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ECOSSISTEMAS

Prof ALEXANDRE PINA


INTRODUÇÃO

• Ecossistema é um conjunto de comunidades que vivem

em um determinado local e interagem entre si e com o

meio ambiente, constituindo um sistema estável,

equilibrado e autossuficiente.
Ecossistemas

ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ECOSSISTEMA

 É um sistema aberto

 Inclui os FATORES BIÓTICOS E ABIÓTICOS.

 Formam Relações ecológicas

 Ocorre interação entre os fatores

 Ocorrem fluxo de energia e ciclagem de nutrientes


COMPONENTES ABIÓTICOS E ABIÓTICOS
INTRODUÇÃO
• Os ecossistemas podem ser observados em diferentes escalas
• O maior ecossistema existente é a própria biosfera, que corresponde a
todos os locais do globo onde existe vida

• Outro exemplo são as florestas tropicais, que se destacam por sua grande
biodiversidade.

• Entretanto, ecossistemas podem ocorrer em pequena escala, com em um


pequeno aquário autossuficiente que contenha plantas, peixes e algas.

• Todos os ecossistemas estão interligados e, portanto, existe a troca de


matéria e energia sendo importante para garantir o equilíbrio do planeta.
TIPOS DE ECOSSISTEMAS

1. ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS

A. LIMNOOCICLO: ambientes agua doce

B. TALASSOCICLO: ambientes agua salgada

2. ECOSSISTEMA TERRESTRE - EPINOCICLO


ECOSSISTEMAS
AQUÁTICOS
PROF ALEXANDRE PINA
DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NO PLANETA
IMPORTÂNCIA DO CICLO DA ÁGUA
ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS

1. Seres planctônicos

Não possuem órgão de locomoção. Estão


divididos em dois grupos:

Imagem: Conny / Domínio Público

Fitoplâncton Zooplâncton
Organismos autótrofos Constituído de protozoários,
clorofilados (algas e microcrustáceos flutuantes,
certos protistas). larvas diversas, minúsculos
Imagem: Eric Guinther / Licença
Imagem: The zooplankton
GNU de Documentação Livre
beroidae anelídeos).
ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS
2. Seres nectônicos

São organismos que possuem órgãos eficientes de locomoção na


água. Ex: peixes, baleias, crustáceos, tartarugas marinhas, etc.

Imagem: NASA / Domínio Público

3. Seres bentônicos
São organismos que vivem exclusivamente no fundo das águas,
presos às rochas ou se arrastando sobre o lodo e a areia.
Podendo ser fixos ou móveis. Ex: Os corais, equinodermos,

Imagem: Achim Raschka / Domínio esponjas, anêmonas, etc.


Público
CADEIA TRÓFICA - PRODUTORES
• Não há uma “vegetação” contínua, com estrutura e distribuição definidas,
utilizada para caracterizar os biomas terrestres. São os FITOPLÂNCTONS,
que são seres microscópicos constituídos por algas e bactérias.
CADEIA TRÓFICA - AQUÁTICA
LEMBRANDO QUE.....

ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS SÃO CARACTERIZADOS POR:

 Espécies de produtores primários (fitoplânctons)

 Consumidores (zooplânctons, animais e humanos)

 Decompositores (bactérias e fungos)


ZOOPLÂNCTONS

• São larvas microscópicas, protozoários e microcrustáceos


• São incapazes de vencer a corrente marinha e flutuam passivamente na
água

FITOPLÂNCTONS FORMAM A BASE


DA CADEIA
PLÂNCTONS
ALIMENTAR
ZOOPLANCTÔNS AQUÁTICA
COMPONENTES AQUÁTICOS

PLÂNCTONS NÉCTONS BÉNTONS


COMPONENTES AQUÁTICOS
COMPONENTES AQUÁTICOS
BIOMAS TERRESTRE X AQUÁTICO

• Temperatura  Oscila menos no ambiente aquático


• Pluviosidade  não interfere tanto no ambiente aquático (exceção para
ambientes temporários)
CARACTERIZAÇÃO DOS AMBIENTES AQUÁTICOS

