Fluidos
Vamos ver o movimento dos Fluidos. Por fluido entende-se a matéria em condições de exibir movimento
relativo entre as partes que a compõem. Gases e líquidos são exemplos de fluidos. Os fluidos têm a
forma do recipiente que ocupam e, portanto, não mantêm a forma. Quando estão sob a ação de forças,
ou melhor, pressão, os fluidos escoam com facilidade.
O movimento dos fluidos é estudado a partir da sua velocidade em cada um dos seus pontos e da sua
densidade.
Em vez de se considerar as forças que atuam sobre cada partícula do fluido, preferimos introduzir o
conceito de pressão. Assim, o objetivo do estudo do movimento é determinar a densidade e a
velocidade do fluido em cada ponto como resultado de pressões exercidas sobre ele.
Na Hidrostática estamos interessados nas condições de equilíbrio dos fluidos. Nesse caso admitiremos
que a velocidade de cada ponto do fluido é zero.
Densidade
A densidade () é uma propriedade importante de um fluido. Ela é obtida como o quociente entre a
quantidade de massa m e o volume v que essa quantidade ocupa.
Densidade relativa
Às vezes torna-se conveniente falar da densidade relativa de uma substância. A densidade relativa (r) é
a razão entre a densidade da substância e a densidade da água:
Peso específico
Define-se peso específico como a razão entre o peso da substância em módulo e o seu volume.
Aplicar uma força num determinado ponto do fluido não provoca o seu movimento (ou de parte
significativa dele). Para deslocarmos o fluido devemos "diluir" a força, aplicando-a sobre uma certa área
do fluido, distribuindo a sua ação. Essa distribuição da força numa área A é o que
denominamos pressão. A pressão é definida como a razão entre o módulo da força perpendicular à
superfície e a área sobre a qual vamos aplicá-la:
Por exemplo, quando aplicamos num cilindro uma força (com a mão) de 10N sobre uma área de 20 cm 2,
a pressão será:
A pressão é uma grandeza escalar. A força é uma grandeza vetorial , mas a pressão está relacionada ao
módulo da força que age perpendicularmente à superfície.
Pressão atmosférica
É um fato muito conhecido, por parte dos mergulhadores, que à medida que mergulhamos mais fundo no
mar a pressão aumenta. Qualquer objeto imerso num fluido fica submetido a uma pressão e essa
pressão aumenta na medida em que o submergimos buscando profundidades maiores.
Os seres vivos na superfície da Terra (bem como os inanimados) experimentam uma pressão. Essa
pressão decorre do fato de estarmos submersos dentro de um fluido que é uma mistura de gases. Essa
mistura de gases que envolve a Terra é a sua atmosfera. Por isso, a pressão desse fluido é conhecida
como pressão atmosférica.
À medida que atingimos altitudes maiores, a partir do nível do mar, a pressão atmosférica se reduz. Esse
fato é muito conhecido dos alpinistas e pára-quedistas.
É fácil entender por que a pressão varia com a profundidade num fluido. A pressão varia como resultado
da força peso (por unidade de área) exercida pela parte do fluido que está acima. À medida que
mergulhamos aumentamos a quantidade de fluido acima de nós e, conseqüentemente, a pressão.
Vamos determinar como a pressão no fluido varia em função da profundidade admitindo que o fluido
tenha uma densidade constante.
Sejam dois pontos 1 e 2 dentro do fluido. Imaginemos uma coluna de fluido de altura h e área A.
Logo, a pressão num ponto a uma altura h abaixo de 1 será dada por: P2 = P1 + gh, onde P1 é a
pressão no ponto 1.
Este resultado vale para todos os pontos localizados a uma mesma altura dentro do fluido.
Esta expressão para a diferença de pressão pode ser utilizada para a determinação
de pressões desconhecidas. Na figura ao lado vemos o manômetro de tubo chato,
que é um dos medidores de pressão mais simples.
Uma das propriedades mais interessantes de um líquido, e que acaba resultando em aplicações úteis, é
que, quando aumentamos a pressão sobre a sua superfície superior, o aumento da pressão se transmite
a todos os pontos do fluido. Este fato é conhecido como Princípio de Pascal.
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