo
encontro com você eles já tenham realizado um mapeamento com boa parte dos
docentes e apresentem o que descobriram. Lembre-os de exercitarem a escuta ativa
durante a conversa com o professor. Deixe-os à vontade para completar o
questionário de perguntas com outras que achem relevantes de serem investigadas e
coloque-se à disposição para apoiá-los no que for preciso. Sublinhe que essa é a
primeira ação protagonista que farão na escola.
Fazer a gestão de sala em uma turma com grande número de estudantes é sempre um
desafio. Como cuidar do clima da sala de aula e envolver a todos? Existem aqueles
jovens que você já sabe o nome, pois são mais participativos e falantes. Outros, você
se lembra da fisionomia, pois são tímidos demais e preferem manter uma atitude
silenciosa em sala de aula. E ainda há aqueles que assumem atitudes consideradas
provocativas, apáticas ou rebeldes. Ao assumirem determinados tipos, os estudantes
revelam comportamentos que foram sendo construídos ao longo do tempo a partir das
expectativas, experiências, palavras e olhares lançados sobre eles. A transformação e
o amadurecimento de comportamentos e atitudes é possivel quando outra qualidade
de olhares, palavras e expectativas são construídas na prática e por meio de exemplos
concretos. Para isso, exercite um aspecto fundamental de sua presença pedagógica: a
capacidade de agir com reciprocidade. Segundo o prof. Antonio Carlos Gomes da
Costa, a reciprocidade é um “comércio singelo de pequenos nadas”, ou seja: um olhar,
um sorriso, um toque acolhedor, um abraço, um elogio... “A reciprocidade é esse troca-
troca de pequenos nadas, que são tudo para criar um ambiente de qualidade e de
desenvolvimento das pessoas. E quantas vezes sonegamos isso? Quantas vezes
esses pequenos nadas que são tudo, nós os sonegamos das pessoas que estão ao
nosso redor? Muitas vezes os pais dão tudo, mas não dão os pequenos nadas. O
professor dá o melhor ensino, mas também sonega os pequenos nadas.” (in: Presença
Educativa. São Paulo: Ed. Salesiana, 2001).
A última parte da aula tem grande relevância para o trabalho de autogestão: é o teste
“Meu mapa para 2014!”, em que os jovens serão chamados a propor planos para
serem realizados ao longo do ano. Eles devem atuar em duplas, apoiando-se
mutuamente, trocando ideias, compartilhando sonhos. Acompanhe as duplas,
circulando entre elas, esclarecendo dúvidas e estimulando-as a realizar a tarefa com
qualidade.
Finalize a aula, fazendo um combinado com toda a turma: a hora de começar a
colocar os planos que acabaram de fazer em prática é agora! Reforce que eles já
podem se organizar de maneira autônoma nos grupos de estudo, a partir do que
descobriram sobre o que podem ensinar e o que podem aprender.
Que estímulos você pensa que pode dar, no cotidiano, para que os estudantes
adotem estratégias que favoreçam os estudos?
Como você pretende dialogar com os jovens para retomar, no dia a dia, os planos
que fizeram para o ano e o início da sua implementação?
A autogestão é uma competência fundamental para quem vive no século 21. Ser capaz
de identificar necessidades e desejos, definir prioridades, planejar e concretizar planos,
com autonomia, é essencial para o mundo do trabalho. A sua atuação pode fazer
diferença para que os estudantes desenvolvam essa competência progressivamente.
Acompanhe e oriente a turma para que transformem em ação as atitudes propostas
na aula.
Folhas de papel.
Recursos e Providências
Caderno do Protagonista (um por estudante)
Apresente aos estudantes a proposta da atividade, numa fala breve que trate dos
objetivos e do agrupamento da turma. Proponha que eles se dividam em quartetos, e,
em seguida, deem início à proposta apresentada na atividade 4 do Caderno do
Protagonista, lendo o texto de abertura e dando início ao trabalho indicado.
Como foi dito no quadro de abertura desta atividade, o objetivo essencial do Ensino
Médio é a formação cidadã, profissional e para a continuidade dos estudos. Pensar em
uma proposta de educação integral significa investir na formação integral dos
estudantes, não apenas na ampliação do tempo escolar. Essa formação integral (ou
protagonista) inclui garantir espaços para o desenvolvimento pessoal (objeto central do
componente Projeto de Vida) e para o desenvolvimento de competências e habilidades
importantes para viver e trabalhar no século 21 (como a colaboração, o pensamento
crítico, a comunicação, a liderança, a autonomia, entre outras). Compreenda se sua
turma está atenta para esses aprendizados e valorizando-os. A partir das atividades do
2º bimestre ficará cada vez mais evidente para eles como essas competências são tão
importantes quanto uma formação profissional específica.
O clima de convívio está sendo construído, aula a aula, por meio do respeito, do
fortalecimento de laços de amizade e do acolhimento às opiniões e ideias dos
estudantes?