• Salinidade  água salgada, salobra ou doce

• Profundidade  ambientes rasos, intermediários, profundos

• Mobilidade das águas  ambientes lênticos ou lóticos


SALINIDADE DA ÁGUA
ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS

ECOSSISTEMAS DE ÁGUA DOCE

• Lênticos, lóticos e alagados

ECOSSISTEMAS DE ÁGUA SALGADA - TALÁSSICOS

• Mares e oceanos
AMBIENTES
AQUÁTICOS DE
ÁGUA DOCE

LÊNTICOS LÓTICOS ALAGADOS


ÁGUAS PARADAS OU
ÁGUAS CORRENTES
COM POUCO
COM FLUXO
MOVIMENTO
ECOSSISTEMAS LÊNTICOS

• São as lagoas, lagos, lagunas e tanques


• São corpos de água cercados por terra
• Águas paradas ou com poucos movimentos
• Principais Diferenças:
Lago – maiores, mais extensos e mais profundos
Lagoas – menores, mais rasos
Laguna – extensão de água salobra que se liga ao mar
ECOSSISTEMAS LÊNTICOS

• A maioria dos lagos naturais foram formado por forças tectônicas, vulcânicas ou
glaciais

• Os demais resultaram de deslizamentos de terra, ação de um rio, vento,


meteoritos, atividades de animais e pela ação humana

• Eles nascem através de eventos geológicos catastróficos ou graduais e vão


usualmente sendo rejuvenescidos ou tornam-se extintos em processos
similares

• Além dos tipos mencionados, existem lagos artificiais criados pelo homem para
a geração de energia, irrigação e controle de fluxo, etc.
ECOSSISTEMAS LÊNTICOS

LAGOA RODRIGO DE FREITAS GRANDES LAGOS NA AMÉRICA DO NORTE


ECOSSISTEMAS LÊNTICOS

LAGO EM CRATERA DE VULCÃO LAGOA ARTIFICIAL


ZONAÇÃO - Em lagos e lagoas
ZONAÇÃO - Em lagos e lagoas

OBS – PLÊUSTON – organismos que ficam na superfície como plantas e larvas de insetos
ECOSSISTEMAS LÓTICOS

• Rios e riachos forma um sistema aberto, com fluxo contínuo da nascente à foz

• Principais origens são o gelo derretido e drenagem do solo e água subterrânea

• Toda a região pelágica está caracterizada pela instabilidade da água

• Na região profunda ocorre diferentes tipos de comunidades, influenciados pela


velocidade da correnteza e da declividade do rio

• As comunidades se tornam, bioindicadores que caracterizam as condições ambientais


nas distintas zonas do rio
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE RIOS

TIPOS TIPOS TIPOS

MORFOLÓGICOS CLIMÁTICOS HIDROLÓGICOS


TIPOS MORFOLÓGICOS

• De acordo com Schäfer (1985), os rios podem ser diferenciados em dois grupos
morfológicos, dependendo da localização e extensão de seu curso:

 Rios de regiões montanhosas: nascendo na altitude, e tendo como características a


declividade, grande velocidade de corrente de água e processos de erosão;

 Rios de planície: nascente na planície, caracterizado pelo baixo declive, processos


predominantes são erosão lateral e acumulação.

• A maioria dos rios representa mistura entre esses dois tipos, possuindo um curso superior
em região montanhosa e curso inferior na planície com foz no mar ou em outro rio.
TIPOS MORFOLÓGICOS

RIO DE REGIÃO MONTANHOSA RIO DE PLANÍCE


TIPOS CLIMÁTICOS
• Os rios em maior extensão atravessam diversas regiões com diferentes topografia e com
diferenças climáticas. Em dependência da localização do curso, pode-se distinguir 4 tipos:

 DIRRÉICO: rios com nascente e foz em zonas úmidas e curso médio em zonas áridas (Rio São
Francisco, Brasil)

 ENDORRÉICO: rios com nascente em zona úmida, foz em zonas áridas (rio Nilo, África)

 ARRÉICO: rios que estão localizados, das nascentes à foz, em zonas áridas (alguns rios africanos
e do nordeste brasileiro, frequentemente temporários e com salinidade em suas águas);

 EURRÉICO: rios localizados, da nascente à foz, em zonas úmidas (rios amazônicos e do sul do
Brasil).
TIPOS HIDROLÓGICOS