Peça que formem as duplas de trabalho do dia, leiam o restante do texto da atividade
no Caderno do Protagonista. Auxilie-os durante a customização dos Álbuns, por
exemplo, trazendo perguntas que os façam refletir sobre suas ideias e ajudando-os na
escolha dos materiais. É essencial que tenham uma quantidade boa de papéis, pois
serão úteis para a maior parte dos esforços de registro ao longo dos anos.
Algum estudante aparenta estar desistimulado em suas aulas? Quem são eles?
Converse com ele para saber dos motivos que o fazem sentir dessa forma.
Você tem conseguido trocar suas observações sobre os jovens com outros
professores da escola e com o coordenador pedagógico e professor articulador?
Procure descobrir se os estudantes que demonstram falta de interesse em suas
aulas possuem o mesmo comportamento nas aulas dos demais componentes e
convide seus colegas professores a pensar em estratégias conjuntas para envolvê-
los nas aulas, com muita presença pedagógica!
Elaborar experiências e saber fazer registros delas é uma habilidade essencial para o
desenvolvimento da autoconsciência e para a formação da criticidade e pode ser
aprendida. Mas, para além de saber registrar, é essencial que os estudantes sejam
estimulados a incorporar essa prática em seu cotidiano. Incentive-os, sempre que
possível, a anotar no Álbum de Cartografia Pessoal os principais pontos das rodas de
conversa, bem como os conhecimentos aprendidos nas atividades de Projeto de Vida,
daqui em diante. De tempos em tempos, converse com eles, parabenizando os
esforços que fizerem nessa direção.
E você, professor(a)? Costuma utilizar instrumentos de registro para refletir sobre suas
experiências pessoais e sobre o seu trabalho?
Ao final, reúna a turma para uma roda de conversa, a fim de identificar as respostas e
fazer um cruzamento delas, evidenciando a eles quem pode ajudar e ser ajudado por
quem. Para isso, utilize o quadro e peça aos jovens que preencham o quadro “Estudar
juntos para crescerem como estudantes” do Caderno do Protagonista. Incentive os
jovens a colocarem em prática suas descobertas: tanto as estratégias de estudo,
quanto o estudo colaborativo com os colegas.
É muito importante que esse diagnóstico não fique restrito apenas a você e sua turma.
Esse mapeamento é o tipo de informação que precisa circular pela escola. Acione a
coordenação pedagógica e converse com ela sobre suas observações sobre os jovens
durante as aulas de Projeto de Vida. Compartilhe o seu olhar sobre a relação que os
jovens estão construindo com a escola de tempo integral, o que dizem sobre si
mesmos como estudantes e suas dificuldades, o que trazem de conquistas... Pense,
junto com o coordenador pedagógico, em como a escola pode usar o mapeamento
realizado para oferecer momentos de estudos colaborativos qualificados.
Procure montar uma seleta de imagens variadas, dando preferências para imagens
bem produzidas, com boa qualidade. Para isso, basta digitar a palavra “máscara” no
campo de busca do Google e acessar o item “Imagens” no menu. Veja algumas
sugestões de figuras e a descrição de seus usos:
Foto: CentralX
Máscara neutra Máscara de Carnaval Máscara de
(teatro) “Lucha Libre” Máscara ritual
(índios Ticuna)
É importante que você também faça uma pesquisa rápida para ganhar repertório sobre
a simbologia das máscaras. Veja que sob diversas funções (ritualísticas/ligação com o
sobrenatural, artísticas, proteção, disfarce, adereço etc.), a máscaras é um elemento
presente na cultura de diversos povos antigos e continua presente na
contemporaneidade (os super-heróis são exemplos dessa interpretação moderna para
os poderes sobrenaturais, por exemplo).
Obviamente, esse trecho do espetáculo é apenas uma seleção de uma obra muito
maior e os aspectos cênicos presentes, como iluminação, som, adereços e figurinos
são impossíveis de serem captados em sua inteireza na gravação. Por isso, nada
substitui a experiência de assistir um espetáculo in loco. A dança contemporânea
surgiu em meados dos anos 60 do século XX, como um movimento de rompimento
>>>
Pergunte se alguém já fez uma máscara do próprio rosto ou se sabem como fazê-la,
esclarecendo que o desafio é cada um fazer a sua máscara, para depois fazer uma
ação de intervenção na escola. Diga que a maneira com que farão essa intervenção
será bem protagonista e precisa ser planejada por eles.
A técnica que será utilizada é a da bandagem em gesso. Para isso, você precisará
providenciar rolos de ataduras gessadas (encontradas em grandes farmácias, lojas de
materiais de saúde ou na internet), vaselina sólida, filme plástico, tesouras e vasilhas
com água. Veja o procedimento passo a passo de como fazer assistindo o tutorial
bit.ly/tutorialmascaragesso. Para ter mais segurança no momento da oficina e se
familiarizar com os procedimentos, faça testes antes da aula, construindo a máscara de
outra pessoa ou usando sua própria mão. Você verá que a técnica é muito simples, não
tem segredo algum!
O momento da feitura das máscaras é de concentração, por isso é importante que você
estabeleça combinados prévios com os quartetos. Alguns jovens podem sentir
desconforto ao terem seus rostos cobertos, para isso, coloque uma música calma no
ambiente, prepare os ânimos dos estudantes, pedindo tranquilidade, que falem num
tom de voz baixo etc. O desafio de cada quarteto é cuidar para que o colega que
estiver sendo “mascarado” no momento não entre em pânico. Prepare, junto com a
turma, os combinados para que o clima da oficina seja de responsabilidade pelo bem-
estar do outro, de confiança e de empenho no trabalho.
Encerre a oficina com uma avaliação rápida para conhecer o que eles acharam da
experiência e peça para que, antes de executarem a ação de intervenção na escola,
eles tragam suas máscaras para o próximo encontro com você. Lembre-os de se
organizarem em roda antes de sua chegada!
Algum estudante está “ficando para trás”? Ou seja, não está integrado com a turma,
não participa das rodas de conversa e dos momentos de trabalho em quartetos?
Caso haja jovens nessa condição, procure identificar os motivos que estão levando
a isso. Que tal uma conversa individual com cada um praticar o “comércio de
pequenos nadas” (veja sobre isso na página 11), ouvi-lo e estimulá-lo a mudar
de atitude?
A proposta é que eles coloram, com uso de canetas e lápis de cor, os intervalos entre
as horas e coloquem, nos pontos destacados, as atividades correspondentes. Cada
atividade deve corresponder a uma cor diferente. Caso a dedicação seja de mais de
uma hora para determinada atividade do dia, basta escrever uma única vez no ponto
em que se inicia a atividade.
Eles podem confecionar mais de um gráfico, pois podem fazer um para os dias da
semana e outro para os finais de semana, por exemplo.
Com a turma reunida em roda, faça um breve aquecimento antes de entrar no tema da
atividade. Peça-lhes que tenham em mãos as máscaras produzidas na última
atividade de Projeto de Vida e as observem. Com base nessa observação, eles devem
registrar em seus Álbuns de Cartografia Pessoal uma característica física e outra de
personalidade que mais gostam quando olham para si mesmos.
A seguir, pergunte-lhes se foi fácil escolher essas características e porquê. Peça para
quem quiser falar que diga quais foram suas escolhas.
A autoestima, definida como a capacidade da pessoa de apreciar a si mesma, está
vinculada à autoconfiança e ao autoconceito que a pessoa possui. Se esses aspectos
psicológicos não estiverem sendo constituídos de maneira positiva, as capacidades de
autorrespeito, de enfrentamento dos desafios e de realização pessoal ficam
fragilizadas. O período da adolescência e juventude é particularmente importante para
o reconhecimento destes aspectos e de como lidamos com nossas dificuldades de
aceitação e praticamos atitudes de autocuidado. Em sua turma, existirão jovens que
possuem uma boa autoimagem, enquanto outros terão mais dificuldade de verbalizar
suas qualidades. Esse é um amadurecimento pessoal, permanente, que consiste em
>>>
O referido texto de abertura trata das bandas de rock nacional que estouraram na
década de 1980. Pode ser que os estudantes se interessem em saber mais sobre elas
e sobre BRock, como esse momento da música brasileira ficou conhecido. Oriente-os a
fazerem essa busca em outro momento. Providencie para que eles possam ouvir a
música “Eu me amo”, da banda Ultraje a Rigor, e em seguida refletir individualmente
sobre a questão “Essa música tem alguma coisa a ver com você? Se sim, o que ela diz
sobre a maneira como você se vê?”.
É preciso lembrar que essa etapa da atividade propõe um processo livre de criação do
refrão de uma possível música. Não se trata de um trabalho estruturado do fazer
artístico, que considera os aspectos formais da criação de uma obra musical. É um
exercício de improvisação, em que os alunos dão uma forma musical ao repertório que
têm sobre o tema trabalhado.
Organize, junto com os estudantes, a roda para que possam, brevemente, contar
sobre a atividade e para que as duplas improvisem seus refrões. Crie um ambiente
leve, de trocas, mas explicite a importância da temática da atividade, retomando os
objetivos a que ela se propôs.
Antes de finalizar a aula, acompanhe, junto à turma, o planejamento da ação de
intervenção que farão com as máscaras proposta na atividade “Você é mascarado?”.
Algumas questões que podem orientar essa conversa com os jovens: (a) o time de
líderes dessa ação já foi formado e está atuando? (b) a turma já chegou em uma ideia
do que querem fazer? (c) os líderes já combinaram uma reunião com o professor
coordenador e/ou professor articulador para fazerem os encaminhamentos
necessários para que a intervenção aconteça?
Encerre a aula, estimulando que escrevam livremente seus pensamentos sobre o que
estão vivenciando e discutindo nos Àlbuns de Cartografia Pessoal, o companheiro de
jornada e de diálogo íntimo que possuem.
A relação de respeito e confiança que você estabelece com os estudantes abre espaço
para que eles se sintam seguros para o trabalho de questões importantes. A escola,
em geral, não permite espaços curriculares instituídos para que esse tipo de discussão
aconteça, estando pouco atenta à compreensão e aos sentimentos que os jovens têm
de si mesmos. Trazer esse tema para a pauta de trabalho e desafiar os estudantes a
encará-lo é um passo essencial nessa trajetória de construção dos projetos de vida.