• O elemento mais importante é a precipitação, porém essa se modifica em função de outros fatores
como a geologia da região, declive, entre outros. Podem-se diferenciar, dentro desse tipo:

 REGIME GLACIAL – influenciado pelo derretimento de neve de geleiras

 REGIME PLUVIAL – influenciado pelo regime das chuvas

 REGIME NIVAL – influenciado pelo degelo em áreas montanhosas

• Tendo em vista que os elementos principais dos regimes dependem das condições climáticas, como
estações do ano, pluviosidade e localização em altitude, existem correlações entre o tipo de regime e
esses fatores.
TIPOS HIDROLÓGICOS

REGIME GLACIAL REGIME PLUVIAL REGIME NIVAL


ZONAÇÃO DE RIOS

• Divisão ecológica da distribuição biótica do rio, ocorre pela inclusão dos fatores:

 Teor de oxigênio e temperatura da água (oscilação diária ou sazonal)

 Quantidade de material suspenso e carga de nutrientes

 Velocidade da água

• Em termos funcionais de ecossistema, a zonação provoca uma separação espacial


também dos processos básicos de intercâmbio energético, considerando o
consumo, produção e decomposição
ZONAÇÃO DE RIOS

• Considerando os fatores mencionados, pode-se verificar em um rio 3 zonas:

• CURSO SUPERIOR OU RITRAL – da nascente até o sistema de transição, caracteriza-se por forte
declive, água bem oxigenada, correnteza veloz, predomina a erosão. Ausência quase completa
de plâncton

• SISTEMA DE TRANSIÇÃO – alta transparência, baixa profundidade da água, recebe material


autóctone (organismos mortos do curso superior) e substâncias inorgânicas e orgânicas
alóctones. Produção de biomassa própria (produtores, consumidores e decompositores)

• CURSO INFERIOR OU POTAMAL – fraco declive, correnteza baixa, sedimentação predomina,


água pouco oxigenada, maior profundidade e largura, quando comparado com o curso superior.
Predomínio da decomposição
ZONAÇÃO DE RIOS
BACIA HIDROGRÁFICA

• Caracteriza uma porção de território delimitada, drenada por um RIO PRINCIPAL e


seus AFLUENTES. As águas da bacia hidrográfica escoam no mesmo sentido e vão em
direção à porção mais baixa da área topográfica, seguindo o padrão do relevo.

• Essas áreas são elementos naturais de extrema importância para o meio natural, pois
são responsáveis pela manutenção dos BIOMAS terrestres e aquáticos, além de dar
base para o desenvolvimento das atividades econômicas ligadas ao SETOR PRIMÁRIA
DA ECONOMIA como a pecuária e a agricultura.
BACIA HIDROGRÁFICA
BACIA HIDROGRÁFICA

• Um método de ordenação hierárquica de rios dentro de uma


bacia hidrográfica foi desenvolvido por Horton (1945) e
modificado por Strahler (1952, 1957). De acordo com a
classificação, a porção de rio compreendida entre a nascente
e o primeiro afluente é um curso de 1ª ordem. Quando dois
cursos d´água de 1ª ordem se juntam, formam um curso de 2ª
ordem. Quando dois cursos de 2ª ordem se reúnem, formam
um de 3ª ordem, e assim por diante. Os cursos de ordem 1 a 4
são pequenos rios, de ordem 4 a 6 são rios de tamanho ou
trecho médio, ordem superior a 7 são grandes rios;
BACIA HIDROGRÁFICA
ECOSSISTEMAS ALAGADOS
• Áreas de solo saturado com água que variam para cima e para baixo, abrigam uma
vegetação característica

• São exemplos os PÂNTANOS E BREJOS

• Quando associado ao ambiente marinho temos os MANGUES

• As áreas alagadas tem um importante papel econômico, sendo nessas áreas que
se REPRODUZEM E DESENVOLVEM ELEVADAS BIOMASSAS de peixes, répteis,
pássaros e mamíferos, e também macrófitas aquáticas emersas e submersas.
ECOSSISTEMAS ALAGADOS

BREJO PÂNTANO
AMBIENTES AQUÁTICOS CONSTRUÍDOS

• Represas e açudes
• Formados principalmente pelo represamento de rios
• Para atender os seguintes objetivos: abastecimento de águas, regularização de
cursos de águas, obtenção de energia elétrica, irrigação, navegação e

recreação, entre outros.