Com a turma reunida em roda de conversa, pergunte quais são os principais símbolos
e imagens que vêm à cabeça sobre o Brasil. A seguir, questione sobre as imagens e
símbolos que têm sobre o Rio de Janeiro, até chegar aos locais em que vivem
(comunidades e bairros). Esse “zoom” permitirá compor um campo simbólico a partir
do imaginário e das experiências vividas e promoverá o aquecimento para a
discussão.
A seguir, introduza o tema “cartão postal”, com a apresentação desse tipo de imagem,
tanto da capital quanto de outras cidades fluminenses.
Mesmo que várias pessoas optem por fotografar um mesmo local, não tem
problema. Cada imagem é única, pois ela revela o olhar (o ponto de vista, a
intenção) de quem a produziu.
Peça que façam uma pesquisa na internet sobre fotógrafos para conhecer diferentes
modos de ver e se inspirarem. Além dos três fotógrafos do webdocumentário, eles
podem pesquisar nomes reconhecidos como Sebastião Salgado, Carlos Moreira,
Miguel Rio Branco, Nair Benedicto, Cássio Vasconcellos, Walter Firmo etc. Sites como
http://fotografosbrasileiros.blogspot.com.br possuem um ótimo apanhado de
fotógrafos e links para seus trabalhos. Ofereça repertório e incentive a pesquisa
autônoma, para que possam compor suas imagens de maneira pessoal e criativa.
Como resultado final do trabalho, reúna os quartetos na sala de informática para que
conheçam as imagens produzidas e montem um aquivo PowerPoint inserindo uma
imagem em cada slide. Durante essa tarefa, circule pela turma a fim de obervar as
imagens produzidas pelos quartetos e as escolhas que fizeram para a apresentação.
Conforme forem finalizando a montagem da
apresentação, peça a cada jovem que escreva
uma pequena legenda para a imagem (na legenda
Fotografia
deve vir o título que dão para a foto e um Nome jovem
comentário pessoal, uma reflexão sobre a imagem Título imagem
Comentário
ou o que esperam que outras pessoas vejam na sobre a imagem
imagem). O modelo de cada slide pode ser como
o que está ao lado.
Promova a exibição dos materiais, para que toda a turma possa apreciar e opinar.
Enfatize os aspectos interessantes das imagens e dos comentários. Provoque-os a
pensar em um título que darão para esse álbum de cartões postais da turma.
Peça para formarem uma comissão de líderes (3 a 4 jovens), ficando atento para que
não sejam os mesmos jovens que assumiram a liderança na ação de intervenção com
as máscaras, dando oportunidade para que outros estudantes possam experimentar
esse papel. O desafio da comissão é montar um vídeo com todas as imagens e
legendas produzidas.
Caso sua escola não esteja localizada na capital, é importante que você inclua no
campo de possibilidades a visitação dos espaços cariocas. Mesmo que essa visita não
consiga ser programada ainda para este ano, ela pode ser melhor planejada para o ano
seguinte. Vocês podem começar pela exploração de um local de interesse no próprio
município.
Outro ponto de atenção é para o agendamento das visitas. Seria muito desejável que
cada turma tivesse a oportunidade de realizar ao menos uma visita por semestre.
Converse com a equipe de gestão a respeito da importância dessas ações e procurem
montar um calendário.
Em escolas com muitas turmas, se você julgar adequado e facilitador, articule a lista de
interesses de cada turma e proponha a votação para a construção de uma lista comum
a todas.
Outras votações poderão ser realizadas ao longo dos anos, pois novos interesses
podem surgir. Mantenha uma cópia das listas de interesses de suas turmas.
Deixe claro que toda a turma participará da preparação para cada “rolé”.
4. Passe à segunda parada da avaliação. Peça que os estudantes voltem nos registros
que fizeram em relação aos planos para 2014. É hora de analisar se algum dos planos
já estão sendo concretizados.
Não é esperado que os jovens tenham realizado todos os planos, afinal, eles são para
todo o ano. Mas espera-se que parte deles tenham começado a se concretizar. Por
isso, valorize todos os esforços que os jovens tenham feito em relação a seus planos e
motive-os a seguir em frente.
Após a realização de cada atividade, você foi convidado(a) a elaborar sua avaliação do
processo. Por sua vez, os estudantes praticaram a autoavaliação frequentemente nas
atividades, refletindo sobre questões que compõem suas identidades e o desempenho
escolar. A atividade presente tem o objetivo de estruturar um momento de avaliação
sobre tudo o que aconteceu nas atividades do primeiro bimestre e permitir uma roda
coletiva de avaliação para compartilhar opiniões, fortalecer os vínculos de convívio e
promover o espelhamento e comemoração das aprendizagens. É importante que você
organize previamente os principais pontos de sua avaliação da turma a partir da (1)
participação e colaboração e (2) convivência e comunicação entre eles e com você.
7. Peça para que, cada jovem, registre suas respostas para as questõs a seguir em seu
Álbum de Cartografia Pessoal. Observe se você gostaria de incluir ou de retirar
alguma questão, de acordo com o seu conhecimento da turma. Estabeleça um tempo.
Quais atividades mais gostei e menos gostei de realizar neste bimestre em PV?
O que descobri sobre minha turma?
O que descobri sobre o professor(a) de PV?
O que descobri sobre mim?
Quais dessas competências avalio que mais desenvolvi: autonomia,
colaboração, comunicação, criatividade, pensamento crítico ou liderança?
Para realizar essa parte da atividade, é imprescindível que você selecione previamente
alguns retratos. Como exercício criativo, sugerimos as imagens abaixo como exemplos
de uso. Você pode ampliar esse leque de opções ou selecionar outras.
1 2
4
Imagem disponível em:
bit.ly/matisse01
Imagem
Imagem disponível em: disponível em:
bit.ly/foucault01 bit.ly/vivaldi01
A seguir, reúna a turma em roda para que o líder de cada quarteto possa apresentar
para a turma a imagem analisada e as hipóteses levantadas sobre a vida do
personagem retratado. Esteja atento às ideias preconceituosas e classificatórias que
possam ter surgido com base apenas na aparência dos retratados e anote aquelas
que chamarem sua atenção, para ampliar a discussão na roda. Após todas as
apresentações, dirija o foco da conversa para as representações surgidas a partir das
classificações e codificações que os grupos trouxeram.
Nesse momento, é importante que você formule perguntas que não levem os
estudantes a respondê-las motivados pelo seu juízo de valor, mas sim, que os levem a
analisar criticamente e a repensar seus olhares. Um exemplo de pergunta provocativa
seria: “Que elementos da imagem levaram o quarteto a dizer que a imagem é de uma
pessoa bem (ou não) sucedida profissionalmente?”. Já um exemplo de pergunta que
traz implícito um juízo de valor seria: “Vocês trouxeram representações negativas sobre
a imagem X. Por quê?” Levar os jovens a compreenderem e analisarem os valores
positivos ou negativos que atribuíram às imagens faz parte do processo de
identificação dos discursos construídos e deverá ser o exercício da roda de discussão
mediada por você.
Para ampliar a discussão, peça que cada líder leia um pequeno texto com informações
sobre o retratado analisado pelo seu grupo. Com base nessa leitura, provoque a
discussão para que os estudantes confrontem suas leituras de imagem com a
biografia dos retratados e tenham a oportunidade de aprofundar a reflexão sobre as
ideias prévias vindas da mera observação de padrões de gênero, racial, cultural etc.
socialmente construídos e que reproduzimos muitas vezes indiscriminadamente. No
Anexo 1 (páginas 75 a 77 deste material), você encontra as fichas informativas dos
retratos utilizados como exemplos e que trazem sugestões para a ampliação do
conhecimento da obra dos personagens retratados. É importante que você estimule os
estudantes a pesquisarem sobre os personagens que mais chamaram a atenção de
maneira autônoma.
Finalize a discussão propondo uma reflexão a partir do trecho retirado do livro Modos
de ver, de John Berger. Você pode preparar previamente um cartaz contendo o trecho
ou projetá-lo, para que todos possam acompanhar a leitura e consultar repetidamente
seu conteúdo a fim de formularem opiniões críticas:
Planeje o que você pode fazer para que a sua mediação na próxima atividade seja
aperfeiçoada:
As imagens são potentes textos visuais aos quais todos estamos sujeitos, diariamente.
No entanto, ler esses textos requer o descondicionamento do olhar e a abertura para
aprender alguns elementos semânticos próprios do campo imagético. Reconhecer os
contextos de produção das imagens, os usos que se fazem delas, confrontá-las com o
próprio conhecimento e percepções são exercícios a serem aprendidos e aprimorados,
na busca pela sensibilização constante e pela criticidade crescente. Esse aprendizado
será possível se você, professor, primar por uma atuação plena de presença
pedagógica, combinada à disposição de atuar como um pesquisador diário, aberto a
novos conhecimentos e aprendizagens.
Este ponto da roda de conversa exigirá uma mediação mais intensa de sua parte. Por
isso, é importante que você se prepare, elaborando perguntas que possam servir como
disparadoras da discussão. Como já dissemos, evite perguntas que possam trazer nas
entrelinhas algum juízo de valor ou expectativa de resposta, pois esse tipo de pergunta
tende a dirigir a fala do ouvinte para a resposta “correta”. O objetivo esperado não é
que os jovens cheguem à conclusão de que não é legal fazer selfies e deixem de fazê-
los. O que é desejável é que eles possam refletir sobre essa prática na qual estão tão
imersos e cuja tendência é cada vez mais se valorizar e encontrar formas criativas de
expressão.
A seguir, peça a turma que se reúna nos quartetos de trabalho e leiam o texto
proposto na atividade 14 do Caderno do Protagonista. Observe que o texto traz
breves informações sobre os retratos, além do “primeiro selfie” produzido em 1839.
Depois, os jovens são convidados a discutirem a partir de quatro questões que devem
ser registradas em seus Álbuns de Cartografia Pessoal. Durante esse momento,
circule pela sala para conferir o andamento dos trabalhos e ouvir o que têm a dizer.