AMBIENTES AQUÁTICOS CONSTRUÍDOS

AÇUDE REPRESA
USO DA ÁGUA NA SOCIEDADE

• A água é de vital importância para a existência e manutenção da vida


• Representa 60 a 70% da massa do corpo humano
• Em crianças entre 0 a 2 anos de idade, representa entre 75 a 80%
• Diariamente o ser humano perde aproximadamente 2,5L de água, através da
respiração, evacuação, urina e transpiração
USO DA ÁGUA NA SOCIEDADE
Além de suprir as necessidades metabólicas, a água é utilizada de diversas
maneiras pelo homem:

• Abastecimento humano residencial

• Abastecimento industrial

• Irrigação

• Geração de energia elétrica

• Navegação

• Aquicultura

• Recreação
ECOSSISTEMAS DE ÁGUA SALGADA –
TALÁSSICOS
ECOSSISTEMAS DE ÁGUA SALGADA - TALÁSSICOS

• O ecossistema marinho inclui os mares e oceanos


• É rico em diversidade principalmente pelo espaço que ocupa na superfície
terrestre, chegando a 70%

• Classificação por profundidade


• Classificação por quantidade de luz que recebe
ECOSSISTEMAS DE ÁGUA SALGADA - TALÁSSICOS

• Classificação por profundidade:

 ZONA LITORÂNEA - regiões que se encontra próxima ao continente

 ZONA NERÍTICA - cerca de até 200 metros de profundidade, grande biodiversidade

 ZONA OCEÂNICA - chega de 200 a 2000 metros de profundidade, mar aberto*

 ZONA BÊNTICA - fundo mar, habitado por algumas bactérias e seres vivos que são

desconhecidos até mesmo para pesquisadores


ECOSSISTEMAS DE ÁGUA SALGADA - TALÁSSICOS

ZONA OCEÂNICA - chega de 200 a 2000 metros de profundidade


ECOSSISTEMAS DE ÁGUA SALGADA - TALÁSSICOS

ZONA OCEÂNICA – mar aberto, subdividida em:


TEIA ALIMENTAR DE ECOSSISTEMA DE ÁGUA SALGADA
BIOINDICADORES AQUÁTICOS
BIOINDICADORES AQUÁTICOS

• Os bioindicadores aquáticos são organismos que indicam a presença de


alterações ambientais no meio aquático. Estes bioindicadores da qualidade
ambiental SÃO ORGANISMOS VIVOS que apontam a existência de alterações
ambientais
BIOINDICADORES AQUÁTICOS

• Muitos desses indicadores são capazes de fazer isso de maneira precoce, antes
que os problemas se agravem, e alguns inclusive conseguem determinar o tipo
de poluição que está afetando o ecossistema em questão

• Esses indicadores são usados de duas maneiras distintas: de forma passiva ou


ativa.
BIOINDICADORES AQUÁTICOS

FORMA PASSIVA

 Toda a análise é realizada com os seres que vivem na região estudada

FORMA ATIVA

 São espécies preparadas e adicionadas ao local de estudo


BIOINDICADORES AQUÁTICOS
• Os ecossistemas aquáticos são constantemente alterados pela AÇÃO DO HOMEM E
SEU CONSEQUENTE DESEQUILÍBRIO ECOLÓGICO

• Descarte incorreto do lixo, atividades de mineradoras e a introdução de espécies


exóticas são apenas alguns dos fatores que contribuem para a transformação
desses ambientes

• Para indicar os principais impactos ambientais causados nas últimas décadas, são
utilizados os bioindicadores. Os principais organismos utilizados são aqueles que
possuem maior capacidade de diferenciar oscilações pontuais e difusas de
poluição.
PRINCIPAIS
ORGANISMOS
UTILIZADOS COM
BIOINDICADORES
AQUÁTICOS
VAMOS ASSITIR VIDEO SOBRE
BIOINDICADORES AQUÁTICOS

• https://www.youtube.com/watch?v=oNpnqrUgSgE
F i m

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