Como finalização, a atividade pede que cada quarteto elabore o seu selfie de grupo. A
imagem deverá traduzir a identidade de seus componentes e, para tal, poderão se
utilizar de cenários, vestimentas, objetos etc. É desejável que você os ajude na
coordenação desse desafio, pois devem ter clareza de que o retrato deverá trazer
elementos que falem sobre quem são.
Após a realização das imagens, promova uma roda de apreciação para que todos
possam compartilhar as produções e falar sobre elas. Combine com a turma como
podem fazer essas imagens circular não só na rede, mas inclusive pela escola.
“O período de preparação foi bem fácil e legal. Foi aquele momento em que a gente
acha que vai ser muito bom e fácil. Mas quando começou fiquei desnorteado. Admito:
me tornei muito dependente da internet, não consigo mais ficar um dia sem. Eu não
consegui dessa vez, mas vou ver se tento de novo qualquer dia”
F.V., 17 anos
“As redes sociais trazem para o âmbito público o que costumava ser
particular. Qual é o limite entre a exposição e a intimidade?”
“Como a escola poderia usar as redes sociais a favor da educação? Deem
exemplos do que poderia ser feito”.
Todos poderão falar e apresentar seus pontos de vista. Para isso, devem pedir
a palavra, levantando a mão. O professor ficará atento para garantir que as
inscrições sejam cumpridas.
O debate deve finalizar com uma rápida avaliação pelos alunos da dinâmica da
atividade, bem como das questões que eles avaliam que seguirão refletindo e
conversando em outros tempos e lugares. Estimule que escrevam a respeito do
assunto em seus Álbuns de Cartografia Pessoal.
Observe as ideias que a turma trouxe para o uso das redes sociais na educação.
Algumas delas, talvez, você consiga colocar em prática, como por exemplo, a criação
de um grupo fechado no Facebook com todos os estudantes da turma. Esta “sala de
aula virtual” pode ter usos como: organizar tarefas e fazer lembretes; apoio de registro
pelos jovens das questões de suas aulas; fórum de discussão permanente; divulgação
de filmes, eventos e outros temas de interesse cultural e educativo etc.
Só fique atento(a): caso resolvam organizar o grupo virtual, tenha o cuidado de criar um
perfil pessoal específico para isso, de caráter profissional.
Como você pretende desenvolver, junto com a turma, as ações necessárias para as
possíveis ideias que surgiram para promover o uso das redes sociais em suas
aulas?
Ao longo dos três anos do componente Projeto de Vida, a liderança será uma
competência a ser desenvolvida pelos estudantes. Ser líder não significa impor o
próprio ponto de vista e modo de fazer, mas sim, assumir uma atitude colaborativa
na organização do trabalho e das pessoas. Em várias atividades os estudantes
assumirão este papel durante os trabalhos em quartetos e em times, de modo que
essa função seja rotativa entre todos os jovens.
Estimule permanentemente o desenvolvimento das competências de gestão
(autogestão, gestão compartilhada (cogestão), gestão dos colegas (heterogestão),
gestão do tempo) durante os momentos de trabalho em quartetos, fazendo
apontamentos e dando devolutivas sobre o que vem observando. A partir do
segundo bimestre, os estudantes vivenciarão situações mais complexas de
liderança e de trabalho colaborativo.
E quem foram os estudantes que você notou que precisam de mais apoio para
conseguirem realizar uma leitura de estudo de maneira autônoma:
Pense como você poderá compartilhar com outros professores da escola essa
experiência estudo colaborativo, convidando-os a também disponibilizarem
momentos de suas aulas para que os estudantes possam praticar essa modalidade
de estudo e se aperfeiçoarem.
4 tempos.
Ao término do tempo, reúna a turma em roda para que cada quarteto possa
apresentar sua análise. Continue estimulando a escuta ativa dos estudantes, de
maneira que ajam com respeito, ouvindo atentamente o que os colegas têm a
dizer, para que possam ampliar olhares, percepções e opiniões sobre o tema.
Provoque-os para que tragam exemplos de peças comerciais que foram pensadas
para a juventude em que eles se sentiram diminuídos ou subestimados. Faça
perguntas para que a turma consiga trazer com clareza seus exemplos, articulando
essa experiência como recebedor de estímulos e de informações com a formação
de suas identidades: Até que ponto vocês avaliam que são influenciados ou que
resistem a esses apelos de consumo? Como a identidade de uma pessoa pode ser
moldada pelo consumo? Isso é bom ou ruim?
Durante esse ponto da discussão, você pode promover a leitura do poema “Eu,
etiqueta”, de Carlos Drummond de Andrade (disponível em bit.ly/euetiquetapoema). Se
possível, providencie cópias do poema para cada jovem ou para cada quarteto. Mesmo
que alguns já conheçam este texto é interessante que possam relê-lo para aquecer
ainda mais a discussão, aprofundando a reflexão a partir das palavras do poeta
(“homem-anúncio itinerante”, “escravo da matéria anunciada” etc.).
Traga mais um foco de análise para a discussão: o falso exercício de escolha que
a publicidade e o consumo proporcionam. Leia para a turma o seguinte trecho
extraído do livro Modos de ver, de John Berger, e medeie as opiniões da turma.
Procure reconhecer durante a discussão quais são as formas de participação
política que os seus estudantes vivenciam e a quais grupos estão ligados, tecendo
ligações entre esse modo de ser e aquele veiculado pela mídia do consumo.
“A publicidade tem outra importante função social. O fato de que esta função não foi
planejada como um objetivo por aqueles que fazem e usam a publicidade não diminui
de maneira alguma sua significação. A publicidade faz do consumo um substitutivo
para a democracia. A escolha daquilo que comemos (ou vestimos, ou dirigimos) toma
o lugar de uma escolha política significativa. Ela ajuda a mascarar e compensar tudo o
que não é democrático no interior da sociedade. E também mascara o que está
acontecendo no resto do mundo.” (grifos nossos)
(In: BERGER, John. Modos de ver. Rio de Janeiro: Rocco. 1999, p.151.)
O próximo foco do debate serão os textos e notícias que eles costumam ler nos
espaços da mídia destinados ao público juvenil: A turma possui o hábito de ler
algum caderno de jornal destinado ao público jovem? Alguma revista do
segmento? Lê algum site, blog ou jornal virtual? Como eles costumam
se informar sobre os temas que lhes interessam? Informe que os
assuntos que, segundo os jovens afirmam, despertam seu maior interesse em
ler são violência, emprego e drogas. Eles concordam com
estes temas? Ou eles acham que existem outros mais relevantes?
Mesmo que os estudantes não tenham como hábito a leitura de jornais ou revistas, é
importante investigar quais são as fontes de informação que consultam. De qualquer
modo, incentive-os a lerem jornais e revistas, tendo sempre uma atitude crítica de
saber que existem intenções e discursos por trás de cada veículo.
O desafio, então, será cada quarteto produzir um programete de rádio (no formato
“boletim informativo”) a partir de um tema que julgar relevante para a juventude da
escola e dos muros para além da escola. Antes, porém, de planejar qual será o
tema e o formato do programete, os estudantes experimentarão trabalhar com um
programa de edição e gravação de áudio gratuito e bastante simples, o Audacity
(para baixar o programa, acesse: bit.ly/baixaraudacity). Na internet existem
diversos tutoriais que ensinam o passo a passo para utilizá-lo. Recomendamos o
seguinte tutotial, para começar: bit.ly/audacitytutorial1. Promova uma oficina de
Audacity com sua turma, apresentando o tutorial e incentivando aqueles jovens
que já conhecem o funcionamento do programa a ensinarem aos colegas. Conte
também com o suporte do professor de informática da escola.
>>>
Qual será o tema do nosso programete de rádio? (escolham um tema que seja
atual, crítico e de interesse de outros jovens)
Onde vamos pesquisar mais sobre este tema?
Entrevistaremos pessoas? Quem?
Utilizaremos músicas de fundo musical? Quais?
Definam as funções de cada um. Fiquem atentos ao que precisa ser realizado:
Registrar a pauta com a ajuda de todos;
Gravar as entrevistas planejadas;
Selecionar as músicas a serem utilizadas em formato MP3, WAV, AIFF, AU,
OGG;
Elaborar a vinheta de abertura e de encerramento;
Apresentar o programete e as reportagens;
Fazer a edição final no Audacity.
Como foi a divulgação do programete de rádio dentro e fora da escola? Você avalia
que os jovens estão tendo a oportunidade de fortalecerem o pensamento crítico e
suas identidades como protagonistas? É possível identificar mudanças de
comportamentos e de atitudes com relação à escola e à aprendizagem?
Escolha do tema
Revisitando o contexto. Antes de partir para a escolha do tema, vale a pena fazer
uma retrospectiva sobre as atividades que já foram desenvolvidas e conhecer as que
virão na sequência. Esse exercício fará com que a atividade a ser planejada ganhe
maior intencionalidade dentro da sequência proposta.
Introdução da aula. Sempre é importante Dar espaço para que os estudantes tragam seus
considerar, logo no início de cada conhecimentos prévios abre um campo interativo
atividade, os conhecimentos prévios que muito fecundo, no qual o interesse é despertado.
os estudantes possuem sobre o tema a ser Para isso, fique atento a duas competências
discutido. Para isso, planeje a introdução docentes importantes: elaborar boas perguntas e
da aula com cuidado: este momento é cuidar do clima de interação. Isso quer dizer que
fundamental para motivar a turma a as “perguntas-problemas” que desencadearão as
discussões da aula precisarão ser bem pensadas
participar e para envolvê-los na proposta. e que durante a sua mediação, você precisará
Observe que na maior parte das atividades cuidar para que o maior número de jovens
propostas, este momento é participe, incentivando sempre o respeito aos
diferentes pontos de vista.
Finalização da aula
1
Sobre o desenvolvimento de debate regrado em sala de aula, indicamos a releitura da atividade “Identidade na rede!”
(1º bimestre/1º ano) e do artigo “Modos de apropriação do gênero debate regrado na escola: uma abordagem
aplicada”, de Sandoval Nonato Gomes-Santos, disponível em bit.ly/debateregrado.
Avaliação da atividade
Esse é um bom momento para trabalhar, novamente, a intenção dos rolés culturais,
desconstruindo possíveis entendimentos de que se trata de um passeio
despretensioso. É hora de compartilhar a seriedade do trabalho, para que eles
percebam que se pode aprender muito numa atividade como essa.
O que vocês já sabem sobre o local que será visitado? É um centro cultural? Um
museu? Biblioteca, praça ou outro local público?
Qual é a importância desse local para vocês e para a cidade, como um todo?
Que tipo de acontecimento cultural esse lugar abriga? Shows? Exposições?
Mostra de cinema?
Quem frequenta esse local, em geral? Estudantes de escola? Crianças, jovens,
adultos ou idosos?
No dia da visita, o que vai acontecer no espaço? Alguma apresentação ou
exposição? Lançamento de livro, conversa com artistas?
Levantem informações sobre esse acontecimento cultural que está programado.
Se for o lançamento de um livro, por exemplo, descubram quem é o autor, que
outras obras ele já publicou, de que trata o livro que será lançado etc. Se for uma
exposição de arte, outro exemplo, procurem saber mais sobre o artista (quem é
ou foi ele, em que época viveu, quais são seus principais trabalhos) e sobre as
obras que serão expostas. É possível que a mídia tenha publicado informações
sobre eventos culturais de maior impacto e, claro, os websites de equipamentos
culturais têm o hábito de fornecer informações sobre a programação.
Verifique se o local a ser visitado possui serviço de monitoria ou ação educativa. Nesse
caso, recomendamos que seja feito o agendamento da visita monitorada, para que a
vivência seja ainda mais rica tanto para os jovens quanto para você, professor. É
importante que esse primeiro rolé cultural seja realizado ainda neste bimestre;
comunique aos estudantes qual será a data, para que possam se programar e se
preparar ainda mais (aqueles que desejarem poderão continuar com as pesquisas
sobre o local a ser visitado de maneira autônoma).
1. Para finalizar o ciclo de aulas dedicadas ao rolé cultural, promova uma roda de
conversa trazendo questões que possibilitem aos estudantes pensar sobre o que
vivenciaram. Algumas sugestões de perguntas:
É possível que a conversa logo após o rolé seja calorosa, com os jovens demonstrando
entusiasmo, alegria, frustração etc. Busque acalmar os ânimos diante de questões
mais polêmicas, possibilitando que todos se expressem e pedindo que evitem repetir a
mesma questão insistentemente. Afinal, é mesmo um momento avaliativo, portanto, a
ideia é que eles identifiquem aprendizados a partir da experiência que tiveram.
Agora, trabalhe com eles a segunda parte da avaliação. Peça que os estudantes
voltem aos registros que fizeram em relação aos planos para 2014. É hora de
analisarem, mais uma vez, quais dos planos estão sendo concretizados.
Não se espera que os jovens tenham realizado todos os planos, afinal eles são para
todo o ano. Mas espera-se que parte deles esteja se concretizando. Valorize os
resultados que tenham conquistado, por mais simples que sejam e motive-os a
seguirem em frente. Esclareça que, no próximo semestre, eles aprofundarão seus
projetos de vida!
Para finalizar, reúna a turma em roda para avaliar o trabalho realizado em Projeto
de Vida até o momento. Essa parte será realizada na roda de conversa, portanto,
reorganize o espaço da sala junto com os jovens.
Vale lembrar que durante todas as atividades, sempre ao final, a avaliação esteve
presente, de maneira processual. Essa atividade é um momento de revigorar os
vínculos da turma e prepará-los para o próximo semestre. É importante que você
organize previamente os principais pontos de sua avaliação da turma a partir da (1)
participação e colaboração e (2) convivência e comunicação entre eles e com você.
Peça para que, cada jovem, registre suas respostas para as questõs a seguir em
seu Álbum de Cartografia Pessoal. Observe se você gostaria de incluir ou de
retirar alguma questão, de acordo com o seu conhecimento da turma. Estabeleça
um tempo.
Quais atividades mais gostei e menos gostei de realizar nas aulas de PV?
Quais são as minhas principais transformações como pessoa e estudante?
O que descobri sobre o professor(a) de PV?
O que descobri sobre mim?
Quais são as minhas expectativas para o próximo semestre?
Quais dessas competências avalio que mais desenvolvi: autonomia,
colaboração, comunicação, criatividade, pensamento crítico ou liderança? Por
quê?
Foi um artista francês, conhecido por seu uso da cor e sua arte de
desenhar fluída e original. Foi um desenhista, gravurista e escultor,
mas é principalmente conhecido como pintor.
O crítico Argan dizia que a arte de Matisse era feita para decorar a
vida dos homens. Foi considerado o artista do século em que viveu.
Em suas pinturas gostava de motivos repetitivos, usava formas curvas
e cores variadas. Ele inventou também a técnica do "desenho com
tesoura". Pablo Picasso o considerou seu maior rival, embora fosse
seu amigo.
Fonte: Wikipedia
bit.ly/nanavasconcelos02
bit.ly/quatroestacoesvivaldi